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A MAÇONARIA É ANTICLERICAL

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O Iluminismo foi uma época em que a maçonaria reinou ao redor do mundo com as suas revoluções sangrentas contra a Santa Igreja Católica e contra a Monarquia Católica, a república não é de origem maçônica, mas foi utilizada pela maçonaria para destronar os reis Católicos.

Esta frase acima - na imagem - é de Jean Meslier (1664-1729), um padre ateu iluminista, portanto um subversivo (revolucionário), porém é atribuída a Voltaire (1694-1778) e a Denis Diderot (1713-1784), este primeiro apenas reutilizou, porém, este último fez algumas alterações:

"Eu gostaria, e este será o último e o mais ardente dos meus desejos, eu gostaria que o último rei fosse estrangulado com as tripas do último padre."

Em Francês:
("Je voudrais, et ce sera le dernier et le plus ardent de mes souhaits, je voudrais que le dernier des rois fût étranglé avec les boyaux du dernier prêtre.")

Publicado postumamente, o livro “Memórias” de Meslier tornou-se um dos precursores do iluminismo. Voltaire, então com 35 anos, foi o seu primeiro editor, fazendo circular por toda a França estas ideias subversivas e anticatólicas numa versão reduzida: "Extrait des sentiments de Jean Meslier".

Diderot, que na época tinha apenas 14 anos, mais tarde escreveria (em "Les leuth romanes") um poema em alusão direta à frase mais violenta e mais conhecida do "pai do ateísmo":

"E suas mãos arrancarão as entranhas do padre, na falta de uma corda para estrangular os reis."

Em francês:

("Et ses mains ourdiraient les entrailles du prêtre, Au défaut d'un cordon pour étrangler les rois.")

Jean-François de La Harpe (1739-1803), que só nasceria 12 anos após a morte de Meslier, foi o responsável por esta mudança em torno da frase. La Harpe, um pós-iluminista que, ao contrário de Voltaire e Diderot, viveu para presenciar a Revolução Francesa em 1789 e o Terror dos Jacobinos.

Em seu " Cours de littérature ancienne et moderne" (1799), La Harpe alterou os versos de Diderot, citando-os assim:

"E com as tripas do último padre, estrangulemos o pescoço do último rei."

Em francês:

("Et des boyaux du dernier prêtre / Serrons le cou du dernier roi.")

OS TEMPLÁRIOS & os maçons:

Em 1296, o Papa italiano Bonifácio VIII escreveu a Bula Clericis Laicos na intenção de evitar que os Estados seculares da Europa (em particular a França e a Inglaterra), de apropriar-se das receitas da Igreja sem a prévia autorização expressa do Papa. Esta decisão trouxe uma revolta por parte do Rei francês Felipe IV (o Belo), fazendo com que em 1303 ocorresse o Atentado de Agnani quando o Rei enviou uma tropa sob o comando de Guilherme de Nogaret (o Guarda Selos, uma espécie de Chanceler ou Primeiro-ministro) para invadir o Castelo juntamente com o apoio dos aliados italianos irmãos Pierre e Sciarra Colonna (sobrinhos do Cardeal Jacques Colonna, excomungado em 1297) para agredir e aprisionar o Sumo Pontífice Bonifácio VIII, o fato ficou conhecido pois o Papa foi humilhado ao ser esbofeteado no rosto, e por conta do carcere e das agressões fez com que o Romano Pontífice morresse meses depois. Porém, antes de sua morte o Papa excomungou o ReI Felipe IV, o Chanceller Guilherme de Nogaret e os irmãos Colonna. Ainda em 1303 é eleito o Papa Bento XI (novamente um italiano), que levantou a excomunhão dos irmãos Colonna, porém morreu rapidamente, supostamente envenenado à mando de Felipe IV (o Belo).
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Em 1305, o Papa Clemente V (francês) foi eleito com apoio do Rei Felipe IV (também francês), o rei tinha a intenção de manter poder sobre o Papa, inversamente do ocorrido com o Papa Bonifácio VIII. Clemente V, levantou a excomunhão de Felipe IV. Em 1306 o rei já pressionava o Papa para perseguir os Templários com receio do poderio dos Cavaleiros em contrapor as forças armadas francesas e principalmente de olho nas riquezas e nos bens adquiridos através dos espólios nas batalhas (para suprir a demanda das ambições do rei francês nos conflitos contra a Inglaterra).
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O rei precisa de um argumento para justificar a sua perseguição, e ao investigar os Templários, constata que depois de quase 200 anos, um parcela mínima dos Cavaleiros da Ordem de Cristo apostataram (abraçando o ocultismo e muitas outras “doutrinas” pagãs, dentre elas: a Cabala Judaica e a Astrologia Egípcia), e consequentemente também passaram a praticar graves imoralidades. Negavam a Santíssima Trindade, a Virgem Maria e os Sacramentos, além de praticarem blasfêmias, profanações, sodomia, bestialidade e a idolatria através de uma besta (que é a mistura de um homem com uma mulher somado à uma animal, conhecida como Baphomet), desta borra que foi expurgada dos Cavaleiros Templários, surge uma raça de demônios humanizados conhecida como maçonaria.
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Em 1307, o primeiro-ministro do Rei, Guilherme de Nogaret (o mesmo que atacou o Papa Bonifácio VIII), prendeu Jacques de Molay, Geoffrey de Charnay, Hugues de Pairaud e Geoffrey de Gonneville, estes passaram sete anos sofrendo privações e torturas à mando do Rei Felipe IV.
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Em 1309 para fortalecer o seu poder sobre o Papa, o rei Felipe IV força o Papa Clemente V a mudar-se de Roma para Avigion (França) mudando assim a Sede Apostólica por quase 70 anos.
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Em 1311 foi aberto o Concílio de Vienne (1311-1312), pelo Papa Clemente V sob pressão do Rei Felipe IV, para que a Igreja suprimisse a Ordem dos Cavaleiros Templários.
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Em 1314 o Papa Clemente V, formou o tribunal que julgaria os quatro prisioneiros, a sentença proferida foi prisão perpétua, porém, enquanto Hugues de Pairaud e Geoffrey de Gonneville aceitaram a pena silenciosamente, Jacques de Molay protestou e recebeu o apoio de Geoffrey de Charnay, por conta disto o Papa Clemente V interrompeu o julgamento e adiou o novo veredicto para o dia seguinte, porém o rei Felipe IV (o Belo) não aceitou a decisão do Papa e mandou queimar De Molay e De Charnay na fogueira.
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O lamentável, é que por conta das heresias e imoralidades acorridas na Ordem dos Cavaleiros Templários, a instituição deveria ter sido restaurada e mantida em vez de simplesmente suprimida, porém, o Papa Clemente V não tinha forças para enfrentar o Rei Felipe IV.
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Em 1378, após um longo período de 73 anos e uma sequência de 7 papas franceses foi eleito novamente um Papa italiano Urbano VI, gerando revolta nos franceses que elegeram o antipapa Clemente VII (1378-1394), gerando o Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) e quando este antipapa faleceu, elegeram um outro francês, o antipapa Bento XIII (1394-1417). O Grande Cisma Ocidental só foi resolvido em 1417 quando foi eleito o Papa italiano Martinho V (Oddo Colonna, da mesma família dos Colonna que há mais de 100 anos atrás tinham atacado o Papa Bonifácio VIII), durante o Concílio de Constança (1414-1418) que foi iniciado para resolver o problema do Grande Cisma e combater as heresias de John Wycliffe e Jan Hus (precursores do protestantismo e da missa nova).
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Papa Bonifácio VIII (1294-1303); <ITALIANO>
Papa Inocêncio VI (1352-1362); <ITALIANO>
Papa Clemente V (1305-1314); <FRANCÊS>
<<<INTERVALO DE SEDE VACANTE (1314-1316)>>>
Papa Clemente João XII (1316-1334); <FRANCÊS>
Papa Bento XII (1334-1342); <FRANCÊS>
Papa Clemente VI (1342-1352); <FRANCÊS>
Papa Inocêncio VI (1352-1362); <FRANCÊS>
Papa Urbano V (1362-1370); <FRANCÊS>
Papa Gregório XI (1370-1378); <FRANCÊS>
Papa Urbano VI (1378-1389); <ITALIANO>
Papa Bonifácio IX (1389-1404); <ITALIANO>
Papa Inocêncio VII (1404-1406); <ITALIANO>
Papa Gregório XII (1406-1415); <ITALIANO>
<<<INTERVALO DE SEDE VACANTE (1415-1417)>>>
Papa Martinho V (1417-1431); <ITALIANO>

