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A MAÇONARIA É ANTICLERICAL

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O Iluminismo foi uma época em que a maçonaria reinou ao redor do mundo com as suas revoluções sangrentas contra a Santa Igreja Católica e contra a Monarquia Católica, a república não é de origem maçônica, mas foi utilizada pela maçonaria para destronar os reis Católicos.

Esta frase acima - na imagem - é de Jean Meslier (1664-1729), um padre ateu iluminista, portanto um subversivo (revolucionário), porém é atribuída a Voltaire (1694-1778) e a Denis Diderot (1713-1784), este primeiro apenas reutilizou, porém, este último fez algumas alterações:

"Eu gostaria, e este será o último e o mais ardente dos meus desejos, eu gostaria que o último rei fosse estrangulado com as tripas do último padre."

Em Francês:
("Je voudrais, et ce sera le dernier et le plus ardent de mes souhaits, je voudrais que le dernier des rois fût étranglé avec les boyaux du dernier prêtre.")

Publicado postumamente, o livro “Memórias” de Meslier tornou-se um dos precursores do iluminismo. Voltaire, então com 35 anos, foi o seu primeiro editor, fazendo circular por toda a França estas ideias subversivas e anticatólicas numa versão reduzida: "Extrait des sentiments de Jean Meslier".

Diderot, que na época tinha apenas 14 anos, mais tarde escreveria (em "Les leuth romanes") um poema em alusão direta à frase mais violenta e mais conhecida do "pai do ateísmo":

"E suas mãos arrancarão as entranhas do padre, na falta de uma corda para estrangular os reis."

Em francês:

("Et ses mains ourdiraient les entrailles du prêtre, Au défaut d'un cordon pour étrangler les rois.")

Jean-François de La Harpe (1739-1803), que só nasceria 12 anos após a morte de Meslier, foi o responsável por esta mudança em torno da frase. La Harpe, um pós-iluminista que, ao contrário de Voltaire e Diderot, viveu para presenciar a Revolução Francesa em 1789 e o Terror dos Jacobinos.

Em seu " Cours de littérature ancienne et moderne" (1799), La Harpe alterou os versos de Diderot, citando-os assim:

"E com as tripas do último padre, estrangulemos o pescoço do último rei."

Em francês:

("Et des boyaux du dernier prêtre / Serrons le cou du dernier roi.")

OS TEMPLÁRIOS & os maçons:

Em 1296, o Papa italiano Bonifácio VIII escreveu a Bula Clericis Laicos na intenção de evitar que os Estados seculares da Europa (em particular a França e a Inglaterra), de apropriar-se das receitas da Igreja sem a prévia autorização expressa do Papa. Esta decisão trouxe uma revolta por parte do Rei francês Felipe IV (o Belo), fazendo com que em 1303 ocorresse o Atentado de Agnani quando o Rei enviou uma tropa sob o comando de Guilherme de Nogaret (o Guarda Selos, uma espécie de Chanceler ou Primeiro-ministro) para invadir o Castelo juntamente com o apoio dos aliados italianos irmãos Pierre e Sciarra Colonna (sobrinhos do Cardeal Jacques Colonna, excomungado em 1297) para agredir e aprisionar o Sumo Pontífice Bonifácio VIII, o fato ficou conhecido pois o Papa foi humilhado ao ser esbofeteado no rosto, e por conta do carcere e das agressões fez com que o Romano Pontífice morresse meses depois. Porém, antes de sua morte o Papa excomungou o ReI Felipe IV, o Chanceller Guilherme de Nogaret e os irmãos Colonna. Ainda em 1303 é eleito o Papa Bento XI (novamente um italiano), que levantou a excomunhão dos irmãos Colonna, porém morreu rapidamente, supostamente envenenado à mando de Felipe IV (o Belo).
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Em 1305, o Papa Clemente V (francês) foi eleito com apoio do Rei Felipe IV (também francês), o rei tinha a intenção de manter poder sobre o Papa, inversamente do ocorrido com o Papa Bonifácio VIII. Clemente V, levantou a excomunhão de Felipe IV. Em 1306 o rei já pressionava o Papa para perseguir os Templários com receio do poderio dos Cavaleiros em contrapor as forças armadas francesas e principalmente de olho nas riquezas e nos bens adquiridos através dos espólios nas batalhas (para suprir a demanda das ambições do rei francês nos conflitos contra a Inglaterra).
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O rei precisa de um argumento para justificar a sua perseguição, e ao investigar os Templários, constata que depois de quase 200 anos, um parcela mínima dos Cavaleiros da Ordem de Cristo apostataram (abraçando o ocultismo e muitas outras “doutrinas” pagãs, dentre elas: a Cabala Judaica e a Astrologia Egípcia), e consequentemente também passaram a praticar graves imoralidades. Negavam a Santíssima Trindade, a Virgem Maria e os Sacramentos, além de praticarem blasfêmias, profanações, sodomia, bestialidade e a idolatria através de uma besta (que é a mistura de um homem com uma mulher somado à uma animal, conhecida como Baphomet), desta borra que foi expurgada dos Cavaleiros Templários, surge uma raça de demônios humanizados conhecida como maçonaria.
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Em 1307, o primeiro-ministro do Rei, Guilherme de Nogaret (o mesmo que atacou o Papa Bonifácio VIII), prendeu Jacques de Molay, Geoffrey de Charnay, Hugues de Pairaud e Geoffrey de Gonneville, estes passaram sete anos sofrendo privações e torturas à mando do Rei Felipe IV.
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Em 1309 para fortalecer o seu poder sobre o Papa, o rei Felipe IV força o Papa Clemente V a mudar-se de Roma para Avigion (França) mudando assim a Sede Apostólica por quase 70 anos.
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Em 1311 foi aberto o Concílio de Vienne (1311-1312), pelo Papa Clemente V sob pressão do Rei Felipe IV, para que a Igreja suprimisse a Ordem dos Cavaleiros Templários.
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Em 1314 o Papa Clemente V, formou o tribunal que julgaria os quatro prisioneiros, a sentença proferida foi prisão perpétua, porém, enquanto Hugues de Pairaud e Geoffrey de Gonneville aceitaram a pena silenciosamente, Jacques de Molay protestou e recebeu o apoio de Geoffrey de Charnay, por conta disto o Papa Clemente V interrompeu o julgamento e adiou o novo veredicto para o dia seguinte, porém o rei Felipe IV (o Belo) não aceitou a decisão do Papa e mandou queimar De Molay e De Charnay na fogueira.
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O lamentável, é que por conta das heresias e imoralidades acorridas na Ordem dos Cavaleiros Templários, a instituição deveria ter sido restaurada e mantida em vez de simplesmente suprimida, porém, o Papa Clemente V não tinha forças para enfrentar o Rei Felipe IV.
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Em 1378, após um longo período de 73 anos e uma sequência de 7 papas franceses foi eleito novamente um Papa italiano Urbano VI, gerando revolta nos franceses que elegeram o antipapa Clemente VII (1378-1394), gerando o Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) e quando este antipapa faleceu, elegeram um outro francês, o antipapa Bento XIII (1394-1417). O Grande Cisma Ocidental só foi resolvido em 1417 quando foi eleito o Papa italiano Martinho V (Oddo Colonna, da mesma família dos Colonna que há mais de 100 anos atrás tinham atacado o Papa Bonifácio VIII), durante o Concílio de Constança (1414-1418) que foi iniciado para resolver o problema do Grande Cisma e combater as heresias de John Wycliffe e Jan Hus (precursores do protestantismo e da missa nova).
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Papa Bonifácio VIII (1294-1303); <ITALIANO>
Papa Inocêncio VI (1352-1362); <ITALIANO>
Papa Clemente V (1305-1314); <FRANCÊS>
<<<INTERVALO DE SEDE VACANTE (1314-1316)>>>
Papa Clemente João XII (1316-1334); <FRANCÊS>
Papa Bento XII (1334-1342); <FRANCÊS>
Papa Clemente VI (1342-1352); <FRANCÊS>
Papa Inocêncio VI (1352-1362); <FRANCÊS>
Papa Urbano V (1362-1370); <FRANCÊS>
Papa Gregório XI (1370-1378); <FRANCÊS>
Papa Urbano VI (1378-1389); <ITALIANO>
Papa Bonifácio IX (1389-1404); <ITALIANO>
Papa Inocêncio VII (1404-1406); <ITALIANO>
Papa Gregório XII (1406-1415); <ITALIANO>
<<<INTERVALO DE SEDE VACANTE (1415-1417)>>>
Papa Martinho V (1417-1431); <ITALIANO>

