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EXTENSÃO DAS LINHAS FÉRREAS NO MUNDO

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ENTRE A FOICE E O COMPASSO



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ASTANA É A CIDADE ORIENTAL TÃO MAÇÔNICA QUANTO WASHINGTON (EUA)



ASTANA É UMA CIDADE ORIENTAL TÃO MAÇÔNICA QUANTO A CIDADE DE WASHINGTON NOS ESTADOS. É A CAPITAL DO CAZAQUISTÃO, QUE FAZ PARTE DA UNIÃO EUROASIÁTICA - QUE TEM COMO LÍDER A RÚSSIA - E É A CIDADE ONDE DOM ATHANASIUS SCHNEIDER, É O BISPO-AUXILIAR.

Astana é a primeira capital a ser construída no século 21, e representa perfeitamente para onde o mundo está caminhando à passos  largos, principalmente quando um maçom chega ao poder. Nursultan Nazarbayev, o presidente do Cazaquistão, apoiado por bilhões de petrodólares, está sendo construindo essa cidade à partir do zero, em uma área remota e deserta das estepes asiáticas. A cidade ainda é um grande canteiro de obras, mas os prédios que já estão concluídos já se somam à visão do presidente Nazarbayev sobre o ocultismo.

A pirâmide com o "olho de hórus", foi desenhada pelo arquiteto da Grã-Bretanha, Lord Norman Forster, esta pirâmide gigante é uma presença estranha no meio das estepes  asiáticas. Foster afirmou que o edifício não tem símbolos religiosos reconhecíveis, mas é para permitir o reagrupamento harmonioso das confissões de fé de todos. Na realidade, a pirâmide é um templo religioso ocultista, que é a adoração ao sol. Uma viagem ao interior deste edifício é verdadeiramente simbólico. Ela representa o caminho de cada ser humano até a iluminação. A substituição de todas as religiões, uma forma de neo-paganismo. Isto é o objetivo de todas as reuniões neste lugar. A cidade de Astana é verdadeiramente uma cidade da Nova Ordem Mundial. Em outras palavras, esta pirâmide, muito mais do que parentemente ser uma atração turística, é uma representação da filosofia dos iniciados no ocultismo. Como Cruikshanks Dan Rather disse enigmaticamente em seu documentário, é uma “representação do poder que virá”.

Também foi projetado pelo famoso arquiteto britânico Sir Norman Foster, o monumento que pretende encarnar um conto popular, que fala sobre a árvore mítica da vida e uma ave mágica da felicidade. O pássaro, chamado Samruk, tinha colocado o seu ovo na fenda entre dois ramos de uma árvore de álamo. O ovo – o globo de ouro na parte superior do monumento – representa, mais uma vez, o Sol, a divindade suprema. Esta “árvore da vida” representa o canal através do qual os espíritos vão deixar o mundo material e se juntar ao mundo divino. Este conceito é mais um recorrente (se não em todas as sociedades secretas) esotérico. Dentro do globo encontramos uma coisa enigmática, é um triângulo de ouro, onde está moldada a mão do presidente Nazarbayev nesta sala assinou um documento por representantes de dezessete confissões religiosas do mundo inteiro, representando a união de todas as religiões para o surgimento da Nova Ordem Mundial.

Os dois imensos pilares dourados na cidade simbolizam as colunas “Boaz & Jaquim". Existe também um pentagrama que foi desenhado na areia do deserto.

Manly P. Hall, maçom de Grau 33 e especialista em simbolismo oculto escreveu sobre o pentagrama:

“No simbolismo (ocultista, esotérico e alquímico), uma figura invertida sempre significa um poder pervertido. A  média das pessoas nem sequer suspeita das propriedades ocultas de um emblemático PENTAGRAMA INVERTIDO. O mago negro não pode usar os símbolos de magia branca sem derrubar sobre si as forças da magia branca, o que seria fatal para os seus planos nefastos. Ele deve, portanto, distorcer os hierogramas (símbolos) para que tipifiquem o fato oculto que ele próprio está distorcendo nos princípios para o qual os símbolos representam."
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HUM BILHÃO DE CRIANÇAS ABORTADAS NOS SEIS PAÍSES ADORADOS PELA "DIREITA" E PELA "ESQUERDA"

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PUTIN E TRUMP CHAMADOS PELO SINÉDRIO PARA CONSTRUIR O TERCEIRO TEMPLO DE JERUSALÉM

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O DISTRITO RUSSO "BIROBIDJÃO" FOI O PRIMEIRO ESTADO JUDAICO




Birobidjão é o nome do distrito da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), foi a “capital” da primeira nação judia moderna, para o qual a designação oficial era a "Região Autônoma Judaica". Fica localizada entre o extremo oriente russo e a Manchuria (China) com uma área de 36.000 km2, cerca de 8 mil quilômetros distante de Moscou, numa área inóspita localizada no final da ferrovia transiberiana. A partir de 1928, 20 anos antes da fundação de Israel, o local passou a ser administrado só por judeus. Ali eles construíram sinagogas e escolas que ensinavam iídiche, língua oriunda do germânico, escrita com caracteres hebraicos. O estado ainda existe, mas o sonho da Terra Prometida no país de Josef Stalin durou pouco.

Alguns judeus sonhavam com um território autônomo na Criméia, mas isto não foi possível. As ilusões de que o governo soviético tinha boas intenções na criação desta região deve ser dissipada ao olhar para o mapa da Rússia.

Em 1919, o Yevsektsiya (seção judaica do Partido Comunista Soviético) tinha avançado propostas para dirigir os judeus ao trabalho agrícola. Em 1923, Abraham Bragin, ex-sionista, defendia uma região autônoma judaica, que esperava encontrar na Ucrânia, especificamente na Criméia. Yuri Larin também defendeu a autonomia judaica na Criméia, ele esperava instalar 400 mil judeus na agricultura.

Em 1924, o governo soviético criou o Komzet, que era o comitê para o estabelecimento de judeus trabalhando no solo. Em 1925, foi criado o Ozet, com a esperança de ganhar o apoio de instituições de caridade judaicas no exterior para este projeto, trazendo moeda estrangeira para a URSS. Larin foi feito chefe do Ozet, e parecia que o projeto de uma área autônoma judaica ou estado na Criméia poderia se tornar uma realidade. O crítico literário comunista Moishe Litvanov se referiu entusiasticamente à Criméia como "nossa Palestina".

Em um discurso proferido no congresso da sociedade de colonização agrícola judaica, Ozet, em novembro de 1926, o presidente soviético Kalinin declarou: "O povo judeu enfrenta hoje a grande tarefa de preservar sua nacionalidade. A população judaica deve se transformar em uma população agrícola compacta, numerando pelo menos várias centenas de milhares de almas ". Kalinin observou que a política econômica soviética empobreceu os judeus, mas agora lhes daria a chance de reabilitação econômica e social. Este discurso foi saudado com entusiasmo pelos defensores do projeto da Criméia e pela base da Yevsektsya. No entanto, os líderes da Yevsektsya apoiaram a ideia, mas opuseram-se a sugestões de nacionalismo. Alexander Chemerisky, que foi o primeiro secretário do gabinete central da Yevsektsya foi equívoco. A princípio, ele declarou:

 "A maneira como o camarada Kalinin deve conversar e precisa falar como representante do governo é uma coisa, e a maneira que devemos falar é outra. Por que temos que concordar com sua opinião sobre a preservação da nação? "O partido não emitiu tal diretriz."

Logo ficou claro que haveria uma "região autônoma" judaica, mas não na Criméia. Chemerisky, de acordo com sua secretária Yasha Rives, disse em uma reunião do Yevsektzya e do Komsomol que o escritório central do Yevsektiya não percebera futuro algum na Criméia, e que "outras áreas deviam ser procuradas". Chemerisky havia sido secretamente chamado por Stalin, para lhe dizer que ele rejeitou Criméia. "Os judeus teriam uma terra", mas não a Criméia, Stalin decretou. (Os judeus na União Soviética Desde 1917: O paradoxo da sobrevivência, Nora Levin, parte I, NYU imprensa, 1988, p 149).

Os nacionalistas e os anti-semitas ucranianos e bielorrussos não queriam nenhuma parte da autonomia judaica dentro de seus territórios, e talvez Stalin não estivesse interessado em uma verdadeira autonomia judaica, especialmente uma tão próxima a Moscou. Uma expedição "científica" a Birobidjão em 1927 encontrou-a apropriada para o estabelecimento judaico, apesar do seu caráter desolado, pantanoso e pela falta das estradas.

A presidência do comitê executivo central da URSS declarou a região como um "distrito nacional judaico" aberto para o estabelecimento judaico em 28 de março de 1928, e em abril deste mesmo ano os primeiros colonos chegaram. As fazendas coletivas judaicas foram estabelecidas e o iídiche foi reconhecido como a língua oficial. A imigração continuou na década de 1930, sofreu reveses devido às purgas (as execuções) e a guerra, e foi revivida brevemente entre 1946 e 1948, pouco antes de Stalin "liquidar" os restos do Yevsektsya, torturando e assassinando os últimos lotes de entusiastas do Birobidjão. No auge da colonização judaica, havia cerca de 40.000 judeus em Birobidjão, em 1959 diminui para aproximadamente 14.000, enquanto hoje há aproximadamente uns 4.000 judeus.

A área é rica em recursos naturais e não tem um clima totalmente inóspito. No entanto, no momento em que o assentamento judaico começou ali, quase não havia estradas e terras adequadas para a agricultura, as acomodações de moradia eram insuficientes ou pobres e as condições insalubres. Estavam totalmente isolados da cultura russa ou judaica e da vida civilizada que seus colonos intelectuais judeus, na maioria comunistas, tinham sido acostumados.

Em 1932, tinha uma população do tamanho da população suíça, com seus 25 mil moradores judeus. Em 1938, eram 40 mil. Mikhail Kalinin, diretor do comitê central dos soviétes, afirmava que o número subiria para 500 mil em uma década.

A propaganda soviética tentou, com algum sucesso, explorar o projeto de Birobidjão para obter investimentos de judeus no exterior e influenciar a opinião pública ocidental. Organizações judaicas fora da URSS que participaram de projetos de colonização judaica na União Soviética, como a Agro-Joint (American Jewish Joint Agricultural Corporation) e a Jewish Colonization Association (ICA), geralmente tomaram posição neutra. A Agro-Joint contribuiu com 25 milhões de dólares para projetos agrícolas judeus, incluindo aqueles na área de assentamento de Birobidjão, mas não está claro se algum desse dinheiro chegou aos destinatários.

O Ort-Farband deu assistência limitada para o desenvolvimento da indústria e oficinas. Essas organizações judaicas no exterior cujos membros consistiam principalmente de comunistas e seus simpatizantes apoiaram o plano sem reservas. Entre as organizações mais ativas foi a ICOR (The American Association for Jewish Colonization in the Soviet Union), que cooperou estreitamente com a Ozet. Em 1929, a ICOR organizou uma delegação científica composta por especialistas americanos em agricultura e assentamento para investigar as possibilidades de uma maior colonização de Birobidjão. O Ambidjan (Comitê Americano para o Assentamento de Judeus Estrangeiros em Birobidjão) apoiou a colonização judaica em Birobidjão apenas por um curto período em meados da década de 1930 e depois da Segunda Guerra Mundial. As organizações judaicas que apoiaram a região autônoma judaica em Birobidjão estavam localizadas no Canadá, Europa Ocidental, e na América do Sul. Representantes da organização judaica argentina PROCOR (Sociedade de assistência à produtividade das massas judaicas economicamente arruinadas na União Soviética) visitaram Birobidjão em 1929. Estas organizações, além de realizarem reuniões, elaborarem publicações e arrecadação financeira, também criavam propagandas para a colonização de Birobidjão por Judeus do exterior. Por conta disto, cerca de 1.400 imigrantes judeus de outros países chegaram a Birobidjão no início da década de 1930, emigrando dos Estados Unidos, da América do Sul, da Europa, da Palestina e de outros lugares.

O projeto de Birobidjão despertou alguma oposição entre alguns ativos no assentamento judaico na URSS e entre líderes de Yevsektsiya, entre os críticos estavam Mikhail (Yuri) Larin e Abraham Bragin. Larin sempre argumentava que existiam outras áreas na União Soviética, em especial a Criméia, que eram muito mais adequadas para a colonização judaica.

Em uma recepção dada aos representantes dos trabalhadores de Moscou e à imprensa iídiche em maio de 1934, o presidente Kalinin sugeriu que a criação de um centro territorial judaico em Birobidjão seria a única maneira de normalizar o status nacional dos judeus soviéticos. Ele também expressou sua esperança de que "dentro de uma década, Birobidjão seria o mais importante e provavelmente o único baluarte da cultura socialista judaica nacional". E que "a transformação da região em república seria apenas uma questão de tempo". A visita de Lazar Kaganovich, judeu e membro do Politburo (comitê dos partidos comunistas), a Birobidjão em fevereiro de 1936, encorajou muito a liderança judaica da região. Birobidjão despertou grande interesse do judaísmo mundial, especialmente entre aqueles que acreditavam no território judaico.

Foram aprovadas várias resoluções sobre o uso do iídiche como língua oficial da região, juntamente com o russo. As escolas foram estabelecidas com iídiche como a língua da instrução, e foram feitas experiências para ensinar iídiche, mesmo em escolas não-judaicas. Os sinais da rua, os sinais da estação de trilho, e os carimbos de correio apareceram no russo e no iídiche. Um jornal em iídiche e periódicos foram publicados.

A anexação soviética dos estados bálticos, partes do leste da Polônia e a Bucovina (região que divide a Ucrânia e a Romênia) entre 1939 e 1940, resultou em um aumento repentino na população judaica da URSS. Durante esse período, foram iniciados planos para transferir colonos judeus dos territórios anexados para Birobidjão. Contudo, a guerra soviético-alemã em 1941 pôs fim rápido a esses planos.

A breve migração pós-guerra para Birobidjão aumentou a população judaica local em um terço, e no final de 1948 foi estimado em cerca de 30.000, a maior já no distrito. Porém tudo foi interrompido no fim de 1948, em consequência da política soviética para suprimir atividades judaicas em toda a URSS, e para purgar aqueles envolvidos.

O período pós-Stalin não trouxe nenhuma melhoria substancial na vida judaica em Birobidjão. Em 1970 havia cerca de 12 mil judeus. Porém, após a queda da União Soviética, o governo russo manteve uma política geralmente benigna com relação aos habitantes judeus de Birobidjão, e foram feitas tentativas para promover a identidade judaica da área.

Não havia razão para o sucesso de Birobidjão, pois estava longe dos centros de colonização judaica, além de ser subdesenvolvido e ainda não havia fundos disponíveis para o desenvolvimento.

No fim dos anos 20, Stalin tinha um objetivo: reorganizar as mais de 100 etnias da URSS, de forma que a maioria fosse absorvida e algumas realocadas em locais estratégicos. "No processo de formação de uma cultura proletária universal, algumas nacionalidades deverão passar por um processo de assimilação", dizia ele. A população judaica era um caso à parte: com 2 milhões de pessoas, já havia comprovado que não abriria mão facilmente da própria cultura. Stalin, que não acreditava nos judeus como nação segundo os preceitos socialistas, fez duas tentativas de transferência étnica, para a Crimeia e a Ucrânia, mas a população local resistiu.

