Simón Bolívar, o maçom subversivo:
Segundo os historiadores Júlio Mancini e Américo Carnicelli, Simón Bolívar foi iniciado na maçonaria em 1803, na Loja "Lautaro", que funcionava em Cádis, Espanha, onde também se iniciaram outros próceres da independência das colônias espanholas da América do Sul. Outro historiador, o Marquês de Villa Urrutia, assinala a mesma data, mas sustenta que a Loja não se chamava "Lautaro", mas sim "Caballeros Racionales". Ambas as Lojas existiam em Cádis em 1803. A confusão virá das visitas que Bolívar costumava fazer à Loja "Caballeros Racionales". Nos últimos anos, apareceram provas da alta hierarquia maçônica do Libertador Bolívar, o qual não se limitou ao Grau de Mestre, antes chegou ao cume do escocismo, que é o Grau 33°. O nome de Bolívar ocupava com frequência a primeira página dos diários mais credenciados dos Estados Unidos, Inglaterra e França. No Museu Maçônico de New York, em conjunto com muitas relíquias maçônicas dos “heróis” da Independência das Américas, exibem-se o avental e o colar do Libertador Bolívar, com os ornamentos próprios do Grau 32.°. Mas o historiador maçônico venezuelano Celestino B. Romero chegou mais longe. Após uma exaustiva investigação, conseguiu reunir suficientes provas para informar num livro que ao Libertador Bolívar foi outorgado o Grau 33.° e último do Rito Escocês Antigo e Aceito. Celestino foi Grão Mestre da Grande Loja da República de Venezuela e Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Grau 33° para a República de Venezuela.
Em Roma, no dia 15 de agosto de 1805, Simón Bolívar jurou libertar a América do Sul do domínio estrangeiro. Bolívar recebeu o grau de Companheiro, o segundo na maçonaria simbólica, numa Loja francesa em 11 de Novembro de 1805. Sobre essa cerimônia existe um documento, guardado no arquivo do Supremo Conselho do Grau 33° para a República de Venezuela. Desde que chegou a Paris, Bolívar frequentava a Loja "Mãe Escocesa de Santo Alexandre da Escócia", onde assistiu ao número regulamentar de sessões para se fazer credor da respectiva ascensão. Na maçonaria simbólica ninguém sobe de grau sem ter preenchido satisfatoriamente o requisito da assiduidade e o progresso nos conhecimentos próprios da Ordem. O documento da ascensão de Bolívar ao grau de Companheiro foi adquirido em Paris pelo escritor venezuelano Ramón Díaz Sánchez, que, antes de o doar ao Supremo Conselho do Grau 33°, em Caracas, o fez examinar por peritos em paleografia e por historiadores bem informados sobre a atividade maçônica de Bolívar.
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