IMAGEM:

O "Cavalelro Kadosh" (trigésimo grau da maçonaria, do Rito Escocês Antigo e Aceito), golpeando a tiara papal e a coroa real, está destinado a causar uma vingança pelo assassinato de Jacques de Molay. Da esquerda para a direita, as caveiras são respectivamente coroadas com um Triregnum Papal, com uma coroa de louros e com uma coroa real ornada da flor-de-lis. Para os maçons representam o papa Clemente V, Jacques de Molay e o rei Felipe, o Belo.
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DOM VITAL, O SANTO CRUCÍFERO



FONTE: http://www.domvitaldeoliveira.org/biografia/
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A MAÇONARIA É LUCIFERIANA, PORTANTO ANTI-CLERICAL, CONTRA A VIDA HUMANA E A FAMÍLIA


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O ABORTO É O SACRIFÍCIO AO DEMÔNIO BAAL


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A NEO-DIREITA BRASILEIRA SOB A HERESIA OLAVISTA



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A "IGREJA" FUNDADA NO "CONCÍLIO LIBERAL VATICANO II" É CISMÁTICA



“A "igreja conciliar" é uma Igreja cismática, porque rompe com a Igreja Católica como sempre foi. Ela tem novos dogmas, o seu novo sacerdócio, as suas novas instituições, o seu novo culto, todos já condenados pela Igreja em muitos documentos, oficiais e definitivos. Esta Igreja Conciliar é cismática porque tomou por base, para o seu aggiornamento, princípios opostos aos da Igreja Católica, como o novo conceito da Missa expressa nos números 5, do Prefácio do [decreto] ‘Missale Romanum’, e 7, do seu primeiro capítulo, que atribui à assembleia um papel sacerdotal que não pode exercer; como, similarmente, o natural – vale dizer aqui: divino – direito de toda a pessoa e de todo o grupo de pessoas à liberdade religiosa. Este direito à liberdade religiosa é blasfemo, pois atribui a Deus objetivos que destroem a Sua Majestade, a Sua Glória, a Sua Realeza. Este direito implica liberdade de consciência, liberdade de pensamento, e todas as liberdades maçônicas. A Igreja que afirma tais erros é ao mesmo tempo cismática e herética. Esta Igreja Conciliar é, portanto, não católica. Na medida em que Papa, bispos, sacerdotes e fiéis aderirem a esta nova Igreja, eles se separam da Igreja Católica”

[ Dom Marcel Lefebvre, 29 de junho de 1976, por ocasião da sua suspensão “a divinis” por Paulo VI ]

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“É preciso resistir, absolutamente resistir, resistir a qualquer custo. E agora chegou ao que, sem dúvida, vos interessa; mas eu digo: Roma perdeu a Fé, caros amigos, Roma está na apostasia. Estas não são palavras, não são palavras (disparadas) no ar que vos digo, é a verdade! Roma está na apostasia. Não se pode mais dar confiança a essa gente. Eles abandonaram a Igreja; abandonam a Igreja, é certo, certo, certo. Eu resumi isto ao Cardeal Ratzinger em poucas palavras, porque digamos que é difícil resumir toda esta situação, mas eu lhe disse: ‘Eminência, mesmo se Vós nos concedeis um Bispo, mesmo se nos concedeis certa autonomia em relação aos Bispos, mesmo se nos outorgasses toda a liturgia vigente até 1962 e nos permitisses continuar a obra dos seminários da Fraternidade tal como o fazemos atualmente, nós não poderíamos colaborar convosco; é impossível, impossível, porque nós trabalhamos em duas direções diametralmente opostas: Vós trabalhais em prol da descristianização da sociedade, da pessoa humana e da Igreja, enquanto os nossos esforços estão dirigidos para a cristianização. Não podemos, portanto, nos entender’.

