UMA REPÚBLICA CATÓLICA É POSSÍVEL

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E os MONARCÓLATRAS (aqueles que são adoradores da MONARCHIA, que colocam esta forma de governo acima do CATOLICISMO), preferem antes uma Monarquia Maçônica do que uma possível República Católica, inventam que a Santa Igreja condena o sistema de governo republicano!

Apesar de que a Monarquia Tradicional seja o sistema político mais apropriado para os Católicos, a Santa Igreja nunca proibiu a República, mesmo que a maçonaria tenha aproveitado-se deste sistema para derrubar as Monarquias Católicas.

A República de Gabriel Garcia Moreno foi mais Católica de que todas as monarquias vigentes atualmente!

Qual a Monarquia que foi Consagrada ao Sagrado Coração de Jesus ou ao Imaculado Coração de Maria antes da República do Equador? E foi através de dois presidentes diferentes!

Qual foi o rei que reclamou publicamente quando os Estados Papais foram usurpados?! O presidente Gabriel Garcia Moreno o fez, corajosamente!

Quando Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu para a Madre Mariana de Jesus Torres em Quito no final do século XVI, ela condenou a república ou avisou que deveria restaurar a Monarquia do Equador quando Gabriel Garcia Moreno aparecesse? Ou "simplesmente informou" que iria surgir um Presidente CATÓLICO para realizar o que muitos reis não tem a mesma Catolicidade e portanto a Coragem para fazer!?
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PUBLICAÇÃO DA AUTOBIOGRAFIA DE DOM MARCEL LEFEBVRE

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"A PEQUENA HISTÓRIA DA MINHA LONGA HISTÓRIA" EM PDF:

https://monsenhorlefebvre.wordpress.com/2010/12/28/a-pequena-historia-da-minha-longa-historia/
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MONARQUIA OU REPÚBLICA? CATÓLICA!

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GABRIEL GARCIA MORENO: UM PRESIDENTE EUCARÍSTICO

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O homem inflexível diante dos tiranos, dobrava os joelhos diante de Deus com a simplicidade de uma criança. Havia passado seus primeiros anos, na mais terna devoção, com a ideia de consagrar-se ao serviço do Altar. Durante as férias que costumava passar em Monte Cristo, na casa de seu irmão, pároco (curador de almas) desta cidade, não era visto mais que na Igreja, rezando com fervor. O restante do tempo ele passava em seu quarto entre os livros. Se as primeiras tempestades da vida pública detiveram um pouco seus arranques até Deus, temos visto como se voltou para o Bom Deus com as provações do desterro. Desde então não cessou de avançar na vida espiritual.

Um professor alemão da Escola Politécnica, que durante os longos anos que passou em Quito, teve a oportunidade de tratar com intimidade o devoto presidente, e até de visitar-lhe em sua fazenda, onde costumava ir de vez em quando para tirar um dia de descanso, não podia reprimir sua admiração ao recordar estas virtudes. “Sempre estava me edificando, escreve, pela sua bondade e amabilidade encantadora, que sem dificuldade era grande, e sobretudo, por sua profunda piedade. Pela manhã, na hora da Missa, ele ia a sua capela, ele mesmo preparava os ornamentos e ajudava na Santa Missa na presença dos seus familiares e dos habitantes do lugar. Se hes tivessem visto com sua elevada estatura, suas feições pronunciadas, seus cabelos brancos e sua postura militar; se tivessem tido a oportunidade de ler como nós, naquela fisionomia o Temor de Deus, a Fé Viva, a Esperança Firme e a Caridade Ardente que seu coração estava cheio, entenderias o respeito que a todos davam na presença deste homem do Senhor”.

Exigindo-se em um jubileu, a assistência em três procissões para ganhar a indulgência, fez-se presente mesmo que em atenção as suas muitas ocupações podia legitimamente solicitar uma substituição destas obras: — “Livrai-me Deus! contestou; eu sou um cristão como qualquer outro.” Participou, pois, das três procissões com a sua esposa e seu filho, com a cabeça descoberta, e sem guarda-sol, apesar da quentura de um dia ensolarado. Deu mais ou menos a mesma resposta, ao superior de uma ordem religiosa, que para evitar que o presidente caminhasse todas as semanas por quinze minutos, ofereceu-lhe enviar o seu confessor. “Meu padre – contestou - é o pecador que tem que procurar o juiz, e não o juiz que deve andar procurando o pecador.”

Sua piedade, cume da sua confiança e amor, levava-lhe a todas as devoções autorizadas pela Igreja, e em primeiro lugar, ao Santíssimo Sacramento, privilégio do seu culto. Fazia-lhe frequentes visitas, permanecendo prostrado diante do altar, com um sentimento de profunda adoração. Era sua alegria poder comungar todos os domingos, e ainda durante a semana, se houvesse alguma festividade litúrgica. Quando o santo viático era levado para um enfermo, o presidente tinha muita honra em escoltar o seu Santo Deus com uma vela nas mãos, no meio do seu povo. Nas procissões de Corpus Christi, via-se o Chefe de Estado com seu belo uniforme de Major-General com todas as suas condecorações, tomar a bandeira e preceder o palio, como um servo que vai anunciando o seu Mestre. Os demais oficiais cediam uns aos outros as varas do palio, ou buscavam alguma sombra nas paredes, mas o presidente mantinha-se firme durante a procissão, no meio da rua, ignorando o sol para não afastar-se do Santíssimo Sacramento. Suplicaram-lhe um dia que se cobrisse para evitar uma insolação, porém imediatamente protestou, dizendo que não iria cobrir a cabeça diante de seu Deus.

Quando ele rezava nas igrejas, era visto tão absorvido na oração, que às vezes falava em voz alta, sem reparar nele mesmo. Mais de uma vez o ouviram exclamar: “Senhor, salva o Equador!”. O segredo da sua vida de estadista foi, como havia se comprometido: “Conservar-se sempre na presença de Deus”. Várias pessoas que entraram em seu escritório contam que algumas vezes o encontraram ajoelhado diante de um crucifixo. Era conhecida a sua devoção a Cruz. Ao ser surpreendido, levantava-se sorrindo, um pouco encabulado, pedia desculpas por não ter percebido a presença do visitante ou do empregado.

Quando encontrava-se diante de um sacerdote, sua humildade tomava a forma de reverência. Numa certa ocasião, um padre capuchinho, que estava de passagem por Quito, foi visitar-lhe; ao vê-lo, tirou o chapéu. “Cubra-se, pelo amor de Deus, padre”, lhe disse, enquanto ele descobria a sua cabeça. O padre replicou: “Não posso cobrir-me diante do presidente da República”. Ao que García Moreno contestou: “Padre, o que é um Chefe de Estado diante de um ministro de Deus?”.

Em uma missão, o Padre Luis López o observou ao final da fila dos homens para se confessar, e foi diretamente ao presidente e lhe disse: “Exmo. presidente, sem dúvida a sua excelência tem ocupações urgentes de governo. Eu posso atendê-lo de imediato para a confissão; “Padre López, contestou o Chefe de Estado, tenho que dar exemplo ao meu povo, portanto devo respeitar a vez”. O missionário, edificado e cheio de admiração, voltou para o seu confessionário; enquanto que o Chefe de Estado esperou pacientemente até que chegasse sua vez para a Confissão. No dia seguinte, não pôde Gabriel García Moreno conter as lágrimas de alegria, ao ver uma espessa multidão de homens aproximando-se da Mesa da Comunhão, depois de muitos anos sem fazê-lo, haviam se confessado e preparavam-se para comungar o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eufórico saiu de casa naquela tarde, com o objetivo de presidir a clausura daquela missão.

Mas onde se viu a sua maior CONFIANÇA e AMOR por Nosso Senhor Sacramentado, foi no dia 25 de março de 1874, dia que Consagrou sua Pátria ao Sagrado Coração de Jesus, na Missa da Consagração oficializada pelo Arcebispo de Quito, Monsenhor Ignacio Checa y Barba, depois do Santo Evangelho – no sermão/homilia - subiu ao púlpito o Cônego Rafael Gonzales Calixto e falou do significado da Consagração que se faria dentro de uma hora, após isto, a Santa Missa é retomada, dada a comunhão ao Presidente e a multidão presente.

Terminado o Santo Sacrifício da Missa, o Santíssimo Sacramento foi exposto, e se deu a leitura da fórmula da Consagração redigida pelo padre jesuíta Manuel Proaño, a frente estão Mons. Ignacio Checa y Barba representando o clero e o presidente Gabriel García Moreno representando o Estado, ambos recitam o texto, e o povo repete as palavras daquela oração histórica que começa assim: "Senhor, este é o seu povo. Sempre meu Jesus, ele te reconhecerá por seu Deus". Para tal ato, Gabriel García Moreno mandou pintar um quadro do Coração de Jesus de meio corpo, com olhar suplicante ao seu Pai Celeste, com os raios de Seu Coração iluminando o mundo especialmente o Equador que foi consagrado. Este quadro foi uma obra do pintor Rafael Salas que o pintou em Roma e teve a benção do Papa Pio IX, foi utilizado na Consagração do Equador ao Sagrado Coração de Jesus no dia 25 de março de 1874, sendo o primeiro país do mundo a fazê-la.

No dia 6 de agosto de 1875 - dia da Transfiguração do Senhor - às seis da manhã, como de costume o presidente se dirigiu para a igreja de São Domingos para assistir a Santa Missa. Era a primeira sexta-feira do mês, especialmente dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Como outros muitos fiéis, o presidente aproximou-se da Sagrada Mesa da Comunhão, e recebeu a Santa Eucaristia, sem dúvida como viático para a sua última viagem; porque depois de tantas ameaças e advertências recebidas de todos os lados, não podia ignorar que se encontrava em perigo de morte. Sem dúvida alguma, por isso prolongou a sua ação de graças até as oito da manhã.

Antes de entrar no Palácio de Carondelet, o presidente quis adorar o Santíssimo Sacramento que estava exposto na Catedral. Durante um bom tempo ficou ajoelhado nos ladrilhos da igreja, absorvido no mais profundo recolhimento. Como ao aproximar das trevas, os objetos criados desaparecem e a natureza se repousa em profunda calma, o Bom Deus naquele momento supremo, afastando da alma de seu servo toda a memória dos seres criados, atrasou-lhe docemente o repouso - do presidente - na união celeste.

E a teria prolongado ainda mais, se um homem desconhecido não tivesse se aproximado e avisado-lhe que o estavam esperando para um negócio muito urgente. O Presidente levantou-se imediatamente, saiu, subiu as escadas do Palácio, e já avançava até a porta, quando um homem de apelido “Rayo” que o vinha seguindo, sacou debaixo da sua capa um facão, golpeando-lhe pelas costas. Rayo e o seu grupo de assassinos mercenários atacaram-no, ferindo-lhe de morte com 14 golpes de facão e 6 tiros de armas de fogo. Em todo este transe, o presidente Gabriel Garcia Moreno pôde dizer a sua última frase como testemunho da Fé Católica: "DIOS NO MUERE" (DEUS NÃO MORRE).

Imediatamente foi levado para a Catedral de Quito diante do altar de Nossa Senhora das Dores, poucos minutos depois de receber os Santos Sacramentos, falece, cumprindo-se assim seu desejo que manifestou ao Papa Pio IX em uma carta: “Agora que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, vomitam contra mim toda espécie de injúrias atrozes e calúnias horríveis, procurando furtivamente os meios para me assassinar, necessito mais do que nunca da proteção Divina para viver e morrer em defesa de nossa Santa Religião e desta pequena República … Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de Nosso Divino Redentor, e que felicidade tão imensa para mim, se vossa bênção me alcançar do céu para derramar meu sangue por Aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu Santíssimo Sangue na Cruz por nós!”.