Foi só então que o ditador se deu conta de que a melhor forma de isolar os judeus era aproveitar um movimento migratório espontâneo, iniciado em meados dos anos 1920. "Para os judeus, perseguidos em diversos lugares do mundo, em especial na Europa, o isolamento era uma vantagem. Dava a eles a liberdade necessária para viver segundo seus conceitos", afirma o historiador Henry Srebrnik, da Universidade de Birmingham. Se era isolamento o que a comunidade queria, o lugar era perfeito. Birobidjão fica a 6400 km de Moscou, na fronteira com a China. Na época, a região ainda sofria com a ameaça do imperialismo japonês. Stalin tinha, portanto, todo o interesse em ocupar a área. Já em 28 de março de 1928, Moscou aprovou a escolha do distrito para ser uma unidade administrativa judaica. Em maio de 1934, era oficializada a criação do Estado Autônomo. Um ano depois, todas as placas de ruas eram escritas em russo e em iídiche. "A proposta por trás de Birobidjão era transformar o perfil cultural e socioeconômico dos judeus russos para que eles se tornassem cidadãos mais seculares e adotassem a agricultura. O iídiche era importante porque não tem a carga religiosa do hebraico", diz Robert Weinberg, autor de Stalin’s Forgotten Zion ("O Sion esquecido de Stalin"). "Lá, valia o lema ‘nacional na forma, socialista no conteúdo’."

Quem queria se mudar ganhava a passagem de trem e podia escolher entre um lote de terra, no campo, ou um terreno na cidade, para construir sua casa e seu comércio. No primeiro ano, a produção era isenta de impostos. A comunidade judaica internacional ficou dividida quanto à iniciativa. Ainda assim, forneceu apoio a quem precisasse. Um grupo sediado nos Estados Unidos angariou fundos usando garotos-propaganda como Albert Einstein. Técnicos da Argentina fizeram vistorias no local para identificar o tipo de cultura mais adaptado ao ambiente (trigo e batatas).

O solo pouco fértil rendia colheitas irregulares. Muitos dos novos moradores estavam acostumados com o frio, mas não com a umidade pantanosa ou os enxames de mosquitos. Entre 1928 e 1932, enchentes arruinaram plantações e fecharam estradas todos os verões. A infraestrutura era mínima e a maioria dos recém-chegados não conhecia a agricultura. Rose Becker, a californiana que criava porcos, morreria em 1936 de uma infecção. Seu marido, Morris, comprou a passagem para os Estados Unidos, mas faleceu antes de retornar. Os filhos voltaram de vez. Como eles, a maioria das 1000 pessoas que vieram do exterior (como dos EUA, França e Argentina) desistiu rapidamente.

Quem evitou as fazendas coletivas e se instalou nas maiores cidades (além da capital, Khabarovsk, Obluchje e Babstovo) passou a trabalhar nas novas indústrias leves que fabricavam roupas e móveis. O trabalho era árduo e o salário, tímido. Mas havia a tão esperada liberdade. Nos primeiros anos da década de 1930, enquanto a Alemanha elegia Adolf Hitler, a região era uma espécie de oásis. "No início, Stalin cumpriu a promessa de dar uma relativa autonomia para o território. A vida cultural tornou-se muito ativa, com apenas algumas tentativas malsucedidas de restringir a manifestação religiosa", afirma Henry Srebrnik.

O relacionamento com os demais habitantes do estado (russos, ucranianos, chineses e coreanos) era amigável e com direitos iguais a todos. A campanha de propaganda para atrair moradores, lançada no fim dos anos 20, seguia firme. Incluiu um filme de ficção com atores judeus famosos, cartazes criados pelo artista Mikhail Dlugachov e panfletos jogados por avião ao longo de cinco mil quilômetros de território soviético. Mas logo tudo mudaria com os grandes expurgos de Stalin.

Entre 1937 e 1938, o ditador mandou matar cerca de 70% dos quadros do Partido Comunista, entre outros desafetos. Ao mesmo tempo, moveu a força cidades inteiras, muitas transferidas para a Sibéria. Birobidjão também foi alvo. Os líderes do território foram acusados de trotskismo ou atividades contra o proletariado. Ironicamente, uma das figuras proeminentes do partido no local, Joseph Lieberberg, teve os dentes arrancados sob a acusação de estimular o judaísmo no Estado Autônomo Judaico.

O começo da Segunda Guerra lançou 35 mil jovens (judeus, ucranianos e russos) da região para o front. Em compensação, 10 mil pessoas se mudaram para lá a fim de fugir das perseguições na Europa. Em 1945, a população judaica local chegou ao auge: 30 mil. Com o fim da guerra, o governo reduziu a repressão. Mas, em 1948, a sinagoga foi fechada. No mesmo ano, nascia Israel, um novo polo de atração para a comunidade na terra dos hebreus. Birobidjão sofreria um rápido processo de esvaziamento. Em 1954, eram apenas 14 mil judeus.

"Birobidjão não era a solução. Era um lugar desolado e os judeus não tinham ligação histórica com ele. Para a minha geração, já era coisa superada", diz o escritor Moacyr Scliar, filho de imigrantes russos, autor de O Exército de um Homem Só. A partir de meados dos anos 80, porém, a crise da URSS inaugurou uma ebulição entre as etnias locais e o território autônomo começou a experimentar um reavivamento judaico. As placas em iídiche foram recolocadas e a sinagoga, reaberta.

Os judeus ainda são minoria, mas crescem os casos de pessoas que se mudam de Israel para lá. Outros, que emigraram, voltam. "É melhor ser judia aqui que em qualquer outro lugar", disse Alisa Zilbershteyn ao Jerusalem Post, que tentou a vida na China e retornou. Essas pessoas têm um estímulo extra: até 2014, várias obras ligando a Rússia à China estarão prontas, como a primeira ponte entre os países naquele ponto da fronteira. A economia local deve dobrar em dez anos. O PIB per capita é de 1200 dólares e a taxa de desemprego, 1,8%. "Os judeus são agora 4200 de um total de 70 mil habitantes, mas em 1997 eles eram só 2500", diz Srebrnik. O lugar, hoje, é um verdadeiro centro de educação e cultura iídiche, com museu, escolas e universidade, a ponto de Mikhail Chlenov, secretário do Congresso Judaico para a Eurásia, defender que o Estado Autônomo se torne uma república independente.

Marek Halter falou na existência na Rússia de uma subdivisão federal chamada de Região Autônoma Judaica, que tem por capital a cidade de Birobidjão. Nas suas palavras, trata-se da única região do mundo, além de Israel, onde existem escolas judaicas, onde há um teatro iídiche e onde os nomes das ruas são escritos em russo e iídiche. “Pode parecer piada, mas Putin tem razão quando lembra aos judeus sobre as possibilidades que não são usadas por eles” – Halter.

“Eu cheguei até a escrever um artigo (…) lembrando que os israelenses poderiam inaugurar [em Birobidjão] uma zona ofshore: é possível fazer negócios lá, é um mundo totalmente diferente – próximo da Coreia, China, Índia… Se os judeus de Birobidjão encontrassem problemas, eles poderiam pedir ajuda aos judeus do Japão…” – acredita o escritor e jornalista franco-judaico.

Ele explicou que, apesar de estar atraindo cada vez mais turistas, a região é apresenta muitas oportunidades e ainda é muito pouco aproveitada do ponto de vista econômico.

A Região Autônoma Judaica foi criada na União Soviética em 1934 como Distrito Nacional Judaico, como resultado da política nacionalista de Josef Stalin, que designou à população judaica da Rússia seu próprio território, para que esta pudesse preservar seu patrimônio cultural iídiche dentro de uma estrutura socialista.

Apesar do nome, atualmente apenas 1,2% da população de 190 400 habitantes é formada por judeus; 90% é formada por russos e o restante por ucranianos e chineses.

Na década de 1990 a maioria dos judeus restantes imigrou para Israel e para o Ocidente, deixando uma população de cerca de 4.000 em Birobidjão. Enquanto o governo russo apoia o desenvolvimento cultural judaico, o renascimento parece estar confinado à cultura iídiche e às observâncias religiosas. Um rabino Chabad importado de ministros de Israel para necessidades religiosas.

COM RELAÇÃO A REVOLUÇÃO RUSSA:

Foi arquitetada e financiada pelos judeus-maçons americanos (Jacob Schiff, Felix Warburg, Max Breitung, Otto H. Kahn, Mortimer Schiff, Jerome H. Hanauer, e pelo Banco Kuhn Loeb & Co.):

Karl Marx escreveu o Manifesto Comunista de 1848 à mando da maçonaria, inclusive era maçom do grau 31!

Jacob Schiff, um banqueiro maçom americano foi o grande financiador da Revolução Comunista na Rússia, desde 1890 financiou o treinamento revolucionári em cooperação com a B'nai B'rith. Entre 1902 à 1905, 10.000 revolucionários russos foram treinados nos EUA, para a malfada revolução de 1905.

Porém o primeiro-ministro do Czar Nicolau II, Stolypin implantou reformas na Rússia que transformaram a economia do país, porém a maçonaria matou Stolypin depois de 10 tentativas em 14 de setembro de 1911, à partir disto a economia entrou em declínio!

Trotsky em 1917 sai da Espanha para os EUA, suplica à Jacob Schiff pelo golpe na Rússia, entra na maçonaria no mesmo ano na loja B'nai B'rith, e os maçons estigam o povo à ir as ruas por causa da fome!

Lênin tinha entrado na maçonaria em 1914, na loja mais subversiva, das Nove Irmãs, juntos golpearam a Rússia e mataram o Czar, sua família e seus empregados em 1918 no porão.

FONTE:

Stalin’s Forgotten Zion, Robert Weinberg, University of California Press, 1998

Ilustrado com fotos, descreve a ocupação de Birobidjão.

Soviet Theory on the Jews, Lionel Kochan, Oxford University Press, 1978

Relata como o governo soviético lidava com os judeus.

"Birobidjan", Enciclopédia Judaica, Vol. 4. Keter Publishing, 1973

Os Judeus na União Soviética Desde 1917 - O paradoxo da sobrevivência, parte I, NYU imprensa - Nora Levin - 1988

O Judeu no Mundo Moderno: uma história documental, Oxford Univ Press - Paul Mendes-Flohr e Jehuda Reinharz - 1995.

Jewish Revival in Birobidjan Chabad Newsletter - Shoshana Olidort - 6 de dezembro de 2002

United States Department of State Papers relating to the foreign relations of the United States, 1918. Russia Volume I - Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office, 1918

http://digicoll.library.wisc.edu/cgi-bin/FRUS/FRUS-idx?id=FRUS.FRUS1918v1

http://www.ihr.org/journal/jhrarticles.shtml
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BENJAMIN NETANYAHU & VLAMIDIR PUTIN, COMEMORANDO A VITÓRIA DA URSS (UNIÃO SOVIÉTICA)

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KARL MARX ERA MAÇOM

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A maçonaria está por trás do golpe e da revolução comunista na Rússia. - Karl Marx escreveu o "Manifesto Comunista" - 1848, à mando da Maçonaria; - Vladimir Lênin entrou na loja maçônica "Das Nove Irmãs" em 1914; - Leon Trotsky entrou na loja maçônica "B'nai B'Brith" em 1917. [ Karl Marx era maçom do grau 31 e pertencia a loja maçônica "Le Socialiste" (Anarquistas) de Bruxelas; Fonte no inglês e no russo: - The Battle of the Russian Gods - Vladimir Istarkhov, 2000, pág. 154 - Enroute to a Global Occupation - Gary H. Kah, 1992, pág. 94 ] Enquanto a Rússia não for Consagrada ao Imaculado Coração de Maria conforme o pedido na Aparição de Nossa Senhora em Fátima, a Rússia não se converterá!
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O ABRAÇO MAÇÔNICO ENTRE ATENÁGORAS I & PAULO VI



( Durante o concílio liberal vaticano II, o modernista Paulo VI em 1964 foi o primeiro papa a voltar à Terra Santa e em Jerusalém especificamente no Monte das Oliveiras, Paulo VI deu o famoso abraço no patriarca "tortodoxo" Atenágoras I. )

Atenágoras I:

A Igreja Russa, tornou-se independente de Constantinopla em 1448, declarando-se autocéfala e elegendo o seu primeiro metropolita: o de Moscou. Assim nasceu a ideia de que a "primeira Roma" era herética, a segunda (Constantinopla) tinha caído nas mãos dos turcos, então Deus havia suscitado uma "terceira Roma": Moscou, e um novo imperador para defender a verdadeira Fé. Foi quando os príncipes moscovitas assumiram o título de "czar" (César em russo) e consideraram que tinham legítimos direitos a assumir como próprio o símbolo da Águia Bicéfala (tão caro ao simbolismo dos últimos altos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria).

Em 1589 a igreja transformou-se em patriarcado e a Pentarquia Ortodoxa ficou assim constituída: Constantinopla, Alexandria, Antioquia, Jerusalém e Moscou. A maçonaria que se desenvolveu nos quatro primeiros territórios sofria por parte da dominação turco-otomana. Na ortodoxia russa, ao contrário, achou um campo fértil para sua expansão, sobretudo a partir de 1776.

Atenágoras I (maçom do grau 33) foi eleito Patriarca Ecumênico em sucessão a Máximo V no dia 1 de novembro de 1948.

A harmonia que existia entre a maçonaria e a igreja ortodoxia russa, talvez fosse pelo caráter gnóstico encontrado na maçonaria e nos ortodoxos.

Em 6 de julho de 1996 foi instalado em Moscou o Supremo Conselho de Soberanos Grandes Inspetores-Gerais do Grau 33° do Rito Escocês Antigo e Aceito. Como primeiro Soberano Grande Comendador de Rússia foi instalado Vítor Kouznetsov, 33°.

Quem visitou a imponente Catedral de Kazan, com sua fachada similar à Basílica de São Pedro no Vaticano, pôde verificar em seu interior uma sala destinada à exibição de objetos maçônicos.

Paulo VI:

Durante a sua viagem à Terra Santa, em 1964, no Monte das Oliveiras, Paulo VI abraçou o Patriarca Ortodoxo Atenágoras I, o maçom de grau 33!

No dia 13 de Novembro de 1964, Paulo VI depõe no altar a “Tiara” (tríplice coroa, símbolo dos poderes do Papa), renunciando a ela definitivamente. Além disso, dará o “seu báculo” e o seu “anel” ao budista birmanês e maçom U’ Thant, Secretário-geral da ONU.

No dia 04 de outubro de 1965, Paulo VI na sua visita à ONU, antes de recitar o seu discurso humanista, entrou na “Meditation Room”, um santuário maçônico, no centro do qual está “um altar para um deus sem rosto”.

No dia 7 de Dezembro de 1965, na conclusão do Vaticano II, disse na homilia: «… A religião de Deus que Se fez Homem, encontrou-se com a religião do homem que se faz Deus»… É de observar que “a religião do homem que se faz Deus” é a religião maçônica. Mas “o homem que se faz Deus”, no entanto, comete o pecado de Lúcifer e segue o conselho da serpente bíblica: «Sereis como deuses”. Isto não é senão o pensamento do teólogo herege Teilhard de Chardin, maçom da Ordem Martinista e considerado a “alma” do Vaticano II. Nada de admirar, então, se na Comissão Diretiva para uma “Bíblia de concórdia”, Paulo VI quis também o grão-mestre do Grande Oriente de Itália, Prof. Giordano Gamberini, um dos fundadores e “bispo” da “igreja gnóstica” italiana, que é a “igreja satanista”, fundada na França, em 1888.