[ Fideliter n. 66 – Setembro-Outubro de 1988 ]

Por Eduardo Almeida​
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TRUMP APOIADO PELOS PROTESTANTES EM PROL DO ESTADO SIONISTA DE ISRAEL

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Fonte: https://www.breakingisraelnews.com/109889/trump-evangelicals-more-appreciative-of-us-embassy-jerusalem-move-than-jews/
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MONARQUIA OU REPÚBLICA? CATÓLICA!

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GABRIEL GARCIA MORENO: UM PRESIDENTE EUCARÍSTICO

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O homem inflexível diante dos tiranos, dobrava os joelhos diante de Deus com a simplicidade de uma criança. Havia passado seus primeiros anos, na mais terna devoção, com a ideia de consagrar-se ao serviço do Altar. Durante as férias que costumava passar em Monte Cristo, na casa de seu irmão, pároco (curador de almas) desta cidade, não era visto mais que na Igreja, rezando com fervor. O restante do tempo ele passava em seu quarto entre os livros. Se as primeiras tempestades da vida pública detiveram um pouco seus arranques até Deus, temos visto como se voltou para o Bom Deus com as provações do desterro. Desde então não cessou de avançar na vida espiritual.

Um professor alemão da Escola Politécnica, que durante os longos anos que passou em Quito, teve a oportunidade de tratar com intimidade o devoto presidente, e até de visitar-lhe em sua fazenda, onde costumava ir de vez em quando para tirar um dia de descanso, não podia reprimir sua admiração ao recordar estas virtudes. “Sempre estava me edificando, escreve, pela sua bondade e amabilidade encantadora, que sem dificuldade era grande, e sobretudo, por sua profunda piedade. Pela manhã, na hora da Missa, ele ia a sua capela, ele mesmo preparava os ornamentos e ajudava na Santa Missa na presença dos seus familiares e dos habitantes do lugar. Se hes tivessem visto com sua elevada estatura, suas feições pronunciadas, seus cabelos brancos e sua postura militar; se tivessem tido a oportunidade de ler como nós, naquela fisionomia o Temor de Deus, a Fé Viva, a Esperança Firme e a Caridade Ardente que seu coração estava cheio, entenderias o respeito que a todos davam na presença deste homem do Senhor”.

Exigindo-se em um jubileu, a assistência em três procissões para ganhar a indulgência, fez-se presente mesmo que em atenção as suas muitas ocupações podia legitimamente solicitar uma substituição destas obras: — “Livrai-me Deus! contestou; eu sou um cristão como qualquer outro.” Participou, pois, das três procissões com a sua esposa e seu filho, com a cabeça descoberta, e sem guarda-sol, apesar da quentura de um dia ensolarado. Deu mais ou menos a mesma resposta, ao superior de uma ordem religiosa, que para evitar que o presidente caminhasse todas as semanas por quinze minutos, ofereceu-lhe enviar o seu confessor. “Meu padre – contestou - é o pecador que tem que procurar o juiz, e não o juiz que deve andar procurando o pecador.”

Sua piedade, cume da sua confiança e amor, levava-lhe a todas as devoções autorizadas pela Igreja, e em primeiro lugar, ao Santíssimo Sacramento, privilégio do seu culto. Fazia-lhe frequentes visitas, permanecendo prostrado diante do altar, com um sentimento de profunda adoração. Era sua alegria poder comungar todos os domingos, e ainda durante a semana, se houvesse alguma festividade litúrgica. Quando o santo viático era levado para um enfermo, o presidente tinha muita honra em escoltar o seu Santo Deus com uma vela nas mãos, no meio do seu povo. Nas procissões de Corpus Christi, via-se o Chefe de Estado com seu belo uniforme de Major-General com todas as suas condecorações, tomar a bandeira e preceder o palio, como um servo que vai anunciando o seu Mestre. Os demais oficiais cediam uns aos outros as varas do palio, ou buscavam alguma sombra nas paredes, mas o presidente mantinha-se firme durante a procissão, no meio da rua, ignorando o sol para não afastar-se do Santíssimo Sacramento. Suplicaram-lhe um dia que se cobrisse para evitar uma insolação, porém imediatamente protestou, dizendo que não iria cobrir a cabeça diante de seu Deus.

Quando ele rezava nas igrejas, era visto tão absorvido na oração, que às vezes falava em voz alta, sem reparar nele mesmo. Mais de uma vez o ouviram exclamar: “Senhor, salva o Equador!”. O segredo da sua vida de estadista foi, como havia se comprometido: “Conservar-se sempre na presença de Deus”. Várias pessoas que entraram em seu escritório contam que algumas vezes o encontraram ajoelhado diante de um crucifixo. Era conhecida a sua devoção a Cruz. Ao ser surpreendido, levantava-se sorrindo, um pouco encabulado, pedia desculpas por não ter percebido a presença do visitante ou do empregado.

Quando encontrava-se diante de um sacerdote, sua humildade tomava a forma de reverência. Numa certa ocasião, um padre capuchinho, que estava de passagem por Quito, foi visitar-lhe; ao vê-lo, tirou o chapéu. “Cubra-se, pelo amor de Deus, padre”, lhe disse, enquanto ele descobria a sua cabeça. O padre replicou: “Não posso cobrir-me diante do presidente da República”. Ao que García Moreno contestou: “Padre, o que é um Chefe de Estado diante de um ministro de Deus?”.

Em uma missão, o Padre Luis López o observou ao final da fila dos homens para se confessar, e foi diretamente ao presidente e lhe disse: “Exmo. presidente, sem dúvida a sua excelência tem ocupações urgentes de governo. Eu posso atendê-lo de imediato para a confissão; “Padre López, contestou o Chefe de Estado, tenho que dar exemplo ao meu povo, portanto devo respeitar a vez”. O missionário, edificado e cheio de admiração, voltou para o seu confessionário; enquanto que o Chefe de Estado esperou pacientemente até que chegasse sua vez para a Confissão. No dia seguinte, não pôde Gabriel García Moreno conter as lágrimas de alegria, ao ver uma espessa multidão de homens aproximando-se da Mesa da Comunhão, depois de muitos anos sem fazê-lo, haviam se confessado e preparavam-se para comungar o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eufórico saiu de casa naquela tarde, com o objetivo de presidir a clausura daquela missão.

