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UMA REPÚBLICA CATÓLICA É POSSÍVEL

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E os MONARCÓLATRAS (aqueles que são adoradores da MONARCHIA, que colocam esta forma de governo acima do CATOLICISMO), preferem antes uma Monarquia Maçônica do que uma possível República Católica, inventam que a Santa Igreja condena o sistema de governo republicano!

Apesar de que a Monarquia Tradicional seja o sistema político mais apropriado para os Católicos, a Santa Igreja nunca proibiu a República, mesmo que a maçonaria tenha aproveitado-se deste sistema para derrubar as Monarquias Católicas.

A República de Gabriel Garcia Moreno foi mais Católica de que todas as monarquias vigentes atualmente!

Qual a Monarquia que foi Consagrada ao Sagrado Coração de Jesus ou ao Imaculado Coração de Maria antes da República do Equador? E foi através de dois presidentes diferentes!

Qual foi o rei que reclamou publicamente quando os Estados Papais foram usurpados?! O presidente Gabriel Garcia Moreno o fez, corajosamente!

Quando Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu para a Madre Mariana de Jesus Torres em Quito no final do século XVI, ela condenou a república ou avisou que deveria restaurar a Monarquia do Equador quando Gabriel Garcia Moreno aparecesse? Ou "simplesmente informou" que iria surgir um Presidente CATÓLICO para realizar o que muitos reis não tem a mesma Catolicidade e portanto a Coragem para fazer!?
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GABRIEL GARCIA MORENO: UM PRESIDENTE EUCARÍSTICO

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O homem inflexível diante dos tiranos, dobrava os joelhos diante de Deus com a simplicidade de uma criança. Havia passado seus primeiros anos, na mais terna devoção, com a ideia de consagrar-se ao serviço do Altar. Durante as férias que costumava passar em Monte Cristo, na casa de seu irmão, pároco (curador de almas) desta cidade, não era visto mais que na Igreja, rezando com fervor. O restante do tempo ele passava em seu quarto entre os livros. Se as primeiras tempestades da vida pública detiveram um pouco seus arranques até Deus, temos visto como se voltou para o Bom Deus com as provações do desterro. Desde então não cessou de avançar na vida espiritual.

Um professor alemão da Escola Politécnica, que durante os longos anos que passou em Quito, teve a oportunidade de tratar com intimidade o devoto presidente, e até de visitar-lhe em sua fazenda, onde costumava ir de vez em quando para tirar um dia de descanso, não podia reprimir sua admiração ao recordar estas virtudes. “Sempre estava me edificando, escreve, pela sua bondade e amabilidade encantadora, que sem dificuldade era grande, e sobretudo, por sua profunda piedade. Pela manhã, na hora da Missa, ele ia a sua capela, ele mesmo preparava os ornamentos e ajudava na Santa Missa na presença dos seus familiares e dos habitantes do lugar. Se hes tivessem visto com sua elevada estatura, suas feições pronunciadas, seus cabelos brancos e sua postura militar; se tivessem tido a oportunidade de ler como nós, naquela fisionomia o Temor de Deus, a Fé Viva, a Esperança Firme e a Caridade Ardente que seu coração estava cheio, entenderias o respeito que a todos davam na presença deste homem do Senhor”.

Exigindo-se em um jubileu, a assistência em três procissões para ganhar a indulgência, fez-se presente mesmo que em atenção as suas muitas ocupações podia legitimamente solicitar uma substituição destas obras: — “Livrai-me Deus! contestou; eu sou um cristão como qualquer outro.” Participou, pois, das três procissões com a sua esposa e seu filho, com a cabeça descoberta, e sem guarda-sol, apesar da quentura de um dia ensolarado. Deu mais ou menos a mesma resposta, ao superior de uma ordem religiosa, que para evitar que o presidente caminhasse todas as semanas por quinze minutos, ofereceu-lhe enviar o seu confessor. “Meu padre – contestou - é o pecador que tem que procurar o juiz, e não o juiz que deve andar procurando o pecador.”

Sua piedade, cume da sua confiança e amor, levava-lhe a todas as devoções autorizadas pela Igreja, e em primeiro lugar, ao Santíssimo Sacramento, privilégio do seu culto. Fazia-lhe frequentes visitas, permanecendo prostrado diante do altar, com um sentimento de profunda adoração. Era sua alegria poder comungar todos os domingos, e ainda durante a semana, se houvesse alguma festividade litúrgica. Quando o santo viático era levado para um enfermo, o presidente tinha muita honra em escoltar o seu Santo Deus com uma vela nas mãos, no meio do seu povo. Nas procissões de Corpus Christi, via-se o Chefe de Estado com seu belo uniforme de Major-General com todas as suas condecorações, tomar a bandeira e preceder o palio, como um servo que vai anunciando o seu Mestre. Os demais oficiais cediam uns aos outros as varas do palio, ou buscavam alguma sombra nas paredes, mas o presidente mantinha-se firme durante a procissão, no meio da rua, ignorando o sol para não afastar-se do Santíssimo Sacramento. Suplicaram-lhe um dia que se cobrisse para evitar uma insolação, porém imediatamente protestou, dizendo que não iria cobrir a cabeça diante de seu Deus.

Quando ele rezava nas igrejas, era visto tão absorvido na oração, que às vezes falava em voz alta, sem reparar nele mesmo. Mais de uma vez o ouviram exclamar: “Senhor, salva o Equador!”. O segredo da sua vida de estadista foi, como havia se comprometido: “Conservar-se sempre na presença de Deus”. Várias pessoas que entraram em seu escritório contam que algumas vezes o encontraram ajoelhado diante de um crucifixo. Era conhecida a sua devoção a Cruz. Ao ser surpreendido, levantava-se sorrindo, um pouco encabulado, pedia desculpas por não ter percebido a presença do visitante ou do empregado.

Quando encontrava-se diante de um sacerdote, sua humildade tomava a forma de reverência. Numa certa ocasião, um padre capuchinho, que estava de passagem por Quito, foi visitar-lhe; ao vê-lo, tirou o chapéu. “Cubra-se, pelo amor de Deus, padre”, lhe disse, enquanto ele descobria a sua cabeça. O padre replicou: “Não posso cobrir-me diante do presidente da República”. Ao que García Moreno contestou: “Padre, o que é um Chefe de Estado diante de um ministro de Deus?”.

Em uma missão, o Padre Luis López o observou ao final da fila dos homens para se confessar, e foi diretamente ao presidente e lhe disse: “Exmo. presidente, sem dúvida a sua excelência tem ocupações urgentes de governo. Eu posso atendê-lo de imediato para a confissão; “Padre López, contestou o Chefe de Estado, tenho que dar exemplo ao meu povo, portanto devo respeitar a vez”. O missionário, edificado e cheio de admiração, voltou para o seu confessionário; enquanto que o Chefe de Estado esperou pacientemente até que chegasse sua vez para a Confissão. No dia seguinte, não pôde Gabriel García Moreno conter as lágrimas de alegria, ao ver uma espessa multidão de homens aproximando-se da Mesa da Comunhão, depois de muitos anos sem fazê-lo, haviam se confessado e preparavam-se para comungar o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eufórico saiu de casa naquela tarde, com o objetivo de presidir a clausura daquela missão.

Mas onde se viu a sua maior CONFIANÇA e AMOR por Nosso Senhor Sacramentado, foi no dia 25 de março de 1874, dia que Consagrou sua Pátria ao Sagrado Coração de Jesus, na Missa da Consagração oficializada pelo Arcebispo de Quito, Monsenhor Ignacio Checa y Barba, depois do Santo Evangelho – no sermão/homilia - subiu ao púlpito o Cônego Rafael Gonzales Calixto e falou do significado da Consagração que se faria dentro de uma hora, após isto, a Santa Missa é retomada, dada a comunhão ao Presidente e a multidão presente.

Terminado o Santo Sacrifício da Missa, o Santíssimo Sacramento foi exposto, e se deu a leitura da fórmula da Consagração redigida pelo padre jesuíta Manuel Proaño, a frente estão Mons. Ignacio Checa y Barba representando o clero e o presidente Gabriel García Moreno representando o Estado, ambos recitam o texto, e o povo repete as palavras daquela oração histórica que começa assim: "Senhor, este é o seu povo. Sempre meu Jesus, ele te reconhecerá por seu Deus". Para tal ato, Gabriel García Moreno mandou pintar um quadro do Coração de Jesus de meio corpo, com olhar suplicante ao seu Pai Celeste, com os raios de Seu Coração iluminando o mundo especialmente o Equador que foi consagrado. Este quadro foi uma obra do pintor Rafael Salas que o pintou em Roma e teve a benção do Papa Pio IX, foi utilizado na Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus no dia 25 de março de 1874, sendo o primeiro país do mundo a fazê-la.

No dia 6 de agosto de 1875 - dia da Transfiguração do Senhor - às seis da manhã, como de costume o presidente se dirigiu para a igreja de São Domingos para assistir a Santa Missa. Era a primeira sexta-feira do mês, especialmente dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Como outros muitos fiéis, o presidente aproximou-se da Sagrada Mesa da Comunhão, e recebeu a Santa Eucaristia, sem dúvida como viático para a sua última viagem; porque depois de tantas ameaças e advertências recebidas de todos os lados, não podia ignorar que se encontrava em perigo de morte. Sem dúvida alguma, por isso prolongou a sua ação de graças até as oito da manhã.