Assim foi que Gabriel Garcia Moreno entregou a sua vida, tornando-se mártir do Sagrado Coração de Jesus e em modelo para outros cristãos. Poucos conhecem a história deste político Católico. Gabriel García Moreno soube simplesmente acolher o Evangelho na sua vida, e pela sua Fé serviu a sua Pátria. Sua morte se converteu em um testemunho de fidelidade à Nosso Senhor Jesus Cristo e da Sua Santa Igreja, e um exemplo para que outros homens e mulheres, dispostos a servir generosamente seu povo como políticos Católicos, estejam preparados para a graça suprema do martírio.

CRÉDITOS:
Carlos Guerrero (historiador Garciano)
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O TALMUDISMO-CABALISTA, A MAÇONARIA E O PROTESTANTISMO

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O protestantismo veio-nos da Alemanha e sobretudo de Genebra. Ele foi bem denominado. Era impossível qualificar a Reforma de Lutero com uma palavra diferente de protesto, porque ela é protesto contra a civilização cristã, protesto contra a Igreja que fundara essa civilização, protesto contra Deus, do qual essa civilização emanava. O protestantismo de Lutero é o eco sobre a terra do “non serviam” de lúcifer. Ele proclama a liberdade, a dos rebeldes, a de Satã: o liberalismo. Ele diz aos reis e aos príncipes: “Empregai vosso poder para sustentar e para fazer triunfar minha revolta contra a Igreja e eu vos entrego toda a autoridade religiosa”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo IV, pág. 42)

No número de 29 de agosto de 1902, o Gaulois reproduziu um artigo do Opinion Nationale que remonta ao mês de julho de 1866. Aplaudia-se aí o triunfo da Prússia em Sadowa e dizia-se: “Somos pelo enfraquecimento da Áustria, porque a Áustria é uma potência católica que deve ser suplantada pela Prússia, baluarte do protestantismo no centro da Europa. Ora, a missão da Prússia é protestantizar a Europa, como a missão da Itália é destruir o pontificado romano. Eis as duas razões pelas quais nós somos simultaneamente a favor do engrandecimento da Prússia e do engrandecimento da Itália”. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLII, pág. 334-335)

A primeira obra foi dissolver a Cristandade, quebrar a unidade católica. Foi cumprida no século XVI, com as heresias e os cismas. A segunda, a que agora está terminando, foi subordinar as nações católicas às nações protestantes. Para isso houve acordo, mais ou menos aberto, entre a Inglaterra e a seita. No século XVIII a Inglaterra semeou as lojas em todos os pontos da Europa. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIII, pág. 345)

Fazer de todos os Estados do antigo e do novo mundo departamentos de uma só e mesma república, sujeitar todos os povos ao governo de uma Convenção única, não é senão um aspecto do plano traçado pelo Poder Oculto que dirige a seita judaico-maçônica e através dela o movimento revolucionário. O plano inteiro foi exposto em 1861, nos Arquivos Israelitas com um estilete que grava todos os caracteres no espírito. “Assim como Jesus substituiu a autoridade dos deuses estabelecidos pela Sua e encontrou sua mais alta manifestação no seio de Roma, assim um messianismo dos novos dias deve eclodir e se desenvolver; assim uma Jerusalém da nova ordem, santamente assentada entre o Oriente e o Ocidente deve substituir a dupla cidade dos Césares e dos Papas”. A Jerusalém que deve substituir a cidade dos Césares é, vimos nos capítulos precedentes, a república universal. A Jerusalém da nova ordem que deve substituir a cidade dos Papas é o messianismo dos novos dias que vamos estudar agora. Essas são as duas naves do Templo que o Poder Oculto construiu através da ação combinada dos judeus e dos maçons com o concurso dos protestantes, que absolutamente não vêem que seu ódio contra Roma os empurra para a sua própria ruína. Internacionalistas, democratas e modernistas trabalham mais ou menos conscientemente para a mesma obra. (A Conjuração Anticristã, Capítulo XLIV, pág. 353)

Todo o espírito da Maçonaria é o mesmo do judaísmo, em suas crenças mais elementares, suas idéias, sua linguagem e principalmente em sua organização. A esperança que ilumina e suporta a Maçonaria é a mesma que ilumina e suporta Israel. Seu remate será esta maravilhosa casa de pregaria, da qual Jerusalém será o centro triunfante e símbolo. (“La Verite Israelite”, periódico judaico, de 1861, pg. 64)

É certo de que havia judeus na origem da Maçonaria. Certos ritos provam que eram judeus cabalísticos. (Bernard Lazare em “L’Antisemitisme”)
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SÃO SIMÃO DE TRENTO, O SANTO PROIBIDO DESDE O FINAL DO CONCÍLIO LIBERAL VATICANO II

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SÃO SIMÃO DE TRENTO (1472-1475)

Em 1475 na cidade de Trento, norte da Itália, na quinta-feira Santa, uma criança de pouco mais de dois anos desapareceu, causando preocupação e muita aflição nãos só aos pais do garoto como em toda comunidade tridentina.

Filho do casal Andre e Maria, Simão, nasceu aos 26 de novembro de 1472, família pobre viviam em um lugarejo próximo a Trento. Dias antes do desaparecimento do pequeno Simão, o Beato Bernardo da Feltre, franciscano itinerante, ao passar pelo local, previu um acontecimento que causaria muita dor na cidade.

Na noite de quinta-feira Santa, o menino Simão desapareceu. Sequestrado da porta da casa de seus pais e localizado na sexta-feira Santa de baixo da sinagoga local.

Logo identificaram s algozes do pequeno Simão, cerca de 15 jvdevs liderados por um de nome Samuel. Os malfeitores levaram a criança, a qual diziam que semelhava a um anjo devido a sua beleza e doçura, a sinagoga, amordaçada iniciaram o martírio da pequeno, cortando-lhe e arrancando pedaços de sua face e logo em seguida todos os presentes tirou pedaços do corpo de Simão, colhendo o seu sangue, tudo feito com ele vivo.

Não satisfeitos com a crueldade cometida, o líder, colocou Simão de pé, e mandando que um dos presentes mantivesse os braços do pequeno aberto, como o de Nosso Senhor na cruz, bradando "Como nossos pais trataram o CRISTO! Assim perece todos os inimigos!"pediu aos demais que furassem o corpo de pequeno Simão com agulhas ou com qualquer objeto disponível, o martírio durou pouco mais de uma hora, tendo ainda desferidos socos contra a pequena criança.

Terminando a tortura, os jvdevs pegaram o corpo do pequeno Simão e o colocaram em barris de vinho, imaginando que encobririam o seu diabólico crime.

Como todos vinham o sofrimento dos pais de Simão, saíram em busca da criança e ao ser delatado por crianças que viram jvdevs levarem Simão, o líder da sinagoga jugou o barril no rio que passava por baixo do local, e o próprio denunciou aos magistrados que viu algo que semelhava um corpo, preso por baixo da sinagoga.

Resgatando o corpo, pode ver a crueldade a que o pequeno foi submetido, tamanha a maldade testemunhada pelos ferimentos encontrados.

Presos, 17 jvdevs confessaram o sequestro, tortura e homicídio de Simão, dizendo que o motivo da horrenda morte seria para utilizar o sangue do pequeno na cozedura das suas matzas da páscoa judaica, 15 condenados a morte, entre eles Samuel o líder da comunidade e principal articulador da morte.

Em 1588 foi incluído no Martirológico Romano, com reconhecimento do Papa Sixto IV, citado pelo Papa Bento XIV no Livro I Capítulo XIV nº 4 no trabalho de canonização de santos e também na Bula Beatus Andreas de 22 de fevereiro de 1755, confirmando Simão como Santo. O Papa Gregório XIII reconheceu como mártir do ódio judeu contra o cristianismo, conforme também Clemente XIV.

Em 1965, para agradar os jvdevs, o então Papa Paulo VI, suprimiu o culto de São Simão, seu relicário foi escondido e removido o culto do calendário. A história do Santo Simão de Trento passou a ser vista pelos pós-conciliares como lendas urbanas E anti-semitas.

A Capela que outrora foi dedicada a honra do pequeno santo, fora vendida e seria transformada em sinagoga. A Capela era contígua a casa de Samuel o líder da comunidade judaica e do grupo que o martirizou.

Em 2007 o professor e historiador Ariel Toaff, filho do ex-rabino de Roma Elio Toaff, publicou um livro intitulado Páscoa de Sangue (Pasque di Sangue), onde testifica que jvdevs sacrificavam crianças para usar seu sangue em pães ázimos para a páscoa judaica, utilizando como exemplo o caso de São Simão deTrento.

O professor Ariel, após a publicação de seu livro teria sido ameaçado de demissão da universidade, de sofrer sanções legais, desacreditado e dizem que até ameaças de mortes teriam sofridos. Dois meses após a publicação do livro, todas as edições e traduções foram retiradas.

Após o bairro judeu ter sido bloqueado, nos primeiros dias do bloqueio, alguém conseguiu contrabandear uma carta do bairro judeu para a liderança judaica em Constantinopla. Não foi até 27 de março que os líderes da comunidade judaica na capital otomana a encaminharam para a família Rothschild , juntamente com um pedido semelhante de ajuda dos judeus de Damasco. Para esses documentos, os líderes judeus anexaram sua própria declaração em que lançam dúvidas sobre sua capacidade de influenciar o sultão. Uma intervenção por parte dos Rothschilds deu o fruto mais rápido na Áustria. O chefe do banco da família Rothschild em Viena , Salomon Mayer von Rothschild , desempenhou o papel fundamental na obtenção de financiamento para o Império Austríaco, e ele tinha uma relação muito próxima com o chanceler austríaco von Metternich . Em 10 de abril, Metternich enviou instruções sobre os assuntos de Damasco (relatos de que os judeus de Damasco confessaram ter assassinado o padre Thomas reforçaram a crença da comunidade cristã na acusação de assassinato ritual em Damasco) e Rhodes (o caso de São Simão de Trento) a Bartholomäus von Stürmer , embaixador em Constantinopla, e Anton von Laurin , cônsul em Alexandria.. Em seu despacho, Metternich escreveu: "A acusação de que cristãos são deliberadamente assassinados por algum festival de Páscoa sedento de sangue é por natureza absurda ..." Sobre o caso de Rhodes, o chanceler instruiu von Stürmer "a dar uma gorjeta - suborno - ao regime turco, então que eles instruam o paxá de Rodes de acordo e que você deixe o [nosso] vice-cônsul em Rodes saber que, em tais casos, ele deve trabalhar no espírito de mediação sensata ". Von Stürmer, respondeu: "Não houve perseguições contra a população judaica, pelo menos não pelas autoridades".

"Seguindo a política da Casa dos Rothschilds em outros países, onde obteve privilégios para os judeus em troca de empréstimos - em Roma, a abolição do gueto, e em Inglaterra, emancipação judaica - Salomão Rothschild obteve das concessões de Mettemich aos judeus na legislação. Foi ele quem influenciou o chanceler a tomar uma posição favorável em o caso de acusação de sangue em Damasco de 1840. "

RESUMO:

Em 1840 em Rhodes, na véspera de Purim, um pequeno menino grego estava perdido; ele tinha sido visto entrando em uma casa no bairro judeu; depois disso ele nunca mais foi visto. É interessante notar que o tempo de Este evento foi o mesmo que no famoso caso de Damasco, que ver. Yusuf Pasha, governador do a ilha, tomou depoimentos de testemunhas e enviou a Constantinopla para instruções sobre o que fazer a seguir. Enquanto isso, "por instigação do clero grego e dos cônsules europeus" (admite a Enciclopédia Judaica, 1905, Vol. X, p. 401) o bairro judeu foi bloqueado e os principais judeus presos. O cônsul austríaco, no entanto, apoiou os judeus, estando a Áustria necessidade de empréstimos dos Rothschilds. Mas "devido aos esforços do Conde Camondo, Cremieux e Montefiore "(para citar novamente a partir da Enciclopédia Judaica)" um bombeiro foi obtido a partir do Sultão que declarou todas as acusações de assassinato ritual nulo e sem efeito. "Os judeus foram libertados! Agora Camondo, Cremieux e Montefiore eram todos ricos.