IMAGEM:

O "Cavalelro Kadosh" (trigésimo grau da maçonaria, do Rito Escocês Antigo e Aceito), golpeando a tiara papal e a coroa real, está destinado a causar uma vingança pelo assassinato de Jacques de Molay. Da esquerda para a direita, as caveiras são respectivamente coroadas com um Triregnum Papal, com uma coroa de louros e com uma coroa real ornada da flor-de-lis. Para os maçons representam o papa Clemente V, Jacques de Molay e o rei Felipe, o Belo.
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A "IGREJA" FUNDADA NO "CONCÍLIO LIBERAL VATICANO II" É CISMÁTICA



“A "igreja conciliar" é uma Igreja cismática, porque rompe com a Igreja Católica como sempre foi. Ela tem novos dogmas, o seu novo sacerdócio, as suas novas instituições, o seu novo culto, todos já condenados pela Igreja em muitos documentos, oficiais e definitivos. Esta Igreja Conciliar é cismática porque tomou por base, para o seu aggiornamento, princípios opostos aos da Igreja Católica, como o novo conceito da Missa expressa nos números 5, do Prefácio do [decreto] ‘Missale Romanum’, e 7, do seu primeiro capítulo, que atribui à assembleia um papel sacerdotal que não pode exercer; como, similarmente, o natural – vale dizer aqui: divino – direito de toda a pessoa e de todo o grupo de pessoas à liberdade religiosa. Este direito à liberdade religiosa é blasfemo, pois atribui a Deus objetivos que destroem a Sua Majestade, a Sua Glória, a Sua Realeza. Este direito implica liberdade de consciência, liberdade de pensamento, e todas as liberdades maçônicas. A Igreja que afirma tais erros é ao mesmo tempo cismática e herética. Esta Igreja Conciliar é, portanto, não católica. Na medida em que Papa, bispos, sacerdotes e fiéis aderirem a esta nova Igreja, eles se separam da Igreja Católica”

[ Dom Marcel Lefebvre, 29 de junho de 1976, por ocasião da sua suspensão “a divinis” por Paulo VI ]

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“É preciso resistir, absolutamente resistir, resistir a qualquer custo. E agora chegou ao que, sem dúvida, vos interessa; mas eu digo: Roma perdeu a Fé, caros amigos, Roma está na apostasia. Estas não são palavras, não são palavras (disparadas) no ar que vos digo, é a verdade! Roma está na apostasia. Não se pode mais dar confiança a essa gente. Eles abandonaram a Igreja; abandonam a Igreja, é certo, certo, certo. Eu resumi isto ao Cardeal Ratzinger em poucas palavras, porque digamos que é difícil resumir toda esta situação, mas eu lhe disse: ‘Eminência, mesmo se Vós nos concedeis um Bispo, mesmo se nos concedeis certa autonomia em relação aos Bispos, mesmo se nos outorgasses toda a liturgia vigente até 1962 e nos permitisses continuar a obra dos seminários da Fraternidade tal como o fazemos atualmente, nós não poderíamos colaborar convosco; é impossível, impossível, porque nós trabalhamos em duas direções diametralmente opostas: Vós trabalhais em prol da descristianização da sociedade, da pessoa humana e da Igreja, enquanto os nossos esforços estão dirigidos para a cristianização. Não podemos, portanto, nos entender’.

[ Fideliter n. 66 – Setembro-Outubro de 1988 ]

Por Eduardo Almeida​
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TRUMP APOIADO PELOS PROTESTANTES EM PROL DO ESTADO SIONISTA DE ISRAEL

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Fonte: https://www.breakingisraelnews.com/109889/trump-evangelicals-more-appreciative-of-us-embassy-jerusalem-move-than-jews/
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O TALMUDISMO-CABALISTA, A MAÇONARIA E O PROTESTANTISMO

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O protestantismo veio-nos da Alemanha e sobretudo de Genebra. Ele foi bem denominado. Era impossível qualificar a Reforma de Lutero com uma palavra diferente de protesto, porque ela é protesto contra a civilização cristã, protesto contra a Igreja que fundara essa civilização, protesto contra Deus, do qual essa civilização emanava. O protestantismo de Lutero é o eco sobre a terra do “non serviam” de lúcifer. Ele proclama a liberdade, a dos rebeldes, a de Satã: o liberalismo. Ele diz aos reis e aos príncipes: “Empregai vosso poder para sustentar e para fazer triunfar minha revolta contra a Igreja e eu vos entrego toda a autoridade religiosa”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo IV, pág. 42)

No número de 29 de agosto de 1902, o Gaulois reproduziu um artigo do Opinion Nationale que remonta ao mês de julho de 1866. Aplaudia-se aí o triunfo da Prússia em Sadowa e dizia-se: “Somos pelo enfraquecimento da Áustria, porque a Áustria é uma potência católica que deve ser suplantada pela Prússia, baluarte do protestantismo no centro da Europa. Ora, a missão da Prússia é protestantizar a Europa, como a missão da Itália é destruir o pontificado romano. Eis as duas razões pelas quais nós somos simultaneamente a favor do engrandecimento da Prússia e do engrandecimento da Itália”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLII, pág. 334-335)

A primeira obra foi dissolver a Cristandade, quebrar a unidade católica. Foi cumprida no século XVI, com as heresias e os cismas. A segunda, a que agora está terminando, foi subordinar as nações católicas às nações protestantes. Para isso houve acordo, mais ou menos aberto, entre a Inglaterra e a seita. No século XVIII a Inglaterra semeou as lojas em todos os pontos da Europa. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIII, pág. 345)

Fazer de todos os Estados do antigo e do novo mundo departamentos de uma só e mesma república, sujeitar todos os povos ao governo de uma Convenção única, não é senão um aspecto do plano traçado pelo Poder Oculto que dirige a seita judaico-maçônica e através dela o movimento revolucionário. O plano inteiro foi exposto em 1861, nos Arquivos Israelitas com um estilete que grava todos os caracteres no espírito. “Assim como Jesus substituiu a autoridade dos deuses estabelecidos pela Sua e encontrou sua mais alta manifestação no seio de Roma, assim um messianismo dos novos dias deve eclodir e se desenvolver; assim uma Jerusalém da nova ordem, santamente assentada entre o Oriente e o Ocidente deve substituir a dupla cidade dos Césares e dos Papas”. A Jerusalém que deve substituir a cidade dos Césares é, vimos nos capítulos precedentes, a república universal. A Jerusalém da nova ordem que deve substituir a cidade dos Papas é o messianismo dos novos dias que vamos estudar agora. Essas são as duas naves do Templo que o Poder Oculto construiu através da ação combinada dos judeus e dos maçons com o concurso dos protestantes, que absolutamente não vêem que seu ódio contra Roma os empurra para a sua própria ruína. Internacionalistas, democratas e modernistas trabalham mais ou menos conscientemente para a mesma obra. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIV, pág. 353)

Todo o espírito da Maçonaria é o mesmo do judaísmo, em suas crenças mais elementares, suas idéias, sua linguagem e principalmente em sua organização. A esperança que ilumina e suporta a Maçonaria é a mesma que ilumina e suporta Israel. Seu remate será esta maravilhosa casa de pregaria, da qual Jerusalém será o centro triunfante e símbolo. (“La Verite Israelite”, periódico judaico, de 1861, pg. 64)

É certo de que havia judeus na origem da Maçonaria. Certos ritos provam que eram judeus cabalísticos. (Bernard Lazare em “L’Antisemitisme”)
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GABRIEL GARCIA MORENO: O MAIS CATÓLICO DOS PRESIDENTES

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21 de novembro de 1852. Debaixo de uma enorme tempestade, uma cena trágica está se passando na cidade de Quito, capital do Equador. O ditador Urbina havia assinado um decreto iníquo, expulsando todos os jesuítas do país. Uma grande multidão, indiferente à chuva, se reuniu em frente do convento para assistir à saída dos religiosos que partem para o exílio. Bem junto à porta, um jovem com uma perna ferida e necessitando usar muletas, também espera. Ele é amigo do padre superior, e, quando este sai, o jovem lhe diz:

– “Dentro de dez anos os senhores estarão de volta, e então nós cantaremos juntos o “Te Deum” na Catedral”.