Antes de entrar no Palácio de Carondelet, o presidente quis adorar o Santíssimo Sacramento que estava exposto na Catedral. Durante um bom tempo ficou ajoelhado nos ladrilhos da igreja, absorvido no mais profundo recolhimento. Como ao aproximar das trevas, os objetos criados desaparecem e a natureza se repousa em profunda calma, o Bom Deus naquele momento supremo, afastando da alma de seu servo toda a memória dos seres criados, atrasou-lhe docemente o repouso - do presidente - na união celeste.

E a teria prolongado ainda mais, se um homem desconhecido não tivesse se aproximado e avisado-lhe que o estavam esperando para um negócio muito urgente. O Presidente levantou-se imediatamente, saiu, subiu as escadas do Palácio, e já avançava até a porta, quando um homem de apelido “Rayo” que o vinha seguindo, sacou debaixo da sua capa um facão, golpeando-lhe pelas costas. Rayo e o seu grupo de assassinos mercenários atacaram-no, ferindo-lhe de morte com 14 golpes de facão e 6 tiros de armas de fogo. Em todo este transe, o presidente Gabriel Garcia Moreno pôde dizer a sua última frase como testemunho da Fé Católica: "DIOS NO MUERE" (DEUS NÃO MORRE).

Imediatamente foi levado para a Catedral de Quito diante do altar de Nossa Senhora das Dores, poucos minutos depois de receber os Santos Sacramentos, falece, cumprindo-se assim seu desejo que manifestou ao Papa Pio IX em uma carta: “Agora que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, vomitam contra mim toda espécie de injúrias atrozes e calúnias horríveis, procurando furtivamente os meios para me assassinar, necessito mais do que nunca da proteção Divina para viver e morrer em defesa de nossa Santa Religião e desta pequena República … Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de Nosso Divino Redentor, e que felicidade tão imensa para mim, se vossa bênção me alcançar do céu para derramar meu sangue por Aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu Santíssimo Sangue na Cruz por nós!”.

Assim foi que Gabriel Garcia Moreno entregou a sua vida, tornando-se mártir do Sagrado Coração de Jesus e em modelo para outros cristãos. Poucos conhecem a história deste político Católico. Gabriel García Moreno soube simplesmente acolher o Evangelho na sua vida, e pela sua Fé serviu a sua Pátria. Sua morte se converteu em um testemunho de fidelidade à Nosso Senhor Jesus Cristo e da Sua Santa Igreja, e um exemplo para que outros homens e mulheres, dispostos a servir generosamente seu povo como políticos Católicos, estejam preparados para a graça suprema do martírio.

CRÉDITOS:
Carlos Guerrero (historiador Garciano)
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GABRIEL GARCIA MORENO: O MAIS CATÓLICO DOS PRESIDENTES

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21 de novembro de 1852. Debaixo de uma enorme tempestade, uma cena trágica está se passando na cidade de Quito, capital do Equador. O ditador Urbina havia assinado um decreto iníquo, expulsando todos os jesuítas do país. Uma grande multidão, indiferente à chuva, se reuniu em frente do convento para assistir à saída dos religiosos que partem para o exílio. Bem junto à porta, um jovem com uma perna ferida e necessitando usar muletas, também espera. Ele é amigo do padre superior, e, quando este sai, o jovem lhe diz:

– “Dentro de dez anos os senhores estarão de volta, e então nós cantaremos juntos o “Te Deum” na Catedral”.

Os padres, um a um, vão saindo. O último é um noviço de apenas dezessete anos. Esse não tem obrigação de ir embora, porque o decreto expulsa apenas os padres. Dá-se então uma cena impressionante: a mãe do rapazinho, querendo de todas as formas segurar o seu filho, vem chorando e se deita à sua frente, barrando a saída, e impedindo-o de passar. O rapaz hesita, e pensa em desistir. Nesse instante, a voz autoritária e decidida do moço de muletas se faz ouvir:

 – “Firme, Manoelito! Firme!”

Estimulado por este brado, Manoelito cria ânimo, pula por sobre o corpo de sua mãe, e segue com os outros para o exílio e para a glória.

A multidão se dispersa aos poucos, debaixo da chuva. O último é o moço de muletas, que se deteve para uma breve oração, e depois se afasta lento e pensativo. O jovem Gabriel García Moreno fazia planos para o porvir.

Um mês depois da expulsão dos jesuítas, García Moreno fundou um jornal (“La Nación”) com a finalidade de combater os crimes do governo. O ditador lhe mandou dizer que se ele publicasse o segundo número seria expulso do país. Ele respondeu:

– “Eu tinha numerosos motivos para publicar o meu jornal. Agora tenho mais um: o não desonrar-me cedendo às suas ameaças”.

Ele publicou o segundo número e foi expulso do Equador, seguindo depois de algum tempo para Paris. Na capital da França, influenciado pelo ambiente mundano, ele foi pouco a pouco perdendo o ânimo e a vontade de lutar. Foi então que se deu um fato providencial, que lhe abriu os olhos para o perigo que estava correndo, e lhe ajudou a melhorar.

“HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ NÃO SE CONFESSA?”

Certo dia em que um grupo de estudantes atacava a religião católica, García Moreno pôs-se a defendê-la com ardor. Um dos rapazes lhe objetou:

– “Você falou bem, mas eu acho que não pratica o que fala. Há quanto tempo você não se confessa?”

 Desconcertado por um instante, García Moreno respondeu:

 – “Esse argumento vos parece bom hoje, mas eu lhe dou a minha palavra que amanhã não valerá mais.”

Deixando o local, fez uma longa meditação e depois foi diretamente se confessar. No dia seguinte recebia a comunhão. Retornou então a seus atos de piedade para nunca mais deixá-los. Comungava quase todos os dias, e rezava diariamente o terço, devoção que sua mãe lhe havia ensinado.

DE VOLTA AO EQUADOR

Em 1856 o ditador Urbina deixou o poder e García Moreno pôde voltar ao Equador. Imediatamente fundou um novo jornal (“La Unión Nacional”), para combater o novo governo, que também não apoiava a Igreja. Em 1857 é eleito senador, e apresenta projeto de lei proibindo a maçonaria no país, alegando que esta era uma seita condenada pela Igreja, e que portanto não poderia ser admitida num país católico como o Equador. Por causa dessas atitudes recebeu várias ameaças de assassinato, que só não se cumpriram porque o povo o rodeava e protegia em qualquer lugar que estivesse.

Em 1859 uma revolução depõe o governo, e García Moreno assumia a chefia do governo provisório. Em 1861 é eleito regularmente presidente da República, e seu primeiro ato é chamar de novo os padres jesuítas. O exílio havia durado exatamente dez anos.

OS FRUTOS DO GOVERNO CATÓLICO

“Ditoso é o povo cujo senhor é Deus”, diz a Sagrada Escritura. E ditoso foi o Equador enquanto foi governado por esse presidente que em tudo era fiel e submisso a Deus.

O primeiro período da presidência de García Moreno foi de 1861 a 1865. Deixando o poder então, pois a lei não permitia a reeleição, foi novamente eleito em 1870, pela maioria absoluta e triunfal. Os historiadores são unânimes em afirmar que nunca o Equador teve tanto desenvolvimento e progresso. Abriram-se estradas de ferro e de rodagem por todo o país; fundaram-se escolas em todas as aldeias; as populações indígenas foram protegidas e receberam educação; construíram-se hospitais; abriram-se colégios e universidades. Os roubos e os abusos administrativos foram combatidos de forma radical e inexorável.

A CONSAGRAÇÃO

Mas García Moreno sabia que só existe verdadeiro progresso onde há verdadeira moral, e só há verdadeira moral onde se pratica a verdadeira religião. Por isso, mandou pedir aos redentoristas espanhóis que viessem – com todas as despesas pagas pelo governo – pregar uma grande missão em todo o Equador. E ao mesmo tempo, por sugestão do padre Manoel Proaño (o “Manoelito”, que anos antes ele havia estimulado para Deus e para a fé), mandou pedir aos bispos do Equador que consagrassem o país inteiro ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Os bispos, aproveitando a ocasião de um concílio provincial, fizeram a consagração. Imediatamente o Congresso, por unanimidade a transformou em lei, que García Moreno solenemente assinou. A 18 de outubro de 1873, o Diário Oficial publicou a lei em sua primeira página, impressa não com tinta comum, mas com letras de ouro. E no dia 25 de março de 1874, em todas as igrejas do Equador, o clero, os governantes e todo o povo recitaram em conjunto a consagração solene, acompanhada pelos toques de sino, e pelas salvas de canhão.

“Este é, Senhor, o vosso povo (…). Nossos inimigos insultam nossa fé, e se riem de nossas esperanças, porque elas estão em Vós (…).