O CASO DE DAMASCO (1840)

Este caso, agora quase completamente esquecido pela democracia, convulsionou a Europa por um tempo considerável devido à agitação induzida pelo "Poder do Dinheiro Judaico" que não deixou pedra sobre pedra para deturpar e difamar os indivíduos responsáveis ​​por levar os judeus à justiça. Achille Laurent, membro da Societe Orientale, reuniu todos os detalhes do julgamento dos culpados como relatado em jornais árabes na época, e ele publicou todos os fatos no caso do Relato histórico dos assuntos sírios (1840- 1842), que foi produzido na França como o "Livro Amarelo" em dois volumes, no ano de 1846. O Festival Judaico de Purim realizado no dia 15 de fevereiro de 1840. O Padre Thomas, um monge católico desapareceu em Damasco no dia 5 de fevereiro. Seu servo foi procurá-lo e desapareceu também.

OUTRO CASO (1823)

Em Velisch (Rússia), no domingo de Páscoa, um menino de 2 anos e dois desapareceu. Seu corpo foi encontrado em um pântano uma semana depois; havia feridas perfuradas por todo o corpo e a pele estava escarificado. Havia feridas de circuncisão; os pés estavam ensanguentados e um curativo fora amarrado em torno das pernas. O corpo tinha sido despido, lavado e novamente vestido. Nenhum sangue foi encontrado perto do corpo, que foi drenado de sangue. Os médicos deram provas no juramento de que a criança havia sido torturada até a morte. Alguns anos mais tarde, cinco judeus foram presos juntamente com três mulheres russas que haviam se tornado judias; estas três mulheres confessaram que tinham feito, uma semana antes da Páscoa em 1823, bebido por uma judia que mantinha uma estalagem e que este havia subornado um deles para conseguir um menino. Uma dessas judias convertidas descreveu como o menino havia sido circuncidado pela força Judeus e rolou em um barril até que sua pele foi toda raspada. O menino foi levado para a escola onde um número de judeus foram reunidos, colocados em um cocho, e todos os presentes tinham feito golpes com um prego no seu lado e templos. Quando o menino morreu sob essa tortura, seu corpo estava levado para um bosque por duas das judias convertidas; e a terceira mulher pegou uma garrafa do sangue do menino para o estalajadeiro judeu supracitado. No dia seguinte, a esposa do rabino levou os três as mulheres novamente para a escola onde os judeus estavam reunidos; garrafas foram preenchidas a partir do cocho por meio de um funil, e o rabino mergulhou um prego no sangue e caiu um pouco sobre um número de pedaços de pano, um pedaço do qual foi dado a todos os presentes O caso foi para o Conselho Imperial em São Petersburgo, todos os tribunais inferiores que trataram do caso tendo encontrado os judeus culpados. O Conselho Imperial reverteu o veredicto e, em 18 de janeiro de 1835, os três Mulheres russas convertidas judeus foram enviadas para a Sibéria, enquanto todos os judeus foram absolvidos do crime! Autoridades: Gravado na Enciclopédia Judaica, 1903, vol. III, p. 267; descrito em DerStilrmer, maio de 1934.

Lembre-se que, embora outros meninos martirizados, vítimas do Assassinato Ritual Judaico, tenham sido considerado em muitos lugares como santos sem autoridade papal, não há registro de desaprovação papal de esses cultos, exceto no caso de Sixto IV, já mencionado, cuja ação era puramente disciplinar e que ele próprio aprovou especificamente a conduta do Caso de Assassinato Ritual ao qual o assunto referido. Esses "santos" ou mártires localmente beatificados eram São Guilherme de Norwich (1144), São Ricardo de Pontoise (1179), São Hugh de Lincoln (1255), São Werner de Oberwesel (1286) e São Rudolph de Berna (1287). Em todos os casos, é bastante óbvio que o culto teve a aprovação completa, pelo menos, do culto episcopal. autoridades sobre os locais mencionados.

O QUE DISSERAM OS PAPAS:

O Papa Sisto IV aprovado na sua Bula XII Kal. Julho de 1478, da conduta do Bispo que lidou com o os judeus no caso de São Simão em Trento. Os judeus se esforçaram para encontrar Sisto IV ao seu lado salientando que ele havia suspendido o culto de São Simão de Trento; isso foi feito por Sisto IV apenas como um medida disciplinar, pois Simão ainda não havia sido beatificado pela autoridade papal, mas estava sendo centro de um culto local.

Gregório XIII reconheceu Simon como um mártir e ele visitou o santuário.

Sisto V ratificou o culto de São Simão em 1588, permitindo a celebração da missa em seu nome. Isto é confirmado como um fato por Bento XIV.

O próprio Bento XIV, em um touro Beatus Andreas (1778, Veneza, IV, p. 101 e segs.), Beatificou ambos Simão e Andreas, dois meninos assassinados pelos judeus "em ódio à fé de Jesus Cristo"; "os judeus," ele disse, "usou todos os meios para escapar da justa punição que eles mereceram e para escapar do justo ira dos cristãos ".

Quão significante dos métodos dos defensores do judeu, notar que no livro de Strack, não mencionar o que quer que seja feito da Bula de Bento XIV, embora as ações de Sisto IV sejam voluntariamente mal interpretado!

Pio VII, 24 de novembro de 1805, confirmou um decreto da Congregação dos Ritos de 31 de Agosto de acordo com a Igreja de Saragoça o direito de homenagear Dominiculus, morto pelos judeus em ódio da fé de Jesus Cristo (ver p. 17). Ele também autorizou para a igreja em Toledo o mesmo privilégio em relação a São Cristóvão, o menino crucificado pelos judeus perto daquele lugar em 1490 (ver p. 20).

Em 1867, a Congregação dos Ritos autorizou o culto de Lorenzino, em Vicenza, Pádua, ritualmente assassinado por judeus.

Gregório XVI, também, deu seu apoio aos acusadores anti-judaicos quando honrou Gougenot des Mousseaux fazendo dele um Chevalier da Ordem de São Gregório Magno, em recompensa por escrever seu livro Le Juif le Judaisme et la Judaisation des Peuples Chretiens, no qual Gougenot des Mousseaux dedicou um capítulo cobrando dos judeus o assassinato ritual dos cristãos por causa de seus sangue.

Pio IX recusou-se a ver o judeu Montefiore quando este retornava de suas visitas ao Egito e para Constantinopla, onde ele havia subornado o quediva e o sultão para que os judeus em Damasco poderia escapar das conseqüências de sua culpa do Assassinato Ritual do Padre Thomas e seu servo; isso, apesar de uma persistência judaica sem vergonha que foi totalmente descrita em Sir Moses Biografia de Montefiore. Isso mostrou o que Pio IX pensou sobre isso, e ele mesmo era judeu sangue.

Leão XIII concedeu distinções sobre Edouard Drumont, autor de La France Juive, que acusou os judeus do Ritual Murder. (Enciclopédia Judaica, 1905, vol. X, p. 127)

“Em Trento, dia de S. Siméão menino, o qual foi morto pelos judeos com grande crueldade, e depois resplandeceo com muitos milagres.” (Martirológio Romano)

Fonte:

http://espelhodejustica.blogspot.com/2014/08/sao-simao-de-trento-martir.html

https://archive.org/stream/JewishRitualMurder/JewishRitualMurderJr_djvu.txt
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O PAPA SÃO PIO X CONTRA O SIONISMO

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NON POSSUMUS

Em 26 de janeiro de 1904, Theodor Herzl foi recebido em audiência pelo Papa São Pio X no Vaticano, a fim de procurar apoio para a causa sionista de estabelecer um estado judaico na Palestina. Ele anotou seu relato do encontro em seu diário. Fonte: Raphael Patai,The Complete Diaries of Theodor Herzl, traduzido por Harry Zohn (New York/London: Herzl Press, Thomas Yoseloff, 1960), 1601-1605.  Tradução para português de Fratres in Unum, “Lippay” a quem se refere é o Conde Berthold Dominik Lippay, um retratista papal austríaco, a quem Herzl encontrou em Veneza e que organizou a audiência com o Papa.

Ontem estive com o Papa. O itinerário já era familiar, já que eu o havia repassado com Lippay várias vezes.

Passadas a guarda suíça, que pareciam clérigos, e clérigos que pareciam guardas, os secretários e a corte papal.

Cheguei 10 minutos mais cedo e sequer tive que esperar.

Fui conduzido por numerosas salas até o Papa.

Ele me recebeu de pé, estendendo sua mão, a qual não beijei.

Lippay dissera-me que o fizesse, mas não o fiz.

Creio desagradei ao Papa por isso, pois todos que o visitam se ajoelham e ao menos beijam sua mão.

Esse beijo causou-me muita preocupação. Alegrei-me quando, finalmente, ficou para trás no caminho.

Ele se sentou em uma poltrona, um trono para ocasiões menores. E depois, convidou-me a sentar próximo a ele, sorrindo em amigável antecipação.

Comecei:

“Ringrazio Vostra Santità per il favore di m’aver accordato quest’udienza” [Agradeço a Vossa Santidade pela delicadeza de me haver concedido esta audiência]”.

“È un piacere [É um prazer],” disse ele com uma gentil desaprovação.

Pedi desculpas por meu pobre italiano, porém, ele afirmou:

“No, parla molto bene, signor Commendatore [Não, comendador, falas muito bem]”.

Pois eu havia colocado pela primeira vez – a conselho de Lippay – minha fita da Ordem de Medjidié, consequentemente, o Papa sempre se dirigia a mim como Comendador.

Ele é um grosseiro bom padre de aldeia, a quem o cristianismo permanece algo vivo mesmo no Vaticano.

Coloquei brevemente meu pedido a ele. No entanto, possivelmente contrariado com minha recusa de lhe beijar a mão, respondeu rígida e resolutamente:

“Noi non possiamo favorire questo movimento. Non potremo impedire gli Ebrei di andare a Gerusalemme—ma favorire non possiamo mai. La terra di Gerusalemme se non era sempre santa, è santificata per la vita di Jesu Christo (ele não pronuncia Gesu, mas Yesu, com sotaque veneziano). Io come capo della chiesa non posso dirle altra cosa. Gli Ebrei non hanno riconosciuto nostro Signore, perciò non possiamo riconoscere il popolo ebreo [Nós não podemos aprovar este movimento. Não podemos impedir os judeus de irem a Jerusalém – mas nunca poderemos favorecê-lo. A terra de Jerusalém, se não foi sempre santa, foi santificada pela vida de Jesus Cristo. Eu, como chefe da Igreja, não posso dizer outra coisa. Os judeus não reconheceram Nosso Senhor, por isso não podemos reconhecer o povo judeu].

Logo, o conflito entre Roma, representada por ele, e Jerusalém, representada por mim, estava novamente aberto.

No início, de fato, tentei ser conciliador. Recitei minha pequena nota sobre a extraterritorialização, res sacrae extra commercium [os lugares santos fora de negócio]. Não fez mais que uma impressão. Gerusalemme, disse ele, não deve cair nas mãos dos judeus.

“E o estado atual, Santo Padre?”

“Eu sei, não agrada ver os turcos na posse dos Lugares Santos. Nós simplesmente temos que nos conformar com isso. Mas apoiar os judeus na conquista dos Lugares Santos, isso não podemos”.