Os padres, um a um, vão saindo. O último é um noviço de apenas dezessete anos. Esse não tem obrigação de ir embora, porque o decreto expulsa apenas os padres. Dá-se então uma cena impressionante: a mãe do rapazinho, querendo de todas as formas segurar o seu filho, vem chorando e se deita à sua frente, barrando a saída, e impedindo-o de passar. O rapaz hesita, e pensa em desistir. Nesse instante, a voz autoritária e decidida do moço de muletas se faz ouvir:

 – “Firme, Manoelito! Firme!”

Estimulado por este brado, Manoelito cria ânimo, pula por sobre o corpo de sua mãe, e segue com os outros para o exílio e para a glória.

A multidão se dispersa aos poucos, debaixo da chuva. O último é o moço de muletas, que se deteve para uma breve oração, e depois se afasta lento e pensativo. O jovem Gabriel García Moreno fazia planos para o porvir.

Um mês depois da expulsão dos jesuítas, García Moreno fundou um jornal (“La Nación”) com a finalidade de combater os crimes do governo. O ditador lhe mandou dizer que se ele publicasse o segundo número seria expulso do país. Ele respondeu:

– “Eu tinha numerosos motivos para publicar o meu jornal. Agora tenho mais um: o não desonrar-me cedendo às suas ameaças”.

Ele publicou o segundo número e foi expulso do Equador, seguindo depois de algum tempo para Paris. Na capital da França, influenciado pelo ambiente mundano, ele foi pouco a pouco perdendo o ânimo e a vontade de lutar. Foi então que se deu um fato providencial, que lhe abriu os olhos para o perigo que estava correndo, e lhe ajudou a melhorar.

“HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ NÃO SE CONFESSA?”

Certo dia em que um grupo de estudantes atacava a religião católica, García Moreno pôs-se a defendê-la com ardor. Um dos rapazes lhe objetou:

– “Você falou bem, mas eu acho que não pratica o que fala. Há quanto tempo você não se confessa?”

 Desconcertado por um instante, García Moreno respondeu:

 – “Esse argumento vos parece bom hoje, mas eu lhe dou a minha palavra que amanhã não valerá mais.”

Deixando o local, fez uma longa meditação e depois foi diretamente se confessar. No dia seguinte recebia a comunhão. Retornou então a seus atos de piedade para nunca mais deixá-los. Comungava quase todos os dias, e rezava diariamente o terço, devoção que sua mãe lhe havia ensinado.

DE VOLTA AO EQUADOR

Em 1856 o ditador Urbina deixou o poder e García Moreno pôde voltar ao Equador. Imediatamente fundou um novo jornal (“La Unión Nacional”), para combater o novo governo, que também não apoiava a Igreja. Em 1857 é eleito senador, e apresenta projeto de lei proibindo a maçonaria no país, alegando que esta era uma seita condenada pela Igreja, e que portanto não poderia ser admitida num país católico como o Equador. Por causa dessas atitudes recebeu várias ameaças de assassinato, que só não se cumpriram porque o povo o rodeava e protegia em qualquer lugar que estivesse.

Em 1859 uma revolução depõe o governo, e García Moreno assumia a chefia do governo provisório. Em 1861 é eleito regularmente presidente da República, e seu primeiro ato é chamar de novo os padres jesuítas. O exílio havia durado exatamente dez anos.

OS FRUTOS DO GOVERNO CATÓLICO

“Ditoso é o povo cujo senhor é Deus”, diz a Sagrada Escritura. E ditoso foi o Equador enquanto foi governado por esse presidente que em tudo era fiel e submisso a Deus.

O primeiro período da presidência de García Moreno foi de 1861 a 1865. Deixando o poder então, pois a lei não permitia a reeleição, foi novamente eleito em 1870, pela maioria absoluta e triunfal. Os historiadores são unânimes em afirmar que nunca o Equador teve tanto desenvolvimento e progresso. Abriram-se estradas de ferro e de rodagem por todo o país; fundaram-se escolas em todas as aldeias; as populações indígenas foram protegidas e receberam educação; construíram-se hospitais; abriram-se colégios e universidades. Os roubos e os abusos administrativos foram combatidos de forma radical e inexorável.

A CONSAGRAÇÃO

Mas García Moreno sabia que só existe verdadeiro progresso onde há verdadeira moral, e só há verdadeira moral onde se pratica a verdadeira religião. Por isso, mandou pedir aos redentoristas espanhóis que viessem – com todas as despesas pagas pelo governo – pregar uma grande missão em todo o Equador. E ao mesmo tempo, por sugestão do padre Manoel Proaño (o “Manoelito”, que anos antes ele havia estimulado para Deus e para a fé), mandou pedir aos bispos do Equador que consagrassem o país inteiro ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Os bispos, aproveitando a ocasião de um concílio provincial, fizeram a consagração. Imediatamente o Congresso, por unanimidade a transformou em lei, que García Moreno solenemente assinou. A 18 de outubro de 1873, o Diário Oficial publicou a lei em sua primeira página, impressa não com tinta comum, mas com letras de ouro. E no dia 25 de março de 1874, em todas as igrejas do Equador, o clero, os governantes e todo o povo recitaram em conjunto a consagração solene, acompanhada pelos toques de sino, e pelas salvas de canhão.

“Este é, Senhor, o vosso povo (…). Nossos inimigos insultam nossa fé, e se riem de nossas esperanças, porque elas estão em Vós (…).

 “Que o Vosso coração seja o farol luminoso de nossa fé, a âncora segura de nossa esperança, o emblema de nossas bandeiras, o escudo impenetrável de nossa fraqueza, a aurora formosa de uma paz imperturbável, o vínculo estreito de uma concórdia santa, a chuva que fecunda nossos campos, o sol que ilumina nossos horizontes, e enfim, a prosperidade e a abundância que necessitamos para levantar templos e altares onde brilhe, com eternos resplendores, Vossa Santa Glória (…)”

E o imponente rugido dos canhões, e o bimbalhar solene dos sinos, e a música festiva das bandas militares anunciavam ao mundo inteiro que aquele pequeno povo não tinha medo de se dizer católico, e diante de um mundo ímpio e ateu, não se envergonhava de levantar bem alto o estandarte da verdadeira fé.

CARREGANDO A CRUZ

Pouco tempo depois os padres redentoristas chegaram ao Equador, e deram início a pregação das missões. Apesar das chuvas torrenciais, as igrejas estavam repletas, com milhares e milhares de fiéis. O próprio presidente, o delegado apostólico, e o arcebispo de Quito não perdiam uma só pregação. A 24 de abril teve lugar a comunhão geral das mulheres. No dia seguinte, milhares de homens invadiram as igrejas para se confessar. García Moreno foi à catedral, e envolto em sua capa, se ajoelhou na fila, atrás do último penitente. O confessor o viu e lhe foi falar: “Excelência, vós deveis ter muitas ocupações. Eu o atenderei antes em confissão.” E García Moreno: “Padre, eu tenho que dar o exemplo a meu povo, eu aguardo a minha vez.”

No dia seguinte, depois da triunfal comunhão dos homens pela manhã, haveria o encerramento da missão à tarde, com a procissão da Santa Cruz. Para tal havia sido preparada uma cruz enorme, que dezenas de homens juntos deveriam carregar.