 “Que o Vosso coração seja o farol luminoso de nossa fé, a âncora segura de nossa esperança, o emblema de nossas bandeiras, o escudo impenetrável de nossa fraqueza, a aurora formosa de uma paz imperturbável, o vínculo estreito de uma concórdia santa, a chuva que fecunda nossos campos, o sol que ilumina nossos horizontes, e enfim, a prosperidade e a abundância que necessitamos para levantar templos e altares onde brilhe, com eternos resplendores, Vossa Santa Glória (…)”

E o imponente rugido dos canhões, e o bimbalhar solene dos sinos, e a música festiva das bandas militares anunciavam ao mundo inteiro que aquele pequeno povo não tinha medo de se dizer católico, e diante de um mundo ímpio e ateu, não se envergonhava de levantar bem alto o estandarte da verdadeira fé.

CARREGANDO A CRUZ

Pouco tempo depois os padres redentoristas chegaram ao Equador, e deram início a pregação das missões. Apesar das chuvas torrenciais, as igrejas estavam repletas, com milhares e milhares de fiéis. O próprio presidente, o delegado apostólico, e o arcebispo de Quito não perdiam uma só pregação. A 24 de abril teve lugar a comunhão geral das mulheres. No dia seguinte, milhares de homens invadiram as igrejas para se confessar. García Moreno foi à catedral, e envolto em sua capa, se ajoelhou na fila, atrás do último penitente. O confessor o viu e lhe foi falar: “Excelência, vós deveis ter muitas ocupações. Eu o atenderei antes em confissão.” E García Moreno: “Padre, eu tenho que dar o exemplo a meu povo, eu aguardo a minha vez.”

No dia seguinte, depois da triunfal comunhão dos homens pela manhã, haveria o encerramento da missão à tarde, com a procissão da Santa Cruz. Para tal havia sido preparada uma cruz enorme, que dezenas de homens juntos deveriam carregar.

No sermão de encerramento, o pregador comentou que antigamente reis e governantes “eram crentes e fervorosos, e não se envergonhavam de seu Deus, ainda que fosse um Deus crucificado. Mas (continuava ele) agora não existe mais nem sombra daqueles homens. Em seu lugar, temos reis do baralho, e presidentes da república de papel…”

O padre não pôde continuar falando. O presidente se pôs de pé, e extendendo o seu braço para o pregador, disse em alta voz:

“Padre López, o senhor mente! Eu, presidente dessa república, não me envergonho de Cristo Crucificado. Eu também irei carregar a Cruz!”

O padre, que não queria outra coisa, encerrou logo o sermão, e a procissão se iniciou.

García Moreno, todos os ministros de Estado, e todos os altos funcionários do governo percorreram as ruas de Quito carregando a enorme cruz. E o presidente não deixou que o substituíssem: “Não quero que isto seja apenas uma cerimônia”. E prosseguiu até o fim, tendo-se aberto uma chaga em seu ombro, como resultado de seu ardor.

Pouco tempo depois, uma revista maçônica comentou: “Quando soubemos que esse homem havia levado processionalmente uma cruz pelas ruas de Quito, vimos que a medida estava cheia, e decretamos a sua morte.” Na Europa, vários jornais maçônicos comentaram abertamente que logo García Moreno iria morrer.

DEUS NÃO MORRE!

6 de agosto de 1875. Pela manhã, o senhor presidente e sua Exma. esposa estiveram na Igreja de São Domingos, onde S. Excia. assistiu à Santa Missa, e recebeu a Sagrada Comunhão. Agora, uma e quinze da tarde, García Moreno caminha para o Palácio do Governo. No caminho entra na Catedral e adora o Santíssimo Sacramento, exposto solenemente, por ser esta a primeira sexta-feira do mês.

Dez minutos depois, S. Excia. prossegue o seu caminho, e sobe as escadas que conduzem ao balcão do palácio. Então, um grupo de pessoas o cerca, e um deles, por trás, lhe desfere na cabeça um violento golpe de machado. Dois outros se adiantam e lhe dão vários tiros à queima-roupa. De novo outra machadada ainda mais forte o atira no chão, e de novo os revólveres disparam sobre ele.

Seu corpo é atirado do balcão para o chão da praça, ainda com vida. Ao perceber isso, o assassino furioso desce do balcão e prossegue desferindo machadadas sobre o corpo indefeso do presidente. E grita: “Morre, hipócrita! Morre infame! Jesuíta com casaca! Morre, tirano!” E então, García Moreno, num supremo esforço, levanta a cabeça e diz: “Deus não morre!”

O assassino tenta fugir, mas logo se forma um tumulto, e ele é preso e linchado pelo povo enfurecido. O presidente, ainda vivo, é transportado para o interior da catedral, e diante do Santíssimo Sacramento exposto, recebe a extrema unção. E alguns instantes depois, a alma desse verdadeiro católico voou para o céu.

Bibliografia: Ricardo Pattes, “Gabriel García Moreno y El Ecuador de su tiempo” – México, 1962; Severo Gomes Jurado, SJ., “La Consagración” – Quito, 1973.
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GARCIA MORENO E SEU AMOR AO CRISTO CRUCIFICADO

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O presidente do Equador teve uma grande devoção pela Cruz de Cristo e como se verá adiante, desejava alcançar o que ela simboliza: o martírio. Existe em Gabriel Garcia Moreno, nos últimos anos da sua vida, uma estranha ambição: a de sofrer e morrer por Cristo. Existe esse desejo extraordinariamente raro nos cristãos mais virtuosos, que só é próprio dos Santos.

Este desejo de dar a vida por Cristo és, sem dúvida, o que infunde em Gabriel Garcia Moreno sua honrosa devoção pela Cruz. Por essa devoção ele ama tanto a Pio IX, a quem ele considera, por ter perdido os seus estados pontifícios, recebido humilhações e viver como prisioneiro no Vaticano. Recordou o lema que se aplica a este grande papa: Crux de Cruce, ou seja, a cruz que vem da Cruz. A cruz é o símbolo do sofrimento e do martírio.

Nela morreu Nosso Senhor Jesus Cristo. Como Gabriel Garcia Moreno poderia não amá-la? E como não aspirá-la o presidente Católico por excelência, um católico que sentiu a Paixão de Cristo? Ninguém entre os presidentes, tem feito pela Igreja e por Cristo, no mundo inteiro, o que fez o presidente do Equador. Sabia que a sua obra, que era Católica, consequentemente atraía o ódio dos inimigos de Cristo. E sabia que morrendo pela Santa Igreja e por Cristo, ele completaria essa obra. Não somente ganharia muitas almas para Cristo na América, mas no mundo inteiro. Por isto, ele desejava derramar o seu sangue. Não era “só” a sua salvação que ele procurava, a reparação dos seus grandes pecados, o perdão de Deus pela morte de Borja, pelos fuzilados de Jambelí, mas a salvação da Igreja na América e o Reinado de Cristo nos corações.

Por aqueles dias do mês de abril de 1874, realizou-se em Quito (capital do Equador) uma missão presidida pelos padres redentoristas. Ao seu final, Gabriel Garcia Moreno iria dar diante dos equatorianos e perante o mundo inteiro, um magnífico testemunho do seu amor pela Cruz. Seria um evento retirado da Idade Média, cujo protagonista poderia ter sido São Luís (Luís IX) rei da França, São Fernando rei de Castela ou Godofredo de Bouillon. Porém estamos em Quito, na sua praça maior, com os seus velhos casarões coloniais e sua magnífica Catedral. A Igreja cheia de competência, ali se encontrava o Presidente, os seus ministros, também numerosos nobres, estudantes, trabalhadores e índios, todos unidos pela fé em comum. Como recordação da missão, os padres - redentoristas - haviam presenteado a cidade com uma enorme cruz, de seis metros de comprimento, tomada em bloco e sem cortes de uma única árvore, que seria levada em procissão pelas ruas da cidade, para finalmente ser entronizada na Catedral.

Um dos missionários, o Padre Luiz Lopez pronunciou diante dos presentes uma alocução. Recordou que a Redenção nos veio através da Cruz, prosseguiu dizendo, que agora ao seguir com ela pelas ruas de Quito em procissão, o triunfo de Cristo nosso Redentor estava sendo recordado. Acrescentou, que séculos atrás, o imperador Heráclio com os pés descalços e vestido de plebeu, havia carregado sobre as suas costas a Cruz do Calvário, aquela mesma Cruz que havia morrido Nosso Senhor Jesus Cristo, e que após ter sido capturada pelos persas, acabara de ser devolvida ao Império Cristão.

Em seguida o missionário voltou-se para o local em que o então presidente Gabriel Garcia Moreno estava sentado, e com uma solene e compassada voz disse: “Assim eram antigamente os Reis e os Imperadores do mundo: crentes e fervorosos. Respeitavam as leis divinas e não se envergonhavam do seu Deus, embora fosse um Deus crucificado. Mas agora já não existe nem sombra daqueles magistrados. Em seu lugar temos reis de baralho e presidentes de repúblicas de papel”. Não podendo continuar falando o orador, pois imediatamente sua frase foi interrompida pela intervenção de Gabriel Garcia Moreno, que pondo-se de pé e estendendo o seu braço para o pregador, com forte e sonora voz lhe disse: Padre Lopez, você mente! Eu, presidente desta República, não me envergonho de Cristo Crucificado, eu também carregarei a cruz sobre os meus ombros.