Disse que nosso ponto de partida fora somente o sofrimento os judeus e que desejávamos evitar as questões religiosas.

“Sim, mas nós, e eu, como chefe da Igreja, não podemos fazer isso. Há duas possibilidades. Ou os judeus se agarrarão a sua fé e continuarão a esperar o Messias que, para nós, já chegou. Neste caso, eles estarão negando a divindade de Jesus e nós não podemos ajudá-los. Ou eles irão para lá sem qualquer religião e, então, muito menos ainda poderemos favorecê-los.

“A religião judaica foi o fundamento da nossa; mas ela foi substituída pelos ensinamentos de Cristo e nós não podemos lhe conceder qualquer validade. Os judeus, que deveriam ter sido os primeiros a reconhecer Jesus Cristo, não o fizeram até hoje”.

Estava na ponta da minha língua para dizer, “É o que acontece em toda família. Ninguém acredita em seus próprios parentes”, mas, pelo contrário, disse: “O terror e a perseguição podem não ter sido os melhores maios para esclarecer os judeus”.

Mas ele respondeu, e dessa vez ele foi grandioso em sua simplicidade:

“Nosso Senhor veio sem poder. Era povero [era pobre]. Veio in pace [em paz]. Ele não perseguiu ninguém, antes, foi perseguido.

Ele foi abbandonato [abandonado] até por seus apóstolos. Somente depois ele cresceu em estatura. Foram três séculos para a Igreja desabrochar. Os judeus, portanto, tiveram tempo para reconhecer sua divindade sem qualquer pressão. Mas eles não o fizeram até hoje”.

“Mas, Santo Padre, os judeus estão em terríveis apuros. Não sei se Vossa Santidade tem ciência de toda a extensão dessa triste situação. Precisamos de uma terra para essas pessoas perseguidas”.

“E tem que ser Gerusalemme?”

“Não estamos pedindo por Jerusalém, mas pela Palestina – apenas a terra secular”.

“Não podemos ser favoráveis a isso”.

“Vossa Santidade conhece a situação dos judeus?”

“Sim, da minha época em Mântua. Há judeus vivendo lá. E eu sempre tive boas relações com judeus. Há apenas algumas noites dois judeus estavam aqui para me visitar. No fim das contas, há outros vínculos além dos da religião: cortesia e filantropia. Isso nós não negamos aos judeus. De fato, nós também rezamos por eles: que suas mentes sejam esclarecidas. Hoje mesmo a Igreja está celebrando a festa de um incrédulo que, a caminho de Damasco, converteu-se miraculosamente à verdadeira fé. Então, se fores a Jerusalém e estabeleceres teu povo ali, teremos igrejas e padres prontos para batizar todos vós”.
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GABRIEL GARCIA MORENO: O MAIS CATÓLICO DOS PRESIDENTES

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21 de novembro de 1852. Debaixo de uma enorme tempestade, uma cena trágica está se passando na cidade de Quito, capital do Equador. O ditador Urbina havia assinado um decreto iníquo, expulsando todos os jesuítas do país. Uma grande multidão, indiferente à chuva, se reuniu em frente do convento para assistir à saída dos religiosos que partem para o exílio. Bem junto à porta, um jovem com uma perna ferida e necessitando usar muletas, também espera. Ele é amigo do padre superior, e, quando este sai, o jovem lhe diz:

– “Dentro de dez anos os senhores estarão de volta, e então nós cantaremos juntos o “Te Deum” na Catedral”.

Os padres, um a um, vão saindo. O último é um noviço de apenas dezessete anos. Esse não tem obrigação de ir embora, porque o decreto expulsa apenas os padres. Dá-se então uma cena impressionante: a mãe do rapazinho, querendo de todas as formas segurar o seu filho, vem chorando e se deita à sua frente, barrando a saída, e impedindo-o de passar. O rapaz hesita, e pensa em desistir. Nesse instante, a voz autoritária e decidida do moço de muletas se faz ouvir:

 – “Firme, Manoelito! Firme!”

Estimulado por este brado, Manoelito cria ânimo, pula por sobre o corpo de sua mãe, e segue com os outros para o exílio e para a glória.

A multidão se dispersa aos poucos, debaixo da chuva. O último é o moço de muletas, que se deteve para uma breve oração, e depois se afasta lento e pensativo. O jovem Gabriel García Moreno fazia planos para o porvir.

Um mês depois da expulsão dos jesuítas, García Moreno fundou um jornal (“La Nación”) com a finalidade de combater os crimes do governo. O ditador lhe mandou dizer que se ele publicasse o segundo número seria expulso do país. Ele respondeu:

– “Eu tinha numerosos motivos para publicar o meu jornal. Agora tenho mais um: o não desonrar-me cedendo às suas ameaças”.

Ele publicou o segundo número e foi expulso do Equador, seguindo depois de algum tempo para Paris. Na capital da França, influenciado pelo ambiente mundano, ele foi pouco a pouco perdendo o ânimo e a vontade de lutar. Foi então que se deu um fato providencial, que lhe abriu os olhos para o perigo que estava correndo, e lhe ajudou a melhorar.

“HÁ QUANTO TEMPO VOCÊ NÃO SE CONFESSA?”

Certo dia em que um grupo de estudantes atacava a religião católica, García Moreno pôs-se a defendê-la com ardor. Um dos rapazes lhe objetou:

– “Você falou bem, mas eu acho que não pratica o que fala. Há quanto tempo você não se confessa?”

 Desconcertado por um instante, García Moreno respondeu:

 – “Esse argumento vos parece bom hoje, mas eu lhe dou a minha palavra que amanhã não valerá mais.”

Deixando o local, fez uma longa meditação e depois foi diretamente se confessar. No dia seguinte recebia a comunhão. Retornou então a seus atos de piedade para nunca mais deixá-los. Comungava quase todos os dias, e rezava diariamente o terço, devoção que sua mãe lhe havia ensinado.

DE VOLTA AO EQUADOR

Em 1856 o ditador Urbina deixou o poder e García Moreno pôde voltar ao Equador. Imediatamente fundou um novo jornal (“La Unión Nacional”), para combater o novo governo, que também não apoiava a Igreja. Em 1857 é eleito senador, e apresenta projeto de lei proibindo a maçonaria no país, alegando que esta era uma seita condenada pela Igreja, e que portanto não poderia ser admitida num país católico como o Equador. Por causa dessas atitudes recebeu várias ameaças de assassinato, que só não se cumpriram porque o povo o rodeava e protegia em qualquer lugar que estivesse.

Em 1859 uma revolução depõe o governo, e García Moreno assumia a chefia do governo provisório. Em 1861 é eleito regularmente presidente da República, e seu primeiro ato é chamar de novo os padres jesuítas. O exílio havia durado exatamente dez anos.

OS FRUTOS DO GOVERNO CATÓLICO

“Ditoso é o povo cujo senhor é Deus”, diz a Sagrada Escritura. E ditoso foi o Equador enquanto foi governado por esse presidente que em tudo era fiel e submisso a Deus.

O primeiro período da presidência de García Moreno foi de 1861 a 1865. Deixando o poder então, pois a lei não permitia a reeleição, foi novamente eleito em 1870, pela maioria absoluta e triunfal. Os historiadores são unânimes em afirmar que nunca o Equador teve tanto desenvolvimento e progresso. Abriram-se estradas de ferro e de rodagem por todo o país; fundaram-se escolas em todas as aldeias; as populações indígenas foram protegidas e receberam educação; construíram-se hospitais; abriram-se colégios e universidades. Os roubos e os abusos administrativos foram combatidos de forma radical e inexorável.

A CONSAGRAÇÃO

Mas García Moreno sabia que só existe verdadeiro progresso onde há verdadeira moral, e só há verdadeira moral onde se pratica a verdadeira religião. Por isso, mandou pedir aos redentoristas espanhóis que viessem – com todas as despesas pagas pelo governo – pregar uma grande missão em todo o Equador. E ao mesmo tempo, por sugestão do padre Manoel Proaño (o “Manoelito”, que anos antes ele havia estimulado para Deus e para a fé), mandou pedir aos bispos do Equador que consagrassem o país inteiro ao Sacratíssimo Coração de Jesus. Os bispos, aproveitando a ocasião de um concílio provincial, fizeram a consagração. Imediatamente o Congresso, por unanimidade a transformou em lei, que García Moreno solenemente assinou. A 18 de outubro de 1873, o Diário Oficial publicou a lei em sua primeira página, impressa não com tinta comum, mas com letras de ouro. E no dia 25 de março de 1874, em todas as igrejas do Equador, o clero, os governantes e todo o povo recitaram em conjunto a consagração solene, acompanhada pelos toques de sino, e pelas salvas de canhão.

“Este é, Senhor, o vosso povo (…). Nossos inimigos insultam nossa fé, e se riem de nossas esperanças, porque elas estão em Vós (…).

 “Que o Vosso coração seja o farol luminoso de nossa fé, a âncora segura de nossa esperança, o emblema de nossas bandeiras, o escudo impenetrável de nossa fraqueza, a aurora formosa de uma paz imperturbável, o vínculo estreito de uma concórdia santa, a chuva que fecunda nossos campos, o sol que ilumina nossos horizontes, e enfim, a prosperidade e a abundância que necessitamos para levantar templos e altares onde brilhe, com eternos resplendores, Vossa Santa Glória (…)”

E o imponente rugido dos canhões, e o bimbalhar solene dos sinos, e a música festiva das bandas militares anunciavam ao mundo inteiro que aquele pequeno povo não tinha medo de se dizer católico, e diante de um mundo ímpio e ateu, não se envergonhava de levantar bem alto o estandarte da verdadeira fé.

CARREGANDO A CRUZ

Pouco tempo depois os padres redentoristas chegaram ao Equador, e deram início a pregação das missões. Apesar das chuvas torrenciais, as igrejas estavam repletas, com milhares e milhares de fiéis. O próprio presidente, o delegado apostólico, e o arcebispo de Quito não perdiam uma só pregação. A 24 de abril teve lugar a comunhão geral das mulheres. No dia seguinte, milhares de homens invadiram as igrejas para se confessar. García Moreno foi à catedral, e envolto em sua capa, se ajoelhou na fila, atrás do último penitente. O confessor o viu e lhe foi falar: “Excelência, vós deveis ter muitas ocupações. Eu o atenderei antes em confissão.” E García Moreno: “Padre, eu tenho que dar o exemplo a meu povo, eu aguardo a minha vez.”

No dia seguinte, depois da triunfal comunhão dos homens pela manhã, haveria o encerramento da missão à tarde, com a procissão da Santa Cruz. Para tal havia sido preparada uma cruz enorme, que dezenas de homens juntos deveriam carregar.

No sermão de encerramento, o pregador comentou que antigamente reis e governantes “eram crentes e fervorosos, e não se envergonhavam de seu Deus, ainda que fosse um Deus crucificado. Mas (continuava ele) agora não existe mais nem sombra daqueles homens. Em seu lugar, temos reis do baralho, e presidentes da república de papel…”

O padre não pôde continuar falando. O presidente se pôs de pé, e extendendo o seu braço para o pregador, disse em alta voz:

“Padre López, o senhor mente! Eu, presidente dessa república, não me envergonho de Cristo Crucificado. Eu também irei carregar a Cruz!”

O padre, que não queria outra coisa, encerrou logo o sermão, e a procissão se iniciou.

García Moreno, todos os ministros de Estado, e todos os altos funcionários do governo percorreram as ruas de Quito carregando a enorme cruz. E o presidente não deixou que o substituíssem: “Não quero que isto seja apenas uma cerimônia”. E prosseguiu até o fim, tendo-se aberto uma chaga em seu ombro, como resultado de seu ardor.