Mas onde se viu a sua maior CONFIANÇA e AMOR por Nosso Senhor Sacramentado, foi no dia 25 de março de 1874, dia que Consagrou sua Pátria ao Sagrado Coração de Jesus, na Missa da Consagração oficializada pelo Arcebispo de Quito, Monsenhor Ignacio Checa y Barba, depois do Santo Evangelho – no sermão/homilia - subiu ao púlpito o Cônego Rafael Gonzales Calixto e falou do significado da Consagração que se faria dentro de uma hora, após isto, a Santa Missa é retomada, dada a comunhão ao Presidente e a multidão presente.

Terminado o Santo Sacrifício da Missa, o Santíssimo Sacramento foi exposto, e se deu a leitura da fórmula da Consagração redigida pelo padre jesuíta Manuel Proaño, a frente estão Mons. Ignacio Checa y Barba representando o clero e o presidente Gabriel García Moreno representando o Estado, ambos recitam o texto, e o povo repete as palavras daquela oração histórica que começa assim: "Senhor, este é o seu povo. Sempre meu Jesus, ele te reconhecerá por seu Deus". Para tal ato, Gabriel García Moreno mandou pintar um quadro do Coração de Jesus de meio corpo, com olhar suplicante ao seu Pai Celeste, com os raios de Seu Coração iluminando o mundo especialmente o Equador que foi consagrado. Este quadro foi uma obra do pintor Rafael Salas que o pintou em Roma e teve a benção do Papa Pio IX, foi utilizado na Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus no dia 25 de março de 1874, sendo o primeiro país do mundo a fazê-la.

No dia 6 de agosto de 1875 - dia da Transfiguração do Senhor - às seis da manhã, como de costume o presidente se dirigiu para a igreja de São Domingos para assistir a Santa Missa. Era a primeira sexta-feira do mês, especialmente dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Como outros muitos fiéis, o presidente aproximou-se da Sagrada Mesa da Comunhão, e recebeu a Santa Eucaristia, sem dúvida como viático para a sua última viagem; porque depois de tantas ameaças e advertências recebidas de todos os lados, não podia ignorar que se encontrava em perigo de morte. Sem dúvida alguma, por isso prolongou a sua ação de graças até as oito da manhã.

Antes de entrar no Palácio de Carondelet, o presidente quis adorar o Santíssimo Sacramento que estava exposto na Catedral. Durante um bom tempo ficou ajoelhado nos ladrilhos da igreja, absorvido no mais profundo recolhimento. Como ao aproximar das trevas, os objetos criados desaparecem e a natureza se repousa em profunda calma, o Bom Deus naquele momento supremo, afastando da alma de seu servo toda a memória dos seres criados, atrasou-lhe docemente o repouso - do presidente - na união celeste.

E a teria prolongado ainda mais, se um homem desconhecido não tivesse se aproximado e avisado-lhe que o estavam esperando para um negócio muito urgente. O Presidente levantou-se imediatamente, saiu, subiu as escadas do Palácio, e já avançava até a porta, quando um homem de apelido “Rayo” que o vinha seguindo, sacou debaixo da sua capa um facão, golpeando-lhe pelas costas. Rayo e o seu grupo de assassinos mercenários atacaram-no, ferindo-lhe de morte com 14 golpes de facão e 6 tiros de armas de fogo. Em todo este transe, o presidente Gabriel Garcia Moreno pôde dizer a sua última frase como testemunho da Fé Católica: "DIOS NO MUERE" (DEUS NÃO MORRE).

Imediatamente foi levado para a Catedral de Quito diante do altar de Nossa Senhora das Dores, poucos minutos depois de receber os Santos Sacramentos, falece, cumprindo-se assim seu desejo que manifestou ao Papa Pio IX em uma carta: “Agora que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, vomitam contra mim toda espécie de injúrias atrozes e calúnias horríveis, procurando furtivamente os meios para me assassinar, necessito mais do que nunca da proteção Divina para viver e morrer em defesa de nossa Santa Religião e desta pequena República … Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de Nosso Divino Redentor, e que felicidade tão imensa para mim, se vossa bênção me alcançar do céu para derramar meu sangue por Aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu Santíssimo Sangue na Cruz por nós!”.

Assim foi que Gabriel Garcia Moreno entregou a sua vida, tornando-se mártir do Sagrado Coração de Jesus e em modelo para outros cristãos. Poucos conhecem a história deste político Católico. Gabriel García Moreno soube simplesmente acolher o Evangelho na sua vida, e pela sua Fé serviu a sua Pátria. Sua morte se converteu em um testemunho de fidelidade à Nosso Senhor Jesus Cristo e da Sua Santa Igreja, e um exemplo para que outros homens e mulheres, dispostos a servir generosamente seu povo como políticos Católicos, estejam preparados para a graça suprema do martírio.

CRÉDITOS:
Carlos Guerrero (historiador Garciano)
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O TALMUDISMO-CABALISTA, A MAÇONARIA E O PROTESTANTISMO

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O protestantismo veio-nos da Alemanha e sobretudo de Genebra. Ele foi bem denominado. Era impossível qualificar a Reforma de Lutero com uma palavra diferente de protesto, porque ela é protesto contra a civilização cristã, protesto contra a Igreja que fundara essa civilização, protesto contra Deus, do qual essa civilização emanava. O protestantismo de Lutero é o eco sobre a terra do “non serviam” de lúcifer. Ele proclama a liberdade, a dos rebeldes, a de Satã: o liberalismo. Ele diz aos reis e aos príncipes: “Empregai vosso poder para sustentar e para fazer triunfar minha revolta contra a Igreja e eu vos entrego toda a autoridade religiosa”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo IV, pág. 42)