Ali estava uma enorme cruz que “aguardava” para ser carregada pelos fiéis. De repente, para surpresa de todos os que estavam presentes: “Que irá fazer o presidente república?” Aproxima-se da cruz e deseja levá-la sobre os seus ombros. Os olhos de todos os assistentes arregalaram-se de espanto. Alguns enchem os olhos de lágrimas pela tamanha emoção. A voz se difunde no local, mas à medida que a procissão começa, as pessoas vão à praça, cria-se uma multidão como raras vezes havia-se visto em Quito.

E então a cidade assiste ao mais extraordinário dos espetáculos: o doutor Gabriel Garcia Moreno, o ex-reitor da universidade, o general e chefe de exército, o escritor, o sábio, o legislador, o presidente da república, começou a caminhar lentamente, levando sobre seus ombros, a Cruz em honra a Nosso Senhor Jesus Cristo, pelas ruas atônitas e comovidas da velha capital. E o povo lhe segue, estupefato, cheio de lágrimas, sem acreditar em seus próprios olhos. O ministro do interior lhe ajuda.

Disse um de seus inimigos - acreditando ridicularizar o então presidente - que naquela imitação da Via Crucis, o presidente tem um Cirineu e que em certa parte do caminho, uma mulher que ao vê-lo agoniado e suado, lhe oferecerá uma xícara de caldo. Longe de ridicularizá-lo, o engrandece com isto. Ele mesmo vem a ser um outro Cristo, um imitador do Filho da Virgem Maria. Para ele era uma honra carregar a cruz, e apesar de não morrer crucificado, talvez ele já soubesse, pela sua brilhante percepção que suportaria por Cristo um martírio. E lá vai o presidente da República, com a cruz nas costas, vai entre orações e lágrimas, aos olhares com expressões de assombro e admiração.

Todos compreenderam, ou acabarão por compreender um ano mais tarde, o significado do que estão presenciando. E lá vai pelas ruas de Quito, enquanto os sinos são alçados em voo, diante das montanhas gigantescas com a Cruz de Cristo Jesus sobre seus ombros, em um sublime ato de humildade e de fé, o presidente da república, o doutor Gabriel Garcia Moreno, convertido em outro Cristo. Ao inteirar-se desse feito, os maçons da Europa publicaram em um livro a seguinte expressão: “Quando soubemos que este homem havia levado em procissão uma cruz em Quito, descobrimos que já havia chegado ao limite e decretamos a sua morte”.

Para um religioso que confidencialmente lhe relatava quanto sofria da parte de seus inimigos, lhe consolou dizendo: Compadeço vossas penas, porém haveis tido magnífica ocasião de juntar tesouro para a eternidade. Os golpes que lhes são dados parecem menos duros, se os comparar com os que eu estou recebendo todos os dias. Faça como eu, ponha os ultrajes aos pés da cruz, e peça ao Bom Deus que perdoe os culpados. Peça que lhe dê bastante força, não só para fazer o bem aos que derramam sobre ti essas palavras e por escreverem as torrentes de ódio que guardam nos seus corações, mas para regozijar-se diante de Deus por ter que sofrer algo em união com Nosso Senhor.

Gabriel Garcia Moreno tinha a certeza de que sua morte já havia sido decretada pelos seus inimigos, porém isso não lhe causa medo. Sabia que entre esses inimigos encontrava-se a maçonaria, que o considerava como o homem do sobrenatural, o homem de Cristo. Por isso não lhe causava desgosto a perspectiva de sua morte. Pouco antes de cair apunhalado sob seus homicidas, escreveu para um amigo íntimo que estava na Europa: “Vou ser assassinado. Estou feliz de morrer pela santa Fé, nos veremos no céu.” Dias atrás, numa carta ao Papa Pio IX informou-lhe que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, procuravam “sigilosamente” fazê-lo desaparecer. Por isso, disse-lhe, “necessito, mais do que nunca, da proteção divina para viver e morrer em defesa da nossa Santa Religião e desta pequena república. E acrescenta: “Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de nosso Divino Redentor! E que felicidade tão imensa seria para mim, se vossa bênção me chegasse do Céu para derramar meu sangue por Ele, que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz, por nós”!

Chega o dia 6 de agosto de 1875, Gabriel Garcia Moreno comunga o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santa Eucaristia e adora o Santíssimo Sacramento, neste mesmo dia antes de ingressar no palácio presidencial, é vitimado através de facãozadas, punhaladas e tiros, o presidente quase não consegue dizer a sua célebre frase como testemunho de sua Fé: “Deus Não Morre”. É levado a Catedral de Quito onde recebe os últimos auxílios da religião. Perdoa seus inimigos e morre na paz do Senhor no Altar de Nossa Senhora - Virgem - das Dores, aos pés da grande cruz que ele mesmo levou sobre seus ombros pelas ruas de Quito um ano atrás. Ao examinarem o seu cadáver, vulnerado por quatorze facãozadas/punhaladas e seis tiros, encontraram sobre seu peito uma relíquia da Cruz de Cristo, o escapulário da Paixão e do Sagrado Coração, e um rosário com a medalha de Pio IX. A efígie deste papa estava manchada em sangue, simbolizando desta maneira tão comovedora e íntima amizade que os havia unido no comum amor pela Santa Igreja. Igualmente foi encontrado em seu bolso a Imitação de Cristo por Tomás de Kempis com anotações diárias. Na última página estava escrito com lápis, daquele mesmo dia, três linhas que escreverá em toda a sua extensão: “Senhor meu Jesus Cristo, dá-me amor e humildade, e faça-me conhecer o que hoje devo fazer em vosso serviço”. Em resposta, o Bom Deus havia pedido-lhe o seu sangue e ele derramou, como último ato de seu serviço, “por aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz por nós”.
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HISTÓRIA DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DO BOM SUCESSO

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[ 2 de fevereiro de 1594 a 6 de dezembro de 1634 ]

O Convento da Imaculada Conceição foi o primeiro convento religioso na cidade de Quito, no Equador. A nobreza católica da cidade pediu ao rei Filipe II este favor, para que as mulheres pudessem desfrutar das vantagens da vida religiosa. Cinco irmãs professas da Ordem foram enviadas para a Espanha para a fundação do novo convento. Com elas voltou uma menininha de 13 anos, Mariana de Jesus Torres, sobrinha da Madre Superiora (Madre Mariana de Jesus Taboada). Mais tarde, ela tornou-se a mais conhecida entre as madres, embora sua existência permanecesse oculta no Equador até o século XX. O convento foi oficialmente fundado no dia 13 de janeiro de 1577.

A jovem noviça rapidamente fez progresso na vida espiritual e recebeu muitos favores do céu. Ela também praticou penitências severas e escolheu sofrer por Deus como uma “alma vítima”. Muitos de seus sofrimentos foram causados por suas irmãs de ordem, que eram negligentes e se rebelaram contra o estilo de vida austero imposta pela Beata Beatriz de Silva, pelas madres fundadoras espanholas regidas pelas Santas Regras da Ordem. Finalmente, a Madre Mariana de Jesus Torres foi escolhida como abadessa sucedendo a sua tia, que estava muito doente e morreu pouco depois.

A primeira aparição de Nossa Senhora do Bom Sucesso (2 de fevereiro de 1594):

No início da manhã do dia 2 de Fevereiro de 1594, a Madre Mariana estava em oração no coro superior do convento, implorando com fervor à Nosso Senhor Jesus Cristo e a Sempre Virgem Maria pelo alívio dos muitos acontecimentos graves que haviam sido apresentados ao convento, quando, durante a sua Longa oração, ela ouviu uma voz doce chamando seu nome. Levantou-se rapidamente e viu a Virgem Maria segurando o Menino Jesus no braço esquerdo. Ela perguntou quem era, e Nossa Senhora disse-lhe:

Eu sou Maria do Bom Sucesso (1), a Rainha do Céu e da Terra ... como sua Mãe, levo o menino Jesus em meu braço esquerdo, para que juntos possamos segurar a mão da Justiça Divina tão disposta à castigar este mundo desgraçado e criminoso.

Na minha mão direita, carrego a cruz que vês porque desejo governar este convento como Abadessa e Madre ... Satanás vai começar a tentar destruir esta obra de Deus ... mas ele não terá êxito porque eu sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso, e é sob esta invocação que desejo ser conhecida através do tempo ... "
A Santa Virgem Maria colocou o Menino Jesus nos braços de Madre Mariana, infundindo-lhe um forte desejo de sofrer como “alma de vítima”.

Nossa Senhora ordena que seja construída uma imagem:

Nossa Senhora apareceu muitas vezes a Madre Mariana. Na aparição do dia 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora ordenou que ela fizesse uma imagem que a mostrasse como Ela apareceu a santa religiosa. Ela ordenou que medisse o seu tamanho com o cordão de seu hábito religioso.