Pouco tempo depois, uma revista maçônica comentou: “Quando soubemos que esse homem havia levado processionalmente uma cruz pelas ruas de Quito, vimos que a medida estava cheia, e decretamos a sua morte.” Na Europa, vários jornais maçônicos comentaram abertamente que logo García Moreno iria morrer.

DEUS NÃO MORRE!

6 de agosto de 1875. Pela manhã, o senhor presidente e sua Exma. esposa estiveram na Igreja de São Domingos, onde S. Excia. assistiu à Santa Missa, e recebeu a Sagrada Comunhão. Agora, uma e quinze da tarde, García Moreno caminha para o Palácio do Governo. No caminho entra na Catedral e adora o Santíssimo Sacramento, exposto solenemente, por ser esta a primeira sexta-feira do mês.

Dez minutos depois, S. Excia. prossegue o seu caminho, e sobe as escadas que conduzem ao balcão do palácio. Então, um grupo de pessoas o cerca, e um deles, por trás, lhe desfere na cabeça um violento golpe de machado. Dois outros se adiantam e lhe dão vários tiros à queima-roupa. De novo outra machadada ainda mais forte o atira no chão, e de novo os revólveres disparam sobre ele.

Seu corpo é atirado do balcão para o chão da praça, ainda com vida. Ao perceber isso, o assassino furioso desce do balcão e prossegue desferindo machadadas sobre o corpo indefeso do presidente. E grita: “Morre, hipócrita! Morre infame! Jesuíta com casaca! Morre, tirano!” E então, García Moreno, num supremo esforço, levanta a cabeça e diz: “Deus não morre!”

O assassino tenta fugir, mas logo se forma um tumulto, e ele é preso e linchado pelo povo enfurecido. O presidente, ainda vivo, é transportado para o interior da catedral, e diante do Santíssimo Sacramento exposto, recebe a extrema unção. E alguns instantes depois, a alma desse verdadeiro católico voou para o céu.

Bibliografia: Ricardo Pattes, “Gabriel García Moreno y El Ecuador de su tiempo” – México, 1962; Severo Gomes Jurado, SJ., “La Consagración” – Quito, 1973.
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GARCIA MORENO E SEU AMOR AO CRISTO CRUCIFICADO

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O presidente do Equador teve uma grande devoção pela Cruz de Cristo e como se verá adiante, desejava alcançar o que ela simboliza: o martírio. Existe em Gabriel Garcia Moreno, nos últimos anos da sua vida, uma estranha ambição: a de sofrer e morrer por Cristo. Existe esse desejo extraordinariamente raro nos cristãos mais virtuosos, que só é próprio dos Santos.

Este desejo de dar a vida por Cristo és, sem dúvida, o que infunde em Gabriel Garcia Moreno sua honrosa devoção pela Cruz. Por essa devoção ele ama tanto a Pio IX, a quem ele considera, por ter perdido os seus estados pontifícios, recebido humilhações e viver como prisioneiro no Vaticano. Recordou o lema que se aplica a este grande papa: Crux de Cruce, ou seja, a cruz que vem da Cruz. A cruz é o símbolo do sofrimento e do martírio.

Nela morreu Nosso Senhor Jesus Cristo. Como Gabriel Garcia Moreno poderia não amá-la? E como não aspirá-la o presidente Católico por excelência, um católico que sentiu a Paixão de Cristo? Ninguém entre os presidentes, tem feito pela Igreja e por Cristo, no mundo inteiro, o que fez o presidente do Equador. Sabia que a sua obra, que era Católica, consequentemente atraía o ódio dos inimigos de Cristo. E sabia que morrendo pela Santa Igreja e por Cristo, ele completaria essa obra. Não somente ganharia muitas almas para Cristo na América, mas no mundo inteiro. Por isto, ele desejava derramar o seu sangue. Não era “só” a sua salvação que ele procurava, a reparação dos seus grandes pecados, o perdão de Deus pela morte de Borja, pelos fuzilados de Jambelí, mas a salvação da Igreja na América e o Reinado de Cristo nos corações.

Por aqueles dias do mês de abril de 1874, realizou-se em Quito (capital do Equador) uma missão presidida pelos padres redentoristas. Ao seu final, Gabriel Garcia Moreno iria dar diante dos equatorianos e perante o mundo inteiro, um magnífico testemunho do seu amor pela Cruz. Seria um evento retirado da Idade Média, cujo protagonista poderia ter sido São Luís (Luís IX) rei da França, São Fernando rei de Castela ou Godofredo de Bouillon. Porém estamos em Quito, na sua praça maior, com os seus velhos casarões coloniais e sua magnífica Catedral. A Igreja cheia de competência, ali se encontrava o Presidente, os seus ministros, também numerosos nobres, estudantes, trabalhadores e índios, todos unidos pela fé em comum. Como recordação da missão, os padres - redentoristas - haviam presenteado a cidade com uma enorme cruz, de seis metros de comprimento, tomada em bloco e sem cortes de uma única árvore, que seria levada em procissão pelas ruas da cidade, para finalmente ser entronizada na Catedral.

Um dos missionários, o Padre Luiz Lopez pronunciou diante dos presentes uma alocução. Recordou que a Redenção nos veio através da Cruz, prosseguiu dizendo, que agora ao seguir com ela pelas ruas de Quito em procissão, o triunfo de Cristo nosso Redentor estava sendo recordado. Acrescentou, que séculos atrás, o imperador Heráclio com os pés descalços e vestido de plebeu, havia carregado sobre as suas costas a Cruz do Calvário, aquela mesma Cruz que havia morrido Nosso Senhor Jesus Cristo, e que após ter sido capturada pelos persas, acabara de ser devolvida ao Império Cristão.

Em seguida o missionário voltou-se para o local em que o então presidente Gabriel Garcia Moreno estava sentado, e com uma solene e compassada voz disse: “Assim eram antigamente os Reis e os Imperadores do mundo: crentes e fervorosos. Respeitavam as leis divinas e não se envergonhavam do seu Deus, embora fosse um Deus crucificado. Mas agora já não existe nem sombra daqueles magistrados. Em seu lugar temos reis de baralho e presidentes de repúblicas de papel”. Não podendo continuar falando o orador, pois imediatamente sua frase foi interrompida pela intervenção de Gabriel Garcia Moreno, que pondo-se de pé e estendendo o seu braço para o pregador, com forte e sonora voz lhe disse: Padre Lopez, você mente! Eu, presidente desta República, não me envergonho de Cristo Crucificado, eu também carregarei a cruz sobre os meus ombros.

Ali estava uma enorme cruz que “aguardava” para ser carregada pelos fiéis. De repente, para surpresa de todos os que estavam presentes: “Que irá fazer o presidente república?” Aproxima-se da cruz e deseja levá-la sobre os seus ombros. Os olhos de todos os assistentes arregalaram-se de espanto. Alguns enchem os olhos de lágrimas pela tamanha emoção. A voz se difunde no local, mas à medida que a procissão começa, as pessoas vão à praça, cria-se uma multidão como raras vezes havia-se visto em Quito.

E então a cidade assiste ao mais extraordinário dos espetáculos: o doutor Gabriel Garcia Moreno, o ex-reitor da universidade, o general e chefe de exército, o escritor, o sábio, o legislador, o presidente da república, começou a caminhar lentamente, levando sobre seus ombros, a Cruz em honra a Nosso Senhor Jesus Cristo, pelas ruas atônitas e comovidas da velha capital. E o povo lhe segue, estupefato, cheio de lágrimas, sem acreditar em seus próprios olhos. O ministro do interior lhe ajuda.

Disse um de seus inimigos - acreditando ridicularizar o então presidente - que naquela imitação da Via Crucis, o presidente tem um Cirineu e que em certa parte do caminho, uma mulher que ao vê-lo agoniado e suado, lhe oferecerá uma xícara de caldo. Longe de ridicularizá-lo, o engrandece com isto. Ele mesmo vem a ser um outro Cristo, um imitador do Filho da Virgem Maria. Para ele era uma honra carregar a cruz, e apesar de não morrer crucificado, talvez ele já soubesse, pela sua brilhante percepção que suportaria por Cristo um martírio. E lá vai o presidente da República, com a cruz nas costas, vai entre orações e lágrimas, aos olhares com expressões de assombro e admiração.

Todos compreenderam, ou acabarão por compreender um ano mais tarde, o significado do que estão presenciando. E lá vai pelas ruas de Quito, enquanto os sinos são alçados em voo, diante das montanhas gigantescas com a Cruz de Cristo Jesus sobre seus ombros, em um sublime ato de humildade e de fé, o presidente da república, o doutor Gabriel Garcia Moreno, convertido em outro Cristo. Ao inteirar-se desse feito, os maçons da Europa publicaram em um livro a seguinte expressão: “Quando soubemos que este homem havia levado em procissão uma cruz em Quito, descobrimos que já havia chegado ao limite e decretamos a sua morte”.

Para um religioso que confidencialmente lhe relatava quanto sofria da parte de seus inimigos, lhe consolou dizendo: Compadeço vossas penas, porém haveis tido magnífica ocasião de juntar tesouro para a eternidade. Os golpes que lhes são dados parecem menos duros, se os comparar com os que eu estou recebendo todos os dias. Faça como eu, ponha os ultrajes aos pés da cruz, e peça ao Bom Deus que perdoe os culpados. Peça que lhe dê bastante força, não só para fazer o bem aos que derramam sobre ti essas palavras e por escreverem as torrentes de ódio que guardam nos seus corações, mas para regozijar-se diante de Deus por ter que sofrer algo em união com Nosso Senhor.

Gabriel Garcia Moreno tinha a certeza de que sua morte já havia sido decretada pelos seus inimigos, porém isso não lhe causa medo. Sabia que entre esses inimigos encontrava-se a maçonaria, que o considerava como o homem do sobrenatural, o homem de Cristo. Por isso não lhe causava desgosto a perspectiva de sua morte. Pouco antes de cair apunhalado sob seus homicidas, escreveu para um amigo íntimo que estava na Europa: “Vou ser assassinado. Estou feliz de morrer pela santa Fé, nos veremos no céu.” Dias atrás, numa carta ao Papa Pio IX informou-lhe que as lojas maçônicas dos países vizinhos, instigadas pelas da Alemanha, procuravam “sigilosamente” fazê-lo desaparecer. Por isso, disse-lhe, “necessito, mais do que nunca, da proteção divina para viver e morrer em defesa da nossa Santa Religião e desta pequena república. E acrescenta: “Que fortuna para mim, Santíssimo Padre, a de ser odiado e caluniado por causa de nosso Divino Redentor! E que felicidade tão imensa seria para mim, se vossa bênção me chegasse do Céu para derramar meu sangue por Ele, que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz, por nós”!

Chega o dia 6 de agosto de 1875, Gabriel Garcia Moreno comunga o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo na Santa Eucaristia e adora o Santíssimo Sacramento, neste mesmo dia antes de ingressar no palácio presidencial, é vitimado através de facãozadas, punhaladas e tiros, o presidente quase não consegue dizer a sua célebre frase como testemunho de sua Fé: “Deus Não Morre”. É levado a Catedral de Quito onde recebe os últimos auxílios da religião. Perdoa seus inimigos e morre na paz do Senhor no Altar de Nossa Senhora - Virgem - das Dores, aos pés da grande cruz que ele mesmo levou sobre seus ombros pelas ruas de Quito um ano atrás. Ao examinarem o seu cadáver, vulnerado por quatorze facãozadas/punhaladas e seis tiros, encontraram sobre seu peito uma relíquia da Cruz de Cristo, o escapulário da Paixão e do Sagrado Coração, e um rosário com a medalha de Pio IX. A efígie deste papa estava manchada em sangue, simbolizando desta maneira tão comovedora e íntima amizade que os havia unido no comum amor pela Santa Igreja. Igualmente foi encontrado em seu bolso a Imitação de Cristo por Tomás de Kempis com anotações diárias. Na última página estava escrito com lápis, daquele mesmo dia, três linhas que escreverá em toda a sua extensão: “Senhor meu Jesus Cristo, dá-me amor e humildade, e faça-me conhecer o que hoje devo fazer em vosso serviço”. Em resposta, o Bom Deus havia pedido-lhe o seu sangue e ele derramou, como último ato de seu serviço, “por aquele que sendo Deus, quis derramar o Seu sangue na Cruz por nós”.
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A LIÇÃO DAS SAGRADAS ESCRITURAS CATÓLICA NA "BÍBLIA" MUTILADA PROTESTANTE

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A LIÇÃO DA BÍBLIA CATÓLICA NA "BÍBLIA" PROTESTANTE (CORDEL):

A Bíblia de um católico que foi ”evangélico” antes um dia foi insultada pela bíblia protestante que andava esquecida lá no fundo da estante.