No número de 29 de agosto de 1902, o Gaulois reproduziu um artigo do Opinion Nationale que remonta ao mês de julho de 1866. Aplaudia-se aí o triunfo da Prússia em Sadowa e dizia-se: “Somos pelo enfraquecimento da Áustria, porque a Áustria é uma potência católica que deve ser suplantada pela Prússia, baluarte do protestantismo no centro da Europa. Ora, a missão da Prússia é protestantizar a Europa, como a missão da Itália é destruir o pontificado romano. Eis as duas razões pelas quais nós somos simultaneamente a favor do engrandecimento da Prússia e do engrandecimento da Itália”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLII, pág. 334-335)

A primeira obra foi dissolver a Cristandade, quebrar a unidade católica. Foi cumprida no século XVI, com as heresias e os cismas. A segunda, a que agora está terminando, foi subordinar as nações católicas às nações protestantes. Para isso houve acordo, mais ou menos aberto, entre a Inglaterra e a seita. No século XVIII a Inglaterra semeou as lojas em todos os pontos da Europa. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIII, pág. 345)

Fazer de todos os Estados do antigo e do novo mundo departamentos de uma só e mesma república, sujeitar todos os povos ao governo de uma Convenção única, não é senão um aspecto do plano traçado pelo Poder Oculto que dirige a seita judaico-maçônica e através dela o movimento revolucionário. O plano inteiro foi exposto em 1861, nos Arquivos Israelitas com um estilete que grava todos os caracteres no espírito. “Assim como Jesus substituiu a autoridade dos deuses estabelecidos pela Sua e encontrou sua mais alta manifestação no seio de Roma, assim um messianismo dos novos dias deve eclodir e se desenvolver; assim uma Jerusalém da nova ordem, santamente assentada entre o Oriente e o Ocidente deve substituir a dupla cidade dos Césares e dos Papas”. A Jerusalém que deve substituir a cidade dos Césares é, vimos nos capítulos precedentes, a república universal. A Jerusalém da nova ordem que deve substituir a cidade dos Papas é o messianismo dos novos dias que vamos estudar agora. Essas são as duas naves do Templo que o Poder Oculto construiu através da ação combinada dos judeus e dos maçons com o concurso dos protestantes, que absolutamente não vêem que seu ódio contra Roma os empurra para a sua própria ruína. Internacionalistas, democratas e modernistas trabalham mais ou menos conscientemente para a mesma obra. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIV, pág. 353)

Todo o espírito da Maçonaria é o mesmo do judaísmo, em suas crenças mais elementares, suas idéias, sua linguagem e principalmente em sua organização. A esperança que ilumina e suporta a Maçonaria é a mesma que ilumina e suporta Israel. Seu remate será esta maravilhosa casa de pregaria, da qual Jerusalém será o centro triunfante e símbolo. (“La Verite Israelite”, periódico judaico, de 1861, pg. 64)

É certo de que havia judeus na origem da Maçonaria. Certos ritos provam que eram judeus cabalísticos. (Bernard Lazare em “L’Antisemitisme”)
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GABRIEL GARCIA MORENO: O MAIS CATÓLICO DOS PRESIDENTES

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21 de novembro de 1852. Debaixo de uma enorme tempestade, uma cena trágica está se passando na cidade de Quito, capital do Equador. O ditador Urbina havia assinado um decreto iníquo, expulsando todos os jesuítas do país. Uma grande multidão, indiferente à chuva, se reuniu em frente do convento para assistir à saída dos religiosos que partem para o exílio. Bem junto à porta, um jovem com uma perna ferida e necessitando usar muletas, também espera. Ele é amigo do padre superior, e, quando este sai, o jovem lhe diz:

– “Dentro de dez anos os senhores estarão de volta, e então nós cantaremos juntos o “Te Deum” na Catedral”.

Os padres, um a um, vão saindo. O último é um noviço de apenas dezessete anos. Esse não tem obrigação de ir embora, porque o decreto expulsa apenas os padres. Dá-se então uma cena impressionante: a mãe do rapazinho, querendo de todas as formas segurar o seu filho, vem chorando e se deita à sua frente, barrando a saída, e impedindo-o de passar. O rapaz hesita, e pensa em desistir. Nesse instante, a voz autoritária e decidida do moço de muletas se faz ouvir:

 – “Firme, Manoelito! Firme!”

Estimulado por este brado, Manoelito cria ânimo, pula por sobre o corpo de sua mãe, e segue com os outros para o exílio e para a glória.

A multidão se dispersa aos poucos, debaixo da chuva. O último é o moço de muletas, que se deteve para uma breve oração, e depois se afasta lento e pensativo. O jovem Gabriel García Moreno fazia planos para o porvir.

Um mês depois da expulsão dos jesuítas, García Moreno fundou um jornal (“La Nación”) com a finalidade de combater os crimes do governo. O ditador lhe mandou dizer que se ele publicasse o segundo número seria expulso do país. Ele respondeu:

– “Eu tinha numerosos motivos para publicar o meu jornal. Agora tenho mais um: o não desonrar-me cedendo às suas ameaças”.

Ele publicou o segundo número e foi expulso do Equador, seguindo depois de algum tempo para Paris. Na capital da França, influenciado pelo ambiente mundano, ele foi pouco a pouco perdendo o ânimo e a vontade de lutar. Foi então que se deu um fato providencial, que lhe abriu os olhos para o perigo que estava correndo, e lhe ajudou a melhorar.

“HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ NÃO SE CONFESSA?”

Certo dia em que um grupo de estudantes atacava a religião católica, García Moreno pôs-se a defendê-la com ardor. Um dos rapazes lhe objetou:

– “Você falou bem, mas eu acho que não pratica o que fala. Há quanto tempo você não se confessa?”

 Desconcertado por um instante, García Moreno respondeu:

 – “Esse argumento vos parece bom hoje, mas eu lhe dou a minha palavra que amanhã não valerá mais.”

Deixando o local, fez uma longa meditação e depois foi diretamente se confessar. No dia seguinte recebia a comunhão. Retornou então a seus atos de piedade para nunca mais deixá-los. Comungava quase todos os dias, e rezava diariamente o terço, devoção que sua mãe lhe havia ensinado.