No dia 23 de Março de 1966, Paulo VI coloca no dedo do Ramsey, outro maçom, o seu “novo anel” conciliar, e depois, juntamente com ele, dá a “bênção” aos presentes.

Paulo VI anula a “censura” sobre a Maçonaria, pelo que o Grão-mestre Lino Salvini, em 18 de Março de 1978, poderá dizer: «As nossas relações com o Vaticano estão ótimas!» A Maçonaria, de fato, penetrou na Igreja de Paulo VI.

Em 3 de Junho de 1971, Paulo VI recebe em audiência pública, no Vaticano, membros da “Loja Maçônica” da B’nai B’rith, aos quais Paulo VI chamou “meus caros amigos”. No dia 29 de Novembro deste mesmo ano, “a Conferência dos Bispos Católicos e a Liga Antidifamação da B’nai B’rith anunciaram a formação de um, grupo comum de trabalho, destinado a examinar os problemas relativos à fé dos judeus e dos católicos.”

Paulo VI anulou a “censura” sobre a Maçonaria, e no dia 18 de Março de 1978 o Grão-mestre Lino Salvini disse: "As nossas relações com o Vaticano estão ótimas".

[ OS TORTODOXOS E OS MODERNISTAS, SÃO RESPECTIVAMENTE AUTORES E CO-AUTORES DOS HERÉTICOS - ERRONEAMENTE ECUMÊNICOS - "ENCONTROS DE ASSIS." ]

NOTA:

1) A Grande Loja Maçônica da Rússia, é com os seus onze fusos horários, a maior jurisdição territorial maçônica do mundo!

2) A Grande Oriente da Itália (GOI) está localizada em Roma, e é a loja maçônica com a maior quantidade de membros do mundo, com quase 25 mil inscritos!
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A CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

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Nossa Senhora de Fátima avisou-nos que, se os Seus pedidos não fossem atendidos, a Rússia "espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que sofrer; várias nações serão aniquiladas." Porém, na Sua infinita misericórdia, Deus ofereceu-nos um caminho para evitar este terrível castigo.

Através da Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, não só evitaremos os castigos preditos como receberemos a graça inestimável da paz para toda a humanidade. É importante dar atenção, em especial, a duas das palavras de Nossa Senhora: nações e aniquilação. O Céu escolheu estas palavras com sabedoria infinita. Nossa Senhora não disse que vários "Estados" seriam aniquilados, e, portanto, não estava a referir-se a Governos ou soberanias. A palavra “nações” refere-se a povos. Por exemplo, quando em 1795 a Alemanha, a França, a Rússia e a Áustria-Hungria ocuparam a Polônia e a dividiram entre si, o Estado polaco foi aniquilado, mas a nação polaca não foi aniquilada; o povo polaco continuou a existir. Em 1919 o Estado polaco foi reconstituído. Obviamente, a nação polaca não foi aniquilada. Portanto, quando Nossa Senhora disse que várias nações seriam aniquiladas, estava a referir-se a nações de povos, e não a Estados físicos, limitados por fronteiras. A palavra "aniquiladas" é muito significativa. Vem do latim "nihil," que significa "nada." Literalmente, aniquilado significa "feito em nada." Se Nossa Senhora quisesse dizer que haveria uma destruição de povos quase total, mas não completa, Ela teria escolhido outra palavra, como, por exemplo, "devastadas." Portanto, por mais perturbador que se possa imaginar, teremos de concluir que serão obliterados povos inteiros se antes não fizermos a Consagração da Rússia. Até agora, o aviso e profecia mais premente de Nossa Senhora, "várias nações serão aniquiladas," não se concretizou.

O mundo, porém, tem-se aproximado cada vez mais da sua concretização, como vamos explicar. A caminho da aniquilação O extermínio de grandes multidões não só é possível como tem acontecido com frequência alarmante desde 1917.

Por altura da Revolução Francesa, Robespierre declarou publicamente que tinha a ideia de exterminar cerca de dez milhões de franceses durante o seu reino de terror; e não havia muito mais pessoas do que isso em França. Foi executado antes de continuar no seu intento, mas o mesmo não aconteceu a outros. Lênin disse estar disposto a matar 75% da população mundial, se os 25% que restassem fossem comunistas. Stálin comentou: "Quem mata cinco pessoas é um assassino; quem mata cinco milhões é um movimento político." Estes dois homens conseguiram matar pelo menos 60 milhões, e talvez até 110 milhões, durante o seu reinado à frente da Rússia e da União Soviética.

Durante as décadas de 1920 e 1930, Stálin fez morrer à fome aproximadamente vinte milhões de pessoas, só na Ucrânia. Mao matou dezenas de milhões na China enquanto esteve no poder. Metade da população – aproximadamente três milhões de pessoas – do Camboja foi morta na década de 1970. E a lista continua: Ruanda, Etiópia, os Balcãs, o Líbano na década de 1980, etc. Mas o maior holocausto moderno foi a guerra declarada aos que estão para nascer. O aborto era ilegal em todo o mundo quando Nossa Senhora apareceu na Cova da Iria em 1917. Mas desde 1970, cerca de 800 milhões de crianças foram assassinadas "legalmente" dentro das suas mães, e este número está a aumentar de ano para ano.

A população atual do mundo é de cerca de seis mil milhões de pessoas. Quem quereria aniquilar grande parte destes seis mil milhões? Eis aqui um exemplo: Há um monumento no Estado americano da Geórgia que apresenta o ponto de vista de algumas pessoas ricas e poderosas, neste caso o movimento ambientalistas das Pedras de Guia da Geórgia. Tem quase seis metros de altura e encontra-se no cimo de uma colina junto à Estrada 72, a uns dez quilômetros a norte da cidade de Elberton. Nele estão escritos dez princípios para o movimento ambientalista e a "nova era da razão" que diz que está a caminho. O primeiro princípio é: "Mantenha a humanidade abaixo dos 500.000.000 para um equilíbrio perpétuo com a Natureza." Como há uns seis mil milhões de pessoas no mundo, este monumento está essencialmente a pedir a exterminação de mais de 90 por cento da população mundial. Segundo este princípio, uma pessoa passaria a ter menos de dez por cento de hipóteses se sobrevivência.

É evidente que as pessoas que mandaram erigir esta estrutura, ou as que apoiam os seus princípios, não vão apresentar-se como voluntários para serem exterminados. Mas os Cristãos, especialmente, podem ter a certeza de que estão debaixo da mira. O quarto princípio do monumento é: "Controle a paixão – a Fé – a Tradição e todas as coisas com a razão equilibrada." Dentro deste princípio, se um Católico exprime publicamente a sua Fé, como tem a obrigação de fazer segundo a sua consciência, pode muito bem ser processado por não ter subordinado a sua "fé" à "razão equilibrada."

Não sabemos que nações serão aniquiladas da face da terra se a Consagração da Rússia continua a ser adiada. A nossa nação poderá ser uma delas. Existem milhares de ogivas nucleares no mundo. A Rússia e a China comunista, que são aliados, consideram os Estados Unidos como seu inimigo. As ogivas nucleares na Rússia e na China – ou as que outros países possuem – podem não estar atualmente apontadas aos Estados Unidos, mas podem voltar a ser apontadas em apenas dois minutos. Na sua entrevista com o Padre Fuentes, (Cf. “Testemunhos publicados: O Padre Fuentes (1957)”) a Irmã Lúcia disse: " Muitas vezes a Santíssima Virgem disse aos meus primos Francisco e Jacinta, assim como a mim, que muitas nações desaparecerão da face da terra, e que a Rússia será o instrumento do castigo escolhido pelo Céu para punir todo o mundo, se não conseguirmos antes a conversão daquela pobre nação. ..." O resultado de o Papa e os Bispos não terem feito a Consagração da Rússia afetou-nos a todos; e até ela ser feita, continuaremos a sentir o castigo de Deus. Só a Consagração da Rússia pode evitar a aniquilação e os castigos que ainda nos esperam. Por isso, as nossas vidas e as de quem estimamos estão em risco. Na verdade, o nosso destino e o destino do mundo dependem da Consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria.

1.) O que é uma "consagração"?

R: É uma cerimônia pela qual uma pessoa, um grupo de pessoas, ou coisas são designadas à parte e dedicadas ao serviço de Deus ou a outro propósito sagrado.

2.) O que significa "a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria"?

R: Em Fátima, no dia 13 de julho de 1917, Nossa Senhora disse à Irmã Lúcia que “Deus vai punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para impedi-la virei pedir as Comunhões de reparação e a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração ... Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre me consagrar-Me-à a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.”
O pedido de Nossa Senhora é muito simples: A Rússia — causa de tantos males no Século Vinte — deve ser posta à parte e abençoada por sua consagração à Mã e de Deus.

3.) Por quê é preciso consagrar a Rússia em particular?

R: Porque é a vontade de Deus. Como Nossa Senhora disse à Irmã Lúcia em Fátima: “A Rússia será o instrumento de castigo escolhido pelo Céu para punir o mundo inteiro, se, de antemão não obtivermos a conversão dessa pobre nação ...”
E como Irmã Lúcia deu a conhecer em suas memórias e cartas que têm sido publicadas, de que, Nosso Senhor Mesmo a confiou que não converteria a Rússia, a menos que a consagração fosse feita, “Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração.” A Irmã Lúcia tem explicado que como a Rússia é um território bem definido, sua conversão depois da consagração ao Imaculado Coração será uma prova inegável, de que a conversão é o resultado da consagração e nada mais. O estabelecer no mundo, deste modo, da devoção ao Imaculado Coração será confirmado por Deus Mesmo de uma forma impressionante!

4.) E se a consagração da Rússia não for feita?

R: Em Fátima, Nossa Senhora disse que se a consagração nã o for feita como Ela pediu, então “A Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.” Da mesma maneira, a conversão milagrosa da Rússia depois de sua consagração pelo Papa e pelos Bispos, e a paz que se concederá ao mundo, serão um sinal do poder da graça de Deus, atuando através dos ministros de Sua Igreja e a intercessão do Imaculado Coração de Maria.

5.) Como se supõe, exatamente, a realização desta consagração?

R: Fiel à Sua palavra em Fátima, Nossa Senhora apareceu à Irmã Lúcia em Tuy, Espanha, no dia 13 de junho de 1929 para dizer-lhe que: “É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio.” Esta expressão “por este meio” é fundamental, porque significa que a consagração não é meramente um símbolo da conversão iminente da Rússia, senão o mesmo meio pelo qual será efetuada. Deste modo, sem o ato da consagração não haverá uma conversão da Rússia, e sem a conversão da Rússia, os erros da Rússia continuarão infestando o mundo, produzindo a perseguição da Igreja, o Martírio dos bons, o padecimento do Santo Padre e ultimamente a aniquilação das nações anunciadas em Fátima.
Durante as décadas seguintes a Irmã Lúcia tem explicado muitas vezes, que o ato de consagração requer que o Papa “escolha uma data na qual Sua Santidade ordena aos bispos do mundo inteiro fazer, cada um em sua propria Catedral, e ao mesmo tempo com o Papa, uma cerimônia solene e pública de Reparação e Consagração da Rússia . . .”

6.) Mas não é Fátima só uma aparição privada na qual nenhum Católico tem que acreditar?

R: Absolutamente não. As aparições em Fátima foram confirmadas por um milagre público testemunhado por 70.000 pessoas — o Milagre do Sol. O Papa João Paulo II mesmo declarou em Fátima em 1982 que a Mensagem de Fátima “impõe uma obrigação sobre a Igreja,” e publicamente atribuiu ter saído ileso da morte no atentado de assassinato do dia 13 de maio de 1981 à Nossa Senhora de Fátima — o mesmo dia do aniversario da Sua aparição em Fátima.

Na verdade, o Papa tem tentado por duas vezes fazer a consagração (o dia 13 de maio de 1982 e o 25 de março de 1984), ainda que a Rússia não tivesse sido mencionada em nenhuma das duas ocasiões, e os bispos do mundo não tivessem participado. Estes intentos demonstram que o Papa mesmo reconhece a obrigação de consagrar a Rússia, não obstante não ter podido efetuar a consagração na maneira especificada por Nossa Senhora; uma cerimônia solene e pública, mencionando a Rússia especificamente, e em união com todos os bispos do mundo. Contudo Nossa Senhora Mesma nos prometeu que este evento ultimamente acontecerá.

7.) O Papa teve êxito em fazer a consagração da Rússia em 1984?

R: Não. Como a Irmã Lúcia mesma declarou em uma entrevista em setembro de 1985, a consagração feita no dia 25 de março de 1984 não satisfez aos pedidos de Nossa Senhora porque “não houve a participação dos bispos e não houve menção da Rússia.” Quando o Santo Padre consagrou o mundo em geral nesse dia, sem mencionar a Rússia, ele mesmo reconheceu na presença de dezenas de milhares de testemunhas, durante e depois da cerimônia, que o povo da Rússia ainda “está esperando confiado na nossa consagração.” No dia seguinte, estas declarações foram publicadas no periódico mesmo do Papa, L’Osservatore Romano; e a publicação dos Bispos Italianos, L’Avvenire.

8.) Não foi a consagração do mundo pelo Papa em 1984 suficiente para cumprir o pedido de Nossa Senhora?

R: Não. Durante toda a sua vida, desde as aparições de Nossa Senhora de Fátima, a Irmã Lúcia tem insistido que a Rússia deve ser mencionada especificamente.

Por exemplo, em uma entrevista em 1978 ao seu confidente, o Padre Umberto Pasquale, e em uma carta ao Padre Pasquale em 1980, perguntaram à Irmã Lúcia: “Nossa Senhora tem falado alguma vez sobre a consagração do mundo?” Durante a entrevista, a Irmã Lúcia respondeu: “Não, Padre Umberto! Nunca! Na Cova da Iria em 1917 Nossa Senhora prometeu: “Virei pedir a consagração da Rússia ...” Em 1929 em Tuy, como tinha prometido, Nossa Senhora veio dizer-me que tinha chegado o momento para pedir ao Santo Padre a consagração daquele país.”

E na carta de 1980 (datada o 13 de abril do mesmo ano), a Irmã Lúcia confirmou o que disse na entrevista, escrevendo com sua própria mão que “Nossa Senhora de Fátima, em Seu pedido, se referiu só à consagração da Rússia.” Ambas entrevistas de 1978 e a carta de 1980 (reproduzidas fotograficamente) foram publicadas na edição Italiana de L’Osservatore Romano do dia 12 de maio de 1982.

Não nos diz, evidentemente, que se Nossa Senhora de Fátima pediu a consagração da Rússia, então a Rússia tem que ser pelo menos mencionada no ato da consagração? Também podemos perguntar razoavelmente, que razão possível há para não proferir uma palavra simples — Rússia — no ato de consagrar a Rússia. Jamais explicação alguma tem sido dada, por esta omissão misteriosa nas consagrações tentadas de 1982 e 1984.

9.) Contudo, com "a queda do Comunismo" depois da cerimônia da consagração de 1984, não demonstra que a Rússia tenha iniciado um caminho de conversão e que a consagração deva ter sido efetiva, apesar da falta de mencionar a Rússia?

R: Não. Em 1997 a Rússia decretou uma legislação que discrimina a Igreja Católica, em favor da igreja ortodoxa russa, do judaísmo, islamismo, e budismo. As paróquias Católicas têm que pedir anualmente uma “permissão” que pode ser revocada à vontade de qualquer funcionário local, entretanto aos sacerdotes e às freiras só lhes dão o visto por 3 meses, que não pode ser renovado. O Vaticano tem condenado esta lei nova, como um grande retrocesso para a Igreja Católica na Rússia.