Disse a bíblia protestante: - olha como sou magrinha, eu fiz lipoaspiração e sete livros que tinha joguei na lata do lixo, tu continuas gordinha.

A católica respondeu: confessaste teu pecado, retiraste por vaidade os sete livros sagrados que chamavas de “espúrios” com intuito de arrancá-los ...

... Mentias que a Igreja pôs sete livros em mim lá no Concílio de Trento, mas isso foi assim. A Bíblia de Guttemberg bem advoga por mim....

... A Bíblia de Gutemberg 100 anos antes de Trento, se você a folhear vê os sete livros dentro, pondo fim de uma vez a teu engodo nojento ...

... Os livros que retiraste pastor já vende pro “crente” mais caro que toda bíblia, enganando muita gente. Só arrancaram os livros para vender novamente. ..
Disse a bíblia protestante: meu tradutor João Ferreira foi um padre genial que apesar de na carreira pegou o original e traduziu de primeira.

A Bíblia católica disse: isso é só mais um boato, teu tradutor protestante não foi padre e era fraco. A lenda de que foi padre é mais um golpe velhaco. ..

... O teu tradutor fajuto nasceu lá em Portugal, tinha só 16 anos, não viu o original, e mil erros cometeu no seu texto infernal. ...

... Por isso é que tem a bíblia protestante “revisada”, “revista” e “corrigida”, “fiel” e “atualizada”, e quanto mais eles mexem mais a bíblia fica errada. ...

... Tu não tens o rodapé que esclarece a tradução, por isso que tua fé é uma Babel do Cão, cada um pensa o que quer na livre interpretação. ...

Disse a bíblia protestante: não precisa espalhar quero que guarde segredo pra mais “crente” eu enganar. Se teu dono me comprou quem és tu pra questionar?

A católica rebateu: o meu dono te comprou quando foi desinformado, mas Deus o iluminou e ele virou católico depois que me encontrou. ...

... Viu que estais adulterada e cheia de heresia, a palavra “procissão” enfiaram em Isaías e onde deve ter “ídolo” tem “imagem”, quem diria. ... ...... (Is 45,20).

... No livro de Isaías te inseriram “procissão” como sendo algo errado mas lá nos Salmos então, vemos a procissão santa matar tua enganação. ... .......... (Salmo 42,4)

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SE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO TIVESSE SIDO PROTESTANTE

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SE JESUS FOSSE "EVANGÉLICO" (CORDEL):

Se Jesus fosse evangélico
tinha nascido sem mãe,
batizava em piscina
onde o pecador se banhe
e botava a mão em cima
de tudo que o povo ganhe.
Se Jesus fosse evangélico
tinha irmã e irmão,
e jamais entregaria
sua mãe para João,
que é filho de Salomé
e de Zebedeu, então.
Se Jesus fosse evangélico
não diria “Minha Igreja”,
diria 40 Mil,
criadas só por inveja,
essas têm nome na frente
embora Dele não seja.
Se Jesus fosse evangélico
pregaria a divisão
mas pregou a unidade
já que o diabo é confusão.
Estaria Jesus Cristo
entrando em contradição
largando a Igreja “Noiva”
pela prostituição?
Se Jesus fosse evangélico
não batizava criança,
teria dito aos discípulos:
“me afastem da infância!” …….(Mt 18,4-6)
Mas, chamou os pequeninos …….(Lc 18,17)
e lhes deu o céu de herança. …….(Salmos 8,2)

Se Jesus fosse evangélico
Ele mesmo julgaria,
mas, entregou para os santos ….. (1 Cor 6,2)
esse compromisso um dia,
de julgar as 12 tribos, …………… (Mt 19,27-29)
nenhum “crente” escaparia. ……. (Jd 1,14-15)
Se Jesus fosse evangélico
usava um terno bonito,
de bíblia na mão falava
somente o que “tá escrito”,
como o diabo em tentação
vencido com um “tá dito”. …. (Lc 4,12)
Se Jesus fosse evangélico
só tomava guaraná,
tinha envergonhado os noivos
lá nas Bodas de Canah. …………(Jo 2,9)
na Santa Ceia servia
refresco de araçá.
Se Jesus fosse evangélico
condenaria Sansão,
pelos seus cabelos longos; ……..(Juizes 13,5;16,17)
chamaria beberrão
a Noé que embriagou-se
até ficar nu, então. ……………….(Gên 9, 21)
Se Jesus fosse evangélico
não morria pela Igreja,
diria que: “só na bíblia
toda a verdade esteja”.
Se isso não tá na bíblia
é mentira com certeza.

Se Jesus fosse evangélico
não diria com franqueza
que a “coluna e firmeza
da verdade é a Igreja”……… (1Tm 3,15)
nenhum livro cabe tudo
pode ser ele qual seja. …….. (Jo 21,25)
Se Jesus fosse evangélico
não salvava os iletrados,
já que só quem lê-se a bíblia
estaria abençoado.
Até mil e quatrocentos,
ninguém seria cristão,
bíblia impressa ninguém tinha
Só, se copiada a mão.
Se Jesus fosse evangélico
tinha cedo se casado.
Casamento aos discípulos
teria recomendado.
Mas, pregou o celibato
aos bem aventurados. ……….(1 Cor 7, 32-34)
Se Jesus fosse evangélico
apoiava os fariseus
que diziam enganados:
“só quem dá perdão é Deus”.
Mas, Jesus os corrigiu:
o dom do perdão nos deu. …….(Jo 20,21-23)
Se Jesus fosse evangélico
salvaria só com a fé, ……….. (Tg 2,17)
que se dane a caridade, …… (1 Cor 13,13).
faça obras se quiser,
e quem lhe pedir a mão,
não esqueça, meta o pé.

Se Jesus fosse evangélico
quem morreu era “passado”,
junto ao túmulo de Lázaro
Ele não tinha chorado,
e nem na mansão dos mortos
teria Ele pregado.
Se Jesus fosse evangélico
morava no cemitério,
não tinha ressuscitado
morria que nem Lutero,
vencido por Satanás
embriagado e com tédio.
Se Jesus fosse evangélico
Era rico e não duro,
sua Igreja frágil era
de tijolo de seis furos,
e não aquela de pedra
que vem buscar no futuro.
Se Jesus fosse evangélico
não chamaria de “vã”,
a fé que grita na rua ………… (Tg 1, 26,)
pensando que é Tarzan.
se Deus vê e sabe tudo,
esses gritam pra satã.
Se Jesus fosse evangélico
não salvava meretriz,
elas vão pro céu na frente….. (Mt 21,31).
o “crente” torça o nariz,
Deus não faz acepção,
a palavra de Deus diz. ………. (Tg 2,9-10)

Se Jesus fosse evangélico
na hóstia tinha fermento,
era o pão de padaria
levado pro sacramento,
o fermento de Herodes
misturava com o bento. ….(Mc 8, 15).
Se Jesus fosse evangélico
dos escritos tiraria
que a rebelião da fé
é igual a bruxaria.
O pecado é o mesmo,
Samuel já escrevia. ………. (1 Sam 15,23)
Se Jesus fosse evangélico
não havia intercessão,
nem os lenços de São Paulo
curaria a multidão, …………. (At 19, 12)
nem os ossos de Eliseu
fez viver o morto, então. ….. (2 Rs, 13, 21)
Se Jesus fosse evangélico
Purgatório, não teria.
“Cada um será salgado
com fogo” . Disse um dia. …… (Mc. 9,49)
Sua palavra mudava …………. (Hb. 12,3-11)
de nada mais valeria…………. (1Cor. 3,14-15)
Se Jesus fosse evangélico
ninguém teria visão,
e das crianças profetas
ia fazer gozação.
O (Atos 2,17)
cobriria com a mão
pra que o milagre de Fátima
não crescesse em devoção.
Se Jesus fosse evangélico
não teria me inspirado
a fazer este cordel
que alerta os enganados,
que pensando “tão salvos”
foram em roda levados. ………. (Ef 4,14)

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EXTENSÃO DAS LINHAS FÉRREAS NO MUNDO

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70 ANOS DA SAGRAÇÃO DE DOM CASTRO MAYER (1948-2018)

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DOM CASTRO MAYER EM DEFESA PELA SANTA TRADIÇÃO:

(1.) CARTA À PAULO VI

Uma das primeiras reações contrárias à Missa Nova de Paulo VI, 12 de setembro de 1969. Carta inédita do Bispo Diocesano de Campos, Dom Antonio de Castro Mayer ao papa Paulo VI, antes da entrada em vigor do novo rito da Missa. Anexas à carta enviava também ao Papa "Considerações sobre o Novus Ordo Missae”.  Este precioso documento foi recentemente encontrado nos arquivos de Dom Antonio.

Campos, 12 de setembro de 1969

Beatíssimo Padre,

Tendo examinado atentamente o “Novus Ordo Missae”, a entrar em vigor no próximo dia 30 de novembro, depois de muito rezar e refletir, julguei de meu dever, como sacerdote e como bispo, apresentar a Vossa Santidade, minha angústia de consciência, e formular, com a piedade e confiança filiais que devo ao Vigário de Jesus Cristo, uma súplica.

O ‘Novus Ordo Missae”, pelas omissões e mutações que introduz no Ordinário da Missa, e por muitas de suas normas gerais que indicam o conceito e a natureza do novo Missal, em pontos essenciais, não exprime, como deveria, a Teologia do Santo Sacrifício da Eucaristia, estabelecida pelo Sacrossanto Concílio de Trento, na sessão XXII. Fato que a simples catequese não consegue contrabalançar. Em anexo, junto as razões que, a meu ver, justificam esta conclusão.

Os motivos de ordem pastoral que, eventualmente, poderiam ser alegados a favor da nova estrutura da Missa, primeiro, não podem chegar ao ponto de deixar no olvido os argumentos de ordem dogmática que militam em sentido contrário; depois, não parecem procedentes. As mudanças que preparam o “Novus Ordo” não contribuíram para aumentar a Fé e a piedade dos fiéis. Pelo contrário, deixaram-nos apreensivos, apreensão que o “Novus Ordo” aumentou; porquanto, abonou a idéia de que nada há de imutável na Santa Igreja, nem mesmo o Sacrossanto Sacrifício da Missa.

Além disso, como saliento nas folhas juntas, o “Novus Ordo” não só não afervora, senão que extenua a fé nas verdades centrais da vida católica, como a presença Real de Jesus na SS. Eucaristia, a realidade do Sacrifício propiciatório, o sacerdócio hierárquico.

Cumpro, assim, um imperioso dever de consciência, suplicando, humilde e respeitosamente, a Vossa Santidade, se digne, por um ato positivo que elimine qualquer dúvida, autorizar-nos a continuar no uso do “Ordo Missae” de S. Pio V, cuja eficácia na dilatação da Santa Igreja, e no afervoramento de sacerdotes e fiéis, é lembrada, com tanta unção, por Vossa Santidade.