DE VOLTA AO EQUADOR

Em 1856 o ditador Urbina deixou o poder e García Moreno pôde voltar ao Equador. Imediatamente fundou um novo jornal (“La Unión Nacional”), para combater o novo governo, que também não apoiava a Igreja. Em 1857 é eleito senador, e apresenta projeto de lei proibindo a maçonaria no país, alegando que esta era uma seita condenada pela Igreja, e que portanto não poderia ser admitida num país católico como o Equador. Por causa dessas atitudes recebeu várias ameaças de assassinato, que só não se cumpriram porque o povo o rodeava e protegia em qualquer lugar que estivesse.

Em 1859 uma revolução depõe o governo, e García Moreno assumia a chefia do governo provisório. Em 1861 é eleito regularmente presidente da República, e seu primeiro ato é chamar de novo os padres jesuítas. O exílio havia durado exatamente dez anos.

OS FRUTOS DO GOVERNO CATÓLICO

“Ditoso é o povo cujo senhor é Deus”, diz a Sagrada Escritura. E ditoso foi o Equador enquanto foi governado por esse presidente que em tudo era fiel e submisso a Deus.

O primeiro período da presidência de García Moreno foi de 1861 a 1865. Deixando o poder então, pois a lei não permitia a reeleição, foi novamente eleito em 1870, pela maioria absoluta e triunfal. Os historiadores são unânimes em afirmar que nunca o Equador teve tanto desenvolvimento e progresso. Abriram-se estradas de ferro e de rodagem por todo o país; fundaram-se escolas em todas as aldeias; as populações indígenas foram protegidas e receberam educação; construíram-se hospitais; abriram-se colégios e universidades. Os roubos e os abusos administrativos foram combatidos de forma radical e inexorável.

A CONSAGRAÇÃO

Mas García Moreno sabia que só existe verdadeiro progresso onde há verdadeira moral, e só há verdadeira moral onde se pratica a verdadeira religião. Por isso, mandou pedir aos redentoristas espanhóis que viessem – com todas as despesas pagas pelo governo – pregar uma grande missão em todo o Equador. E ao mesmo tempo, por sugestão do padre Manoel Proaño (o “Manoelito”, que anos antes ele havia estimulado para Deus e para a fé), mandou pedir aos bispos do Equador que consagrassem o país inteiro ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Os bispos, aproveitando a ocasião de um concílio provincial, fizeram a consagração. Imediatamente o Congresso, por unanimidade a transformou em lei, que García Moreno solenemente assinou. A 18 de outubro de 1873, o Diário Oficial publicou a lei em sua primeira página, impressa não com tinta comum, mas com letras de ouro. E no dia 25 de março de 1874, em todas as igrejas do Equador, o clero, os governantes e todo o povo recitaram em conjunto a consagração solene, acompanhada pelos toques de sino, e pelas salvas de canhão.

“Este é, Senhor, o vosso povo (…). Nossos inimigos insultam nossa fé, e se riem de nossas esperanças, porque elas estão em Vós (…).

 “Que o Vosso coração seja o farol luminoso de nossa fé, a âncora segura de nossa esperança, o emblema de nossas bandeiras, o escudo impenetrável de nossa fraqueza, a aurora formosa de uma paz imperturbável, o vínculo estreito de uma concórdia santa, a chuva que fecunda nossos campos, o sol que ilumina nossos horizontes, e enfim, a prosperidade e a abundância que necessitamos para levantar templos e altares onde brilhe, com eternos resplendores, Vossa Santa Glória (…)”

E o imponente rugido dos canhões, e o bimbalhar solene dos sinos, e a música festiva das bandas militares anunciavam ao mundo inteiro que aquele pequeno povo não tinha medo de se dizer católico, e diante de um mundo ímpio e ateu, não se envergonhava de levantar bem alto o estandarte da verdadeira fé.

CARREGANDO A CRUZ

Pouco tempo depois os padres redentoristas chegaram ao Equador, e deram início a pregação das missões. Apesar das chuvas torrenciais, as igrejas estavam repletas, com milhares e milhares de fiéis. O próprio presidente, o delegado apostólico, e o arcebispo de Quito não perdiam uma só pregação. A 24 de abril teve lugar a comunhão geral das mulheres. No dia seguinte, milhares de homens invadiram as igrejas para se confessar. García Moreno foi à catedral, e envolto em sua capa, se ajoelhou na fila, atrás do último penitente. O confessor o viu e lhe foi falar: “Excelência, vós deveis ter muitas ocupações. Eu o atenderei antes em confissão.” E García Moreno: “Padre, eu tenho que dar o exemplo a meu povo, eu aguardo a minha vez.”

No dia seguinte, depois da triunfal comunhão dos homens pela manhã, haveria o encerramento da missão à tarde, com a procissão da Santa Cruz. Para tal havia sido preparada uma cruz enorme, que dezenas de homens juntos deveriam carregar.

No sermão de encerramento, o pregador comentou que antigamente reis e governantes “eram crentes e fervorosos, e não se envergonhavam de seu Deus, ainda que fosse um Deus crucificado. Mas (continuava ele) agora não existe mais nem sombra daqueles homens. Em seu lugar, temos reis do baralho, e presidentes da república de papel…”

O padre não pôde continuar falando. O presidente se pôs de pé, e extendendo o seu braço para o pregador, disse em alta voz:

“Padre López, o senhor mente! Eu, presidente dessa república, não me envergonho de Cristo Crucificado. Eu também irei carregar a Cruz!”

O padre, que não queria outra coisa, encerrou logo o sermão, e a procissão se iniciou.

García Moreno, todos os ministros de Estado, e todos os altos funcionários do governo percorreram as ruas de Quito carregando a enorme cruz. E o presidente não deixou que o substituíssem: “Não quero que isto seja apenas uma cerimônia”. E prosseguiu até o fim, tendo-se aberto uma chaga em seu ombro, como resultado de seu ardor.