No sermão de encerramento, o pregador comentou que antigamente reis e governantes “eram crentes e fervorosos, e não se envergonhavam de seu Deus, ainda que fosse um Deus crucificado. Mas (continuava ele) agora não existe mais nem sombra daqueles homens. Em seu lugar, temos reis do baralho, e presidentes da república de papel…”

O padre não pôde continuar falando. O presidente se pôs de pé, e extendendo o seu braço para o pregador, disse em alta voz:

“Padre López, o senhor mente! Eu, presidente dessa república, não me envergonho de Cristo Crucificado. Eu também irei carregar a Cruz!”

O padre, que não queria outra coisa, encerrou logo o sermão, e a procissão se iniciou.

García Moreno, todos os ministros de Estado, e todos os altos funcionários do governo percorreram as ruas de Quito carregando a enorme cruz. E o presidente não deixou que o substituíssem: “Não quero que isto seja apenas uma cerimônia”. E prosseguiu até o fim, tendo-se aberto uma chaga em seu ombro, como resultado de seu ardor.

Pouco tempo depois, uma revista maçônica comentou: “Quando soubemos que esse homem havia levado processionalmente uma cruz pelas ruas de Quito, vimos que a medida estava cheia, e decretamos a sua morte.” Na Europa, vários jornais maçônicos comentaram abertamente que logo García Moreno iria morrer.

DEUS NÃO MORRE!

6 de agosto de 1875. Pela manhã, o senhor presidente e sua Exma. esposa estiveram na Igreja de São Domingos, onde S. Excia. assistiu à Santa Missa, e recebeu a Sagrada Comunhão. Agora, uma e quinze da tarde, García Moreno caminha para o Palácio do Governo. No caminho entra na Catedral e adora o Santíssimo Sacramento, exposto solenemente, por ser esta a primeira sexta-feira do mês.

Dez minutos depois, S. Excia. prossegue o seu caminho, e sobe as escadas que conduzem ao balcão do palácio. Então, um grupo de pessoas o cerca, e um deles, por trás, lhe desfere na cabeça um violento golpe de machado. Dois outros se adiantam e lhe dão vários tiros à queima-roupa. De novo outra machadada ainda mais forte o atira no chão, e de novo os revólveres disparam sobre ele.

Seu corpo é atirado do balcão para o chão da praça, ainda com vida. Ao perceber isso, o assassino furioso desce do balcão e prossegue desferindo machadadas sobre o corpo indefeso do presidente. E grita: “Morre, hipócrita! Morre infame! Jesuíta com casaca! Morre, tirano!” E então, García Moreno, num supremo esforço, levanta a cabeça e diz: “Deus não morre!”

O assassino tenta fugir, mas logo se forma um tumulto, e ele é preso e linchado pelo povo enfurecido. O presidente, ainda vivo, é transportado para o interior da catedral, e diante do Santíssimo Sacramento exposto, recebe a extrema unção. E alguns instantes depois, a alma desse verdadeiro católico voou para o céu.

Bibliografia: Ricardo Pattes, “Gabriel García Moreno y El Ecuador de su tiempo” – México, 1962; Severo Gomes Jurado, SJ., “La Consagración” – Quito, 1973.
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GARCIA MORENO E SEU AMOR AO CRISTO CRUCIFICADO

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O presidente do Equador teve uma grande devoção pela Cruz de Cristo e como se verá adiante, desejava alcançar o que ela simboliza: o martírio. Existe em Gabriel Garcia Moreno, nos últimos anos da sua vida, uma estranha ambição: a de sofrer e morrer por Cristo. Existe esse desejo extraordinariamente raro nos cristãos mais virtuosos, que só é próprio dos Santos.

Este desejo de dar a vida por Cristo és, sem dúvida, o que infunde em Gabriel Garcia Moreno sua honrosa devoção pela Cruz. Por essa devoção ele ama tanto a Pio IX, a quem ele considera, por ter perdido os seus estados pontifícios, recebido humilhações e viver como prisioneiro no Vaticano. Recordou o lema que se aplica a este grande papa: Crux de Cruce, ou seja, a cruz que vem da Cruz. A cruz é o símbolo do sofrimento e do martírio.

Nela morreu Nosso Senhor Jesus Cristo. Como Gabriel Garcia Moreno poderia não amá-la? E como não aspirá-la o presidente Católico por excelência, um católico que sentiu a Paixão de Cristo? Ninguém entre os presidentes, tem feito pela Igreja e por Cristo, no mundo inteiro, o que fez o presidente do Equador. Sabia que a sua obra, que era Católica, consequentemente atraía o ódio dos inimigos de Cristo. E sabia que morrendo pela Santa Igreja e por Cristo, ele completaria essa obra. Não somente ganharia muitas almas para Cristo na América, mas no mundo inteiro. Por isto, ele desejava derramar o seu sangue. Não era “só” a sua salvação que ele procurava, a reparação dos seus grandes pecados, o perdão de Deus pela morte de Borja, pelos fuzilados de Jambelí, mas a salvação da Igreja na América e o Reinado de Cristo nos corações.

Por aqueles dias do mês de abril de 1874, realizou-se em Quito (capital do Equador) uma missão presidida pelos padres redentoristas. Ao seu final, Gabriel Garcia Moreno iria dar diante dos equatorianos e perante o mundo inteiro, um magnífico testemunho do seu amor pela Cruz. Seria um evento retirado da Idade Média, cujo protagonista poderia ter sido São Luís (Luís IX) rei da França, São Fernando rei de Castela ou Godofredo de Bouillon. Porém estamos em Quito, na sua praça maior, com os seus velhos casarões coloniais e sua magnífica Catedral. A Igreja cheia de competência, ali se encontrava o Presidente, os seus ministros, também numerosos nobres, estudantes, trabalhadores e índios, todos unidos pela fé em comum. Como recordação da missão, os padres - redentoristas - haviam presenteado a cidade com uma enorme cruz, de seis metros de comprimento, tomada em bloco e sem cortes de uma única árvore, que seria levada em procissão pelas ruas da cidade, para finalmente ser entronizada na Catedral.

Um dos missionários, o Padre Luiz Lopez pronunciou diante dos presentes uma alocução. Recordou que a Redenção nos veio através da Cruz, prosseguiu dizendo, que agora ao seguir com ela pelas ruas de Quito em procissão, o triunfo de Cristo nosso Redentor estava sendo recordado. Acrescentou, que séculos atrás, o imperador Heráclio com os pés descalços e vestido de plebeu, havia carregado sobre as suas costas a Cruz do Calvário, aquela mesma Cruz que havia morrido Nosso Senhor Jesus Cristo, e que após ter sido capturada pelos persas, acabara de ser devolvida ao Império Cristão.

Em seguida o missionário voltou-se para o local em que o então presidente Gabriel Garcia Moreno estava sentado, e com uma solene e compassada voz disse: “Assim eram antigamente os Reis e os Imperadores do mundo: crentes e fervorosos. Respeitavam as leis divinas e não se envergonhavam do seu Deus, embora fosse um Deus crucificado. Mas agora já não existe nem sombra daqueles magistrados. Em seu lugar temos reis de baralho e presidentes de repúblicas de papel”. Não podendo continuar falando o orador, pois imediatamente sua frase foi interrompida pela intervenção de Gabriel Garcia Moreno, que pondo-se de pé e estendendo o seu braço para o pregador, com forte e sonora voz lhe disse: Padre Lopez, você mente! Eu, presidente desta República, não me envergonho de Cristo Crucificado, eu também carregarei a cruz sobre os meus ombros.

Ali estava uma enorme cruz que “aguardava” para ser carregada pelos fiéis. De repente, para surpresa de todos os que estavam presentes: “Que irá fazer o presidente república?” Aproxima-se da cruz e deseja levá-la sobre os seus ombros. Os olhos de todos os assistentes arregalaram-se de espanto. Alguns enchem os olhos de lágrimas pela tamanha emoção. A voz se difunde no local, mas à medida que a procissão começa, as pessoas vão à praça, cria-se uma multidão como raras vezes havia-se visto em Quito.

E então a cidade assiste ao mais extraordinário dos espetáculos: o doutor Gabriel Garcia Moreno, o ex-reitor da universidade, o general e chefe de exército, o escritor, o sábio, o legislador, o presidente da república, começou a caminhar lentamente, levando sobre seus ombros, a Cruz em honra a Nosso Senhor Jesus Cristo, pelas ruas atônitas e comovidas da velha capital. E o povo lhe segue, estupefato, cheio de lágrimas, sem acreditar em seus próprios olhos. O ministro do interior lhe ajuda.