Hoje em dia, há na Rússia uns 300.000 Católicos — menos do que havia em 1917, o mesmo ano que Nossa Senhora veio a Fátima e prometeu a conversão final da Rússia, que ainda deve ocorrer. A revolução Russa, a qual tem sido exportada em várias formas a outras nações, confirma a profecia de Nossa Senhora de que a Rússia espalhará seus erros pelo mundo inteiro. Atualmente os muçulmanos excedem em número aos Católicos na Rússia, em uma proporção de dez por um. Compare isto com o milagre verdadeiro de conversão que ocorreu depois das aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, no século dezesseis: no espaço de 9 anos, perto de 9 milhões de astecas deixaram de adorar ao demônio e o sacrifício humano e foram convertidos e batizados na Fé Católica. Contudo, na Rússia hoje em dia, depois de mais de 14 anos da suposta “consagração” de 1984, de uma forma escassa vemos um número irrisório de pessoas que se convertem e em geral há menos Católicos russos dos que haviam, faz 80 anos!

Até o patriarca Alexis II, dos ortodoxos russos, publicamente admitiu no dia 24 de dezembro de 1998, que desde a suposta “queda do Comunismo” na Rússia, a cultura cristã “não só está sendo relegada à escuridão e ao esquecimento, como também é objeto de brincadeira e ridicularizada (...) como algo extinto e inútil.” Alexis também denunciou o “Ressurgir do neo-paganismo (...) de seitas totalitárias, praticantes da magia negra, astrólogos, e ocultistas” na Rússia “pós-comunista.”

Entretanto, Boris Yeltsin foi forçado a ceder o poder ao parlamento russo dominado pelos comunistas. Seu primeiro ministro novo, o antigo chefe da espantosa KGB, tem posto os comunistas no controle de toda a economia Russa, produzindo o que o periódico liberal New York Times tem chamado “uma troca à esquerda” e o retorno ao governo de estilo soviético.

O mais notável de tudo: Desde a “consagração” de 1984, mais de 600 milhões de crianças foram mortas nos ventres, pelo mundo inteiro — incluindo a Rússia, onde começou o aborto legalizado. A guerra contra os que estão por nascer, é a maior guerra na história do mundo. Deste modo, deve ser óbvio a qualquer um que o período de paz prometido por Nossa Senhora, se a Rússia fosse propriamente consagrada, ainda não se verificou. A conversão da Rússia prometida por Nossa Senhora de Fátima simplesmente não se tornou realidade. Isto só pode significar que a consagração não foi feita, porque as promessas de Nossa Senhora não podem ser falsas.

10.) Então não é tarde demais para a consagração de Rússia, dado que os erros da Rússia já se difundiram pelo mundo?

R: Não! Como Nosso Senhor Mesmo confiou à Irmã Lúcia em Rianjo em agosto de 1931: “Não querem fazer caso do Meu pedido! (...) Como o Rei da França, se arrependerão, e o farão, mas será tarde. A Rússia já terá difundido seus erros pelo mundo (...)”

A consagração finalmente se fará e, como Nossa Senhora prometeu em Fátima, “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-Me-á a Rússia, que se converterá, e será concedido ao mundo algum tempo de paz.” Nosso Senhor Mesmo confiou à Irmã Lúcia, referente à consagração, que “Nunca será tarde para recorrer a Jesus e à Maria.”

11.) O que é tão urgente sobre a consagração agora?

R: Como Nossa Senhora advertiu em Fátima: “Se não atenderem a Meus pedidos, a Rússia espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.”

Ainda não temos visto a aniquilação das nações predita em Fátima. Temos que esperar até que aconteça isto, a fim de fazermos exatamente o que Nossa Senhora nos mandou fazer em nome de Deus? Em vista da decadência acelerada da moralidade e a desintegração do ordem social no mundo, a simples prudência deve dizer-nos que não podemos retardar nem um momento mais a consagração da Rússia e só a Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.

12.) Porém, se o Papa acredita que fez a consagração, que direito tem alguém de perguntar-lhe?

R: O Papa nunca declarou publicamente a todos os membros da Igreja que fez a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Pelo contrário, as palavras do Papa como são citadas no L’Osservatore Romano, demostram que ele sabe que a consagração ainda tem que ser feita. Em vista disto, os fiéis têm todo direito de suplicar ao Papa pela consagração definitiva da Rússia. Em verdade, o direito dado por Deus aos fiéis para pedir ao Pontífice Supremo em assuntos que afetam o bem da Igreja, foi definido como doutrina católica por dois concílios ecumênicos: O Segundo Concilio de León (1274) e o Vaticano I (1870), e também é garantido pelo Código novo da Lei Canônica (Canon 212).

O bem-estar da Igreja e a segurança do mundo inteiro pedem duma certeza absoluta, para que os pedidos de Nossa Senhora de Fátima sejam cumpridos. O problema só será resolvido quando a consagração definitiva for feita, e quando o Papa declarar de uma maneira oficial e definitiva à Igreja inteira, de que já fez a consagração de uma maneira suficiente para satisfazer aos pedidos de Nossa Senhora. Nem um nem outro desses acontecimentos têm se verificado e por isto o problema fica aberto à discussão livre e às súplicas dos fiéis, que têm todo o direito de tratar de um assunto de tanta importância para a Igreja e para o mundo.

A Irmã Lúcia explicou por várias vezes: “Nossa Senhora de Fátima NÃO pediu a consagração do mundo, mas sim a Consagração da RÚSSIA.”

Por que é que Jesus quer a Consagração da RÚSSIA A Irmã Lúcia perguntou a Jesus por que razão Ele não convertia a Rússia, a não ser por meio da Consagração específica da Rússia. Jesus respondeu: “Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração.” A única maneira de converter a Rússia é esta: que o Papa e os Bispos, no mesmo dia, ao mesmo tempo, pronunciem juntos, solene e publicamente, o ato de Consagração da Rússia, especificamente nomeada, ao Imaculado Coração de Maria. Só então o mundo terá Paz. A alternativa de não obedecer á ordem da Rainha do Céu é que “várias nações serão aniquiladas” e as nações sobreviventes serão escravizadas.

Reproduzimos aqui testemunhos de várias entrevistas pessoais com a Irmã Lúcia ao longo de muitos anos, em que ela frisa este ponto repetidas vezes:

- Em Our Lady of Fatima (1947), pág. 226, o Professor William Thomas Walsh relata: “Lúcia explicou claramente que Nossa Senhora não pediu a consagração do mundo ao Seu Imaculado Coração. O que Ela pediu especificamente foi a consagração da Rússia.”;

- No livro Vision of Fatima, 1949, pág. 80, o Padre Thomas McGlynn referisse ao fato de a Irmã Lúcia fazer questão em corrigir ‘consagração do mundo’ para ‘consagração da Rússia’. “Não!,” disse a Irmã Lúcia. “O mundo não! A Rússia, a Rússia!”;

- No livro Il Pellegrinaggio delle Meraviglie, publicado sob os auspícios do Episcopado italiano (Roma, 1960, pág. 440), conta-se uma revelação pouco conhecida de Nossa Senhora de Fátima à Irmã Lúcia. A Virgem Maria apareceu à Irmã Lúcia em Maio de 1952 e disse: “Faz saber ao Santo Padre que continuo à espera da Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração. Sem a Consagração, a Rússia não poderá convertesse, nem o mundo terá paz.”;

- O Padre Umberto Maria Pasquale, S.D.B., conhecia a Irmã Lúcia desde 1939. Até 1982, tinha recebido 157 cartas dela. Em 12 de Maio de 1982, o Padre Umberto escreveu em L’Osservatore Romano (o jornal oficial do Vaticano) que Nossa Senhora de Fátima nunca pedira a consagração do mundo, mas apenas a da Rússia;

- Em 5 de Agosto de 1978, perguntou-lhe em pessoa: “Nossa Senhora alguma vez lhe falou da consagração do mundo ao Seu Imaculado Coração? E a Irmã Lúcia respondeu: “NÃO, Senhor Padre Umberto, NUNCA! Na Cova da Iria em 1917, Nossa Senhora prometeu: ‘Virei pedir a Consagração da Rússia...’”;

- O Padre Umberto, desejando uma resposta escrita á sua pergunta, escreveu uma carta à Irmã Lúcia. Em 13 de Abril de 1980, a Irmã Lúcia respondeu-lhe: “Respondendo à sua pergunta esclareço: Nossa Senhora, em Fátima, no Seu pedido, só se referiu à Consagração da Rússia...”;

- O Padre Manuel Rocha, português de origem, foi o tradutor dado ao Professor Walsh para a entrevista acima citada. Refere-se a um pormenor que torna ainda mais claro que estamos todos em risco se a Consagração da Rússia não for feita a tempo. Em continuação do que o Sr. Walsh disse acima, citamos: “Mas ela (a Irmã Lúcia) disse mais que uma vez, e com ênfase deliberado: ‘O que Nossa Senhora quer é que o Papa e todos os Bispos do mundo consagrem a Rússia ao Seu Imaculado Coração num dia especial. Se isto se fizer, Ela converterá a Rússia e haverá paz. Se não se fizer, os erros da Rússia espalhar-se-ão por todos os países do mundo.’” (Professor Walsh) “Quer isto dizer, na sua opinião, que todos os países, sem excepção, serão vencidos pelo Comunismo?” (a Irmã Lúcia:) “SIM!” (Our Lady of Fatima, 1947, pág. 226). O Padre Rocha testemunhou que o Sr. Walsh queria ter a certeza quanto à resposta da Irmã Lúcia e repetiu a pergunta, acrescentando: “quer dizer, os Estados Unidos da América também?” A Irmã Lúcia respondeu novamente: “SIM”! (Isto encontra-se no livro The Wonders She Performs, 1986, pág. 160.).

AS CONDIÇÕES PARA A CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA
(por GREGORIUS D. HESSE):

1. INTRODUÇÃO:

Ouvimos dizer, já há algum tempo, que o Papa iria consagrar o mundo ao Imaculado Coração de Maria no próximo dia 8 de Outubro. Escrevo este artigo em Setembro, não para predizer as ações do Papa em Outubro (não sou nenhum profeta), mas para delinear as condições necessárias para uma consagração correspondendo aos pedidos de Nossa Senhora e as possibilidades do que possa vir a acontecer. Vários fatos que irão ser mencionados já foram amplamente discutidos em números anteriores de The Fatima Crusader, e por isso farei por evitar repetições desnecessárias.

Escrevo este artigo na minha qualidade de teólogo e canonista, mas, com toda a franqueza, devo sublinhar o fato de que, como a mensagem de Fátima é uma das mais claras que já se viram, para muitas das minhas conclusões não é preciso um conhecimento de Teologia, mas simplesmente o senso comum que Deus nos deu, e que, segundo o escritor inglês G.K. Chesterton, era o método de S. Tomás de Aquino. Na verdade, pouco mais é preciso do que senso comum para perceber o que está por detrás das mentiras impertinentes e um pouco disparatadas e dos truques do Vaticano na sua conspiração para silenciar Nossa Senhora.

2. OS PEDIDOS DE NOSSA SENHORA:

Em 13 de Junho de 1929, estando a Irmã Lúcia a viver em Tuy, na Espanha, Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia com as seguintes palavras, que a Irmã Lúcia escreveu:

“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração.” (Frère Michel, The Whole Truth About Fatima, vol. II, p. 555).

Como já disse, é uma mensagem muito clara que quase não deixa margem para uma interpretação. Por isso, o próximo capítulo será antes uma explicação.

Não vou gastar tempo e espaço com uma eventual discussão sobre a autenticidade do pedido de Nossa Senhora, embora ela tenha sido recentemente posta em causa por alguém que acha que só os acontecimentos de 1917 receberam a aprovação da Igreja, e não os que tiveram lugar depois.

O absurdo desta posição pode ver-se facilmente pelo fato de nenhum Papa, depois de 1929, ter considerado, por pouco que fosse, a possibilidade de que os acontecimentos posteriores a 1917 não fossem autênticos. Suspeitas deste gênero até revelam muito pouco respeito por Nossa Senhora: a própria Irmã Lúcia confirmou repetidamente os fatos posteriores a 1917. Ou eles são autênticos ou ela está incapacitada mentalmente, ou é uma mentirosa, e nesse caso poderíamos perguntar porque é que Nossa Senhora não tinha sido informada por Deus acerca deste aspecto do futuro (...)

Muitos números anteriores de The Fatima Crusader refutaram este gênero de dúvidas e apresentaram provas suficientes da autenticidade das mensagens que foram recebidas e reveladas depois de 1917.

3. O SIGNIFICADO EXATO DAS PALAVRAS DE NOSSA SENHORA:

A.) A CONSAGRAÇÃO DA RÚSSIA

Num número anterior de The Fatima Crusader demonstrei que uma consagração nunca é genérica ou casual. Escrevi então:
Qualquer consagração é específica. Assim como não é suficiente consagrar o mundo no seu todo, para que a Rússia, a Áustria ou qualquer outro país seja consagrado, não basta consagrar o povo de Israel, nem mesmo consagrar os Levitas; o indivíduo tem de ser consagrado pelo seu nome, como podemos ver pelo exemplo de Aarão: "Diz a todos os homens sábios de coração, a quem Eu dei sabedoria nestes assuntos, que façam vestes para Aarão, para a sua consagração, para que Ele me possa servir como sacerdote... Ficará sobre a fronte de Aarão, e ele levará todas as iniquidades cometidas pelos filhos de Israel em todas as suas oblações e nos dons que oferecerem e consagrarem. E estará continuamente sobre a fronte Aarão para que sejam aceitáveis perante o Senhor... Depois de impores estas vestes a Aarão e aos seus filhos, unge-os e ordena-os. Consagra-os para que Me sirvam como sacerdotes”. (Ex. 28:3,38,41)

Esta é uma das razões porque não basta consagrar o mundo, que inclui muitos países e não só um.

Há mais que devemos considerar:

Como uma consagração deve ser específica, também deve ser individual. No batismo, que é a primeira consagração de um Cristão, a criança tem de ser batizada individualmente. Até nos velhos tempos, quando os missionários ainda tinham muitas conversões para fazer (em vez de louvar os "méritos" das outras religiões), não bastava batizar uma aldeia! Nem sequer bastava batizar cada indivíduo; tinha de se lhe dar um nome. Acontece o mesmo na Confirmação, em que recebemos outro nome. O casamento é inválido se um dos cônjuges tiver dúvidas sobre a identidade do outro. No Sacramento da Orde, cada candidato é apresentado pelo seu nome, tal como sucedeu com Aarão.

Durante a Antiguidade, acreditava-se na importância dos nomes. Não se preocupavam muito se a "sede da alma" era o coração, o cérebro ou o rim esquerdo, mas preocupavam-se com o nome: o nome de uma pessoa - de certa maneira, segundo os antigos - ERA a sua alma.

Quando, no antigo Egito, se decidia eliminar o nome de uma pessoa, era coisa pior do que a morte. Quando o Faraó Amenófis IV (Amenhotep IV, 1352-1336 B.C.) decidiu mudar o sistema religioso do Egito, mudou o próprio nome de "Amenhotep" (Amun está satisfeito) para Echnaton (Akhenaten = Aten é a Vida, ou a Glória do Disco Solar) para significar a mudança na sua alma. Quando ele morreu e o Egito voltou ao sistema antigo, a múmia desapareceu juntamente com o seu nome, porque eliminar o nome era eliminar a pessoa.

