O NAZISMO É ANTICATÓLICO
Em 1930, a Arquidiocese de Mogúncia condenou publicamente o Partido Nazista, declarando que qualquer católico que estivesse neste partido não poderia participar dos sacramentos e nem de cerimônias católicas.
No jornal L'Osservatore Romano, do Vaticano, a notícia foi dada no dia 11 de outubro do mesmo ano. Em fevereiro de 1931, a diocese de Munique declarou a incompatibilidade da fé católica com onazismo. Colônia fez isso um mês depois, proibindo qualquer contato público com os partidários nazistas. Indignados com isso, Hermann Göring foi enviado a Roma para uma audiência com o cardeal Pacelli (futuro Pio XII, grande resgatador de judeus na Guerra, até 1939 foi Pio XI), que a rejeitou, e mandou seu subsecretário anotar tudo o que os nazistas pediam. Em agosto de 1932, a Igreja excomungou todos os dirigentes do Partido Nacional-Socialista, pois serem anti-cristãos e por suas ideias étnicas e raciais. No mesmo mês, a Conferência Episcopal Alemã fez um documento detalhado de como se relacionar com o Partido, e que qualquer católico que se inscrevesse no mesmo seria imediatamente excomungado, afinal era contra a fé e os princípios católicos. Quando Hitler assumiu em janeiro de 1933, foi espalhado um panfleto: "Um convite sério em um momento grave". Nele, considerava-se que a vitória dos hitleristas era uma verdadeira catástrofe para a nação e o povo alemão. Dois meses depois a Conferência se reuniu em Fulda e mandou um apelo para Von Hindenburg, o presidente da Alemanha, temendo que os direitos da Igreja não fossem respeitados. E isso aconteceu, pois não foram escutado.
Em fevereiro de 1931, a diocese de Munique confirmou a incompatibilidade da fé católica com o Partido Nazista.
Em março de 1931, também a diocese de Colônia, Parderborn e as das províncias de Renânia denunciaram a ideologia nazista, proibindo de forma pública qualquer contato com os nazistas.
Indignados e furiosos pela excomunhão emitida pela Igreja Católica, os nazistas enviaram Hermann Göring a Roma com a petição de audiência com o secretário de Estado Eugenio Pacelli. No dia 30 de abril de 1931, o cardeal Pacelli rejeitou encontrar-se com Göring, que foi recebido pelo subsecretário, Dom Giuseppe Pizzardo, que tinha a tarefa de anotar tudo o que os nazistas pediam.
Em agosto de 1932, a Igreja Católica excomungou todos os dirigentes do Partido Nazista. Entre os princípios anticristãos denunciados como hereges, a Igreja mencionava explicitamente as teorias étnicas e o racismo.
Também em agosto de 1932, a Conferência Episcopal alemã publicou um documento detalhado no qual eram dadas instruções de como relacionar-se com o Partido Nazista. Nele, estava escrito que era absolutamente proibido aos católicos que fossem membros do Partido Nacional-Socialista. Quem desobedecesse, seria imediatamente excomungado.
Também estava escrito que “todos os Ordinários declararam ilícito pertencer ao Partido Nazista”, porque “as manifestações de numerosos chefes e publicitários do partido têm um caráter hostil à fé” e “são contrárias às doutrinas fundamentais e às indicações da Igreja Católica”.
"[...] A todos aqueles, que conservaram para com seus Bispos a fidelidade prometida no dia do Crisma e da ordenação, àqueles que, no cumprimento de seus deveres pastorais e familiares, tiveram e têm de suportar dores e perseguições - alguns até serem encarcerados ou mandados a campos de trabalho -, a todos estes chegue a expressão de gratidão e a benção do Pai da Cristandade. Nossa gratidão paterna se estende igualmente aos consagrados de ambos os sexos, uma gratidão unida a uma participação íntima pelo fato de que, como consequência de medidas contra as Ordens e Congregações religiosas, muitos foram arrancados do campo de uma atividade bendita e para eles gratíssima. Se alguns sucumbiram e se mostraram indignos da sua vocação, seus erros, condenados também pela Igreja, não diminuem o mérito da grandíssima maioria que com desinteresse e pobreza voluntária se esforça por servir com plena entrega ao seu Deus e ao seu povo. O zelo, a fidelidade, o esforço em aperfeiçoar-se, a solícita caridade para com o próximo e a prontidão benfeitora daqueles religiosos cuja atividade se desenvolve nos cuidados pastorais, nos hospitais e na escola, são e seguem sendo gloriosa aportação ao bem-estar público e privado. Que não se deixem abater. Um tempo futuro mais tranquilo lhes fará justiça mais que a turbulência que atravessamos." (Bula “Mit brennender Sorge” do Papa Pio XI de 1937).
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