Disse um de seus inimigos - acreditando ridicularizar o então presidente - que naquela imitação da Via Crucis, o presidente tem um Cirineu e que em certa parte do caminho, uma mulher que ao vê-lo agoniado e suado, lhe oferecerá uma xícara de caldo. Longe de ridicularizá-lo, o engrandece com isto. Ele mesmo vem a ser um outro Cristo, um imitador do Filho da Virgem Maria. Para ele era uma honra carregar a cruz, e apesar de não morrer crucificado, talvez ele já soubesse, pela sua brilhante percepção que suportaria por Cristo um martírio. E lá vai o presidente da República, com a cruz nas costas, vai entre orações e lágrimas, aos olhares com expressões de assombro e admiração.

Todos compreenderam, ou acabarão por compreender um ano mais tarde, o significado do que estão presenciando. E lá vai pelas ruas de Quito, enquanto os sinos são alçados em voo, diante das montanhas gigantescas com a Cruz de Cristo Jesus sobre seus ombros, em um sublime ato de humildade e de fé, o presidente da república, o doutor Gabriel Garcia Moreno, convertido em outro Cristo. Ao inteirar-se desse feito, os maçons da Europa publicaram em um livro a seguinte expressão: “Quando soubemos que este homem havia levado em procissão uma cruz em Quito, descobrimos que já havia chegado ao limite e decretamos a sua morte”.

Para um religioso que confidencialmente lhe relatava quanto sofria da parte de seus inimigos, lhe consolou dizendo: Compadeço vossas penas, porém haveis tido magnífica ocasião de juntar tesouro para a eternidade. Os golpes que lhes são dados parecem menos duros, se os comparar com os que eu estou recebendo todos os dias. Faça como eu, ponha os ultrajes aos pés da cruz, e peça ao Bom Deus que perdoe os culpados. Peça que lhe dê bastante força, não só para fazer o bem aos que derramam sobre ti essas palavras e por escreverem as torrentes de ódio que guardam nos seus corações, mas para regozijar-se diante de Deus por ter que sofrer algo em união com Nosso Senhor.

Gabriel Garcia Moreno tinha a certeza de que sua morte já havia sido decretada pelos seus inimigos, porém isso não lhe causa medo. Sabia que entre esses inimigos encontrava-se a maçonaria, que o considerava como o homem do sobrenatural, o homem de Cristo. Por isso não lhe causava desgosto a perspectiva de sua morte. Pouco antes de cair apunhalado sob seus homicidas, escreveu para um amigo íntimo que estava na Europa: “Vou ser assassinado. Estou feliz de morrer pela santa Fé, nos veremos no céu.” Dias atrás, numa carta ao Papa Pio IX informou-lhe que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, procuravam “sigilosamente” fazê-lo desaparecer. Por isso, disse-lhe, “necessito, mais do que nunca, da proteção divina para viver e morrer em defesa da nossa Santa Religião e desta pequena república. E acrescenta: “Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de nosso Divino Redentor! E que felicidade tão imensa seria para mim, se vossa bênção me chegasse do Céu para derramar meu sangue por Ele, que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz, por nós”!

Chega o dia 6 de agosto de 1875, Gabriel Garcia Moreno comunga o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santa Eucaristia e adora o Santíssimo Sacramento, neste mesmo dia antes de ingressar no palácio presidencial, é vitimado através de facãozadas, punhaladas e tiros, o presidente quase não consegue dizer a sua célebre frase como testemunho de sua Fé: “Deus Não Morre”. É levado a Catedral de Quito onde recebe os últimos auxílios da religião. Perdoa seus inimigos e morre na paz do Senhor no Altar de Nossa Senhora - Virgem - das Dores, aos pés da grande cruz que ele mesmo levou sobre seus ombros pelas ruas de Quito um ano atrás. Ao examinarem o seu cadáver, vulnerado por quatorze facãozadas/punhaladas e seis tiros, encontraram sobre seu peito uma relíquia da Cruz de Cristo, o escapulário da Paixão e do Sagrado Coração, e um rosário com a medalha de Pio IX. A efígie deste papa estava manchada em sangue, simbolizando desta maneira tão comovedora e íntima amizade que os havia unido no comum amor pela Santa Igreja. Igualmente foi encontrado em seu bolso a Imitação de Cristo por Tomás de Kempis com anotações diárias. Na última página estava escrito com lápis, daquele mesmo dia, três linhas que escreverá em toda a sua extensão: “Senhor meu Jesus Cristo, dá-me amor e humildade, e faça-me conhecer o que hoje devo fazer em vosso serviço”. Em resposta, o Bom Deus havia pedido-lhe o seu sangue e ele derramou, como último ato de seu serviço, “por aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz por nós”.
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OS MAÇONS FAZIAM ROUPAS COM A PELE DOS CATÓLICOS NA MAÇÔNICA REVOLUÇÃO FRANCESA

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SOMOS ANTI-SIONISTAS E NÃO "ANTISSEMITAS"

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["Os judeus não podem ser chamados servos do Senhor"
(A Cidade de Deus - Santo Agostinho - Vol 2, livro 17, cap. 12)]

SOMOS ANTISIONISTAS E NÃO "ANTISSEMITAS", POIS:

Os filhos da promessa eram os hebreus - agora nós cristãos - e não os ismaelitas (muçulmanos):

GÁLATAS 4,

21. Dizei-me: vós, que quereis estar debaixo da lei, não entendeis a lei? 22. Com efeito, está escrito que Abraão teve dois filhos: um da escrava e outro da (mulher) livre. 23. Mas o da escrava nasceu segundo a carne, e o da livre, (nasceu) em virtude da promessa; 24. tais coisas foram ditas por alegoria, porque estas duas mulheres são as duas alianças. Uma, a do monte Sinai, que gera para a escravidão; esta é (figurada em) Agar, 25. porque o Sinai é um monte da Arábia, o qual corresponde à Jerusalém atual (isto é, a Sinagoga) a qual é escrava com seus filhos. 26. Mas aquela Jerusalém, que é de cima, (isto é, a Igreja de Jesus figurada em Sara) é livre e é nossa mãe. 27. Porque está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama de alegria, tu que não estás de parto; porque são muitos mais os filhos da abandonada (como estéril), que daquela que tem marido (Is. 54,1). 28. E vós, irmãos, sois filhos da promessa como Isaac. 29. Mas, assim como então aquele que tinha nascido segundo a carne perseguia o nascido segundo o espírito, assim (acontece) também agora. 30. Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e o seu filho, porque o filho da escrava não será herdeiro com o filho da livre (Gen. 21,10). 31. Por isso, irmãos, não somos filhos da escrava, mas da livre.

Por causa da rejeição dos judeus à Nosso Senhor Jesus Cristo, nós que eramos gentios obtivemos a graça da salvação, porém no final israel se converterá:

ROMANOS 11,

11. Digo, pois: porventura tropeçaram eles de maneira a caírem (para sempre)? Não, certamente. Mas, pelo seu delito, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação. 12. Ora, se o seu delito foi a riqueza do mundo, e a sua decadência a riqueza dos gentios, quanto mais a sua conversão em massa? 13. A vós, pois, ó gentios (convertidos ao cristianismo): enquanto Apóstolo das gentes, honrarei o meu ministério, 14. para ver se, dalgum modo, provoco à emulação (os do) do meu sangue e salvo alguns deles. 15. Porque, se a perda deles foi (ocasião da) reconciliação do mundo, que será a sua reintegração senão uma ressurreição dentre os mortos? 16. Se as primícias são santas, também o é a massa; se é santa a raiz, também o são os ramos. 17. Se algum dos ramos foram quebrados, e tu, sendo um zambujeiro, foste enxertado em seu lugar, e foste (em seu lugar) participante da seiva da raiz da oliveira, 18. não te vanglories contra os ramos. Se te vanglorias, (fica sabendo que) não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz a ti. 19. Dirás talvez: «Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado.» 20. Isso é verdade: por causa da sua incredulidade foram cortados. E tu estás firme pela fé ; não te ensoberbeças (por isso), mas teme. 21. Porque, se Deus não perdoou aos ramos naturais, não perdoará também a ti (que és ramo enxertado). 22. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus; a severidade para com aqueles que caíram e a bondade de Deus para contigo, se permaneceres na bondade; doutra maneira também serás cortado. 23. E eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados, pois Deus é poderoso para os enxertar de novo. 24. Em verdade, se foste cortado do zambujeiro natural, e, contra a tua natureza, foste enxertado em boa oliveira, quanto mais aqueles que são da mesma natureza, serão enxertados na sua própria oliveira? 25. Não quero. Irmãos, que ignoreis este mistério, para que não vos vanglorieis da vossa sabedoria, (isto é) que uma parte de Israel caiu na cegueira até que tenha entrado (na Igreja ) a plenitude dos gentios. 26. E assim todo o Israel se salvará, como está escrito: Virá de Sião o libertador e afastará de Jacob a impiedade. 27. Terão de mim esta aliança, quando eu tirar os seus pecados (Is. 59,20-21; 27,9). 28. É verdade que, quanto ao Evangelho, eles agora são inimigos (de Deus) por causa de vós; mas, quanto à escolha divina, eles são muito queridos por causa de seus pais. 29. Com efeito, os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. 30. Assim como também vós outrora desobedecestes a Deus e agora alcançastes misericórdia pela desobediência deles, 31. assim também eles agora não obedecem, a fim de que, pela misericórdia que vos foi feita, alcancem também eles misericórdia (excitados por uma santa inveja de vós). 32. Efetivamente, Deus a todos encerrou na desobediência, a fim de usar com todos de misericórdia.

NOTAS:

É muito importante lembrar, que o livro-guia de grande parte dos judeus é o Talmude, um livro blasfemo que permite que os judeus aproveitem-se dos não judeus, além de desferir blasfêmias contra Nosso Senhor e Nossa Senhora.

Porém, para os que falam em destruir o povo judeu, precisamos lembrar do decreto do Papa Gregório X de proteção a eles:

http://www.montfort.org.br/bra/documentos/decretos/papa-protege-judeus/
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O DISTRITO RUSSO "BIROBIDJÃO" FOI O PRIMEIRO ESTADO JUDAICO




Birobidjão é o nome do distrito da antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), foi a “capital” da primeira nação judia moderna, para o qual a designação oficial era a "Região Autônoma Judaica". Fica localizada entre o extremo oriente russo e a Manchuria (China) com uma área de 36.000 km2, cerca de 8 mil quilômetros distante de Moscou, numa área inóspita localizada no final da ferrovia transiberiana. A partir de 1928, 20 anos antes da fundação de Israel, o local passou a ser administrado só por judeus. Ali eles construíram sinagogas e escolas que ensinavam iídiche, língua oriunda do germânico, escrita com caracteres hebraicos. O estado ainda existe, mas o sonho da Terra Prometida no país de Josef Stalin durou pouco.

Alguns judeus sonhavam com um território autônomo na Criméia, mas isto não foi possível. As ilusões de que o governo soviético tinha boas intenções na criação desta região deve ser dissipada ao olhar para o mapa da Rússia.

Em 1919, o Yevsektsiya (seção judaica do Partido Comunista Soviético) tinha avançado propostas para dirigir os judeus ao trabalho agrícola. Em 1923, Abraham Bragin, ex-sionista, defendia uma região autônoma judaica, que esperava encontrar na Ucrânia, especificamente na Criméia. Yuri Larin também defendeu a autonomia judaica na Criméia, ele esperava instalar 400 mil judeus na agricultura.

Em 1924, o governo soviético criou o Komzet, que era o comitê para o estabelecimento de judeus trabalhando no solo. Em 1925, foi criado o Ozet, com a esperança de ganhar o apoio de instituições de caridade judaicas no exterior para este projeto, trazendo moeda estrangeira para a URSS. Larin foi feito chefe do Ozet, e parecia que o projeto de uma área autônoma judaica ou estado na Criméia poderia se tornar uma realidade. O crítico literário comunista Moishe Litvanov se referiu entusiasticamente à Criméia como "nossa Palestina".

Em um discurso proferido no congresso da sociedade de colonização agrícola judaica, Ozet, em novembro de 1926, o presidente soviético Kalinin declarou: "O povo judeu enfrenta hoje a grande tarefa de preservar sua nacionalidade. A população judaica deve se transformar em uma população agrícola compacta, numerando pelo menos várias centenas de milhares de almas ". Kalinin observou que a política econômica soviética empobreceu os judeus, mas agora lhes daria a chance de reabilitação econômica e social. Este discurso foi saudado com entusiasmo pelos defensores do projeto da Criméia e pela base da Yevsektsya. No entanto, os líderes da Yevsektsya apoiaram a ideia, mas opuseram-se a sugestões de nacionalismo. Alexander Chemerisky, que foi o primeiro secretário do gabinete central da Yevsektsya foi equívoco. A princípio, ele declarou:

 "A maneira como o camarada Kalinin deve conversar e precisa falar como representante do governo é uma coisa, e a maneira que devemos falar é outra. Por que temos que concordar com sua opinião sobre a preservação da nação? "O partido não emitiu tal diretriz."

Logo ficou claro que haveria uma "região autônoma" judaica, mas não na Criméia. Chemerisky, de acordo com sua secretária Yasha Rives, disse em uma reunião do Yevsektzya e do Komsomol que o escritório central do Yevsektiya não percebera futuro algum na Criméia, e que "outras áreas deviam ser procuradas". Chemerisky havia sido secretamente chamado por Stalin, para lhe dizer que ele rejeitou Criméia. "Os judeus teriam uma terra", mas não a Criméia, Stalin decretou. (Os judeus na União Soviética Desde 1917: O paradoxo da sobrevivência, Nora Levin, parte I, NYU imprensa, 1988, p 149).

Os nacionalistas e os anti-semitas ucranianos e bielorrussos não queriam nenhuma parte da autonomia judaica dentro de seus territórios, e talvez Stalin não estivesse interessado em uma verdadeira autonomia judaica, especialmente uma tão próxima a Moscou. Uma expedição "científica" a Birobidjão em 1927 encontrou-a apropriada para o estabelecimento judaico, apesar do seu caráter desolado, pantanoso e pela falta das estradas.

A presidência do comitê executivo central da URSS declarou a região como um "distrito nacional judaico" aberto para o estabelecimento judaico em 28 de março de 1928, e em abril deste mesmo ano os primeiros colonos chegaram. As fazendas coletivas judaicas foram estabelecidas e o iídiche foi reconhecido como a língua oficial. A imigração continuou na década de 1930, sofreu reveses devido às purgas (as execuções) e a guerra, e foi revivida brevemente entre 1946 e 1948, pouco antes de Stalin "liquidar" os restos do Yevsektsya, torturando e assassinando os últimos lotes de entusiastas do Birobidjão. No auge da colonização judaica, havia cerca de 40.000 judeus em Birobidjão, em 1959 diminui para aproximadamente 14.000, enquanto hoje há aproximadamente uns 4.000 judeus.

A área é rica em recursos naturais e não tem um clima totalmente inóspito. No entanto, no momento em que o assentamento judaico começou ali, quase não havia estradas e terras adequadas para a agricultura, as acomodações de moradia eram insuficientes ou pobres e as condições insalubres. Estavam totalmente isolados da cultura russa ou judaica e da vida civilizada que seus colonos intelectuais judeus, na maioria comunistas, tinham sido acostumados.

Em 1932, tinha uma população do tamanho da população suíça, com seus 25 mil moradores judeus. Em 1938, eram 40 mil. Mikhail Kalinin, diretor do comitê central dos soviétes, afirmava que o número subiria para 500 mil em uma década.