A Sagrada Escritura realça a importância dos nomes, tal como Cristo fez. Quando Simão, filho de Jonas, se tornou o Seu Vigário, mudou o nome para to Kephas, Petrus, a Pedra sobre a qual foi construída a Igreja (Cf. Mt. 16:17ff.). A Igreja celebra o Santíssimo Nome de Jesus (2 de Janeiro, ou o Domingo antes da Epifania) e o Santíssimo Nome de Maria (12 de Setembro), que comemora a vitória de Nossa Senhora contra os Turcos em 1683.

Mas é o Nome de Deus que é sagrado acima de todos. Embora a veneração católica dos Santíssimos Nomes não tivesse uma tradição vinda do tempo dos Apóstolos, sendo de origem mais recente (Séculos XVI e XVII), desde que Deus apareceu a Moisés, o Seu Nome é Muito Santo: Ele responde à pergunta de Moisés sobre a Sua identidade com as palavras: EGO SUM QUI SUM (Eu Sou Quem Sou; Ex. 3:14). Desde essa altura, pronunciar este Nome em vão passou a ser passível de morte, e por isso, na sua cegueira, os judeus e os fariseus apanharam pedras para lançar a Jesus, quando Ele disse: Antequam Abraham fleret, EGO SUM (Antes de Abraão existir, Eu sou; Jo. 8:58). Não é ousado nem temerário dizer que a palavra "Deus" é apenas uma descrição. O EGO SUM é realmente ELE, Que, na Sua Simplicidade infinita e perfeita, "não pode" dizer senão "EU SOU."

Mas estas considerações poderão aplicar-se a um país?

No Egito da Antiguidade, qualquer nome era importante. No chamado pergaminho menfita, copiado na pedra de Shabaqo, o deus Ptah cria tudo no universo, pronunciando cada nome. Quando Ramsés II (1279-1213 A.C.) aumentou uma velha aldeia para se tornar a sua cidade de residência, chamou-lhe Pi-Ramesse, a Sede de Ramsés, para que a santidade do seu nome protegesse a cidade.

O nome Israel significa: Lutar por Deus. O nome do país é sagrado! Para os Católicos, Roma significa (ou significava) a Cidade Santa, e nome de "Roma" significa muito mais do que uma aglomeração barulhenta e movimentada de casas e ruas cheias de italianos.

Finalmente, devemos lembrar-nos de que Nossa Senhora mencionou o Anjo da Guarda de Portugal!

Tudo isto nos mostra claramente que um país - por mais flexíveis que sejam as suas fronteiras políticas - pode considerar-se individual. A Suíça tem quatro línguas oficiais, não contando com os dialectos locais, e nem por isso deixa de ser um país individual.

E é também um individual que Nossa Senhora deseja explicitamente que seja consagrado, porque mencionou a Rússia várias vezes, além do desejo da consagração.

A Irmã Lúcia de Fátima disse em 1957 ao Padre Fuentes:

"Muitas vezes a Santíssima Virgem disse aos meus primos Francisco e Jacinta, assim como a mim, que [...] a Rússia será o instrumento do castigo escolhido pelo Céu para punir todo o mundo [pelas seus pecados], se não conseguirmos antes a conversão daquela pobre nação" (cf. The Fatima Crusader Nº 63).

A Rússia é o instrumento de castigo do mundo, não é o mundo que se castiga a si próprio; portanto, é a Rússia que deve ser consagrada.

Deve notar-se que Nossa Senhora falou explicitamente da "Rússia" na altura em que o seu nome oficial era: SSSR (Soyuz Sovietskikh Sotsialistitsheskikh Respublik = União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), obviamente referindo-se ao nome do país, não à opressão comunista de (oficialmente) 22 repúblicas.

Mesmo se não pudéssemos estabelecer a importância dos nomes, e também dos nomes dos países, teríamos ainda que considerar a virtude da obediência.

Nossa Senhora nomeou explicitamente a Rússia. Não falou do mundo, ou do mundo incluindo a Rússia, mas apenas da Rússia. Seria demasiado audacioso dizer que, até agora, Nossa Senhora não foi levada muito a sério?

Nenhum indivíduo pode julgar ou dar ordens ao Papa, mas isto não quer dizer que ele deixe de estar obrigado a obedecer a Cristo, à tradição, à vontade manifesta de Cristo - e ao senso comum... Com o devido respeito, é preciso sublinhar que o Papa não é o Chefe da Igreja, mas o Vigário de Cristo na terra. Não é o Presidente, mas sim o Vice-Presidente.

B.) A CONSAGRAÇÃO EM UNIÃO COM OS BISPOS

Já discutimos a conveniência teológica de uma consagração em união com todos os Bispos (cf. The Fatima Crusader Nº 63, pp. 56-57).

Vamos agora examinar as consequências práticas do pedido de Nossa Senhora ao Papa e aos Bispos.

Como dissemos, Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia da seguinte maneira, conforme escreveu a Irmã Lúcia:

“É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a Consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração” (Frère Michel, The Whole Truth About Fatima, vol. II, p. 555).
Não pode haver dúvidas de que as palavras "em união com todos os Bispos do mundo" implicam que o acto deve ser feito por todos ao mesmo tempo. Falta apenas um pormenor, o do tempo: É evidente que teria de ser feito no mesmo dia - digamos, Domingo, 8 de Outubro do ano 2000, o último ano do século.

A expressão "todos os Bispos" deve também ser explicada segundo o Código de Direito Canónico (1983), (...) Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos por instituição divina; são constituídos pastores na Igreja, para serem mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros de governação (Cân. 375, § 1). Pelo facto da sua consagração episcopal, os Bispos recebem também, com a função de santificar, as funções de ensinar e de governar... (Cân. 375, § 2). Os Bispos chamam-se diocesanos quando lhes foi entregue o cuidado de uma diocese; todos os outros chamam-se titulares (Cân. 376).

O Cânone 375, no segundo parágrafo, não é muito claro com respeito ao poder de "governar," recebido "pelo facto da sua consagração episcopal." Isto é impossível.

Segundo o Cân. 382, § 1, um Bispo "não pode exercer o cargo que lhe foi confiado sem primeiro tomar posse canônica da diocese." Os Bispos titulares, cuja “diocese” é geralmente um monte de ruínas no deserto, ou coisa semelhante, "pelo fato da sua consagração" não exercem a "função de governo", segundo o Cânone 967, § 1, com a exceção de poderem ouvir a Confissão universalmente, faculdade esta que pode ser limitada segundo o mesmo Cânone. Qualquer Vigário Geral tem mais jurisdição em virtude da lei do que um Bispo titular (cf. cc. 475ff.).

Como acontece com tantos non sequitur no Novo Código de Direito Canônico, temos de consultar o Código de 1917:

Segundo o Cân. 329, o Bispo governa uma Igreja particular (ecclesia pecularia), enquanto que o Cân. 348 nega jurisdição ao Bispo titular. Os outros Cânones relevantes (cc. 329; 350-355; 948ff.) também não mencionam quaisquer poderes de governação.

Então os Bispo titulares não serão autênticos Bispos? No sentido sacramental, são certamente Bispos; mas, quando à sua jurisdição, não são Bispos no sentido linguístico estrito: "o Bispo da sua diocese." São apenas auxiliares na jurisdição do Bispo da diocese.

O pedido de união com TODOS os Bispos não parece ser muito claro:

A Irmã Lúcia apresentou as condições que era necessário cumprir para fazer de forma válida a Consagração da Rússia segundo Nossa Senhora pediu em Tuy:

A Rússia deve ser claramente indicada como objeto da consagração;

Cada Bispo deve fazer uma cerimônia pública e solene na sua catedral. (cf. The Fatima Crusader Nº 63).

O que quer isto dizer? Só um Bispo diocesano possui uma catedral. Por conseguinte, considero possível que se cumpriria o pedido se apenas os Bispos diocesanos, e só eles, se unissem à consagração. Mas nesta época de concelebrações, talvez fosse conveniente, so o ponto de vista teológico, que os Bispos auxiliares se juntassem aos seus Ordinários diocesanos para que o colégio episcopal consagrasse a Rússia na sua plenitude.

Resta outra pergunta. Como é que o Papa poderia levar os Bispos a fazer esta consagração? A pergunta pode ser difícil de responder na vida política, mas sob o ponto de vista da fé e dos costumes é bem simples.

O Papa detém a primazia, não só em assuntos de fé e de moral, mas também da disciplina e governo da Igreja (DS 3060, Cân. 331). Segundo o Cân. 333, § 1, (1983) este poder estende-se "sobre todas as Igrejas particulares e agrupamentos de Igrejas”, e ele tem o "direito, segundo as necessidades da Igreja, de determinar o modo de exercer esta função, tanto pessoal como colegial" (Cân. 333, § 2). Não há apelo nem recurso contra uma decisão ou decreto do Pontífice Romano” (Cân. 333, § 3). Todos os Bispos, mesmo os diocesanos, estão sujeitos a esta autoridade, se reservada (cf. Cân. 381). "A Igreja tem o direito inato e correto de coagir os membros dos fiéis cristãos, por via de sanções penais " (Cân. 1311). O legislador supremo e juiz da Igreja pode dar ordens aos Bispos por um decreto, sob pena de se aplicar a sanção automática "contra certos delitos particularmente traiçoeiros que podem resultar num escândalo mais sério ou não podem ser castigados devidamente por meio de sanções aplicadas" (Cân. 1318). Se um Bispo ignora culpavelmente (Cân. 1321) "preceitos legítimos... da Sé Apostólica" (Cân. 1371) E ameaça, a “penalidade justa" (Cân. 1371) pode ser ainda mais severa (Cân. 1326).

Falando claro: O Papa pode e deve ordenar os Bispos a que se unam a ele na consagração, sob pena de uma sanção justa, como, por exemplo, a suspensão do seu cargo se o não quiserem fazer. Só assim se cumpriria o pedido de Nossa Senhora: a Irmã Lúcia mencionou que "muitos Bispos não deram importância a este ato” (cf. The Fatima Crusader Nº 64).

Mas DARÃO importância a este ato sob a ameaça de perderem a sua posição, o bispado, honras, vencimento e confortos, se não estiverem interessados no destino das suas almas. Só assim é que TODOS os Bispos ser uniriam à consagração, como os que não cessaram de ser Bispos. (Isto é mais uma indicação de que, provavelmente, as palavras de Nossa Senhora se referem apenas aos Ordinários locais, porque podem perder os seus cargos, mas nunca a sua consagração).
Portanto:

O Papa deve ordenar e requerer a cada Bispo em união com ele que consagre pública e solenemente a Rússia (e só a Rússia) pelo nome ao Imaculado Coração de Maria, na sua catedral respectiva, no mesmo dia marcado e à mesma hora marcada, e que se faça esta consagração sob pena de suspensão imediata e automática (Latae Sententiae) se a execução desta ordem e pedido for deficiente.

Quando recordo que o Padre Gruner foi ameaçado de excomunhão por pregar a mensagem de Nossa Senhora e por afirmar os seus direitos canonicamente garantidos, creio que a penalidade de suspensão, acima indicada, até é demasiado branda, mas poderá servir para o efeito prático.

4. OS PEDIDOS DE NOSSA SENHORA FORAM ATENDIDOS?

A resposta é definitivamente negativa. De entre as centenas de citações em números anteriores de The Fatima Crusader que respondem a esta pergunta, bastará recordar três:

O Padre Gruner disse:

“O Papa consagrou o mundo várias vezes. Fê-lo em 7 de Junho de 1981. Tornou depois a fazê-lo com muito mais cerimônia... perante um milhão de pessoas em 13 de Maio de 1982. E novamente em 25 de Março de 1984. Consagrou o mundo todas estas vezes, mas nunca consagrou a Rússia da maneira pedida por Nossa Senhora de Fátima”. (cf. The Fatima Crusader Nº 64).

Na mesma entrevista, o Padre Gruner disse:

“...depois de consagrar o mundo em 25 de Março de 1984, o Papa João Paulo II reconheceu, perante cerca de 250.000 pessoas na Praça de S. Pedro, que não tinha feito o que Nossa Senhora de Fátima pedira. Disse: ‘Iluminai especialmente os países de que esperais a nossa consagração e entrega.’ E disse isso depois de ter feito a consagração do mundo. Portanto, sabe que não cumpriu o que Nossa Senhora de Fátima pediu”. (cf. The Fatima Crusader Nº 64).

Citando a Irmã Lúcia, o Padre Paul Kramer disse:

“Eis o que a Irmã Lúcia realmente disse depois da consagração do mundo de 25 de Março de 1984. Em 20 de Julho de 1987, a Irmã Lúcia declarou a Enrique Romero,. numa entrevista depois publicada, que a Consagração da Rússia pedida por Nossa Senhora de Fátima ainda não fora feita. Numa entrevista publicada no número de Setembro de 1985 do Sol de Fátima, perguntaram à Irmã Lúcia se o Papa tinha cumprido o pedido feito por Nossa Senhora em Tuy quando consagrou o mundo em 25 de Março de 1984. A Irmã Lúcia respondeu: ‘Não houve a participação de todos os Bispos, e não houve uma menção da Rússia.’ O entrevistador perguntou então: ‘Portanto, a consagração não foi feita como Nossa Senhora pediu?’ A Irmã Lúcia respondeu: ‘Não. Muitos Bispos não deram importância a este ato’”. (cf. The Fatima Crusader Nº 64).

Isto responde amplamente à pergunta e, infelizmente, com a negativa.

Já foi levantada a questão de se seria heresia dizer que as pequenas alterações que ocorreram desde 1989 se poderiam ver como uma vitória de Nossa Senhora. Eu respondo: não é heresia, é simplesmente uma fantasia, uma coisa disparatada, ou o nome que se lhe quiser dar. Teologicamente não pode ser heresia, visto não se tratar de matéria de fé.

Política e historicamente, é evidente que é absurdo. Filosoficamente é um disparate, e o senso comum condenará este erro como uma loucura. É por demais óbvio que todas as promessas para uma eventual consagração ainda não se cumpriram. O Padre Paul Kramer escreveu 12 artigos sobre este tema (cf. The Fatima Crusader Nº 64), pelo que não é preciso acrescentar mais.

5. COMO INTERPRETAR O 8 DE OUTUBRO:

Há várias possibilidades:

O Papa não faz menção específica da Rússia, como Nossa Senhora pediu: Neste caso, falta mais uma vez uma das condições principais e a Consagração NÃO foi feita;

O Papa menciona a Rússia, mas não em união com os Bispos: Neste caso, não foi respeitada outra das condições principais e a Consagração NÃO foi feita;

O Papa menciona a Rússia, mas não em união com todos os Bispos diocesanos: Neste caso, como é condição principal que todos os Bispos se lhe unam, a Consagração NÃO foi feita;

O Papa menciona a Rússia, em união com todos os Bispos diocesanos, sob pena de suspensão dos seus cargos, mas vários Bispos auxiliares recusam: Não vejo como isto possa invalidar a Consagração, e considero-a como FEITA;

O Papa menciona a Rússia em união com todos os Bispos, mesmo se tal se conseguir apenas sob coação: considero-a FEITA, porque fizeram um ato público, embora fosse apenas sob coação.

O Papa menciona a Rússia e todos os Bispos se lhe unem de todo o coração: ...bem, sonhar não custa ...