Nossa Senhora prometeu o seguinte:

Quando as tribulações do espírito e os sofrimentos do corpo os oprimirem e sentirem afogarem-se em um mar sem fim, os deixem contemplar a minha santa imagem, pois será para eles uma estrela para os náufragos. Eu sempre estarei lá, disposta a escutar os seus lamentos e acalmar as suas lágrimas. Diga-lhes que sempre devem vir à Sua Mãe com fé e amor ... "
Avisos sobre o século XX:

Muito cedo na manhã do dia 21 de janeiro de 1610, a Madre Mariana foi favorecida com uma aparição dos arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Depois apareceu Nossa Senhora, que fez inúmeras previsões:

Então, eu vou deixar saber que no final do século XIX e quase a metade do século XX, o que agora é conhecido como a Colônia, será então a República do Equador, as paixões vão emergir e haverá uma corrupção total dos costumes. Satanás reinará quase inteiramente através da seita maçônica.

Eles – os maçons – se concentrarão principalmente nas crianças, já que desta maneira a corrupção permanecerá geral. Uma desgraça para as crianças daquele tempo! Será muito difícil receber o sacramento do Batismo e também o da Confirmação (Crisma). Constantemente nesta época, os inimigos de Jesus Cristo por instigação diabólica vão roubar as Hóstias Consagradas das igrejas com a finalidade de profanar as Espécies Eucarísticas.

E no que diz respeito ao Sacramento do Matrimônio, será atacado e profanado profundamente ... o espírito católico vai rapidamente tornar-se contaminado, a bela chama da Fé será progressivamente apagada ... A isto se somam os efeitos da educação laica, que é uma das principais razões da falta de vocações sacerdotais e religiosas.

O Sacramento da Ordem Sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado. O diabo tentará perseguir os Ministros do Senhor (Sacerdotes) de todas as formas possíveis, trabalhará com uma perspicácia cruel e sutil com a intenção de desviá-los do espírito da sua vocação e corromperá muitos deles. Estes padres depravados, que escandalizarão o povo cristão, despertarão o ódio dos maus católicos e dos inimigos da Igreja Católica, Apostólica e Romana contra todo o clero ...

Por outro lado, nestes tempos desgraçados, haverá um luxo desenfreado que prenderá o restante no pecado, conquistando incontáveis almas frívolas que serão perdidas. A inocência não poderá mais ser encontrada nas crianças, nem a modéstia nas mulheres. Nesse momento de necessidade suprema da Igreja, esta que deveria falar, permanecerá em silêncio.

As aparições serão conhecidas á partir do século 20:

Na manhã do dia 2 de fevereiro de 1610, Nossa Senhora apareceu novamente a Madre Mariana e repetiu seu desejo de ter uma imagem. Então acrescentou:

Diga ao Bispo que é a minha Vontade e a Vontade do meu Santo Filho que o seu nome permaneça escondido a qualquer preço ... porque ainda não é apropriado que alguém conheça os detalhes ou a origem desta imagem. Esta informação será publicamente conhecida à partir do século XX.

Durante este tempo, a Igreja se encontrará atacada por hordas terríveis da seita maçônica e a pobre terra equatoriana estará em agonia por causa da corrupção dos costumes, do luxo desenfreado, de uma imprensa ímpia e da educação laica. Os vícios da impureza, da blasfêmia e dos sacrilégios irão dominar esses momentos de desolação depravada e donde aquela que deveria falar permanecerá em silêncio ... "

A imagem é concluída por anjos:

O escultor da imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso foi escolhido, para realizar este trabalho, pela própria Virgem Maria.
No entanto, estava previsto que o trabalho seria concluído pelos anjos. A Madre Mariana foi testemunho deste milagre na manhã do dia 16 de janeiro de 1611. Ela viu em sua visão a Santíssima Trindade, a Santa Virgem Maria, os nove coros dos anjos, e em particular o Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael com o seráfico São Francisco de Assis. Esses quatro últimos se aproximaram da imagem e concluíram o trabalho que o próprio escultor havia previsto concluir naquele dia. Depois ela – Madre Mariana – viu Nossa Senhora aproximar-se e dar vida a Imagem.

Todos esses fatos foram testemunhados por Madre Mariana ao Bispo, antes que a imagem fosse solenemente consagrada e entronizada. O escultor também testemunhou que ele não sabia quem havia concluído a imagem e que devia ter sido obra dos anjos.

Cinco profecias para os nossos tempos:

A mais importante das aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso ocorreu quase no final da vida de Madre Mariana: na manhã do dia 02 de fevereiro de 1634, dia da Festa da Purificação da Santíssima Virgem Maria. A Madre Mariana rezava diante do Santíssimo Sacramento, suplicando-lhe para estar unido com Ele e ser absorvida por aquele amor que também pertencia à Virgem. Ela também pediu para proteger e preservar as suas queridas filhas no convento.

Quando disse a última oração, ela viu que a luz do santuário se apagara, deixando o altar às escuras. Nossa Senhora apareceu-lhe para dizer que Nosso Senhor havia escutado as suas súplicas e poria fim a sua existência terrena em pouco menos de um ano:

Prepare tua alma de tal maneira que cada dia seja mais e mais purificada, e assim poderá entrar na plenitude da glória de Nosso Senhor. Oh, se os mortais, em especial as almas religiosas, pudessem saber o que é o céu e possuir a Deus! Viveriam certamente de outra forma! Não evitariam nenhum sacrifício para possuí-Lo!
A Santíssima Virgem Maria explicou em seguida os cinco significados da luz do Tabernáculo que havia sido apagada diante dos olhos de Madre Mariana:

I . O primeiro significado é que no final do século XIX e durante o século XX, diversas heresias serão propagadas nesta Terra, que será então uma república livre. À medida que essas heresias se espalharem e dominarem, a preciosa chama da Fé se apagará nas almas por causa da corrupção quase total dos costumes. Durante este tempo haverá grandes calamidades físicas e morais, privadas e públicas.

O pequeno número de almas que às escondidas, tentam preservar o tesouro da Fé e das Virtudes sofrerão um martírio indescritivelmente cruel e prolongado. Muitos deles morrerão com a violência de seus sofrimentos e aqueles que se sacrificarem pela Santa Igreja e pelo país serão contados entre os mártires.

A fim de libertar o homem da servidão dessas heresias, aqueles a quem o amor misericordioso do meu Santo Filho destina à restauração, terão necessidade de uma grande força de vontade, de constância, de coragem e de muita confiança em Deus. Para provar a fé e a confiança dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será então o feliz início da completa restauração.

Estas almas escolhidas que irão restaurar a Santa Igreja são descritas em detalhes, como os “Apóstolos dos Últimos Tempos” por São Luís Maria de Montfort em seu “Tratado sobre a Verdadeira devoção à Santíssima Virgem”:

II . O segundo significado, disse Nossa Senhora, é que meu convento, fortemente reduzido em número, estará imerso em um oceano sem fundo de amargura infinita e parecerá se afogar em suas várias águas de tribulações. Muitas vocações autênticas perecerão ... Continuou Ela: A injustiça entrará no mesmo convento sob o nome disfarçado de falsa caridade e causará estragos nas almas. As almas fiéis chorando e implorando em segredo que aqueles momentos terríveis sejam encurtados, sofrerão um martírio contínuo e lento.

III . A terceira razão pela qual a lâmpada foi apagada é por causa do espírito de impureza que saturará a atmosfera naqueles tempos. Como um oceano sujo, essa impureza estará nas ruas, nas praças e nos lugares públicos com uma libertinagem impactante. Já quase não haverá mais almas virgens no mundo, disse-lhe Nossa Senhora. A flor delicada da Virgindade estará ameaçada quase até a destruição. No entanto, – prometeu – sempre haverá boas almas nos claustros, que poderão criar raízes, crescer e viver como um escudo para desviar a cólera divina. Sem a virgindade, será necessário que o fogo do céu caia sobre estas terras para purificá-la.

IV . A quarta razão pela qual a lâmpada foi apagada, é que os segredos maçônicos, haverá infiltrado-se em todas as classes sociais, terá introduzido-se sutilmente seus ensinamentos nos ambientes domésticos, com o fim de corromper as crianças, e o diabo se gloriará de poder comer sobre a delicadeza requintada dos corações das crianças.

"Nestes tempos desgraçados", – previu Nossa Senhora – "o mal lançará um ataque sobre a inocência da infância. Para que as vocações e o sacerdócio estejam perdidos ... o que será uma verdadeira calamidade".

Uma vez mais, Nossa Senhora prometeu que haveria nestes tempos comunidades religiosas que sustentariam a Santa Igreja e também os Santos Ministros do Altar (Sacerdotes) ... assim como as belas almas ocultas que trabalhariam com coragem, com zelo e desinteressadamente pela salvação das almas. "Contra eles ...", ela advertiu que "os ímpios empreenderiam furiosos uma guerra cruel, desejando cair sobre eles desprezos, calúnias e vexames para impor obstáculos no cumprimento do seu Ministério Sacerdotal. Porém eles, como colunas firmes, permanecerão inquebrantáveis e enfrentarão com todo um espírito de humildade e sacrifício que terão adquirido na virtude dos méritos infinitos do meu Santo Filho, que os ama com todas as fibras mais íntimas do seu Sagrado Coração, tão santo e tão terno ".
"Durante este tempo" – previu Nossa Senhora – o clero secular estará muito longe do seu ideal, porque os sacerdotes se tornarão negligentes em seus deveres sagrados. Sem a bússola divina, se desviarão do caminho traçado pelo Bom Deus para o Ministério Sacerdotal e estarão então amarrados aos bens, a riqueza ... e a riqueza que eles procurarão obter inadequadamente.