Pouco tempo depois, uma revista maçônica comentou: “Quando soubemos que esse homem havia levado processionalmente uma cruz pelas ruas de Quito, vimos que a medida estava cheia, e decretamos a sua morte.” Na Europa, vários jornais maçônicos comentaram abertamente que logo García Moreno iria morrer.

DEUS NÃO MORRE!

6 de agosto de 1875. Pela manhã, o senhor presidente e sua Exma. esposa estiveram na Igreja de São Domingos, onde S. Excia. assistiu à Santa Missa, e recebeu a Sagrada Comunhão. Agora, uma e quinze da tarde, García Moreno caminha para o Palácio do Governo. No caminho entra na Catedral e adora o Santíssimo Sacramento, exposto solenemente, por ser esta a primeira sexta-feira do mês.

Dez minutos depois, S. Excia. prossegue o seu caminho, e sobe as escadas que conduzem ao balcão do palácio. Então, um grupo de pessoas o cerca, e um deles, por trás, lhe desfere na cabeça um violento golpe de machado. Dois outros se adiantam e lhe dão vários tiros à queima-roupa. De novo outra machadada ainda mais forte o atira no chão, e de novo os revólveres disparam sobre ele.

Seu corpo é atirado do balcão para o chão da praça, ainda com vida. Ao perceber isso, o assassino furioso desce do balcão e prossegue desferindo machadadas sobre o corpo indefeso do presidente. E grita: “Morre, hipócrita! Morre infame! Jesuíta com casaca! Morre, tirano!” E então, García Moreno, num supremo esforço, levanta a cabeça e diz: “Deus não morre!”

O assassino tenta fugir, mas logo se forma um tumulto, e ele é preso e linchado pelo povo enfurecido. O presidente, ainda vivo, é transportado para o interior da catedral, e diante do Santíssimo Sacramento exposto, recebe a extrema unção. E alguns instantes depois, a alma desse verdadeiro católico voou para o céu.

Bibliografia: Ricardo Pattes, “Gabriel García Moreno y El Ecuador de su tiempo” – México, 1962; Severo Gomes Jurado, SJ., “La Consagración” – Quito, 1973.
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GARCIA MORENO E SEU AMOR AO CRISTO CRUCIFICADO

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O presidente do Equador teve uma grande devoção pela Cruz de Cristo e como se verá adiante, desejava alcançar o que ela simboliza: o martírio. Existe em Gabriel Garcia Moreno, nos últimos anos da sua vida, uma estranha ambição: a de sofrer e morrer por Cristo. Existe esse desejo extraordinariamente raro nos cristãos mais virtuosos, que só é próprio dos Santos.

Este desejo de dar a vida por Cristo és, sem dúvida, o que infunde em Gabriel Garcia Moreno sua honrosa devoção pela Cruz. Por essa devoção ele ama tanto a Pio IX, a quem ele considera, por ter perdido os seus estados pontifícios, recebido humilhações e viver como prisioneiro no Vaticano. Recordou o lema que se aplica a este grande papa: Crux de Cruce, ou seja, a cruz que vem da Cruz. A cruz é o símbolo do sofrimento e do martírio.

Nela morreu Nosso Senhor Jesus Cristo. Como Gabriel Garcia Moreno poderia não amá-la? E como não aspirá-la o presidente Católico por excelência, um católico que sentiu a Paixão de Cristo? Ninguém entre os presidentes, tem feito pela Igreja e por Cristo, no mundo inteiro, o que fez o presidente do Equador. Sabia que a sua obra, que era Católica, consequentemente atraía o ódio dos inimigos de Cristo. E sabia que morrendo pela Santa Igreja e por Cristo, ele completaria essa obra. Não somente ganharia muitas almas para Cristo na América, mas no mundo inteiro. Por isto, ele desejava derramar o seu sangue. Não era “só” a sua salvação que ele procurava, a reparação dos seus grandes pecados, o perdão de Deus pela morte de Borja, pelos fuzilados de Jambelí, mas a salvação da Igreja na América e o Reinado de Cristo nos corações.

Por aqueles dias do mês de abril de 1874, realizou-se em Quito (capital do Equador) uma missão presidida pelos padres redentoristas. Ao seu final, Gabriel Garcia Moreno iria dar diante dos equatorianos e perante o mundo inteiro, um magnífico testemunho do seu amor pela Cruz. Seria um evento retirado da Idade Média, cujo protagonista poderia ter sido São Luís (Luís IX) rei da França, São Fernando rei de Castela ou Godofredo de Bouillon. Porém estamos em Quito, na sua praça maior, com os seus velhos casarões coloniais e sua magnífica Catedral. A Igreja cheia de competência, ali se encontrava o Presidente, os seus ministros, também numerosos nobres, estudantes, trabalhadores e índios, todos unidos pela fé em comum. Como recordação da missão, os padres - redentoristas - haviam presenteado a cidade com uma enorme cruz, de seis metros de comprimento, tomada em bloco e sem cortes de uma única árvore, que seria levada em procissão pelas ruas da cidade, para finalmente ser entronizada na Catedral.

Um dos missionários, o Padre Luiz Lopez pronunciou diante dos presentes uma alocução. Recordou que a Redenção nos veio através da Cruz, prosseguiu dizendo, que agora ao seguir com ela pelas ruas de Quito em procissão, o triunfo de Cristo nosso Redentor estava sendo recordado. Acrescentou, que séculos atrás, o imperador Heráclio com os pés descalços e vestido de plebeu, havia carregado sobre as suas costas a Cruz do Calvário, aquela mesma Cruz que havia morrido Nosso Senhor Jesus Cristo, e que após ter sido capturada pelos persas, acabara de ser devolvida ao Império Cristão.

Em seguida o missionário voltou-se para o local em que o então presidente Gabriel Garcia Moreno estava sentado, e com uma solene e compassada voz disse: “Assim eram antigamente os Reis e os Imperadores do mundo: crentes e fervorosos. Respeitavam as leis divinas e não se envergonhavam do seu Deus, embora fosse um Deus crucificado. Mas agora já não existe nem sombra daqueles magistrados. Em seu lugar temos reis de baralho e presidentes de repúblicas de papel”. Não podendo continuar falando o orador, pois imediatamente sua frase foi interrompida pela intervenção de Gabriel Garcia Moreno, que pondo-se de pé e estendendo o seu braço para o pregador, com forte e sonora voz lhe disse: Padre Lopez, você mente! Eu, presidente desta República, não me envergonho de Cristo Crucificado, eu também carregarei a cruz sobre os meus ombros.