6. CONCLUSÃO:

Hoje é a festa do Arcanjo S. Miguel, e não sei o que acontecerá em 8 de Outubro, mas tenho um forte pressentimento. Não me critiquem por me ter tornado um pouco pessimista, à luz das últimas décadas da história da Igreja: creio firmemente que os pedidos de Nossa Senhora de Fátima NÃO serão atendidos em 8 de Outubro. Fico a rezar para que, na altura em que lerem este artigo, me tenha enganado, e celebraria de boa vontade um TE DEUM público neste caso, mas nem por um minuto acredito que tal aconteça.
Os fatos esclarecer-nos-ão, mas que havemos de fazer se tiver razão?

Nossa Senhora indica-nos o caminho correto:

PRIMEIRO, e sobretudo (!), não devemos sequer discutir Fátima se - por negligência - ainda não cumprimos os Cinco Primeiros Sábados de Reparação;

SEGUNDO, seria bom cumprir os Cinco Primeiros Sábados mas uma vez: a) para agradar a Nossa Senhora, b) por uma questão de segurança;

TERCEIRO, devemos levar outras pessoas a cumprir os Cinco Primeiros Sábados e ajudá-las em especial na maior das dificuldades: encontrar um sacerdote verdadeiramente Católico para a Confissão e Missa (e/ou Comunhão);

QUARTO, devemos fazer a nossa Oferta diária ao Sagrado Coração e ao Imaculado Coração com intenção de Reparação;

QUINTO, devemos manter-nos muito fiéis ao Santo Rosário, que é a forma de rezar mais importante, tirando a Santa Missa;

SEXTO, devemos pregar esta devoção de forma católica: firme mas nunca incomodando;

SÉTIMO, devemos apoiar de boa vontade e ativamente quem pregar e difundir a mensagem de Nossa Senhora.

Pouco mais podemos fazer, mas cada vez mais pessoas o farão, à medida que nos aproximamos do Triunfo do Imaculado Coração, Que no Dia do Juízo se lembrará de todos quantos O ajudaram.

O PLANO DE NOSSA SENHORA PARA A PAZ:

Um dos temas principais da Mensagem de Fátima é o estabelecimento da paz em todo o mundo. A Mãe de Deus apresentou ao mundo em Fátima as condições necessárias para a paz. São elas a prática generalizada da devoção dos Primeiros Sábados de Reparação ao Imaculado Coração de Maria, e a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração pelo Papa em união com todos os Bispos católicos. Nossa Senhora disse em Fátima aos três pastorinhos: "Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que sofrer; várias nações serão aniquiladas." A Irmã Lúcia sobre o castigo Em 1946, o Professor William Thomas Walsh perguntou à Irmã Lúcia, última sobrevivente dos videntes de Fátima, a respeito da difusão dos erros da Rússia: "Quer isto dizer, na sua opinião, que todos os países, sem exceção, serão vencidos pelo Comunismo?" "Sim," respondeu a Irmã Lúcia.1 (Cf. "A declaração da Irmã Lúcia ao Professor Walsh".) "Quer dizer, os Estados Unidos da América também?" perguntou o Professor Walsh. E a Irmã Lúcia respondeu: "Sim."2 (Cf. “Depoimento do Padre Manuel Rocha, tradutor do Professor Walsh”.) Em 1957 a Irmã Lúcia disse ao Padre Agustín Fuentes: Muitas vezes a Santíssima Virgem disse aos meus primos Francisco e Jacinta, assim como a mim, que muitas nações desaparecerão da face da terra. Disse que a Rússia será o instrumento do castigo escolhido pelo Céu para punir todo o mundo, se não conseguirmos antes a conversão daquela pobre nação. …3 (Cf. “Testemunhos publicados: O Padre Fuentes (1957)”.) É evidente que, ou a Rússia é consagrada a tempo, como Deus e a Santíssima Virgem pediram, e haverá paz; ou então veremos que se cumprirão todos os terríveis castigos que Nossa Senhora nos disse que iriam acontecer: guerra, fome, perseguição da Igreja e do Santo Padre, a aniquilação de várias nações e a sujeição das nações que não forem aniquiladas. Só a conversão da Rússia pode fazer terminar os castigos que já nos atormentam e impedir os que nos aguardam no futuro. A Irmã Lúcia avisou que a Rússia seria usada por Deus para punir o mundo inteiro, "se não conseguirmos antes a conversão daquela pobre nação." Precisamos da conversão da Rússia, mas Deus determinou que esta conversão só acontecerá através de um único meio: a Consagração solene da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. O fim dos castigos e a paz do mundo dependem, pois, deste ato.

FONTES:

http://www.fatima.org/port/consecrussia/annihilation.pdf

http://www.fatima.org/port/apostolate/p12quest.asp

http://www.fatima.org/port/consecrussia/lf173p.pdf

http://fatima.org/port/consecrussia/pfrhess.asp

http://www.fatima.org/port/consecrussia/peacedepends.pdf
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PACTO TRIPLO NO CONCÍLIO LIBERAL VATICANO II



PACTO TRIPLO NO CVII

1) "Maçons, o que quereis?” O que solicitais de nós? Tal é a pergunta que o Cardeal Bea fez aos Bnai B’rith antes do começo do Concílio: a entrevista foi relatada por todos os jornais de Nova Iorque, onde ela se realizou.

Os maçons responderam que queriam a “liberdade religiosa!”, o que quer dizer todas as religiões em plano de igualdade. A Igreja, de agora em diante, não há de ser chamada a única e verdadeira religião, o único caminho de salvação, a única admitida pelo Estado. Terminemos com estes privilégios inadmissíveis e declarai então a liberdade religiosa. Eles o conseguiram: foi a “Dignitatis Humanae”.

2) “Protestantes, o que quereis?” O que solicitais para que vos possamos satisfazer e rezar juntos?

A resposta foi: Trocai vosso culto, retirai aquilo que não podemos admitir!

Muito bem, lhes foi dito, inclusive os chamaremos quando formos elaborar a reforma litúrgica. Formular-vos-eis vossos desejos e a eles nos ajustaremos nosso culto! Assim aconteceu: foi a constituição sobre a liturgia “Sacrosanctum Concilium”, primeiro documento promulgado pelo Vaticano II, que dá os princípios e o programa detalhado da adaptação litúrgica, feita de acordo com o protestantismo; depois o “Novus Ordo Missae” promulgado por Paulo VI em 1969.

3) “Comunistas, o que solicitais, para que possamos ter a felicidade de receber alguns representantes da Igreja Ortodoxa Russa no Concilio?

Alguns emissários da K.G.B.:

A condição exigida pelo patriarca de Moscou, foi a seguinte: “Não condeneis o comunismo no Concílio, não faleis neste tema!”.

(Eu acrescentaria: sobretudo nada de consagrar a Rússia ao Coração Imaculado de Maria!) e também “manifestai a abertura do dialogo conosco”. E o acordo se fez, a traição foi consumada: “Estamos de acordo, não condenaremos o comunismo!”

Do Liberalismo à Apostasia (Dom Marcel Lefebvre)
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A ORIGEM COMUNISTA DO DIA DA MULHER

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A ORIGEM COMUNISTA DO DIA DA MULHER:
O "Dia Internacional da Mulher" foi uma festa instituída pela Internacional Socialista, durante um congresso em Copenhagen, no ano de 1910. Apesar de ainda sem um dia específico, para comemorar a "mulher trabalhadora", que lutava por seus supostos "direitos". A Revolução Russa iniciou-se em fevereiro de 1917, em 23 de fevereiro pelo calendário juliano, e no dia 8 de março no calendário gregoriano. Havia uma greve de operários de uma fábrica têxtil, foi o estopim da Revolução Comunista.
Como registrou Leon Trotsky: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Após a Revolução de outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai pediu a Lenin que instituísse um feriado, que hoje é comemorado internacionalmente, inclusive por muitas pessoas que não sabem seu real significado.
Por: Marcos Peinado
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O CATECISMO ANTICOMUNISTA

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I. O QUE É O COMUNISMO E O QUE ELE ENSINA:

1) Que é o comunismo?

O comunismo e uma seita internacional, que segue a doutrina de Karl Marx, e trabalha para destruir a sociedade humana baseada na lei de Deus e no Evangelho, bem como para instaurar o reino de Satanás neste mundo, implantando um Estado ímpio e revolucionário, e organizando a vida dos homens de sorte que se esqueçam de Deus e da eternidade.

2) Qual é a doutrina que a seita comunista ensina?

A seita comunista ensina a doutrina do mais completo materialismo.

3) Que ensina o materialismo comunista a respeito de Deus?

O materialismo comunista ensina que Deus não existe, e que só existe a matéria.

4) Contenta-se a seita comunista em ensinar que não há Deus e que só existe a matéria?

A seita comunista dá grande importância a um materialismo prático, em que o homem não cogita se Deus existe ou não, mas procede, pensa e organiza sua vida sem se incomodar com Deus nem se lembrar dEle. Assim, aos poucos chega também ao materialismo teórico. O comunista verdadeiro é materialista teórico e prático, para poder levar seus prosélitos ao caminho aludido.

5) Que pensa a seita comunista a respeito da alma?

Para a seita comunista o homem é só matéria, e a alma não existe.

6) Que pensa a seita comunista a respeito da eternidade?

Para a seita comunista o homem desaparece totalmente após a morte. Não há Céu nem inferno, não há felicidade nem castigo depois desta vida.

7) Que pensa a seita comunista a respeito da natureza humana?

Para a seita comunista o homem é um simples animal; embora mais evoluído do que o boi e o macaco, não passa de animal.

8.) Qual e a primeira conseqüência prática desta doutrina?

A primeira conseqüência prática deste materialismo é que o homem deve procurar sua felicidade somente nesta terra, e no gozo dos prazeres que a vida terrena oferece.

9) O homem, segundo o comunismo, depende de Deus e da sua lei?

Não. Uma vez que só há matéria, o homem não depende de Deus, que não existe; ele é supremo senhor de si mesmo.

II. ATITUDES DO COMUNISMO PERANTE A RELIGIÃO:

10) A seita comunista dá importância à Religião?

Embora negue a existência de Deus, e afirme que a Religião é coisa quimérica, o comunismo dá grande importância ao fato de que existe a Religião no mundo, porque vê nela o seu maior inimigo. Lenine a chama de “ópio do povo”.

11) Por que a Religião é inimiga do comunismo?

A verdadeira Religião, que é a Religião Católica, é inimiga mortal do comunismo, porque ensina exatamente o contrário do que ele ensina, e inspira os fiéis a preferirem a morte às doutrinas e ao regime comunista.

12) Que faz o comunismo com a Religião?

Com a Religião Católica a luta do comunismo é de morte: só poderia cessar se chegasse a destruir em todo o mundo a Igreja verdadeira (o que é impossível). Quanto às outras religiões, a seita usa de duas táticas: quando sente que uma delas é um empecilho para a sua vitória, ataca-a; mas se vem a perceber que se pode servir de alguma religião para se propagar, ou mesmo para matá-la, então a tolera e até favorece na aparência, para a destruir mais radicalmente.

13) Para conquistar o poder, que faz a seita comunista com referência à Igreja Católica?

Para conquistar o poder, a seita comunista procede da seguinte maneira com relação à Igreja Católica:

a) Procura persuadir os católicos de que não há oposição entre os objetivos da seita e a doutrina da Igreja. Procura até apresentar as idéias comunistas como a realização da doutrina do Evangelho;

b) Procura criar uma corrente intitulada de “católicos progressistas”, “católicos socialistas” ou “católicos comunistas”, para desorientar e desunir os católicos;

c) Procura atirar as organizações católicas contra os outros adversários naturais do comunismo, como os proprietários, os militares, as autoridades constituídas, para dividir e destruir os que se opõem à conquista do poder pelo Partido Comunista;

d) Favorece as modas e costumes imorais para minar a família e portanto a civilização cristã da qual a família é viga mestra;

e) Mantém nas nações cristãs a sociedade em constante agitação, fomentando antagonismo entre as classes, as regiões do mesmo país, et cetera.

14) Depois de conquistado o poder, que faz a seita comunista com a Igreja Católica?

Sua tática com a Igreja Católica, depois de conquistado o poder, varia de acordo com as circunstâncias. Mas os passos da luta em geral são os seguintes:

a) envolver os católicos nos movimentos promovidos pelo Partido Comunista;

b) afastar os Bispos, Sacerdotes e Religiosos que resistem; se preciso, matá-los;

c) liquidar os líderes católicos;

d) separar a Igreja do país, da obediência ao Santo Padre.

15) Pode um católico colaborar com os movimentos comunistas?

A coisa que os comunistas mais desejam é que os católicos colaborem com eles. Quem começar a colaborar, terminará comunista. “Colaborou? Morreu!”

16) Se o comunismo ensinasse que Deus existe, e tolerasse a Religião, os católicos poderiam ser comunistas?

No dia em que o comunismo admitisse que Deus existe, e que ele é Senhor nosso, já não seria propriamente comunismo.

III. PONTOS BÁSICOS DA DIVERGÊNCIA ENTRE COMUNISMO E CATOLICISMO:

17) Então a divergência entre a seita comunista e o Catolicismo se verifica só no campo religioso?

Não. Além do campo religioso, há muitos outros campos em que as divergências entre a seita comunista e o Catolicismo são irredutíveis.

18) Em que outros pontos fundamentais existe esta divergência radical?

Esta divergência existe em todos os pontos. Mas ela é mais fundamental em relação à verdade e à moral, à família, à propriedade e à desigualdade social.

19) Que ensina o comunismo a respeito da verdade?

Ensina a Igreja que Deus criou o mundo e criou a alma humana, que é inteligente. A alma conhece a verdade das coisas. Ela afirma que uma coisa é idêntica a si mesma, dizendo o que é, é; o que não é, não é. O comunismo ensina que não há verdade. Uma coisa pode ser e não ser, ao mesmo tempo. Uma coisa é ela e o contrário dela.

20) Então o comunismo não admite a verdade?

Não. Para o comunista não interessa que uma afirmação corresponda à realidade ou não. Para ele, “verdade” é o que ajuda a fazer a Revolução. A mesma afirmação pode ser hoje e amanhã, sucessivamente, “verdade” e “mentira”, de acordo com a conveniência do Partido. Assim, houve tempo em que Stalin era um herói para a seita comunista. Hoje é um bandido declarado. Não há verdade objetiva.

21) Que outra grande divergência existe entre o comunismo e o Catolicismo?

O Catolicismo ensina que Deus é absolutamente santo. E por isto, as ações humanas que estão de acordo com Deus são boas; e as que vão contra a ordem que Ele estabeleceu são más. O comunismo, que é materialista, ensina que não existe moral. Quando uma ação é útil ao Partido, é boa; quando prejudica o Partido, é má.

22) Dê um exemplo.

Para o católico as boas relações dos filhos com os pais constituem um bem. Para o comunista, essas boas relações podem ser um bem, e podem ser um mal. Se os pais se opõem à Revolução, o filho deve odiá-los, denunciá-los, e, se for preciso, depor nos processos contra eles e até matá-los. Se os pais trabalham para a Revolução, o filho deve mostrar-lhes amor e colaborar com eles.

23) Poderia dar outro exemplo?

Outro exemplo seria o seguinte. Se o Brasil entrar em guerra contra a Rússia, o comunismo ensina que os brasileiros deverão trair sua Pátria, trabalhar para que os nossos soldados sejam derrotados e o Brasil dominado pelos soviéticos. Mas, se por desgraça o Brasil passar a aliado da Rússia, os brasileiros deverão mudar de orientação e lutar pela vitória do Brasil.

Em resumo: é bom o que ajuda a Revolução, é mau o que a combate ou prejudica.