Como a Igreja sofrerá neste período a noite escura ocasionada pela ausência de um Prelado, um Pai que vele por eles com amor, doçura paternal, força, discernimento e prudência, muitos sacerdotes perderão a espiritualidade e colocarão suas almas em grande perigo.
Nossa Senhora continuou explicando a quarta razão pela qual se extinguiu a luz do Tabernáculo:

Por consequência, haverá que rezar com insistência, sem cansaço, e chorar com lágrimas amargas no segredo do coração. Haverá que implorar a Nosso Senhor Pai Celestial que, por amor do Coração Eucarístico de meu Santo Filho e do Seu preciosismo Sangue derramado com tanta generosidade, poderá apiedar-se dos seus ministros e pôr fim aqueles momentos inquietantes, e enviar a Santa Igreja um Prelado que restaure o espírito dos seus sacerdotes.

Meu Santo Filho e eu amaremos este filho preferido com um amor favorito e o recompensaremos com uma rara habilidade, humildade de coração, docilidade a Divina inspiração, uma força para defender os direitos da Igreja e uma ternura e compaixão de coração de tal forma, que como outro Cristo, ajudará os pequenos e os grandes sem desprezar as almas mais desgraçadas, ajudará aqueles que lhe rogarem para acender a luz e os aconselhará para superar suas dúvidas e dificuldades. Em suas mãos, se colocará a balança do santuário, para que tudo seja pesado com a devida medida e Deus seja glorificado ”.
Nossa Senhora continuou:

A tibieza do conjunto de almas consagradas a Deus no estado sacerdotal e religioso irá retardar a vinda deste Prelado e Pai. E isto, será uma das razões pelas quais o diabo maldito vai tomará posse da terra, donde realizará suas vitórias por um povo estrangeiro e infiel, vitórias tão numerosos que como uma nuvem negra, obscurecerão o céu puro da República consagrada ao Sagrado Coração do meu Divino Filho.

Com essas pessoas, todos os vícios entrarão e atrairão todo tipo de castigo, como as epidemias, fomes, batalhas internas e externas, disputas entre nações e, em especial, a apostasia, a causa da perdição de almas tão amadas por Jesus Cristo e por Mim (Virgem Maria).

Com o fim de dissipar esta nuvem negra que impede a Igreja desfrutar do dia claro da liberdade, haverá uma guerra temível e terrível que derramará o sangue dos compatriotas e estrangeiros, de sacerdotes seculares e regulares e de religiosos. Esta noite será a mais horrível porque, em termos humanos, o mal parecerá triunfar.

Este será o sinal para indicar que minha hora chegou, e então, de uma forma maravilhosa, destronarei o orgulhoso e maldito Satã, vou pisá-lo sob os meus pés e jogá-lo no abismo infernal. Assim, a Igreja e o país estarão livres finalmente de sua cruel tirania.

V . A quinta razão pela qual a lâmpada é apagada, é devido à frouxidão e negligência daqueles que possuem uma grande riqueza, que com indiferença olham para a Igreja oprimida, a virtude perseguida e o triunfo do diabo, sem que piedosamente empreguem a sua fortuna na destruição desse mal e na restauração da Fé. E é também a causa da indiferença da população que o Nome de Deus será progressivamente apagado e aderirão o espírito do mal, entregando-se livremente aos vícios e paixões.

Infelizmente, minha filha escolhida! Se te fosse permitido viver nesta época, morrerias de tristeza para ao ver que tudo que te foi revelado ocorreu. Mas meu Santo Filho e Eu temos tanto amor por esta terra, nossa herança, que desejamos que, mesmo agora, se apliquem teus sacrifícios e orações para que se encurte a duração desta terrível catástrofe.
Oprimida pela amplitude dos males que havia visto e das inúmeras almas que seriam condenadas nesse período, Madre Mariana desmaiou. As Irmãs encontraram-lhe assim, como se estivesse morta apesar das violentas batidas do seu coração. Todos os esforços para que ela recuperasse a consciência pelo médico foram inúteis. De fato, disse ele, falando em termos humanos, sua vida havia terminado por causa do choque que ela recebeu.

As Irmãs a cercaram e suplicaram ao céu que Ele deixasse seu grande tesouro ... a última das madres fundadoras; "O pilar da observância, a coluna da casa ..." Dois dias mais tarde, a Madre Mariana abriu os olhos e encorajou as suas irmãs a seguir a Regra e consolá-las dizendo que ela permaneceria com elas por um curto período de tempo.

A ultima aparição de Nossa Senhora do Bom Sucesso (8 de dezembro de 1634):

Durante seus últimos dez meses de vida, a Madre Mariana nunca recuperou completamente sua saúde e estava obrigada a permanecer na cama. Tanto na saúde quanto na enfermidade, ela construiu a Comunidade com seu exemplo. No meio das suas dores intensas, manteve sempre o sorriso nos lábios, uma admirável serenidade e um espírito imperturbável, próprio de uma alma que desenvolve sua vida à sombra da cruz.

Na noite do dia 8 de dezembro de 1634, dia da festa da Imaculada Conceição, Nossa Senhora apareceu pela última vez à Madre Mariana. Ela foi acompanhada, novamente, pelos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael. Depois de suas numerosas revelações, Nossa Senhora concluiu:

No século XX, esta devoção (Nossa Senhora do Bom Sucesso) será a fonte de numerosos prodígios nas esferas espirituais ..., assim como nas esferas temporais, porque é a vontade de Deus reservar esta invocação e esse conhecimento da sua vida para esse século, quando a corrupção de atitudes e comportamentos será quase geral e a preciosa chama da Fé será apagada ... "
A Madre Mariana de Jesus Torres morreu com uma morte santíssima às 3:00 da tarde do dia 16 de janeiro de 1635 - como foi revelado e ela havia previsto -.

Pouco a pouco, no percurso dos últimos quatrocentos anos passados, as profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso foram cumpridas. O século 19 e 20 provaram de forma surpreendente a exatidão dessas profecias. A mensagem de Nossa Senhora e a devoção à Nossa Senhora do Bom Sucesso são agora a coisa mais importante do século XXI. Como vemos agora, neste mundo enlameado pelo erro, pela heresia e pela sensualidade, para não mencionar os vícios de todos os tipos, o chamado de Nossa Senhora a oração, a reparação e a penitência torna-se muito mais urgente.
Como podemos ignorar o pedido da Virgem e não nos esforçarmos todos os dias para confortar o seu terno e Imaculado Coração e o Sagrado Coração de seu Divino Filho?

Fonte:

http://fsspx.mx/es/apariciones-de-nuestra-señora-del-buen-suceso
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GABRIEL GARCIA MORENO (O MAIS CATÓLICO DOS PRESIDENTES)

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GABRIEL GARCIA MORENO (1821-1875)

Entre os pró-homens [ fora de série ] americanos, certamente não houve que provocasse sentimentos mais violentos e opostos em torno de sua pessoa do que Gabriel Garcia Moreno, já pela extraordinária atividade ideológica que desenvolveu, já pelos férreos métodos que empregou para combater as desordens nacionais, já pela extensão e profundeza da reforma que levou a cabo, já enfim, pela influência das suas ideias em outros países para a glória do Equador, Gabriel Garcia Moreno, ainda em vida,  foi cognominado por um publicista belga “Lugar-tenente de Deus”. Ao mesmo tempo seus inimigos apresentavam-no como libertino hipócrita, que se alçava manhosamente a funções de restaurador da moral”.

FONTE:

Livro “Gabriel Garcia Moreno e o Equador do seu Tempo”, de Ricardo Pattee - Pedidos à Editora Vozes (C.P. 23 - Petrópolis/RJ).

PRECE À SANTÍSSIMA VIRGEM

Lembrai-vos, ó Puríssima Virgem Maria, que o vosso  servo Gabriel Garcia Moreno jurou defender a vossa Imaculada Conceição; foi congregado mariano; rezou assiduamente o Santo Rosário; e, segundo testemunha de Pio IX que definiu a vossa isenção da culpa original, “morreu vítima da Fé e da sua caridade cristã para com a Pátria”. Alcançai-vos, pois, a glorificação canônica de tão exemplar governante; que surjam homens poderosos em obras e palavras, para a causa da mesma Fé e Pátria; e enfim, obtende-nos a graça particular que pedimos, se for para o bem das nossas almas. Amém.