A propaganda soviética tentou, com algum sucesso, explorar o projeto de Birobidjão para obter investimentos de judeus no exterior e influenciar a opinião pública ocidental. Organizações judaicas fora da URSS que participaram de projetos de colonização judaica na União Soviética, como a Agro-Joint (American Jewish Joint Agricultural Corporation) e a Jewish Colonization Association (ICA), geralmente tomaram posição neutra. A Agro-Joint contribuiu com 25 milhões de dólares para projetos agrícolas judeus, incluindo aqueles na área de assentamento de Birobidjão, mas não está claro se algum desse dinheiro chegou aos destinatários.

O Ort-Farband deu assistência limitada para o desenvolvimento da indústria e oficinas. Essas organizações judaicas no exterior cujos membros consistiam principalmente de comunistas e seus simpatizantes apoiaram o plano sem reservas. Entre as organizações mais ativas foi a ICOR (The American Association for Jewish Colonization in the Soviet Union), que cooperou estreitamente com a Ozet. Em 1929, a ICOR organizou uma delegação científica composta por especialistas americanos em agricultura e assentamento para investigar as possibilidades de uma maior colonização de Birobidjão. O Ambidjan (Comitê Americano para o Assentamento de Judeus Estrangeiros em Birobidjão) apoiou a colonização judaica em Birobidjão apenas por um curto período em meados da década de 1930 e depois da Segunda Guerra Mundial. As organizações judaicas que apoiaram a região autônoma judaica em Birobidjão estavam localizadas no Canadá, Europa Ocidental, e na América do Sul. Representantes da organização judaica argentina PROCOR (Sociedade de assistência à produtividade das massas judaicas economicamente arruinadas na União Soviética) visitaram Birobidjão em 1929. Estas organizações, além de realizarem reuniões, elaborarem publicações e arrecadação financeira, também criavam propagandas para a colonização de Birobidjão por Judeus do exterior. Por conta disto, cerca de 1.400 imigrantes judeus de outros países chegaram a Birobidjão no início da década de 1930, emigrando dos Estados Unidos, da América do Sul, da Europa, da Palestina e de outros lugares.

O projeto de Birobidjão despertou alguma oposição entre alguns ativos no assentamento judaico na URSS e entre líderes de Yevsektsiya, entre os críticos estavam Mikhail (Yuri) Larin e Abraham Bragin. Larin sempre argumentava que existiam outras áreas na União Soviética, em especial a Criméia, que eram muito mais adequadas para a colonização judaica.

Em uma recepção dada aos representantes dos trabalhadores de Moscou e à imprensa iídiche em maio de 1934, o presidente Kalinin sugeriu que a criação de um centro territorial judaico em Birobidjão seria a única maneira de normalizar o status nacional dos judeus soviéticos. Ele também expressou sua esperança de que "dentro de uma década, Birobidjão seria o mais importante e provavelmente o único baluarte da cultura socialista judaica nacional". E que "a transformação da região em república seria apenas uma questão de tempo". A visita de Lazar Kaganovich, judeu e membro do Politburo (comitê dos partidos comunistas), a Birobidjão em fevereiro de 1936, encorajou muito a liderança judaica da região. Birobidjão despertou grande interesse do judaísmo mundial, especialmente entre aqueles que acreditavam no território judaico.

Foram aprovadas várias resoluções sobre o uso do iídiche como língua oficial da região, juntamente com o russo. As escolas foram estabelecidas com iídiche como a língua da instrução, e foram feitas experiências para ensinar iídiche, mesmo em escolas não-judaicas. Os sinais da rua, os sinais da estação de trilho, e os carimbos de correio apareceram no russo e no iídiche. Um jornal em iídiche e periódicos foram publicados.

A anexação soviética dos estados bálticos, partes do leste da Polônia e a Bucovina (região que divide a Ucrânia e a Romênia) entre 1939 e 1940, resultou em um aumento repentino na população judaica da URSS. Durante esse período, foram iniciados planos para transferir colonos judeus dos territórios anexados para Birobidjão. Contudo, a guerra soviético-alemã em 1941 pôs fim rápido a esses planos.

A breve migração pós-guerra para Birobidjão aumentou a população judaica local em um terço, e no final de 1948 foi estimado em cerca de 30.000, a maior já no distrito. Porém tudo foi interrompido no fim de 1948, em consequência da política soviética para suprimir atividades judaicas em toda a URSS, e para purgar aqueles envolvidos.

O período pós-Stalin não trouxe nenhuma melhoria substancial na vida judaica em Birobidjão. Em 1970 havia cerca de 12 mil judeus. Porém, após a queda da União Soviética, o governo russo manteve uma política geralmente benigna com relação aos habitantes judeus de Birobidjão, e foram feitas tentativas para promover a identidade judaica da área.

Não havia razão para o sucesso de Birobidjão, pois estava longe dos centros de colonização judaica, além de ser subdesenvolvido e ainda não havia fundos disponíveis para o desenvolvimento.

No fim dos anos 20, Stalin tinha um objetivo: reorganizar as mais de 100 etnias da URSS, de forma que a maioria fosse absorvida e algumas realocadas em locais estratégicos. "No processo de formação de uma cultura proletária universal, algumas nacionalidades deverão passar por um processo de assimilação", dizia ele. A população judaica era um caso à parte: com 2 milhões de pessoas, já havia comprovado que não abriria mão facilmente da própria cultura. Stalin, que não acreditava nos judeus como nação segundo os preceitos socialistas, fez duas tentativas de transferência étnica, para a Crimeia e a Ucrânia, mas a população local resistiu.

Foi só então que o ditador se deu conta de que a melhor forma de isolar os judeus era aproveitar um movimento migratório espontâneo, iniciado em meados dos anos 1920. "Para os judeus, perseguidos em diversos lugares do mundo, em especial na Europa, o isolamento era uma vantagem. Dava a eles a liberdade necessária para viver segundo seus conceitos", afirma o historiador Henry Srebrnik, da Universidade de Birmingham. Se era isolamento o que a comunidade queria, o lugar era perfeito. Birobidjão fica a 6400 km de Moscou, na fronteira com a China. Na época, a região ainda sofria com a ameaça do imperialismo japonês. Stalin tinha, portanto, todo o interesse em ocupar a área. Já em 28 de março de 1928, Moscou aprovou a escolha do distrito para ser uma unidade administrativa judaica. Em maio de 1934, era oficializada a criação do Estado Autônomo. Um ano depois, todas as placas de ruas eram escritas em russo e em iídiche. "A proposta por trás de Birobidjão era transformar o perfil cultural e socioeconômico dos judeus russos para que eles se tornassem cidadãos mais seculares e adotassem a agricultura. O iídiche era importante porque não tem a carga religiosa do hebraico", diz Robert Weinberg, autor de Stalin’s Forgotten Zion ("O Sion esquecido de Stalin"). "Lá, valia o lema ‘nacional na forma, socialista no conteúdo’."

Quem queria se mudar ganhava a passagem de trem e podia escolher entre um lote de terra, no campo, ou um terreno na cidade, para construir sua casa e seu comércio. No primeiro ano, a produção era isenta de impostos. A comunidade judaica internacional ficou dividida quanto à iniciativa. Ainda assim, forneceu apoio a quem precisasse. Um grupo sediado nos Estados Unidos angariou fundos usando garotos-propaganda como Albert Einstein. Técnicos da Argentina fizeram vistorias no local para identificar o tipo de cultura mais adaptado ao ambiente (trigo e batatas).

O solo pouco fértil rendia colheitas irregulares. Muitos dos novos moradores estavam acostumados com o frio, mas não com a umidade pantanosa ou os enxames de mosquitos. Entre 1928 e 1932, enchentes arruinaram plantações e fecharam estradas todos os verões. A infraestrutura era mínima e a maioria dos recém-chegados não conhecia a agricultura. Rose Becker, a californiana que criava porcos, morreria em 1936 de uma infecção. Seu marido, Morris, comprou a passagem para os Estados Unidos, mas faleceu antes de retornar. Os filhos voltaram de vez. Como eles, a maioria das 1000 pessoas que vieram do exterior (como dos EUA, França e Argentina) desistiu rapidamente.