Estou certo que a Paterna Benevolência de Vossa Santidade não deixará de afastar as perplexidades que me angustiam o coração de sacerdote e bispo.

Prostrado aos pés de Vossa Santidade, com humilde obediência e filial piedade, imploro a Bênção Apostólica.

+ Antonio de Castro Mayer (Bispo de Campos)

CONSIDERAÇÕES SOBRE O "NOVUS ORDO MISSAE"

Documento endereçado por Dom Antonio de Castro Mayer ao Papa Paulo VI sobre a Nova Missa, 12 de setembro de 1969

O novo “Ordo Missae” consta de normas gerais do texto do Ordinário da Missa. Umas e outro propõem uma nova Missa que não atende, suficientemente, às definições do Concílio de Trento a respeito, e constitui, por isso mesmo, grave perigo para a integridade e pureza da Fé Católica. Examinamos aqui, apenas, alguns pontos, que, nos parece, evidenciam o que afirmamos.

1. Noção de Misssa. - No n. 7 o Novo “Ordo” dá uma como que definição da Missa: "Cena dominica sive Missa est sacra synaxis seu congregatio populi Dei in unum convenientis, sacerdote praeside, ad memoriale Domini celebrandum. Quare de sactae ecclesiae locali congregatione eminenter valet promissio Christi: “Ubi sunt duo vel tres congregati in nomine meo, ibi sum in medio eorum (Mat. 18)”. [A Ceia do Senhor ou Missa é a sagrada assembléia ou reunião do povo de Deus, sob a presidência do sacerdote, para celebrar o memorial do Senhor. Por isso, a respeito desta reunião da santa igreja local vale a promessa de Cristo: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estarei no meio deles” (Mat. 18).

Nesta definição, a) Insiste-se na Missa como ceia. Aliás, esta conceituação de Missa, ocorre com freqüência, em todo o decurso das normas gerais (cfr. nº 8, 48, 55d, 56, etc.). Parece mesmo que a intenção do novo “Ordo Missae” é inculcar este aspecto da Missa. O que é feito com detrimento do outro, essencial, isto é, que a Missa é um sacrifício. De fato, b) na quase definição de Missa do nº 7, não se declara o caráter de sacrifício da Missa, como, c) não se salienta o caráter sacramental do sacerdote que o distingue dos fiéis. Além disso, d) nada diz do valor intrínseco da Missa independente da presença da assembléia. Antes, faz supor que não há Missa sem a “congregatio populi” [reunião do povo], pois é a “congregatio” que define a Missa. Enfim, e) o texto deixa uma confusão entre a Presença real e a presença espiritual, porquanto aplica à Missa o texto de S. Mateus, no qual se trata apenas da presença espiritual.

O equívoco entre a Presença real e a presença espiritual, notado no nº 7, é confirmado pelo que diz o nº 8, que divide a Missa em “mesa da palavra” e “mesa do Corpo do Senhor”, e igualmente oculta o caráter de sacrifício que é principal na Missa, pois que a ceia não passa de uma conseqüência, como se pode deduzir do cân. 3 da ses. XXII do Concílio de Trento.

Observamos que os dois textos do Vaticano II, alegados na nota, não justificam a noção de Missa proposta no texto. Observamos ainda que algumas expressões, mais ou menos incidentes, nas quais ocorrem afirmações como esta que no altar “sacrificium crucis sub signis sacramentalibus praesens efficitur” (n. 259) [Torna-se presente o sacrifício da cruz sob sinais sacramentais,] não são suficientes para dissipar um conceito equívoco, inculcado ao se descrever a Missa (n. 7) e em muitos outros lugares das normas gerais.

2. Finalidade da Missa. A Missa é sacrifício de louvor à SS. Trindade. Tal finalidade não aparece, de modo explícito, no Novo "Ordo". Pelo contrário, o que, na Missa de S. Pio V, salientava esse fim do Sacrifício, foi supresso no Novo "Ordo". Assim, as orações: "Suscipe, Sancta Trinitas..." do Ofertório, a final "Placeat, tibi, Sancta Trinitas..."; assim, igualmente o Prefácio da SS. Trindade deixou de ser o Prefácio do Domingo, Dia do Senhor.

Além de "Sacrificium laudis SS. Trinitatis", a Missa é Sacrifício propiciatório. Sobre esse caráter, contra os erros dos protestantes, insiste muito o Tridentino (cap. I e cân 3). Tal finalidade não aparece explícita no Novo "Ordo". Aqui e acolá ocorre uma ou outra expressão que se poderia entender como envolvendo esse conceito. Jamais ele aparece sem sombra de dúvida. E ele está ausente quando as normas declaram a finalidade da Missa (n. 54). De fato, não é suficiente para atender à Teologia da Missa estabelecida pelo Tridentino, afirmar que esta colima a "santificação". Não é claro que este conceito envolva necessariamente o outro, de propiciação. Além disso, a intenção propiciatória bem indicada na Missa de São Pio V, desaparece na nova Missa. De fato, as orações do Ofertório, "Suscipe Sancte Pater...", "Offerimus, Tibi..." e a da benção da água: "Deus qui humanae substantiae... reformasti..." foram substituídas por outras que nada dizem de propiciação. Inculcam mais o sentido de banquete espiritual "panis vitae" [pão da vida], "potus spiritualis" [bebida espiritual].

3. Essência do Sacrifício. - A essência do Sacrifício da Missa está na repetição do que fez Jesus na última ceia; não na mera narração, ainda que acompanhada de gestos. Assim, advertem os moralistas que não basta relatar historicamente o que Jesus fez. É necessário pronunciar as palavras da consagração com intenção de repetir o que Jesus realizou, porquanto o sacerdote, ao celebrar, representa Jesus Cristo, opera "in persona Christi". No novo "Ordo" não se toma em consideração semelhante precisão, no entanto, essencial. Pelo contrário, ao passo que sublinha a parte narrativa, nada diz da parte propriamente sacrifical. Assim, ao expor a Prece eucarística fala de "narratio institutionis" (n. 54 d) [narração da instituição]; de maneira que as expressões "Ecclesia memoriam ipsius Christi agit" [A Igreja faz a memória do próprio Cristo] e a outra do final da consagração: "Hoc facite in meam commemorationem" [fazei isto em minha memória] têm o sentido indicado pela explanação dada anteriormente nas normas gerais (n. 54 d). Observamos que a frase final da consagração, "Haec quotiescumque feceritis, in mei memoriam facietis" [todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em minha memória] era muito mais expressiva para dizer que, na Missa, repetia-se a ação de Jesus Cristo. - Acresce que a introdução, entre as palavras essenciais da consagração, das expressões: "Accipite et manducate ex hoc omnes" [Tomai e comei dele todos], e "Accipite et bibite ex eo omnes" [Tomai e bebei dele todos] levam a parte narrativa dentro do mesmo ato sacrifical. De maneira que, na Missa de S. Pio V, o texto e os gestos orientavam, naturalmente, o sacerdote para a ação sacrifical propiciatória, quase impunham a intenção ao sacerdote que celebrava. E assim, a "lex supplicandi" [lei da oração] se conformava perfeitamente à "lex credendi" [lei da fé]. Não se pode dizer o mesmo do novo "Ordo Missae". No entanto, dada a gravidade da ação, e mais os tempos modernos excessivamente trepidantes, e dadas ainda as condições psicológicas das novas gerações, o "Ordo Missae" deveria facilitar o celebrante a ter presente a intenção necessária para realizar válida e condignamente o ato do Santo Sacrifício.

4. Presença Real. O Sacrifício da Missa está intimamente ligado à presença real de Jesus Cristo na SS. Eucaristia. Essa é conseqüência daquela. Na transubstanciação opera-se a mudança da substância do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Salvador, e realiza-se o sacrifício. Como conseqüência, permanece no altar a vítima perene. A Hóstia do Sacrifício, que permanece, passado o ato sacrifical. O Novo "Ordo", desde a definição da Missa (n. 7) deixa pairar uma ambigüidade sobre a presença real, mais ou menos confundida com a presença meramente espiritual, na oração de dois ou três congregados no nome de Jesus. Depois, a supressão de quase todas as genuflexões - maneira tradicional de adorar entre os latinos - a ação de graças sentado, a possibilidade de celebração sem a pedra d'ara, em simples mesa, a equiparação do manjar eucarístico com o manjar espiritual, tudo é de molde a obscurecer a fé na Presença real. - A última consideração sobre a equiparação entre o manjar eucarístico e o manjar espiritual, deixa no ar a idéia de que a Presença de Jesus na SS. Eucaristia está no uso, como acontece com a palavra de Deus. E daí a resvalar para o erro dos luteranos não é tão difícil, especialmente numa sociedade pouco dada à reflexão de ordem transcendente. Igual conclusão é favorecida pela função do altar: é ele apenas a mesa, onde não há, normalmente, lugar para o Sacrário, onde habitualmente se conserva a Vítima do Sacrifício. Também a disciplina no sentido de levar os fiéis a comungarem da mesma hóstia que o celebrante, de si, cria a idéia de que, acabado o sacrifício, não há mais lugar para a sagrada reserva. Assim, toda a disposição do Novo “Ordo Missae” não só não afervora a fé na presença real, senão que a diminui.

5. Sacerdócio hierárquico. Define o Tridentino que Jesus instituiu os apóstolos sacerdotes para que eles e outros sacerdotes, seus sucessores, oferecessem seu Corpo e Sangue (cân, 2, ses. 22). De maneira que a realização do Sacrifício da Missa é ato que exige a consagração sacerdotal. Por outro lado, o mesmo Concílio de Trento condena a tese protestante que faz de todos os cristãos sacerdotes do Novo Testamento. Vê-se, pois que, segundo a fé, só o sacerdote hierárquico é capaz de realizar o Sacrifício da Nova Lei. Esta verdade é diluída no Novo “Ordo Missae”. Neste “Ordo” a Missa é mais do povo do que do sacerdote. É também do sacerdote, porque este faz parte da multidão. Não aparece como o mediador “ex hominibus assumptus in iis quae sunt ad Deum” [tomado dentre os homens para aquelas coisas que se referem a Deus], inferior a Jesus Cristo e superior aos fiéis, como diz S. Roberto Belarmino. Ele não é o juiz que absolve. É simplesmente o irmão que preside.

Outras observações poderíamos fazer que confirmariam o que acima dizemos. Julgamos, no entanto, que as questões apontadas bastam para mostrar que o novo “Ordo Missae” não se ajusta à Teologia da Missa, estabelecida de modo definitivo pelo Concílio de Trento, e por isso, constitui um grave perigo para a pureza da Fé.

(As traduções, entre colchetes, são do jornal Ontem Hoje e Sempre)

Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/695

(2.) DECLARAÇÃO CONTRA O ENCONTRO DE ASSIS
(Dom Marcel Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer)

Por ocasião da reunião de Assis, de 1986, Dom Marcel Lefebvre e Dom Antônio de Castro Mayer fizeram esta declaração conjunta para manifestar o caráter anti-católico daquela reunião. Hoje, quando o Papa chama novamente 250 chefes de falsas religiões para repetir o escândalo de Assis, é preciso reler estes preciosos textos dos dois grandes bispos da Tradição.

Roma nos mandou perguntar se tínhamos a intenção de proclamar nossa ruptura com o Vaticano por ocasião do Congresso de Assis.

Parece-nos que a pergunta deveria, antes, ser esta: o sr. acredita e tem a intenção de declarar que o Congresso de Assis consuma a ruptura das Autoridades Romanas com a Igreja Católica?

Porque é precisamente isto que preocupa àqueles que ainda permanecem católicos.