24) O comunismo ensina a respeitar as famílias?

Como o homem é um animal, a família vale tanto como um casal de bichos. Por isto o comunismo ensina a dissolver as famílias, a violentar as mulheres dos povos que não são comunistas, e a respeitar as “famílias” dos que o são.

25) Que aconteceria às nossas famílias católicas se o comunismo dominasse o Brasil?

Os pais que resistissem à profanação do seu lar poderiam ser mortos; as filhas e esposas ficariam expostas à violação; as famílias perderiam suas propriedades e seriam arruinadas e destruídas.

26) O comunismo acha que o Direito é sagrado?

Como não admite a existência de Deus nem da alma, o comunismo não reconhece a dignidade do homem e nega que o Direito exista. Somente reconhece a força.

27) Pode dar um exemplo?

Se eu der um osso a um cão, este não adquire um direito ao osso. Posso lhe tirar o osso sem ferir nenhum direito. A razão é a seguinte: não tendo alma, o cão não é uma pessoa. Não sendo pessoa, não tem direito. Uma vez que para o comunismo o homem não é pessoa, e sim animal, ele não tem direito. O Estado lhe dá o que quiser, e quando quiser lhe tira. O homem é menos que um escravo; é uma rês.

IV. A ESSÊNCIA DO HOMEM É SER TRABALHADOR:

28) Qual é a definição do homem?

Para o católico: o homem é um animal racional, dotado de personalidade e de direitos.

Para o comunista: o homem é um animal trabalhador.

29) Qual é o papel do trabalho na vida?

Para o católico; o trabalho é meio de conseguir certos recursos que possibilitam ao homem gozar dos bens que Deus criou para ele. O trabalho existe para o homem. Segundo o comunismo, o homem existe para o trabalho. O trabalho é o fim da vida.

30) Se o homem é um animal trabalhador, deve ele trabalhar sempre?

Para a seita comunista quem não trabalha não é homem. Quanto mais o homem trabalha, mais homem é. Assim, ele pode mudar a sua própria natureza, vivendo somente para o trabalho.

31) Então o homem não tem uma natureza estável, que Deus lhe deu?

Segundo a doutrina católica, tem. Deus constituiu a natureza humana imutável.

Para o comunista, uma lei universal levou a matéria até a forma humana. Esta forma está em evolução. É o homem que dá a si mesmo a sua natureza, mediante o trabalho. O homem é o criador de si próprio.

32) Quem deve, então, ser adorado?

Para o católico, Deus deve ser adorado, porque é o Criador do céu e da terra.

O comunista recusa adoração a Deus. Em vez de adorar ao Criador, ele adora o Estado comunista e totalitário.

V. A REVOLUÇÃO E A CRISTANDADE:

33) Qual é para o comunismo o critério supremo da verdade, da moral e do direito?

O critério supremo da verdade, da moral e do direito é para o comunismo a ação revolucionária. Assim como para o católico o fim supremo é a vida eterna, para o comunista o fim supremo da vida é a Revolução.

34) Que é a Revolução?

Revolução, com maiúscula, é a rejeição de Deus, de Cristo, da Igreja, e de tudo o que deles provém; é a organização da vida humana somente segundo a razão humana e as paixões humanas. Seu ideal é a Cidade do homem sem Deus, oposta à Cristandade e à ordem natural, que é a Cidade de Deus.

35) Que é a Cristandade?

Cristandade é a sociedade temporal organizada segundo Deus, isto é, de acordo com o direito natural e a palavra de Deus, revelada por Jesus Cristo, transmitida, interpretada e aplicada à vida pela Igreja Católica.

36) Quais são os fundamentos da Cristandade?

Os fundamentos da Cristandade são dois: o direito natural e a Revelação, trazida por Jesus Cristo e transmitida pela Igreja Católica.

VI. VIRTUDES QUE FUNDAMENTAM A CRISTANDADE E PAIXÕES QUE MOVEM A REVOLUÇÃO:

37) Sobre que virtudes se baseia a Cristandade?

A Cristandade se baseia principalmente sobre as seguintes virtudes: a fé, a castidade e a humildade.

38) Que paixões desordenadas são a mola da Revolução?

O orgulho, que rejeita a fé; a sensualidade que rejeita a castidade; a soberba, que rejeita a humildade, são as molas principais da Revolução.

39) Quais são as conseqüências destas paixões?

Do orgulho, que rejeita a fé, nasce a negação da vida eterna como fim da existência terrena, bem como a negação de Deus, e de Cristo como Senhor do homem.

Da sensualidade, que rejeita a castidade, nasce o desejo de gozar esta vida de todas as formas, e em conseqüência ela conduz ao desprezo e a dissolução da família.

E da soberba, que rejeita a humildade, nasce a revolta contra a autoridade divina e humana, e contra todas as limitações que o homem pode sofrer. De modo especial ela conduz ao igualitarismo, isto é, ao ideal comunista de uma sociedade sem classes.

40) Que se entende aí por classe social?

Classe social é um conjunto de pessoas — e suas respectivas famílias — cujas funções na sociedade são diversas, porém iguais em dignidade. Exemplo: advogados, médicos, engenheiros, fazendeiros, oficiais das Forças Armadas, apesar da diversidade de suas funções, constituem com suas famílias uma mesma classe social.

Todas as classes sociais são dignas, mas não iguais em dignidade. Por exemplo: o trabalho manual é digno e foi até exercido pelo Verbo Encarnado; todavia, a dignidade do trabalho intelectual é intrinsecamente maior: o espírito é mais do que a matéria.

41) A que título a família faz parte da classe social?

De acordo com a lei natural e a doutrina da Igreja, a família participa de algum modo, não só do patrimônio, como da dignidade, honra e consideração de seu chefe, com o qual forma um só todo e a cuja classe social pertence. Sendo inerente à família a transmissão aos filhos, não só do patrimônio dos pais, como também, de certo modo, da honra e consideração que se prende ao nome paterno, a presença da família na classe social dá a esta um certo caráter de continuidade hereditária.

42) Então uma pessoa não pode passar para uma classe a que não pertence a sua família?

Pode. Não se deve confundir classe social com casta. No regime pagão das castas existe entre estas uma barreira intransponível. Cada pessoa pertence necessariamente, por toda a vida, à casta em que nasceu. Isto, quaisquer que sejam suas ações, boas ou más. Na civilização cristã, não há castas impermeáveis, mas classes sociais permeáveis. Ou seja, a pessoa pertence à classe em que nasceu, mas pode elevar-se a outra se tiver um mérito saliente. Bem como pode decair, em razão de seu mau procedimento. Assim, o princípio da hereditariedade se harmoniza com o postulado da justiça.

O comunismo, ao invés, quer uma sociedade sem classes, em que todos sejam iguais, no que contraria o princípio natural da hereditariedade e as exigências da justiça.

VII. O PROLETÁRIO É O ÚNICO HOMEM IDEAL, SEGUNDO O COMUNISMO:

43) Se não há Direito, como pode, segundo os comunistas, existir a sociedade?

A sociedade, segundo os comunistas, existirá sem Direito: existirá pela força.

44) Em mãos de quem ficará a força na sociedade?

Aqueles que representam o homem mais perfeito hão de ter em suas mãos a força na sociedade.

45) Quem representa o homem mais perfeito, de acordo com o comunismo?

Segundo o comunismo, os proletários não tem nenhuma raiz que os prenda ao passado ou à sociedade presente, e portanto são os homens mais livres de limitações; são eles que, unidos, constituem a maior força revolucionária. Para a seita comunista o proletário é, pois, o homem mais perfeito. De fato, em sua mentalidade não existem os “entraves” e as “degenerescências” que ligam as outras classes à ordem social vigente. Por isso mesmo, a seita o considera como o instrumento ideal da Revolução.

46) Que devem fazer os proletários, de acordo com o comunismo?

De acordo com o comunismo, os proletários devem mover guerra às outras classes, e implantar a ditadura do proletariado, que pela violência extermine a Igreja, o Clero, os nobres, os ricos, os proprietários, os que se realçam pela inteligência, todos os homens independentes, e assim destrua tudo o que se opõe à Revolução.

VIII. A LUTA DE CLASSES

47) Como se chama esta oposição entre os proletários e os demais cidadãos?

Esta oposição se chama luta de classes.

48) Esta luta durará muito?

Para os comunistas, esta luta não terminará senão quando no mundo inteiro só houver a classe dos proletários, isto é, dos trabalhadores que não têm nada de próprio.

IX. A PROPRIEDADE, A VIDA HUMANA E A ESCRAVIDÃO DO OPERARIADO:

49) O indivíduo, no regime comunista, não pode possuir nada?

No regime comunista o indivíduo não é dono de nada. Tudo é do Estado.

50) O comunismo não admite por vezes o direito de propriedade?

Quando está no poder, o comunismo às vezes concede o uso de algum imóvel a um ou outro trabalhador. Mas não reconhece o direito de propriedade, pois pode tomar tudo a todos, quando quiser. O homem, no regime comunista, não tem sequer direito ao fruto do seu trabalho.

51) No regime comunista ninguém é, então, dono de nada?

No regime comunista ninguém é dono de nada: nem do dinheiro, nem da fábrica, nem do campo, nem da casa, nem da profissão, nem de si mesmo. Tudo é do Estado, tudo depende do Estado.

52) Então o regime comunista é de escravidão?

O regime comunista estabelece a mais completa escravidão, pois não reconhece ao homem nenhum direito.

53) O comunismo respeita a vida humana?

Não. Uma vez que o homem não passa de animal, o comunismo trata a vida humana como nós tratamos a dos bois. Se fôr preciso, mata-se. Assim, para dominar a Rússia foi preciso assassinar cerca de 20 milhões de russos, ou fuzilando-os, ou deixando-os morrer de fome. Nos campos de concentração da União Soviética, ao tempo de Stalin, calcula-se que havia 16 milhões de homens e mulheres de todas as categorias, padres, intelectuais, operários, que trabalhavam como escravos e acabaram morrendo de miséria. Para conquistar o poder, os comunistas chineses assassinaram vários milhões de pessoas. Para dominar os católicos da Espanha, as milícias bolchevistas mataram onze Bispos e 16.852 Sacerdotes e Religiosos, bem como muitos milhares de pais de família.

54) No regime comunista, o operário pode se queixar, fazer greve, trocar de serviço?

Não. O Partido marca onde o operário deve trabalhar. Neste trabalho ele deve produzir o máximo.

Não pode reclamar, e nem é bom pensar em greve, porque quem pensar vai para o degredo na Sibéria, para um campo de concentração ou para a forca. No regime comunista o operário não tem direito algum.

55) Os comunistas mantêm sempre os operários na miséria?

Até hoje a situação material dos operários em todos os países comunistas é em geral miserável.

Todavia, a Rússia promete que no ano 2000 os trabalhadores russos terão a mesma situação que têm atualmente os seus colegas ocidentais. O comunismo não se interessa pelo bem-estar dos operários senão enquanto ele é útil para a Revolução, por isso, se os operários obtivessem o bem-estar, começavam a desobedecer, volta novamente a miséria. O comunismo trata os trabalhadores como reses, ou como escravos. O senhor de escravos dava-lhes comida porque lhe interessava que eles fossem fortes e sadios, para poderem trabalhar. Mas, se em dado momento parecer necessário às autoridades comunistas reduzir gravemente o padrão de vida da classe trabalhadora, em favor do desenvolvimento das indústrias do Estado ou do seu poderio militar, fá-lo-ão sem hesitação, pois para elas o operário é escravo e o escravo não tem direito.

56) Nos países não comunistas, o comunismo quer melhorar a situação dos operários?

Não. Nos países não comunistas o comunismo quer que os operários fiquem tão miseráveis, que cheguem ao desespero, e assim provoquem greves e desordens, as quais os comunistas aproveitarão para derrubar o governo legítimo e implantar a sua ditadura.

57) Nos países dominados pelos comunistas não há diferenças de riqueza e de classe social?

O comunismo promete abolir as diferenças de riqueza e de classe. Mas isto é contra a natureza humana. Destruindo a moral e o direito, o comunismo favorece um grupo de dirigentes e de membros do Partido, que dispõem de grandes riquezas e vivem com fartura e luxo em casas suntuosas, enquanto o operário em geral passa privações, e obrigado a trabalhar onde o Partido manda, tem para morar somente um quarto, onde se amontoam os pais, os filhos e todos os membros da família, sem cozinha, nem banheiro próprios. A diferença entre os que mandam e os outros é muito maior que entre os capitalistas e os operários.

X. O PAPEL DE SATANÁS:

58) Quem inventou este regime?

Quem inventou este regime foi Satanás, que sabe que o melhor meio de levar os homens à perdição eterna é fazê-los rebelarem-se contra a ordem constituída por Deus.

59) Como que Satanás consegue adeptos para este regime?

Prometendo aos homens o paraíso na terra se eles renunciarem a Deus e ao Céu, Satanás consegue enganá-los como o fez a nossos primeiros pais, e o resultado é o inferno na terra e na eternidade.

XI. A VIOLÊNCIA E A LIBERDADE:

60) Como se implanta o regime comunista?

O regime comunista é implantado, em geral, pela violência. Os comunistas procuram chegar ao poder de qualquer modo: por eleições, por pressão de tropas estrangeiras, por golpes armados. Uma vez no poder, destroem toda oposição, e implantam a ditadura, em nome do proletariado.

61) Então são os operários que passam a mandar?

Não. Os operários não mandam. Eles passam à situação de escravos, trabalham onde o governo os manda trabalhar, não podem se afastar dali; recebem o salário que o governo quer e, se reclamam, podem até ser fuzilados.

62) O comunismo admite direito à greve?

Nos países que quer dominar, o comunismo exige que a lei estabeleça o direito de greve; e organiza paredes para desmantelar a economia nacional. Mas, uma vez dominado o país, não tolera a greve em nenhuma hipótese, e sujeita o operário à mais tirânica escravidão.

63) É somente pela violência que o comunismo é implantado?

Em geral o comunismo é implantado pela violência; mas ele é preparado por muitas atitudes dos cristãos.

XII. O MATERIALISMO DO OCIDENTE PREPARA O CAMINHO DO COMUNISMO:

64) Que atitudes dos cristãos preparam a vitória do comunismo?

Como o comunismo nasce do materialismo, da sensualidade e do orgulho, o materialismo prático dos cristãos que vivem como se não houvesse a eternidade cria o caldo de cultura em que o bacilo comunista prolifera.

65) Dê alguns exemplos destes materialistas práticos.

Posso dar os seguintes exemplos: quem só se preocupa com ganhar dinheiro; quem procura gozar dos prazeres da vida, embora lícitos, sem se interessar pela prática da oração e da penitência; quem se entrega ao jogo; quem freqüenta lugares suspeitos; quem se veste com sensualidade, sem modéstia; quem dança as danças modernas; quem lê revistas obscenas ou sensuais; os freqüentadores do cinema e da televisão imorais; quem se desinteressa pela graça santificante, pecando como se não houvesse pecado.

XIII. A IGREJA E OS OPERÁRIOS

66) Que tem feito a Igreja pelos pobres e operários?

A Igreja, ao longo da Historia, aboliu a escravatura, defendeu os fracos e pobres, ensinou os ricos e poderosos a amparar os humildes, difundiu a justiça e a caridade. Organizou os trabalhadores em grandes sociedades chamadas corporações, que cuidavam de sua formação técnica, de sua prosperidade material, do bem espiritual deles e de sua família, lhes davam assistência na doença e cuidavam dos seus filhos em caso de morte. Estas associações sofreram um golpe de morte com a Revolução Francesa, mas duraram em muitos países até as agitações do ano de 1848; na Alemanha elas ainda existem.