(Peça a graça particular e reze-se uma Ave-Maria)

Com Autorização Eclesiástica

ALGUNS FATOS DA VIDA DE GABRIEL GARCIA MORENO:

- No dia 27 de março de 1848, ao formar-se advogado, jurou defender a Imaculada Conceição de Maria Santíssima;

- Invocando Nossa Senhora das Mercês, triunfou dos peruanos e dos traidores, na batalha do dia 24 de setembro de 1860;

- No dia 26 de junho de 1865, invocando Nossa Senhora do Rosário, venceu uma frota de piratas revolucionários, na batalha de Jambeli;

- No dia 27 de setembro de 1868, inaugurou a povoação fundada por ele com o nome de Santa Maria da Esperança;

- No dia 8 de dezembro de 1874, pôs o nome de “Tacsonia Mariae” a uma flor nova e formosa;

- No dia 6 de agosto de 1875, expirou junto ao altar de Nossa Senhora das Dores, na Catedral de Quito.

Tudo seguia bem até aquela data de 6 de agosto de 1875. Dado que esperava sofrer alguma agressão, mantinha-se sempre preparado: e nessa mesma manhã em que havia de ser assassinado, comungara. Dirigia-se ao Congresso, onde leria a mensagem já reproduzida. No caminho passou por uma catedral aberta para um enterro, e não resistiu: entrou e ajoelhou-se entre a multidão.

Tão logo saiu da catedral, recebeu seis tiros disparados por sicários estrangeiros, a soldo de organizações secretas, e tombou. Já no chão, fitou seus algozes e bradou: “Eu morro, mas Deus não morre. ¡Dios no se muere!” Quando os padres da catedral chegaram, ainda respirava. Transportaram-no para o interior da catedral, e o depositaram aos pés da estátua de Nossa Senhora das Sete Dores. Um dos padres suplicou que perdoasse aos assassinos. Sem poder falar, respondeu com os olhos que já o fizera. Recebeu a extrema-unção e ali mesmo expirou. Morreu santo o pai do Equador. 

[ No bolso do seu paletó encontrava-se uma cópia da Imitação de Cristo, e uma regra que García Moreno escrevera para seu próprio uso. Reproduzimo-la parcialmente:

“Toda manhã, ao fazer minhas orações, pedirei especialmente pela virtude da humildade.

“Todo dia assistirei à Missa, direi o Rosário e lerei, além de um capítulo da Imitação, esta regra e as instruções anexas.

“Tomarei o cuidado de manter-me tanto quanto possível na presença de Deus, especialmente na conversação, para que não diga palavras inúteis. Oferecerei constantemente meu coração a Deus, principalmente antes de iniciar qualquer ação” [...].

“Em meus aposentos, nunca rezar sentado quando puder fazê-lo ajoelhado ou de pé. Praticar pequenos atos diários de humildade, como beijar o chão, por exemplo. Desejar todos os tipos de humilhação, e, ao mesmo tempo, fazer para que não os mereça. Regozijar quando minhas ações ou minha pessoa são abusadas e censuradas.

“Farei um exame particular duas vezes por dia em meu exercício de diferentes virtudes, e um exame geral toda noite. Confessar-me-ei semanalmente.”(*) ]

(Pede-se às pessoas favorecidas - com alguma graça recebida em nome do excelentíssimo Gabriel Garcia Moreno - que entrem em contato com a Associação Dom Miguel​, iremos direcionar para sacerdotes e Bispos da Santa Tradição Católica).
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OS RESTOS MORTAIS DO GABRIEL GARCÍA MORENO - ASSASSINADO PELA MAÇONARIA COM 14 FACÃOZADAS E 6 TIROS

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OS RESTOS MORTAIS FORAM ENCONTRADOS 100 ANOS APÓS O SEU MARTÍRIO:

A descoberta dos restos mortais de Gabriel García Moreno foi obra de Francisco Salazar Alvarado, pertencente a uma família que tinha ministros, colaboradores e admiradores de Gabriel García Moreno. A busca pelos restos mortais de Garcia Moreno começou com perguntas ao padre jesuíta José Joaquin Flor, que respondeu: "Sim, conheço o lugar, mas é um segredo ... o filho de Gabriel Garcia Moreno havia visitado o local e trocado suas roupas ...", Em seguida, deu-lhe o nome das pessoas que conheciam o local da sepultura. A busca continuou e Alvarado conseguiu identificar alguns institutos religiosos, aos quais não podia acessar sem permissão especial. No dia 18 de março de 1975 uma comissão foi criada com a aprovação cardinalícia, e no dia 8 de Abril seguinte, Alvarado começou a sua investigação no Convento das Irmãs do Bom Pastor, onde através da idosa Irmã Andrade conheceu o esconderijo secreto dos corações de Gabriel García Moreno e do arcebispo Dom Checa y Barba: dentro de uma das colunas da Capela do Bom Pastor.

Essas colunas eram de uma espessura enorme, então Alvarado começou a golpeá-la com a mão - uma área ampla - até que, de repente encontrou um som diferente devido à presença de um espaço vazio, há uma altura de 1,58 metros. Removeu a tampa, e apareceu uma cavidade contendo uma caixa de madeira nas dimensões de: 25 cm de comprimento x 27 cm de largura e 57 cm de altura, no qual estava escrito a lápis com uma bela caligrafia: "21 de fevereiro de 1913, coração do Arcebispo de Quito, Ignacio Checa” Dentro da caixa, havia um grande vaso de vidro contendo o coração perfeitamente conservado do Prelado e um documento escrito à mão pelo Arcebispo Dom Federico González Suárez.

Paralelamente, na outra coluna e com o mesmo método e a mesma altura, foi encontrada uma outra caixa de madeira com dimensões idênticas, na qual estava escrito: "21 de fevereiro de 1913, o coração de Sua Excelência G. Garcia Moreno". Também aqui, dentro da caixa, havia um grande vaso de vidro, contendo um coração perfeitamente conservado, e um documento também escrito à mão pelo Arcebispo Dom Federico González Suárez. Na sexta-feira, 11 de abril de 1975, Francisco Alvarado escreveu um relatório sobre os eventos que levaram à descoberta dos dois corações incorruptos. No mesmo dia, Alvarado e o Bispo Juan Larrea dirigiram-se ao Mosteiro de Santa Catarina de Sena para ver o local da sepultura de Gabriel Garcia Moreno. A Madre Superiora confirmou a presença dos restos mortais, mas não indicou o local específico. A idosa Irmã Ana Maria Arroyo, no entanto, disse a Alvarado que havia recebido informações das madres superioras da família "Herrera", filhas de Don Pablo Herrera, uma personalidade na história do Equador, Ministro de Estado, advogado e acadêmico, família muito ligada a Gabriel García Moreno. Irmã Ana, ademais, tinha quatro documentos que permitiriam Alvarado ter uma visão da cena no momento do enterro de Gabriel García Moreno.

- O primeiro documento (3 de março de 1923) afirmava que o corpo de Gabriel Garcia Moreno havia sido levado ao Monastério por seu filho com outras duas pessoas, no ano de 1895, e que os restos mortais estavam localizados onde atualmente estão as escadarias da igreja;

- O segundo documento (28 de fevereiro de 1941) afirmava que os restos mortais de Gabriel García Moreno haviam sido colocados no Altar-Mor, mas logo depois foram transferidos para um local secreto, indicando um lugar onde hoje estão as escadarias;

- O terceiro documento (6 de novembro de 1959) tratava da modalidade a ser seguida no caso da entrega dos restos mortais de Gabriel García Moreno às autoridades religiosas;

- O quarto documento (6 de novembro de 1959), em resposta ao anterior, afirmava que as investigações não eram necessárias para os restos mortais porque o Cardeal De la Torre conhecia o lugar exato em que se encontravam.

O Cardeal De la Torre, no entanto, morreu em 1968 sem revelar nada sobre o local da sepultura de Gabriel García Moreno. Logo, o primeiro documento era o único que poderia servir de ajuda. No dia 14 de abril de 1975, as investigações começaram: nada foi descoberto em volta do Altar-Mor; as escavações na calçada da igreja e nos altares laterais não produziram resultados.

Alvarado voltou a falar com as religiosas idosas que indicaram o lugar, em que quando eram jovens, elas viram o sepultar do caixão de Gabriel García Moreno. Mas no lugar correto havia uma porta de acesso e um corredor... porém a Madre Priora disse: “Eu coloquei essa porta recentemente para facilitar a entrada do capelão sem ter que abrir o portão central”. “Então - disse Alvarado - se a escadaria é recente, é bastante provável que os restos mortais se encontrem em alguma parte desta área”.

Então as escavações começaram, e de repente, a barra com a qual se golpeava o chão afundou! Limpada a área, apareceu um caixão que, aberto, mostrou o esqueleto de Gabriel García Moreno ainda coberto com o uniforme de Presidente da República.

Perto do crânio havia um vaso de vidro contendo uma foto do Presidente Gabriel García Moreno e dois documentos assinados: um de Don Rafael Varela, e o outro pelo Sr. Ignacio del Alcázar, cunhado de Gabriel García Moreno.

No dia 6 de agosto de 1975, os restos mortais de Gabriel García Moreno foram transferidos, com grande participação das autoridades e dos cidadãos, desde a Igreja de Santa Catarina de Sena até a Catedral Metropolitana de Quito, donde o Cardeal Arcebispo Pablo Muñoz Vega presidiu uma solene cerimônia religiosa.

