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CANTO "AVE DE FÁTIMA" (A 13 DE MAIO)



AVE DE FÁTIMA
(A 13 DE MAIO)

A treze de maio
Na cova da Iria
Apareceu brilhando
A Virgem Maria.

AVE, AVE, AVE MARIA
AVE, AVE, AVE MARIA

A Virgem Maria
Cercada de luz,
Nossa Mãe bendita
E Mãe de Jesus.

Foi aos Pastorinhos
Que a Virgem falou.
Desde então nas almas
Nova luz brilhou.

Com doces palavras
Mandou-nos rezar
A Virgem Maria
Para nos salvar.

Mas jamais esqueçam
Nossos corações
Que nos fez a Virgem
Determinações.

Falou contra o luxo
Contra o impudor
De imodestas modas
De uso pecador.

Disse que a pureza
Agrada a Jesus
Disse que a luxúria
Ao fogo conduz.

A treze de Outubro
Foi o seu adeus
E a Virgem Maria
Voltou para os céus.

À Pátria que é vossa,
Senhora dos céus,
Dai honra, alegria
E a graça de Deus.

À Virgem bendita
Cante seu louvor
Toda a nossa terra
Num hino de amor.

Todo o mundo a louve
Para se salvar,
Desde o vale ao monte,
Desde o monte ao mar.

Ah! Dêmos-lhe graças
Por nos dar seu bem,
À Virgem Maria,
Nossa querida Mãe!

E para pagarmos
Tal graça e favor,
Tenham nossas almas
Só bondade e amor.

Ave, Virgem Santa
'Estrela que nos guia!
Ave, Mãe da Igreja!
Oh! Virgem Maria!

Ao peito sem mancha
Num doce clarão,
Maria nos mostra
O seu Coração.

Do seu Coração
Nos vem o penhor
De a terra deserta
Florir em amor.

Consagre-se o mundo
E espere que, um dia,
O salve um milagre
Da Virgem Maria.

Sigamos, orando,
De terço na mão,
A santa Mensagem
De reparação.

Se é belo cobrirmos
A Virgem de flores,
Mais belo é rezarmos
Pelos pecadores.

Deus manda os seus Anjos
E em guarda nos traz.
O Anjo da Pátria
É o Anjo da Paz.

Olhemos o Papa
Que sofre e que chora.
Por ele imploremos
A Nossa Senhora.

A Igreja não morre
Mas tem de contar
Com almas ardentes
Que a saibam amar.

Quem vem de romagem,
Em Fátima sente
Que, acima de tudo,
Jesus é presente.

Jesus é presente
Em luz e perdão
E, todo por todos
Se faz comunhão.

FONTE:

https://arenadateologia.blogspot.com.br/2011/05/consagre-se-o-mundo-e-espere-que-um-dia.html?m=1
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101 ANOS DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM FÁTIMA




— Andando a brincar com a Jacinta e o Francisco, no cimo da encosta da Cova da Iria, a fazer uma paredita em volta duma moita, vimos, de repente, como que um relâmpago.

— É melhor irmos embora para casa, – disse a meus primos – que estão a fazer relâmpagos; pode vir trovoada.

— Pois sim.

E começamos a descer a encosta, tocando as ovelhas em direção à estrada. Ao chegar, mais ou menos da encosta, quase junto duma azinheira grande que aí havia, vimos outro relâmpago e, dados alguns passos mais adiante, vimos, sobre uma carrasqueira, uma Senhora, vestida toda de branco, mais brilhante que o Sol, espargindo luz, mais clara e intensa que um copo de cristal, cheio d’água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Paramos surpreendidos pela aparição. Estávamos tão perto, que ficávamos dentro da luz que A cercava ou que Ela espargia, talvez a metro e meio de distância, mais ou menos.

Então Nossa Senhora disse-nos:

— Não tenhais medo. Eu não vos faço mal.

— De onde é Vossemecê? – lhe perguntei.

— Sou do Céu.

— E que é que Vossemecê me quer?

— Vim para vos pedir que venhais aqui seis meses seguidos, no dia 13 a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Depois voltarei ainda uma sétima vez (¹).

— E eu também vou para o Céu?

— Sim, vais.

— E a Jacinta?

— Também.

— E o Francisco?

— Também, mas tem que rezar muitos terços.

Lembrei-me então de perguntar por duas raparigas que tinham morrido há pouco. Eram minhas amigas e estavam em minha casa a aprender a tecedeiras com minha irmã mais velha.

— A Maria das Neves já está no Céu?

— Sim, está.

— Parece-me que devia ter uns 16 anos.

— E a Amélia?

— Estará no purgatório até ao fim do mundo.

Parece-me que devia ter de 18 a 20 anos.

— Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?

— Sim, queremos.

— Ides, pois, ter muito que sofrer, mas a graça de Deus será o vosso conforto.

Foi ao pronunciar estas últimas palavras (a graça de Deus, etc,) que abriu pela primeira vez as mãos, comunicando-nos uma luz tão intensa, como que reflexo que delas expedia, que penetrando-nos no peito e no mais íntimo da alma, fazendo-nos ver a nós mesmos em Deus, que era essa luz, mais claramente que nos vemos no melhor dos espelhos. Então, por um impulso íntimo também comunicado, caímos de joelhos e repetíamos intimamente:

— Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento.

Passados os primeiros momentos, Nossa Senhora acrescentou:

— Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra.

Em seguida, começou-Se a elevar serenamente, subindo em direção ao nascente, até desaparecer na imensidade da distância. A luz que A circundava ia como que abrindo um caminho no cerrado dos astros, motivo por que alguma vez dissemos que vimos abrir-se o Céu.

Parece-me que já expus, no escrito sobre a Jacinta ou numa carta, que o medo que sentimos não foi propriamente de Nossa Senhora, mas sim da trovoada que supúnhamos lá vir; e dela, da trovoada, é que queríamos fugir. As aparições de Nossa Senhora não infundem medo ou temor, mas sim surpresa. Quando me perguntavam se tinha sentido e dizia que sim, referia-me ao medo que tinha tido dos relâmpagos e da trovoada que supunha vir próxima; e disto foi do que quisemos  fugir, pois estávamos habituados a ver relâmpagos só quando trovejava.

Os relâmpagos também não eram propriamente relâmpagos, mas sim o reflexo duma luz que se aproximava. Por vermos esta luz, é que dizíamos, às vezes, que víamos vir Nossa Senhora; mas, propriamente, Nossa Senhora só A distinguíamos nessa luz, quando já estava sobre a azinheira. O não sabermos explicar e querer evitar perguntas foi que deu lugar a que umas vezes disséssemos que A víamos vir, outras que não. Quando dizíamos que sim, que A víamos vir, referíamos a que, propriamente Nossa Senhora, só A víamos quando já estava sobre a azinheira ”.

(¹) Esta «sétima vez» já foi em 16 de Junho de 1921, nas vésperas da sua partida para o colégio de Vilar, no Porto. Foi uma aparição com mensagem pessoal para Lúcia, que, por isso, não a revelou ”.

Notas:

Quarta Memória da Irmã Lúcia, 1941, Memórias da Irmã Lúcia, 8a Ed. Agosto de 2000, págs. 161-162

FONTE:

https://catholiciromani.blogspot.com.br/2017/05/saiba-o-que-nossa-senhora-disse-em-sua.html?m=1
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