67) Depois de 1848 a Igreja não fez mais nada pelos operários?

O individualismo introduzido pela Revolução Francesa destruiu as corporações católicas e deixou os operários entregues à própria sorte. Então a Igreja empreendeu um grande trabalho em favor deles, simultaneamente em três pontos.

68) Qual foi a primeira frente que a Igreja atacou?

A Igreja Católica procurou de início, principalmente minorar a miséria das pessoas. Para este fim multiplicou as Santas Casas, os orfanatos, asilos para velhos, Oratórios festivos, creches, e obras de assistência social. Assim é que, para dar um exemplo, no Estado de São Paulo, atualmente, de cada cem instituições de caridade ou de assistência, oitenta são mantidas pela Igreja Católica. Os comunistas não mantêm nenhuma. As vinte restantes pertencem a outras igrejas, às organizações leigas e ao Poder público. Nos outros Estados do Brasil, a proporção de obras mantidas pela Igreja é ainda maior. E note-se que as instituições de caridade e assistência mantidas e dirigidas pela Igreja funcionam admiravelmente. Basta ver um hospital dirigido por Religiosas.

69) Qual foi a segunda frente que a Igreja atacou?

Enquanto fundava e organizava instituições de caridade e de assistência, a Igreja lutava para corrigir os defeitos da sociedade que geravam tanta miséria. Desde o Papa Pio IX, e principalmente no pontificado de Leão XIII, Ela insistiu com os ricos, os patrões, o Estado e os trabalhadores para que se lembrassem da ordem social que Deus quer e Jesus Cristo fundou, e se aplicassem a melhorar as condições de vida do operário. Os Papas ensinaram que o trabalho não é mercadoria, e que o homem que trabalha tem direito a um salário nas seguintes condições: a) que lhe permita viver com dignidade; b) que dê para criar e educar os filhos; c) que possibilite ao trabalhador diligente e econômico formar um pecúlio que melhore a sua situação e lhe garanta o futuro.

70) Os ensinamentos dos Papas tiveram resultado?

Os ensinamentos dos Papas já modificaram completamente, em muitos países, a mentalidade dos patrões e dos operários, e melhoraram felizmente as condições destes últimos. Mas a Igreja continua a insistir, e o atual Pontífice, Sua Santidade o Papa João XXIII, publicou há pouco a Encíclica “Mater et Magistra”, em que ensina mais uma vez como os patrões devem tratar os trabalhadores, para que haja justiça, caridade e paz.

71) Qual foi a terceira frente em que a Igreja empreendeu o grande trabalho em favor dos operários?

A Igreja, enquanto atendia as misérias mais gritantes e imediatas, e ensinava aos patrões e operários como deviam ser as suas relações de acordo com a justiça e a caridade, promovia a organização destes e daqueles em associações, que se chamam corporações, círculos operários, etc. Estas organizações formam nos vários países grandes confederações, como na França a Confederação dos Trabalhadores Cristãos, na Itália a Associação Católica dos Trabalhadores Italianos, no Brasil a Confederação dos Círculos Operários etc.

72) Em que mais os Papas insistiram?

Os Papas insistiram em que os operários se unam, para juntos defenderem os seus direitos, respeitando, porém, os direitos dos patrões. Os Papas aconselham a estes que, na medida do possível, melhorem o salário e as condições dos trabalhadores, dando-lhes mais do que o estritamente justo.

73) Quais os Papas que mais se salientaram , na ação em favor dos direitos do operário, e da justiça e harmonia entre as classes sociais?

Todos os Papas se têm desvelado pela melhora da dura situação que começou para os operários com a Revolução Francesa. De um modo especial devem-se mencionar os seguintes Pontífices: Leão XIII, autor da Encíclica “Rerum Novarum”; Pio XI, autor da Encíclica “Quadragesimo Anno”; João XXIII, autor da Encíclica “Mater et Magistra”.

74) Que Papas se salientaram na luta contra o comunismo?

Todos os Papas, de Pio IX a João XXIII, tem condenado o comunismo. A Encíclica “Divini Redemptoris” de Pio XI trata especialmente do assunto, com grande, clareza e vigor. Durante o pontificado de Pio XII, a Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício fulminou com a pena de excomunhão quem pertence ao Partido Comunista ou colabora com ele.

75) Quais as conseqüências práticas desta excomunhão?

Os membros do Partido Comunista e os que com ele colaboram não podem receber os Sacramentos nem ser padrinhos de batismo, confirmação e casamento, ficam privados de enterro religioso e sepultura eclesiástica, e não se pode celebrar em público missa em sufrágio de suas almas.

76) Os comunistas têm direito de divulgar suas doutrinas, de viva voz, ou pela imprensa, rádio e outros meios de propaganda?

Não. Segundo a doutrina católica o erro não tem direito de ser difundido. Cumpre ao Poder Público proibir-lhe a propaganda.

XIV. O SOCIALISMO:

77) Haverá outro meio de preparar os homens para o comunismo?

Outro meio de preparar os homens para o comunismo é o socialismo.

78) Que vem a ser o socialismo?

O socialismo é o sistema que professa que todos os meios de produção, de transporte, o ensino, a assistência, toda a propriedade, devem pertencer ao Estado.

79) Para o socialismo, qual é o papel do indivíduo?

Para o socialismo o individuo é meio e não fim da sociedade. Por isto o Estado deve se ocupar de tudo, e cuidar do indivíduo em todos os setores, deixando a este somente aquilo que o Estado mesmo não pode fazer.

80) Neste caso, o socialismo é o mesmo que o comunismo?

Não. O fim de um e outro é o mesmo o estabelecimento de uma sociedade sem classes, a abolição da propriedade privada e da iniciativa privada, e a entrega ao Estado de todos os meios de produção. A diferença está em que o socialismo procura alcançar estes objetivos com meios brandos, usando da propaganda doutrinária e das eleições, enquanto que o comunismo prefere recorrer à violência. Os meios são diferentes, mas o fim é o mesmo. O socialismo é como uma rampa pela qual o mundo desliza suavemente da ordem natural e divina para o comunismo.

81) Há formas moderadas de socialismo?

Há formas moderadas de socialismo. Tais formas existem sempre que se exagera, em medida maior ou menor, a ação do Estado, em detrimento da iniciativa individual ou da propriedade privada.

82) Pode o católico ser socialista?

O católico não pode ser socialista, porque o socialismo contradiz a doutrina da Igreja, que estabelece o seguinte princípio: o Estado existe para realizar as tarefas de bem comum de que nem os indivíduos, nem as famílias, nem as sociedades intermediárias são capazes por si mesmos. Este princípio defendido pela Santa Igreja, e de modo especial pelo Santo Padre João XXIII na Encíclica “Mater et Magistra”, chama-se o “princípio da subsidiariedade”.

83) Que dizem os Papas sobre o socialismo moderado?

Os Papas dizem que, consistindo o socialismo, ainda que moderado, no exagero da ação estatal, é sempre condenado, porque incompatível com a justiça e a ordem natural estabelecida por Deus. Por isto disse Pio XI que o socialismo — mesmo quando moderado — “não pode conciliar-se com a doutrina católica” (Encíclica “Quadragesimo Anno”).

84) Que dizer então do chamado “socialismo cristão” ou “católico”?

O chamado “socialismo cristão” ou “socialismo católico” é uma aberração tão grande como se alguém falasse de um protestantismo católico ou de um círculo quadrado.

XV. A CONQUISTA DO POVO — AS ELITES E A MASSA:

85) Qual a técnica que o comunismo usa para conquistar as elites?

A técnica usada pelo comunismo para conquistar as elites consiste em promover o convívio e a colaboração delas com núcleos da seita. Os comunistas aos poucos as vão levando a pensar à maneira materialista. Levam-nas primeiro a agir como materialistas, para terminarem pensando como materialistas.

Os comunistas usam também um processo de mudança da maneira de pensar, em geral sem discutir, que denominam de “lavagem cerebral”.

86) Que meios usa o comunismo para conquistar as massas?

Os grandes meios utilizados pelos comunistas para conquistar as massas são a revolta e as promessas. Pela revolta, o comunismo açula a classe operária contra os ricos. Pelas promessas desperta nos corações a inveja e a cobiça. Para conquistar as inteligências do povo usa da propaganda, menos para convencer do que para saturar os cérebros com as idéias que convêm ao Partido, e tirar as que lhe são contrárias. Ao Partido não interessa se a propaganda diz verdades ou mentiras: o que interessa é martelar até que a idéia pegue.

XVI. OS PONTOS MAIS VISADOS — A REFORMA AGRÁRIA:

87) Quais são os pontos mais visados pela seita comunista em sua campanha para dominar um país?

Os pontos mais visados pela campanha comunista no primeiro período, que é o da destruição da sociedade católica, são os seguintes: direito de propriedade, forças armadas, pátria, família, e sobretudo a Religião. Para quebrar todas as resistências, procura-se encher o povo de ódio contra tudo isto.

88) Que reformas o comunismo apregoa, para dominar um país?

Para dominar um país o comunismo apregoa a necessidade de várias reformas. A primeira é a reforma agrária, depois vem a reforma urbana, a comercial e a industrial, todas elas de caráter mais ou menos acentuadamente expropriatório e socialista.

89) Em que consiste a reforma agrária que os comunistas querem?

Os comunistas, tomando por pretexto a situação não raras vezes lamentável do trabalhador rural, e a conveniência de favorecer-lhe o acesso à condição de proprietário, promovem o confisco das propriedades rurais grandes e médias. Desde que haja só propriedades pequenas, caem todas sob o controle absoluto do Estado.

90) De que maneira uma tal reforma agrária prepara a Revolução desejada pelo comunismo?

De tal reforma agrária o comunismo tira diversas vantagens:

a) ela destrói as elites rurais, coluna indispensável da ordem social;

b) cria uma grande desordem no campo, com lutas, violências, homicídios;

c) daí nasce uma grande penúria e grande fome no campo e na cidade;

d) assim se enfraquece a nação e se leva o povo ao desespero. Com isto as resistências anticomunistas ficam prejudicadas, e o Partido pode dar o golpe da Revolução.

91) A Igreja concorda com uma reforma agrária que viole o direito de propriedade?

A Igreja condena toda reforma agrária que não respeite como sagrado o direito da propriedade, seja do grande fazendeiro, como do pequeno sitiante. Em ambos os casos este direito é sagrado.

92) Que reforma agrária a Igreja abençoa?

A Igreja abençoa uma reforma agrária que atenda aos seguintes pontos fundamentais:

a) respeito pela legítima propriedade, qualquer que seja o seu tamanho;

b) fornecimento por parte do Estado, de assistência técnica, social e financeira ao lavrador;

c) colonização da imensa reserva de terras inaproveitadas da União, Estados e Municípios;

d) concessão de crédito aos grandes proprietários que queiram dividir e colonizar suas terras;

e) concessão de crédito a juros baixos e prazo longo, para os agricultores que queiram adquirir terras, montar suas fazendas ou sítios;

f) assistência religiosa e educacional aos homens do campo;

g) facilitar a formação de cooperativas agrícolas, livres, de iniciativa particular;

h) facilitar o armazenamento e transporte dos produtos da agricultura.

93) A Igreja proíbe a expropriação de uma gleba para fins sociais?

A Igreja admite a expropriação de uma gleba para fins sociais, mas com grandes cautelas:

a) é preciso que se trate de alcançar um bem comum proporcionadamente grande, ou de afastar um mal proporcionadamente grande;

b) é preciso que não haja outra solução que não seja dispor da gleba;

c) é necessário que se tenha antes tentado, sem êxito, a aquisição amigável do imóvel;

d) é necessário que o dono receba, no ato da desapropriação, e em dinheiro, o preço justo, correspondente ao valor real e atual do imóvel, seja esse valor grande ou pequeno.

94) Há casos especiais de desapropriação?

Sim. Por exemplo, se a finalidade da obra a ser executada em determinada gleba o exigir, o Estado poderá desapropriar, além desta, as glebas vizinhas, a fim de que a obra aproveite ao maior número de pessoas.

XVII. O IDEAL DO COMUNISMO: A SOCIEDADE SEM CLASSES; O IGUALITARISMO:

95) Qual o ideal remoto da sociedade comunista?

A sociedade comunista ideal, diz a seita, será, depois dos horrores da ditadura do proletariado, uma sociedade sem classes nem proprietários, onde todos serão iguais, todos trabalharão, cada qual segundo as suas forças, e cada um receberá da sociedade tudo o de que precisar. Será este o paraíso na terra.

96) Este ideal corresponde à vontade de Deus?

Este ideal é oposto à vontade e aos planos de Deus em pontos essenciais:

a) Deus não quer que este mundo seja um paraíso, e sim um lugar em que ao lado de puras alegrias nós encontremos grandes sofrimentos, e assim, carregando a nossa cruz, nos santifiquemos. Nosso paraíso nos espera na outra vida.

b) Deus quer que cada indivíduo procure o seu bem-estar por seu esforço pessoal, amparado pelo Estado, mas não substituído por ele.

c) Deus quer que entre os homens haja desigualdades, as famílias formem classes distintas, umas mais altas que as outras, sem hostilidade recíproca, com caridade, e sem exagerada diferença: não deve haver alguns miseráveis, e outros excessivamente ricos.

97) Deus quer então que haja pobres e ricos, nobres e plebeus?

Está de acordo com os planos de Deus que existam pobres e ricos, gente humilde e gente importante, mas baseada toda esta hierarquia na justiça e na caridade.

98) Qual a última causa da desigualdade entre os homens?

A última causa da desigualdade entre os homens é a sua liberdade. Dada a natural desigualdade de talentos e virtudes entre os homens, estes só podem ser mantidos num mesmo nível econômico mediante uma ditadura de ferro, que suprima toda liberdade e toda iniciativa.

99) Como se chama a tendência que leva o homem a odiar as diferenças sociais, a querer uma sociedade sem classes?

A tendência que leva a querer que todos sejam iguais e a odiar as diferenças de classe chama-se: igualitarismo.

100) Quais são os vícios que alimentam o igualitarismo?

Os vícios que alimentam o igualitarismo são:

a) a inveja, que não tolera que o próximo seja melhor, ou mais sábio, ou mais rico;

b) o orgulho, que não tolera ninguém acima de nós;

c) a soberba, que não se conforma com os planos de Deus.

101) Que manda a justiça social?

A justiça social manda que o Estado providencie que cada família possa conseguir por seu trabalho o necessário para seu sustento, educação de seus filhos e formação de uma reserva para o futuro, de modo que haja o menor número possível de miseráveis, e os ricos não sejam demasiadamente ricos. Assim a sociedade será como uma pirâmide: com pessoas que vivem só de seu trabalho, pequenos proprietários, pessoas remediadas, ricos, e alguns muito ricos.

102) A justiça social manda que todos sejam iguais em fortuna e posição social?

Não. Que todos os indivíduos e famílias fossem iguais seria uma injustiça social, porque importaria na destruição da liberdade, da iniciativa privada e do direito dos filhos a herdar dos pais.

A boa sociedade católica e humana é desigual, hierarquizada.

Fonte:

Dom Geraldo de Proença Sigaud - Arcebispo de Diamantina [ Catecismo Anticomunista ]

Créditos:

http://www.sacralidade.com/igreja2010/0314.catecismo_anticomunista.html

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