Quem evitou as fazendas coletivas e se instalou nas maiores cidades (além da capital, Khabarovsk, Obluchje e Babstovo) passou a trabalhar nas novas indústrias leves que fabricavam roupas e móveis. O trabalho era árduo e o salário, tímido. Mas havia a tão esperada liberdade. Nos primeiros anos da década de 1930, enquanto a Alemanha elegia Adolf Hitler, a região era uma espécie de oásis. "No início, Stalin cumpriu a promessa de dar uma relativa autonomia para o território. A vida cultural tornou-se muito ativa, com apenas algumas tentativas malsucedidas de restringir a manifestação religiosa", afirma Henry Srebrnik.

O relacionamento com os demais habitantes do estado (russos, ucranianos, chineses e coreanos) era amigável e com direitos iguais a todos. A campanha de propaganda para atrair moradores, lançada no fim dos anos 20, seguia firme. Incluiu um filme de ficção com atores judeus famosos, cartazes criados pelo artista Mikhail Dlugachov e panfletos jogados por avião ao longo de cinco mil quilômetros de território soviético. Mas logo tudo mudaria com os grandes expurgos de Stalin.

Entre 1937 e 1938, o ditador mandou matar cerca de 70% dos quadros do Partido Comunista, entre outros desafetos. Ao mesmo tempo, moveu a força cidades inteiras, muitas transferidas para a Sibéria. Birobidjão também foi alvo. Os líderes do território foram acusados de trotskismo ou atividades contra o proletariado. Ironicamente, uma das figuras proeminentes do partido no local, Joseph Lieberberg, teve os dentes arrancados sob a acusação de estimular o judaísmo no Estado Autônomo Judaico.

O começo da Segunda Guerra lançou 35 mil jovens (judeus, ucranianos e russos) da região para o front. Em compensação, 10 mil pessoas se mudaram para lá a fim de fugir das perseguições na Europa. Em 1945, a população judaica local chegou ao auge: 30 mil. Com o fim da guerra, o governo reduziu a repressão. Mas, em 1948, a sinagoga foi fechada. No mesmo ano, nascia Israel, um novo polo de atração para a comunidade na terra dos hebreus. Birobidjão sofreria um rápido processo de esvaziamento. Em 1954, eram apenas 14 mil judeus.

"Birobidjão não era a solução. Era um lugar desolado e os judeus não tinham ligação histórica com ele. Para a minha geração, já era coisa superada", diz o escritor Moacyr Scliar, filho de imigrantes russos, autor de O Exército de um Homem Só. A partir de meados dos anos 80, porém, a crise da URSS inaugurou uma ebulição entre as etnias locais e o território autônomo começou a experimentar um reavivamento judaico. As placas em iídiche foram recolocadas e a sinagoga, reaberta.

Os judeus ainda são minoria, mas crescem os casos de pessoas que se mudam de Israel para lá. Outros, que emigraram, voltam. "É melhor ser judia aqui que em qualquer outro lugar", disse Alisa Zilbershteyn ao Jerusalem Post, que tentou a vida na China e retornou. Essas pessoas têm um estímulo extra: até 2014, várias obras ligando a Rússia à China estarão prontas, como a primeira ponte entre os países naquele ponto da fronteira. A economia local deve dobrar em dez anos. O PIB per capita é de 1200 dólares e a taxa de desemprego, 1,8%. "Os judeus são agora 4200 de um total de 70 mil habitantes, mas em 1997 eles eram só 2500", diz Srebrnik. O lugar, hoje, é um verdadeiro centro de educação e cultura iídiche, com museu, escolas e universidade, a ponto de Mikhail Chlenov, secretário do Congresso Judaico para a Eurásia, defender que o Estado Autônomo se torne uma república independente.

Marek Halter falou na existência na Rússia de uma subdivisão federal chamada de Região Autônoma Judaica, que tem por capital a cidade de Birobidjão. Nas suas palavras, trata-se da única região do mundo, além de Israel, onde existem escolas judaicas, onde há um teatro iídiche e onde os nomes das ruas são escritos em russo e iídiche. “Pode parecer piada, mas Putin tem razão quando lembra aos judeus sobre as possibilidades que não são usadas por eles” – Halter.

“Eu cheguei até a escrever um artigo (…) lembrando que os israelenses poderiam inaugurar [em Birobidjão] uma zona ofshore: é possível fazer negócios lá, é um mundo totalmente diferente – próximo da Coreia, China, Índia… Se os judeus de Birobidjão encontrassem problemas, eles poderiam pedir ajuda aos judeus do Japão…” – acredita o escritor e jornalista franco-judaico.

Ele explicou que, apesar de estar atraindo cada vez mais turistas, a região é apresenta muitas oportunidades e ainda é muito pouco aproveitada do ponto de vista econômico.

A Região Autônoma Judaica foi criada na União Soviética em 1934 como Distrito Nacional Judaico, como resultado da política nacionalista de Josef Stalin, que designou à população judaica da Rússia seu próprio território, para que esta pudesse preservar seu patrimônio cultural iídiche dentro de uma estrutura socialista.

Apesar do nome, atualmente apenas 1,2% da população de 190 400 habitantes é formada por judeus; 90% é formada por russos e o restante por ucranianos e chineses.

Na década de 1990 a maioria dos judeus restantes imigrou para Israel e para o Ocidente, deixando uma população de cerca de 4.000 em Birobidjão. Enquanto o governo russo apoia o desenvolvimento cultural judaico, o renascimento parece estar confinado à cultura iídiche e às observâncias religiosas. Um rabino Chabad importado de ministros de Israel para necessidades religiosas.

COM RELAÇÃO A REVOLUÇÃO RUSSA:

Foi arquitetada e financiada pelos judeus-maçons americanos (Jacob Schiff, Felix Warburg, Max Breitung, Otto H. Kahn, Mortimer Schiff, Jerome H. Hanauer, e pelo Banco Kuhn Loeb & Co.):

Karl Marx escreveu o Manifesto Comunista de 1848 à mando da maçonaria, inclusive era maçom do grau 31!

Jacob Schiff, um banqueiro maçom americano foi o grande financiador da Revolução Comunista na Rússia, desde 1890 financiou o treinamento revolucionári em cooperação com a B'nai B'rith. Entre 1902 à 1905, 10.000 revolucionários russos foram treinados nos EUA, para a malfada revolução de 1905.

Porém o primeiro-ministro do Czar Nicolau II, Stolypin implantou reformas na Rússia que transformaram a economia do país, porém a maçonaria matou Stolypin depois de 10 tentativas em 14 de setembro de 1911, à partir disto a economia entrou em declínio!

Trotsky em 1917 sai da Espanha para os EUA, suplica à Jacob Schiff pelo golpe na Rússia, entra na maçonaria no mesmo ano na loja B'nai B'rith, e os maçons estigam o povo à ir as ruas por causa da fome!

Lênin tinha entrado na maçonaria em 1914, na loja mais subversiva, das Nove Irmãs, juntos golpearam a Rússia e mataram o Czar, sua família e seus empregados em 1918 no porão.

FONTE:

Stalin’s Forgotten Zion, Robert Weinberg, University of California Press, 1998

Ilustrado com fotos, descreve a ocupação de Birobidjão.

Soviet Theory on the Jews, Lionel Kochan, Oxford University Press, 1978

Relata como o governo soviético lidava com os judeus.

"Birobidjan", Enciclopédia Judaica, Vol. 4. Keter Publishing, 1973

Os Judeus na União Soviética Desde 1917 - O paradoxo da sobrevivência, parte I, NYU imprensa - Nora Levin - 1988

O Judeu no Mundo Moderno: uma história documental, Oxford Univ Press - Paul Mendes-Flohr e Jehuda Reinharz - 1995.

Jewish Revival in Birobidjan Chabad Newsletter - Shoshana Olidort - 6 de dezembro de 2002

United States Department of State Papers relating to the foreign relations of the United States, 1918. Russia Volume I - Washington, D.C.: U.S. Government Printing Office, 1918

http://digicoll.library.wisc.edu/cgi-bin/FRUS/FRUS-idx?id=FRUS.FRUS1918v1

http://www.ihr.org/journal/jhrarticles.shtml
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OS JVDEVS, OS MAÇONS E OS MODERNISTAS CONTRA A FSSPX

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