Ali estava uma enorme cruz que “aguardava” para ser carregada pelos fiéis. De repente, para surpresa de todos os que estavam presentes: “Que irá fazer o presidente república?” Aproxima-se da cruz e deseja levá-la sobre os seus ombros. Os olhos de todos os assistentes arregalaram-se de espanto. Alguns enchem os olhos de lágrimas pela tamanha emoção. A voz se difunde no local, mas à medida que a procissão começa, as pessoas vão à praça, cria-se uma multidão como raras vezes havia-se visto em Quito.

E então a cidade assiste ao mais extraordinário dos espetáculos: o doutor Gabriel Garcia Moreno, o ex-reitor da universidade, o general e chefe de exército, o escritor, o sábio, o legislador, o presidente da república, começou a caminhar lentamente, levando sobre seus ombros, a Cruz em honra a Nosso Senhor Jesus Cristo, pelas ruas atônitas e comovidas da velha capital. E o povo lhe segue, estupefato, cheio de lágrimas, sem acreditar em seus próprios olhos. O ministro do interior lhe ajuda.

Disse um de seus inimigos - acreditando ridicularizar o então presidente - que naquela imitação da Via Crucis, o presidente tem um Cirineu e que em certa parte do caminho, uma mulher que ao vê-lo agoniado e suado, lhe oferecerá uma xícara de caldo. Longe de ridicularizá-lo, o engrandece com isto. Ele mesmo vem a ser um outro Cristo, um imitador do Filho da Virgem Maria. Para ele era uma honra carregar a cruz, e apesar de não morrer crucificado, talvez ele já soubesse, pela sua brilhante percepção que suportaria por Cristo um martírio. E lá vai o presidente da República, com a cruz nas costas, vai entre orações e lágrimas, aos olhares com expressões de assombro e admiração.

Todos compreenderam, ou acabarão por compreender um ano mais tarde, o significado do que estão presenciando. E lá vai pelas ruas de Quito, enquanto os sinos são alçados em voo, diante das montanhas gigantescas com a Cruz de Cristo Jesus sobre seus ombros, em um sublime ato de humildade e de fé, o presidente da república, o doutor Gabriel Garcia Moreno, convertido em outro Cristo. Ao inteirar-se desse feito, os maçons da Europa publicaram em um livro a seguinte expressão: “Quando soubemos que este homem havia levado em procissão uma cruz em Quito, descobrimos que já havia chegado ao limite e decretamos a sua morte”.

Para um religioso que confidencialmente lhe relatava quanto sofria da parte de seus inimigos, lhe consolou dizendo: Compadeço vossas penas, porém haveis tido magnífica ocasião de juntar tesouro para a eternidade. Os golpes que lhes são dados parecem menos duros, se os comparar com os que eu estou recebendo todos os dias. Faça como eu, ponha os ultrajes aos pés da cruz, e peça ao Bom Deus que perdoe os culpados. Peça que lhe dê bastante força, não só para fazer o bem aos que derramam sobre ti essas palavras e por escreverem as torrentes de ódio que guardam nos seus corações, mas para regozijar-se diante de Deus por ter que sofrer algo em união com Nosso Senhor.

Gabriel Garcia Moreno tinha a certeza de que sua morte já havia sido decretada pelos seus inimigos, porém isso não lhe causa medo. Sabia que entre esses inimigos encontrava-se a maçonaria, que o considerava como o homem do sobrenatural, o homem de Cristo. Por isso não lhe causava desgosto a perspectiva de sua morte. Pouco antes de cair apunhalado sob seus homicidas, escreveu para um amigo íntimo que estava na Europa: “Vou ser assassinado. Estou feliz de morrer pela santa Fé, nos veremos no céu.” Dias atrás, numa carta ao Papa Pio IX informou-lhe que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, procuravam “sigilosamente” fazê-lo desaparecer. Por isso, disse-lhe, “necessito, mais do que nunca, da proteção divina para viver e morrer em defesa da nossa Santa Religião e desta pequena república. E acrescenta: “Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de nosso Divino Redentor! E que felicidade tão imensa seria para mim, se vossa bênção me chegasse do Céu para derramar meu sangue por Ele, que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz, por nós”!

Chega o dia 6 de agosto de 1875, Gabriel Garcia Moreno comunga o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santa Eucaristia e adora o Santíssimo Sacramento, neste mesmo dia antes de ingressar no palácio presidencial, é vitimado através de facãozadas, punhaladas e tiros, o presidente quase não consegue dizer a sua célebre frase como testemunho de sua Fé: “Deus Não Morre”. É levado a Catedral de Quito onde recebe os últimos auxílios da religião. Perdoa seus inimigos e morre na paz do Senhor no Altar de Nossa Senhora - Virgem - das Dores, aos pés da grande cruz que ele mesmo levou sobre seus ombros pelas ruas de Quito um ano atrás. Ao examinarem o seu cadáver, vulnerado por quatorze facãozadas/punhaladas e seis tiros, encontraram sobre seu peito uma relíquia da Cruz de Cristo, o escapulário da Paixão e do Sagrado Coração, e um rosário com a medalha de Pio IX. A efígie deste papa estava manchada em sangue, simbolizando desta maneira tão comovedora e íntima amizade que os havia unido no comum amor pela Santa Igreja. Igualmente foi encontrado em seu bolso a Imitação de Cristo por Tomás de Kempis com anotações diárias. Na última página estava escrito com lápis, daquele mesmo dia, três linhas que escreverá em toda a sua extensão: “Senhor meu Jesus Cristo, dá-me amor e humildade, e faça-me conhecer o que hoje devo fazer em vosso serviço”. Em resposta, o Bom Deus havia pedido-lhe o seu sangue e ele derramou, como último ato de seu serviço, “por aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz por nós”.
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ENTRE A FOICE E O COMPASSO



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