Com efeito, é bastante evidente que, desde o Concílio Vaticano II, o Papa e os Episcopados se afastam, de maneira cada vez mais nítida, de seus predecessores.

Tudo aquilo que foi posto em prática pela Igreja para defender a Fé nos séculos passados, e tudo o que foi realizado pelos missionários para difundi-la, até o martírio inclusive, é considerado doravante como uma falta da qual a Igreja deveria se acusar e pedir perdão. (nota: os dois bispos não podiam imaginar a avalanche de pedidos de perdão que viria, anos mais tarde, humilhar a Santa Igreja)

A atitude dos onze Papas que, desde 1789 até 1968, em documentos oficiais, condenaram a Revolução liberal, é considerada hoje como "uma falta de compreensão do sopro cristão que inspirou a Revolução".

Donde, a reviravolta completa de Roma, desde o Concílio Vaticano II, que nos faz repetir as palavras de Nosso Senhor àqueles que O vinham prender: "Haec est hora vestra et potestas tenebrarum – Esta é a vossa hora e o poder das trevas". (Lc. 22, 52-63)

Adotando a religião liberal do protestantismo e da Revolução, os princípios naturalistas de J.J. Rousseau, as liberdades atéias da Constituição dos Direitos do Homem, o princípio da dignidade humana já sem relação com a verdade e a dignidade moral, – as Autoridades Romanas voltam as costas a seus predecessores e rompem com a Igreja Católica, e põem-se a serviço dos que destroem a Cristandade e o Reinado Universal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Os recentes atos de João Paulo II e dos Episcopados nacionais ilustram, de ano para ano, esta mudança radical de concepção da fé, da Igreja, do Sacerdócio, do mundo, da salvação pela graça.

O cúmulo desta ruptura com o magistério anterior da Igreja, depois da visita à Sinagoga, se realizou em Assis. O pecado público contra a unicidade de Deus, contra o Verbo Encarnado e Sua Igreja faz-nos estremecer de horror: João Paulo II encorajando as falsas religiões a rezar a seus falsos deuses: escândalo sem medida e sem precedente.

Poderíamos retomar aqui nossa Declaração de 21 de novembro de 1974, que permanece mais atual que nunca.
Quanto a nós, permanecendo indefectivelmente na adesão à Igreja Católica e Romana de sempre, somos obrigados a verificar que esta religião modernista e liberal da Roma moderna e conciliar se afasta cada vez mais de nós, que professamos a Fé católica dos onze Papas que condenaram esta falsa religião.

A ruptura, portanto, não vem de nós, mas de Paulo VI e de João Paulo II, que rompem com seus predecessores.
Esta negação de todo o passado da Igreja por estes dois Papas e pelos Bispos que os imitam é uma impiedade inconcebível e uma humilhação insuportável para aqueles que continuam católicos na fidelidade a vinte séculos de profissão da mesma Fé.

Por isso, consideramos como nulo tudo o que foi inspirado por este espírito de negação: todas as Reformas post-conciliares, e todos os atos de Roma realizados dentro desta impiedade.

Contamos com a graça de Deus e o sufrágio da Virgem Fiel, de todos os Mártires, de todos os Papas até o Concilio, de todos os Santos e Santas fundadores e fundadoras de Ordens contemplativas e missionárias, para que venham em nosso auxilio na renovação da Igreja pela fidelidade integral à Tradição.

Buenos Aires, 2 de dezembro de 1986

+ Marcel Lefebvre (Arcebispo-Bispo emérito de Tulle)
+ Antonio de Castro Mayer (Bispo emérito de Campos), que concorda plenamente com a presente declaração e a faz sua

(3.) A ANTI-IGREJA

Quando foram distribuídos, entre os Padres Conciliares, os primeiros esquemas do II Concilio do Vaticano, interpelaram-me: - V. acha que, para isso, seria preciso reunir um Concílio? A razão da pergunta é que os esquemas não apresentavam nenhuma novidade.
De fato, a realidade do II Concilio do Vaticano não era o que aparecia. E sim, seus subterrâneos.

Sob uma aparência tradicional, assegurada pela presença dos Srs. Cardeais Ottaviani, Bacci, Ruffini, Braum e outros, operava o Cardeal Bea, porta-voz das Bnai-Brlth judias e demais maçônicos, convencidos de que era o momento de ultimar a obra de destruição da Igreja Católica, implodindo-a sobre si mesma.

Estruturou-se, assim, um Concílio "sui-generis", sem discussão: os oradores sucediam-se ininterruptamente, uns aos outros, vazando na assembléia o de que nutriam seus espíritos. Não havia nexo entre as várias intervenções. Quem as quisesse contestar, deveria inscrever-se na lista dos postulantes da palavra, e aguardar a sua vez, que poderia ocorrer vários dias depois.

De maneira que, no II Concílio do Vaticano, quem fazia tudo eram as comissões. E com tal sobranceria que, logo de início, a mesa de presidência jogou fora os esquemas propostos pela comissão preparatória, autorizada pela Santa Sé, ou seja, pelo Papa, a quem, aliás, como chefe supremo da Igreja e Vigário de Jesus Cristo, assiste o direito de propor a matéria a ser tratada nos concílios e a maneira como fazê-lo.

Eis que o II Concilio do Vaticano constitui-se numa anti-Igreja.

Dogma fundamental da Igreja Católica é sua necessidade para a salvação. Não têm os homens liberdade de escolher sua religião, sua Igreja, conforme seu agrado, ou persuasão. Sob pena de condenação eterna, devem ingressar na Igreja Católica Romana. - Ora, o Vaticano II, neste ponto, fixa, como doutrina inconteste, precisamente o contrário: todo homem tem liberdade visceral de aderir à Religião de sua preferência.

Posta esta antítese, neste ponto básico, necessariamente, sobre ele vão se construir edifícios antitéticos. - Por isso, dizemos que o Vaticano II firmou-se como a anti-Igreja. Conseqüência: quem adere ao Vaticano II, sem restrição, só por esse fato, desliga-se da verdadeira Igreja de Cristo. Ninguém pode, ao mesmo tempo ser católico e subscrever tudo quanto estabeleceu o Concílio Vaticano II. Diríamos que a melhor maneira de abandonar a Igreja de Cristo, Católica Apostólica Romana, é aceitar, sem reservas o que ensinou e propôs o Concílio Vaticano II. Ele é a anti-Igreja.

(transcrito de "Heri et Hodie" - Jornal dos Padres de Campos - nº 33 - cf. Revista Permanência nº 218-219, de 1987)

Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/664

(4.) DOM ANTÔNIO DE CASTRO MAYER CONTRA A TFP

Publicada no jornal campista Folha de Manhã em 1991, sendo o texto original datado de 1984. O que publicamos é uma tradução da versão de Le Sel de la Terre, nº 28, de 1999.

Prezado X,

Eu lhe devo uma resposta à sua dolorosa carta de 24 de setembro que, como o carimbo do correio indica, você me enviou em 25 de setembro.

Neste caso eu apenas posso dar-lhe um único conselho: reze, reze muito, acima de tudo o Rosário ou ao menos o Terço, pedindo à Virgem Mãe, Mediadora de todas as graças, que ilumine seu filho e faça-o ver que a TFP é uma seita herética porque, de fato, embora não digam ou escrevam, a TFP vive e se comporta de acordo com um princípio que fundamentalmente mina a verdade da cristandade, isto é, da Igreja Católica.

De fato, é de fide que Jesus Cristo fundou Sua Igreja – destinada a manter na terra o verdadeiro culto a Deus e a levar as almas à salvação eterna – como uma sociedade desigual, composta de duas classes: uma que governa, ensina e santifica, composta pelos membros do clero, e outra – os fiéis – que recebem o ensinamento, são governados e santificados: Isso é um dogma de fide.

São Pio X escreveu que a Igreja é, em sua própria natureza, uma sociedade desigual, significando que ela compreende duas ordens de pessoas: pastores e rebanho, aqueles que pertencem aos vários níveis da hierarquia e a multidão dos fiéis. Essas duas ordens são tão completamente distintas que apenas a hierarquia tem o direito e a autoridade de guiar e governar os membros para os fins da Igreja, enquanto o dever dos fiéis é aquele de permitir a si mesmos serem governados e a obedientemente seguir o caminho dado pela classe governante. (Encíclica “Vehementer”, 11 de fevereiro de 1906.) Toda a história da Igreja, como pode ser vista no Novo Testamento, atesta essa verdade como um dogma fundamental da constituição da Igreja. Foi apenas aos Apóstolos que Jesus disse: “Ide e ensinai todas as nações”. Também os Atos dos Apóstolos nos mostram a vida da Igreja nos tempos após Jesus Cristo. Por causa disso, é uma herética subversão habitualmente seguir a um leigo — portanto, um não-membro da Hierarquia — como porta-voz da ortodoxia. Assim, eles não olham para o que a Igreja diz, o que os bispos dizem, mas para o que esse ou aquele diz… E não se termina aí: essa atitude — mesmo se não declarada abertamente — de fato posiciona o “líder” como o árbitro da ortodoxia, e é acompanhada por um súbita mas verdadeira desconfiança da hierarquia e do clero em geral.

Existe um visceral anti-clericalismo na TFP: tudo que vem do clero é preconceituosamente recebido. Basicamente, mantém-se que todos os padres são ignorantes, poucos zelosos ou interessados e tais outras qualidades. Bem, então, tendo em mente a constituição divina da Igreja que foi instituída por Jesus Cristo, o anti-clericalismo habitual da TFP, latente, faz dela uma seita herética, e, portanto, como disse, animada por um princípio contrário ao dogma estabelecido por Jesus Cristo na constituição de Sua Igreja.

Todavia, a TFP teve um início saudável. Existiu uma certa evolução no apostolado feito pelo jornal quinzenal da Congregação Mariana de Santa Cecília intitulado O Legionário.

Como um movimento sério e bem intencionado, procurava reforçar a formação intelectual e religiosa dos membros da Congregação e, consequentemente, dos leitores quinzenais. Era influente por todo o Brasil. Essa foi a era de [sua] obediência aos Monsenhores Duarte e Leme. Eu acompanhei e aprovei seu apostolado, também quando começou a perder-se no espírito anti-clerical, que iniciou por consolidar suas posições e então revertê-las, colocando o clero em reboque atrás de um leigo carismático com o monopólio da ortodoxia. Talvez eu dei-lhes apoio além de um ponto lícito. Eu o retirei apenas quando se tornou claro que minhas advertências não estavam sendo levadas em consideração. Elas se tornaram inúteis.

É certo observar que os enganos de certos membros da hierarquia… explicam o escândalo dos “TFPistas”, mas isso não justifica as posições que vieram a tomar. Ainda menos as de seu líder, Plínio.

Neste caso, como disse no início desta carta, o remédio é rezar. Primeiro, porque sem oração nada é obtido: “Pedi”, diz Nosso Senhor, “e recebereis”. É necessário rezar, porque o fervor carismático produz um certo fanatismo: indivíduos se tornam incapazes de ver a realidade objetiva, de perceber até mesmo erros fundamentais, por causa dessa inversão de seguir um leigo em vez dos legítimos Pastores da Santa Igreja.

Ainda mais quando, como observei, membros da hierarquia infelizmente e freqüentemente expressam palavras e tomam posições que qualquer católico pode ver como dissonante da doutrina e do governo da Igreja de todos os tempos…

Eu peço a Nosso Senhor que ele lhe dê, e a toda sua família, um santo e feliz Natal e muitos anos plenos da graça de Deus.

Peço que reze por mim, servo em Cristo Jesus.

Antônio de Castro Mayer, Bispo Emérito de Campos.

Fonte: https://fratresinunum.com/2008/10/13/carta-de-dom-antonio-de-castro-mayer-sobre-a-tfp/
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