Os corações de Gabriel García Moreno e do Arcebispo de Quito, Dom Ignacio Checa y Barba, estão perfeitamente preservados em álcool, completamente selados e intactos. Os dois corações têm uma cor esbranquiçada, porque não contêm mais sangue. O coração de Gabriel García Moreno é grande, robusto e sem qualquer mancha, GGM foi assassinado com 14 facadas e 6 tiros. O coração do arcebispo Mons. Checa y Barba, que consagrou, juntamente com Gabriel García Moreno, o Equador ao Sagrado Coração de Jesus, apresenta uma mancha escura, porque o Prelado morreu envenenado.

Foram destes corações que surgiu a ideia da Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus.

FONTE:

Revista “CHIESA VIVA” (García Moreno - Dezembro de 2017)

NOTA:

O CORPO DO ENTÃO PRESIDENTE DO EQUADOR “GABRIEL GARCIA MORENO” E O SEU CORAÇÃO JUNTAMENTE COM O CORAÇÃO DO ARCEBISPO DE QUITO, “DOM IGNACIO BARBA Y CHECA” FORAM OCULTADOS PARA EVITAR PROFANAÇÕES POR PARTE DOS MAÇONS.
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O MILAGRE DA IMAGEM DA VIRGEM DO BOM SUCESSO



O dia 2 de fevereiro de 1611 foi o dia assinalado para a Consagração da Imagem de Nossa Senhora com Óleo Santo, que seria batizada com o nome de Maria do Bom Sucesso da Purificação ou Candelária. Neste mesmo dia chegou o precioso báculo, banhando em ouro e adornado com pedras preciosas, à cidade de Quito.

No dia 9 de janeiro, a marquesa Maria de Solanda levou o báculo ao monastério. A marquesa disse para madre Mariana: ... já que somente este pequeno obséquio me foi pedido, doarei também , nesse dia, o dinheiro necessário a cinco jovens que queiram abraçar o estado religioso neste bendito convento... em homenagem as cinco letras que compõem o nome Santíssimo de “Maria” ... Já que não mereço ser dita monja, darei monjas ao meu convento. Madre Mariana pediu que a marquesa fosse a madrinha da imagem, com estas palavras: "outro favor lhe pedimos, senhora, que vos digneis aceitar o cargo de ser madrinha da santa imagem, Maria Santíssima, Nossa Mãe, escolheu, e pede vossa aceitação. A marquesa aceitou feliz.

No dia seguinte, 10 de janeiro, o bispo foi ver a imagem e a encontrou-a quase concluída, restava apenas à última demão de pintura. O escultor disse que iria buscar tintas finas ao norte, e que estaria de regresso no dia 16 de janeiro, para concluir a obra.

Na oração comunitária do dia 15 de janeiro, o Senhor disse a Madre Mariana, que na madrugada do dia 16 de janeiro, ela presenciaria suas misericórdias em favor do convento e do povo. Estando em oração a meia-noite, madre Mariana viu que o coro e a igreja se iluminavam com luz sobrenatural. O sacrário abriu-se e ela viu a Santíssima Trindade na Hóstia. Viu como se efetuou a Encarnação do Verbo no ventre puríssimo da Sempre Virgem Maria. Conheceu o Amor das Três Divinas Pessoas pela Santa Virgem. Um gesto da Santíssima Trindade, os Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael se colocaram diante do Trono de Deus e lhes foi encarregado algo. Os arcanjos fizeram uma profunda reverência e dirigiram-se ao Trono da Santíssima Virgem. São Miguel lhe disse: "Maria Santíssima, filha de Deus Pai, São Gabriel continuou: Maria Santíssima, Mãe de Deus Filho" e São Rafael concluiu: Maria Santíssima, Esposa de Deus, Espírito Santo". Os Coros Angélicos uniram-se e cantaram todos: "Maria Santíssima, Templo e Sacrário da Santíssima Trindade".

Ao momento seguinte, a madre Mariana de Jesus Torres viu as Três Divinas Pessoas no Coro, iluminando com sua Luz a imagem sem terminar. Então apareceu São Francisco de Assis, com os estigmas visíveis, das quais brotavam raios de luz. São Francisco e os três Arcanjos aproximaram-se da imagem ainda inacabada e em um instante a refizeram. Foi uma transformação rapidíssima que a madre Mariana não pôde perceber como sucedeu.

Logo São Francisco retirou o cordão branco de sua cintura e ajustou a cintura da imagem de Nossa Senhora. São Francisco disse: "Senhora, entrego ao vosso maternal amor os meus filhos e as filhas das três ordens que fundei... Te entrego hoje e para sempre este meu monastério edificado sob meus cuidados"... e retirou-se. A imagem continuava completamente iluminada com a Luz Divina. Os arcanjos cantavam o hino em latim "Salve Sancta Parens" (Te saudamos Santa Madre). Então a Virgem Maria aproximou-se da imagem e entrou nela. Nesse momento a imagem ganhou vida e cantou harmoniosamente o "Magníficat". Eram três horas da matina.
Madre Mariana de Jesus Torres viu então a – sua tia – Madre Mariana de Jesus Taboada, muito contente, pois lhe fez muitas profecias sobre a bem aventurança das monjas do futuro que teriam perfeita observância da Regra e o tremendo Juízo de Deus para as que não tiverem. Eram três e meia da manhã, e a madre Maria de Taboada mandou despertar a comunidade para rezar o Ofício Divino. Madre Mariana de Jesus Torres saiu do êxtase então e contemplou a bela imagem terminada, cheia de luz. Saiu para chamar as suas Irmãs, e quando subiam até o Coro Alto, escutaram vozes angélicas cantando o "Salve Sancta Parens".

Ao adentrarem no Coro, observaram assombradas que o recinto estava iluminado e que o rosto da Imagem de Maria havia mudado totalmente e estava terminado. As monjas ficaram todas edificadas em seu amor e fervor ao Bom Deus e a Virgem Maria.

Na data prevista, Francisco Del Castillo (escultor da imagem) chegou ao convento, com as tintas trazidas de Pasto. Madre Mariana e as demais monjas fizeram-no entrar ao Coro Alto sem dizer nada. Ao chegar junto diante da imagem, exclamou: 'Esta primorosa imagem não é obra minha". O escultor ajoelhou-se aos seus pés, chorando ao compreender que havia ocorrido um milagre. Pediu papel e tinta para fazer seu testemunho por escrito, jurando não ser obra saída de suas mãos, nem a escultura, nem a pintura, pois era muito diferente da que ele deixou inacabada seis dias antes. O que mais o admirava, era a cor da pele da imagem. Logo foi até o bispo, para informa-lo do acontecido. O bispo e o escultor regressaram ao convento, e os dois dirigiram ao Coro Alto. O bispo constatou a mudança milagrosa e se comoveu muito, ajoelhando-se e chorando igual ao escultor, exclamou: "Maria , Mãe da Graça, Mãe da Misericórdia, que na vida e sobretudo na hora da morte, ampara-nos, Grande Senhora! E logo após, chamou a madre Mariana ao confessionário, pois pressentia que ela sabia o que havia acontecido.

Madre Mariana contou-lhe como havia ocorrido o milagre, e como Francisco Del Castillo havia deixado testemunho jurado por escrito do mesmo. Madre Mariana continuou: (o juramento escrito) se conservará como testemunho para perpetuar a memória do ocorrido, através dos séculos. Este documento, junto com outros tesouros, serão escondidos por minha sucessora em um armário, embutido em alguma parede do meu convento, por ocasião dos tumultos públicos de guerra, enquanto esta Colônia procura fazer-se uma república livre ... não terão luz para compreender que em meu convento ninguém poderá fazer dano ...

Fonte:

La Historia y Novena de Nuestra Señora del Buen Suceso - Págs: 49, 50, 51 e 52 - Pe. Manuel Sousa Pereira
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O MARTÍRIO DE GABRIEL GARCIA MORENO



Em 6 de agosto de 1875, após assistir a Santa Missa (na qual ia todos os dias), o então presidente do Equador (Gabriel García Moreno) foi atacado por quatro homens armados com facões e armas, e após breve luta, sucumbe (levando 14 facadas e 6 tiros). Um presidente devoto Católico, que consagrou o seu país ao Sagrado Coração de Jesus em 1874, foi assassinado dois anos depois. Morreu com estas palavras: "Dios no muere!" (Deus não morre!).

Ele havia proibido a maçonaria na constituição do seu país à partir de 1869.

No ano em que consagrou o seu país (1874) escreveu sobre as ameaças maçônicas:

"Eu fui advertido da Alemanha, que a loja daquele país ordenou aos maçons da América para mover céus e terra para derrubar o governo do Equador; mas se Deus nos protege e nos cobre com Sua misericórdia, o que temos a temer?"

Eles mataram o seu corpo, mas não a sua alma!

¡ Viva Cristo Rey !
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O CORAÇÃO INCORRUPTO DE GABRIEL GARCIA MORENO

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